ISSN (on-line): 2177-9465
ISSN (impressa): 1414-8145
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A adolescente grávida na percepção de médicos e enfermeiros da atenção básica

Beatriz Belém Buendgens; Maria de Fátima Mota Zampieri

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 64 - 72

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Pesquisa qualitativa descritiva, com os objetivos de conhecer a percepção de médicos e enfermeiros sobre as mudanças biopsicossociais da adolescente grávida e sobre a atuação da equipe de saúde na gravidez na adolescência. Os dados foram coletados através de entrevistas, com médicos e enfermeiros de uma Unidade Básica de Saúde, de agosto a outubro de 2010. Esses foram classificados, organizados e analisados utilizando a análise de conteúdo proposta por Minayo, seguindo três etapas: ordenação, classificação e análise dos dados. Após leitura aprofundada dos discursos, foram recortadas as unidades de registro ou temas, que agrupados por convergência de ideias originaram as categorias: percepção dos médicos e enfermeiros sobre a gravidez na adolescência; percepções sobre transformações no processo de ser e viver da adolescente; profissionais e a adolescente grávida. Os profissionais reforçam a importância da escuta, atenção personalizada, integral e específica a esta clientela, necessitando capacitação para isto. O estudo amplia o conhecimento sobre o tema e oferece subsídios para os profissionais repensarem sua prática de saúde, contribuindo para que assumam uma postura respeitosa e personalizada na atenção às adolescentes grávidas.

Palavras-chave: Adolescente. Gravidez na adolescência. Saúde do adolescente. Atenção básica à saúde

 

A Atuação dos enfermeiros egressos do curso de especialização em obstetrícia no nordeste do Brasil - da proposta à operacionalização

Arabela Antônia Nery de Melo Costa1; Janine Schirmer2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 332 - 339

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Com o objetivo de detalhar a atuação de enfermeiros após especialização em Obstetrícia na Região Nordeste do Brasil e os benefícios dessa atuação consubstanciados em premiações para a instituição em que trabalhavam, procedeu-se a estudo transversal, descritivo, exploratório, entre maio de 2006 e março de 2007, em duas fases: a primeira com entrevista estruturada para 127 (67,2%) dos 345 egressos da especialização, residentes em nove estados do Nordeste, e a segunda com contato telefônico via web a 56 (98,2%) enfermeiros. Constatou-se que 114 (90,5%) egressos atuavam na assistência, 50 (39,7%) na administração e 47 (37,3%) na docência de enfermagem. Só em Pernambuco, os egressos lecionavam a residentes de enfermagem. Predominou a concessão da premiação pelo Ministério da Saúde a instituições com egressos. Concluiu-se que cursos de especialização em enfermagem obstétrica, financiados pelo Ministério, ensejaram ganhos a egressos e instituições, permitindo melhor assistência, resultando em premiações pela implantação de novos modelos assistenciais.

Palavras-chave: Enfermeiras obstétricas. Prática profissional. Área de atuação profissional.

 

A família no contexto do cuidado ao portador de nefropatia diabética: demanda e recursos

Gisele Fráguas I; Sônia Maria SoaresII; Patrícia Aparecida Barbosa SilvaIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(2): 271 - 277

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A doença renal crônica e o tratamento dialítico constituem um grande problema para a pessoa doente e sua família, modificando seus hábitos de vida. Essas mudanças exigem da família esforço, dedicação e adaptações na rotina de vida de seus membros. Objetivou-se neste estudo identificar as principais demandas e recursos da família no conviver e no cuidar de pessoas com nefropatia diabética. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, conduzida pelos pressupostos do Modelo Calgary de Avaliação da Família (MCAF), desenvolvido com sete famílias em duas unidades de terapia renal substitutiva em Belo Horizonte/MG. Os resultados da pesquisa foram apresentados sob a forma de demandas e recursos, alicerçadas num conjunto de crenças e valores que interferem no enfrentamento da doença. Os dados obtidos sugerem que cada família pesquisada possui recursos mesmo em face de demandas de saúde, alertando para a necessidade de enxergamos a família como foco do cuidado de enfermagem.

Palavras-chave: Nefropatias Diabéticas. Diálise Renal. Família. Enfermagem

 

A imagem concreta do álcool na vida dos adolescentes da Comunidade Engenho do Mato: intermediando os saberes na prática educativa da enfermeira

Valéria de Oliveira Monteiro1; Ivone Evangelista Cabral2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1999; 3(2): 56 - 68

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Tivemos como ponto de partida a dimensão subjetiva dos educandos-adolescentes para implementar uma modalidade de educação-dialógica, cujo alicerce se assentou no pensamento pedagógico crítico-reflexivo de Freire (1988). O objeto de estudo a rota do álcool no contexto de vida dos adolescentes da Comunidade Engenho do Mato-Niterói foi encaminhado através do método criativo sensível, no espaço da oficina de criatividade e sensibilidade. Abordar a temática sobre o álcool entre adolescentes, a partir do delineamento geográfico da rota do álcool no contexto sócio-familiar, foi um grande desafio para os 07 participantes da pesquisa. Embora não seja uma droga lícita para os adolescentes, a sua aceitação social está representada pela franca distribuição geográfica na Comunidade onde os adolescentes crescem, se socializam e vivem, levando a um consumo indiscriminado. Além disso, o uso do álcool produz sensação lúdica, prazerosa e alimenta a auto-estima, a despeito de todos os seus efeitos danosos sobre a saúde.

Palavras-chave: Enfermagem - Enfermagem Pediátrica - Adolescente - Alcoolismo

 

A implantação da "Política de Saúde Ocupacional para Servidores Públicos": histórias construídas na UFRJ

Washington Ramos CastroI; Sheila Nascimento Pereira de FariasII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(3): 385 - 392

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O presente estudo apresenta aspectos relevantes relacionados às construções da saúde do trabalhador na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em toda a sua existência. Abordagem especial foi dada aos aspectos da construção que levaram a Divisão de Saúde do Trabalhador da UFRJ a ser uma das entidades parceiras na implementação das "Normas Regulamentadoras de Seguridade Social e de Saúde dos Servidores Públicos Federais Civis no Rio de Janeiro". Trata-se de um levantamento histórico bibliográfico, baseado em fontes primárias e secundárias, que abordou um período de 85 anos da história desta Universidade, em que, inicialmente, não havia um serviço de atendimento à saúde do trabalhador, e também os aspectos políticos de sua criação e desenvolvimento, assim como os desdobramentos práticos e efetivos, decorrentes dos avanços e retrocessos ocorridos no desenvolvimento histórico da atenção à saúde do trabalhador nesta Universidade.

Palavras-chave: Saúde Ocupacional. Enfermagem. História. Saúde Pública

 

A influência da família na vivência da sexualidade de mulheres adolescentes

Lúcia Beatriz Ressel; Carolina Frescura Junges; Graciela Dutra Sehnem; Cheila Sanfelice

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 245 - 250

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O objetivo deste trabalho consistiu em identificar a influência da família na vivência da sexualidade de mulheres adolescentes. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, com abordagem qualitativa cuja coleta de dados deu-se por meio de entrevista semiestruturada. As participantes da pesquisa foram 18 mulheres adolescentes. Aplicou-se a análise temática para a interpretação e a categorização dos dados. Os resultados apontaram para as seguintes categorias: 'sexo sem imprevistos: os pais falam sobre a prevenção'; 'a repressão da sexualidade: entre normas instituídas e acordos invisíveis'; e 'tornar-se mulher: os discursos disciplinadores sob o enfoque de gênero'. Verificou-se a necessidade de vislumbrar a atenção à saúde da mulher adolescente de maneira integral, enfocando os significados sociais e culturais atribuídos à sexualidade. Dessa forma, as atividades desenvolvidas pelos profissionais de saúde com mulheres adolescentes devem envolver a família, instituição promotora da singularização do indivíduo na sociedade.

Palavras-chave: Sexualidade. Adolescente. Família. Saúde da Mulher. Enfermagem

 

A Qualidade de Vida no Trabalho de Enfermagem

Sheila Nascimento Pereira de FariasI; Regina Célia Gollner ZeitouneI

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(3): 487 - 493

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O presente estudo teve como objetivo construir com os trabalhadores de enfermagem de Saúde Pública de um Centro Municipal de Saúde (CMS) uma proposta de indicadores de Qualidade de Vida no Trabalho a partir da percepção dos mesmos. Utilizou-se da abordagem qualitativa, tendo como local de estudo um CMS localizado no município do Rio de Janeiro; os sujeitos foram 34 profissionais da equipe de enfermagem, representando 100% do grupo, a saber: 7 enfermeiros, 3 técnicos de enfermagem e 24 auxiliares de enfermagem. Foi utilizado grupo focal para obtenção dos dados. Como resultados, os trabalhadores apontaram como indicadores de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT): a inter-relação pessoal, a comunicação interprofissional, as condições de trabalho, a organização e divisão do trabalho, os direitos no trabalho, a motivação e segurança. Neste sentido, conclui-se pela necessidade do desenvolvimento de programas que apóiem a qualidade de vida dos trabalhadores nas unidades de enfermagem em Unidades Básicas, considerando os fatores apontados pelos profissionais como elementos que caracterizam a QVT.

Palavras-chave: Enfermagem. Saúde Ocupacional. Qualidade de Vida

 

A representação social das adolescentes sobre a gravidez nesta etapa de vida

Débora Luiza de Oliveira RangelI; Ana Beatriz Azevedo QueirozII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 781 - 789

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Trata-se de apreender as representações sociais das adolescentes acerca da gravidez nesta etapa de vida. Abordagem qualitativa na perspectiva da Teoria das Representações Sociais de Moscovici, com adolescentes não grávidas e com atividade sexual. Os cenários foram escolas privadas e públicas do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados, utilizaram-se técnica expressiva e entrevista semi-estruturada. As informações foram tratadas segundo a análise de conteúdo. As adolescentes representam a gravidez como mudança geradora de responsabilidades e não ser esta a idade ideal para vivenciar esse momento. A representação teve uma ligação com o nível sócio-econômico-demográfico: as mais favorecidas acreditam que a gravidez nessa fase seria um destruidor de planos futuros. O segmento oposto representou a gestação como identidade "natural do feminino". Tais evidências denotam a necessidade de os profissionais de saúde atentarem para a diversidade de pertenças sociais-culturais-econômicas, visando proporcionar autonomia na escolha do momento da gravidez e garantir os direitos sexuais e reprodutivos.

Palavras-chave: Gravidez. Adolescente. Enfermagem

 

A vulnerabilidade da adolescente às doenças sexualmente transmissíveis: contribuições para a prática da enfermagem

Ana Cláudia Mateus Barreto; Rosângela da Silva Santos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 809 - 816

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Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo método empregado foi a História de Vida. Teve por objeto de estudo a vulnerabilidade da adolescente à doença sexualmente transmissível (DST). Os objetivos foram: identificar a condição de vulnerabilidade da adolescente em atendimento em maternidade pública no Rio de Janeiro; descrever as estratégias adotadas por adolescentes para prevenção das doenças sexualmente transmissíveis; analisar, a partir da história de vida de adolescentes, sua condição de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis. A partir da realização deste estudo, evidenciou-se que as adolescentes, ao conviverem em núcleos familiares não coesos, são menos resilientes e, consequentemente, mais vulneráveis a contrair uma DST. O estudo evidenciou a importância de os enfermeiros se apropriarem dos conceitos de vulnerabilidade e resiliência para se tornarem aptos a estimular e aumentar a autoestima das adolescentes, e diminuir a sua vulnerabilidade às DST.

Palavras-chave: Vulnerabilidade. Adolescente. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Enfermagem. Pesquisa Qualitativa

 

As abordagens metodológicas na pesquisa em enfermagem na área de saúde da criança e adolescente: análise da produção científica no período de 1995 a 1999.

Marialda Moreira Christoffel1; Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2002; 6(0): 15 - 24

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O estudo tem por objetivo analisar a produção científica em enfermagem na área de saúde da criança e do adolescente, no período de 1995 a 1999, buscando a identificação das abordagens metodológicas utilizadas. Trata-se de uma pesquisa documental, exploratório-descritiva, de natureza quantitativa, realizada através de levantamento de dados no Catálogo de Pesquisas da ABEN/CEPEN - 75 anos, em CD-ROM. Os resultados apontam para o maior enfoque dado à pesquisa qualitativa (75,4%) em relação à pesquisa quantitativa (19,3%). Cabe destacar que no período do recorte estudado busca-se a superação das abordagens centradas no método biológico, passando-se para uma discussão mais ampla acerca do processo saúde-doença, refletindo-se nas questões que envolvem a saúde da população em geral e que portanto, as abordagens qualitativas são imprescindíveis para atender de modo contextualizado.

Palavras-chave: Enfermagem. Criança e adolescente. Abordagens Metodológicas.

 

As categorias "sofrimento" e "prazer" no trabalho da enfermeira numa abordagem de representações sociais: A experiência de realização de uma investigação

Marcia Tereza Luz Lisboa

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1999; 3(3): 115 - 124

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O estudo trata de apresentar questões referentes à categoria trabalho, de forma geral, e ao trabalho de enfermeira, de forma específica, principalmente no seu contexto de sofrimento e prazer, através de seu estudo pelas Representações Sociais, como preconizadas por Jodelet e Moscovici. Muitos estudos de enfermagem, em especial as teses e dissertações de pós-graduação, focalizam-se na contextualização do objeto de estudo. Geralmente, o mundo do trabalho deixa de ser contextualizado no objeto, escolhido em decorrência da prática da enfermeira. Esse esquecimento pode ocorrer pelo desconhecimento das enfermeiras. Este artigo destaca a possibilidade de investigar as características do trabalho, seu surgimento e como as enfermeiras o representam. Então, ressalta a realização de estudos nesta área, para oferecer maior compreensão sobre trabalho, emprego, desemprego e globalização. Ainda, destaca as representações como produtivas para estudar o sofrimento e o prazer implícitos no trabalho da enfermeira.

Palavras-chave: Representações sociais - Teoria/Metodologia -Trabalho da enfermeira - Sofrimento e prazer.

 

Atitudes, sentimentos e imagens na representação social da sexualidade entre adolescentes

Denize Cristina de Oliveira; Antônio Marcos Tosoli Gomes; Ana Paula Munhen de Pontes; Luiz Phillipi Porto Salgado

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 817 - 823

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Este trabalho tem como objetivo analisar a estrutura da representação social de sexualidade para adolescentes. De natureza qualitativa, foi desenvolvido com 746 jovens de duas escolas públicas do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de evocações livres ao termo indutor "sexualidade" e analisados pelo software EVOC 2003. O conjunto dos sujeitos apresenta uma estrutura representacional positiva, englobando dimensões atitudinais, valorativas e imagéticas. Aspectos negativos aparecem na periferia, indicando uma dimensão familiar e de consequências. Comparando a estrutura das representações por sexo, observa-se que são semelhantes, especialmente pela presença de elementos como "bom", "camisinha" e "prevenção". A especificidade do grupo feminino aparece enfatizando a dimensão atitudinal, enquanto o masculino se distingue por uma associação da sexualidade ao ato sexual. Conclui-se que as representações estão ligadas a comportamentos adotados diante da sexualidade e da sua valorização, bem como da existência de dimensões transversais às diversas estruturas.

Palavras-chave: Sexualidade. Saúde do Adolescente. Pesquisa Qualitativa. Enfermagem

 

Comparativo de personagens da história da enfermagem brasileira

Patrícia de Oliveira Furukawa

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(2): 402 - 405

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Este artigo trata de uma reflexão sobre a história de profissionais que se destacaram na Enfermagem. Para isso, foi realizada uma pesquisa sobre algumas personagens que muito realizaram pela Enfermagem e pela saúde no país. A análise das histórias dessas enfermeiras revelou fatos em comum, como: o rompimento de paradigmas relacionados ao casamento; a formação em instituições renomadas; a ocupação em cargos de grande importância; a participação expressiva em entidades de classe, assim como uma relação com a formação de qualidade. Através de suas biografias, percebe-se que, apesar de o contexto político da época ter favorecido na formação dessas enfermeiras, muito esforço e dedicação foram necessários para essas trajetórias de sucesso, que colaboraram para a consolidação da Enfermagem brasileira.

Palavras-chave: Enfermagem. História da Enfermagem. Enfermeiras

 

Condições de trabalho da enfermagem nas enfermarias de um hospital universitário

Maria Yvone Chaves Mauro; Andréia Fontes da Paz; Carla Christina Chaves Mauro; Michely Alexandrino de Souza Pinheiro; Viviane Gomes Silva

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 244 - 252

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Trata-se de um estudo que aborda a temática do trabalho de enfermagem e tem como foco a percepção dos trabalhadores de enfermagem sobre as suas condições de trabalho. O estudo é do tipo não experimental, com abordagem quantitativa. O objetivo deste artigo é identificar e discutir as condições de trabalho dos trabalhadores de enfermagem nas enfermarias de um Hospital Universitário (HU). Utilizou-se como campo um HU do Estado do Rio de Janeiro, com uma amostra constituída de 296 trabalhadores de enfermagem, no ano de 2008. Nos resultados, foram indicados os fatores de riscos biológicos, físicos, ergonômicos e químicos. Conclui-se que as condições de trabalho são inadequadas e desfavorecem a saúde dos trabalhadores de enfermagem. Este estudo permite ao trabalhador e à instituição discutir o meio ambiente ocupacional e propor mudanças no processo de trabalho.

Palavras-chave: Condições de Trabalho. Saúde do Trabalhador. Riscos Ocupacionais

 

Conhecimentos e opiniões dos trabalhadores sobre o uso e abuso de álcool

Fernanda Ferreira da Fonseca

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 599 - 604

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Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, desenvolvido e fundamentado na abordagem qualitativa. O estudo tem como objetivo analisar o conhecimento e as opiniões dos trabalhadores acerca do uso e abuso de álcool, visando à elaboração de um programa de promoção da saúde no trabalho e prevenção de acidentes relacionados ao uso abusivo dessa substância. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 15 trabalhadores que buscaram atendimento em uma Unidade de Saúde da Família através da consulta de enfermagem. Por meio destas entrevistas, chegou-se à conclusão de que, em geral, os trabalhadores têm pouco conhecimento acerca dos perigos provocados pelo uso abusivo de álcool no trabalho e que é preciso investir em programas de prevenção de acidentes de trabalho causados pelo uso excessivo desta substância, levando-se em consideração o número cada vez maior de casos ocorridos.

Palavras-chave: Prevenção de Acidentes. Alcoolismo. Saúde do Trabalhador

 

Conhecimentos e práticas de adolescentes acerca das DST/HIV/AIDS em duas escolas públicas municipais do Rio de Janeiro

Denize Cristina de Oliveira; Ana Paula Munhen de Pontes; Antônio Marcos Tosoli Gomes; Monique Carvalho Marrafa Ribeiro

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 833 - 841

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Este estudo objetiva analisar os conhecimentos sobre a prevenção das DST/AIDS e a adoção de preservativos masculinos pelos jovens. Estudo quantitativo, realizado com 492 adolescentes de duas escolas do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no ano de 2003 por meio de questionário e analisados com EPI-INFO 6.0. Quanto à prevenção, 94,5% relataram conhecer o preservativo como método eficaz, porém 10,8% consideraram que a pílula anticoncepcional também previne as DST/AIDS, e 16,9% dos adolescentes indicaram que manter relações sexuais apenas com o namorado também se constitui como um método eficaz de prevenção. Com relação às práticas de prevenção, foram analisados apenas os adolescentes com vida sexual ativa (492); destes, 11% nunca usam preservativos nas relações sexuais, 32,7% usam eventualmente, e 53,3% usam em todas as relações sexuais. Conclui-se que o conhecimento não se expressa diretamente em práticas de prevenção e que o relacionamento estável e o uso de anticoncepcionais são associados à prevenção de DST/AIDS, positiva ou negativamente.

Palavras-chave: Sexualidade. Saúde do Adolescente. Pesquisa Quantitativa. Enfermagem

 

Cuidado aos adolescentes na atenção primária: perspectivas de integralidade

Rachel Franklin da Costa1; Maria Veraci Oliveira Queiroz2; Regina Célia Gollner Zeitoune3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 466 - 472

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O estudo tem como objetivo descrever ações dos gestores e enfermeiros com os adolescentes na atenção primária, baseadas nas perspectivas da integralidade. Pesquisa qualitativa com quatro gestores e treze enfermeiros da rede básica de saúde realizada no período de abril a junho de 2010, utilizando entrevista e análise de conteúdo. Da análise emergiu a temática: Ações de cuidados ao adolescente e perspectivas de integralidade. Os sujeitos destacaram o acolhimento como uma ação da equipe, porém com necessidade de estabelecer vínculos e oportunizar meios para motivar a reflexão dos adolescentes acerca de sua responsabilidade mediante as questões de saúde. Tais ações conduzem a possibilidade da integralidade do cuidado. Concluiu-se que os profissionais mostraram as limitações do cuidado a esta população e apresentaram o confronto entre o pensar e o fazer, favorecendo reflexões sobre estratégias que possibilitem o cuidado aos adolescentes na perspectiva de integralidade.

Palavras-chave: Enfermagem. Adolescente. Assistência integral à saúde.

 

Emergindo a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálicaa

Aline Lima Pestana1; Alacoque Lorenzini Erdmann2; Francisca Georgina Macêdo de Sousa3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 734 - 740

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O estudo objetivou desvelar a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálica. Utilizaram-se como referenciais teórico e metodológico o pensamento complexo e a Grounded Theory, respectivamente. Os dados foram coletados em um hospital universitário do nordeste brasileiro, de dezembro de 2010 a junho de 2011, por meio de entrevistas não estruturadas. A amostra teórica constituiu-se de 12 enfermeiros, distribuídos em três grupos amostrais. O fenômeno "Desvelando relações e interações múltiplas do ser enfermeiro na complexidade do cuidado ao ser em morte encefálica" foi delimitado por cinco categorias. Neste artigo, foi abordada a categoria "Emergindo a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálica". O estudo evidenciou que o cuidado ao ser em morte encefálica é caracterizado por desordem e incertezas, fazendo com que o enfermeiro vivencie sentimentos diversos e ambivalentes. A sua complexidade está em compreender a sua singularidade e dialogicidade.

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Morte encefálica. Enfermeiros. Cuidados intensivos. Pesquisa qualitativa.

 

Empregabilidade dos Enfermeiros no Brasil

Ana Luiza Stiebler Vieira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2002; 6(0): 65 - 74

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O trabalho mostra ao longo das décadas de 70, 80 e 90, a absorção dos enfermeiros no país através da oferta e demanda destes profissionais no mercado de trabalho do setor saúde, em outros setores da economia, e aponta sinais de absorção em novos mercados. Analisa que os enfermeiros são profissionais requeridos no mercado de trabalho, cuja empregabilidade vem aumentando ao longo das décadas. Utiliza como fontes da oferta de enfermeiros, os profissionais cadastrados no Conselho Federal de Enfermagem, os concluintes e os cursos de graduação através do Ministério da Educação; e como fontes de demanda, a pesquisa Assistência Médica Sanitária do IBGE, e a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho.

Palavras-chave: Enfermagem. Enfermeiros. Mercado de trabalho. Ocupações em saúde.

 

Estresse da equipe de enfermagem do corpo de bombeiros no atendimento pré-hospitalar móvel

Richiére dos Santos Pereira Salvador1; Bárbara Alcântara de Souza de Almeida Silva2; Márcia Tereza Luz Lisboa3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(2): 361 - 368

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A pesquisa teve como objeto de estudo o estresse evidenciado no trabalho da equipe de Enfermagem do Corpo de Bombeiros no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel. Os objetivos foram: identificar os estressores presentes nessa atividade profissional e analisar a repercussão do estresse na saúde desses profissionais.Caracterizou-se como um estudo qualitativo descritivo-exploratório, envolvendo 10 profissionais. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista gravada eletronicamente, utilizando-se de instrumento semiestruturado. Após transcrição das entrevistas, os aspectos semelhantes e as diferenças encontradas foram agrupados em Categorias de Análise. Confirmou-se que esses profissionais são submetidos a constante estresse, tendo seus hábitos de vida alterados, com repercussão na saúde. Sugere-se que os problemas identificados sejam estudados de maneira a criar estratégias com a finalidade de gerar melhores condições de trabalho para esses profissionais.

Palavras-chave: Estresse ocupacional. Saúde do trabalhador. Enfermagem. Assistência pré-hospitalar. Bombeiros.

 

Exposição ao ruído tecnológico em cti: estratégias coletivas de defesa dos trabalhadores de enfermagem

Elias Barbosa de OliveiraI; Márcia Tereza Luz LisboaII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 24 - 30

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Estudo descritivo com abordagem qualitativa que objetivou identificar e analisar as estratégias coletivas de defesa elaboradas pelos trabalhadores de enfermagem diante do ruído tecnológico em Centro de Terapia Intensiva (CTI). Participaram do estudo 25 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário situado no município de Niterói (RJ) em 2004. Na coleta de dados, utilizou-se a entrevista semi-estruturada mediante um roteiro, e, no tratamento dos dados, a análise de conteúdo revelou os seguintes resultados: o ruído tecnológico gera incômodo e estresse. Para minimizar o sofrimento, os trabalhadores elaboram estratégias coletivas de defesa que os mantêm trabalhando. Conclui-se que as estratégias coletivas de defesa podem se caracterizar num fator que resulta em alienação, ocultando a compreensão real do contexto de trabalho. As ações preventivas e as mudanças a serem implementadas em relação ao ruído no CTI devem ser pautadas na participação dos trabalhadores e se reverterem em melhoria das condições de trabalho e bem-estar do grupo.

Palavras-chave: Enfermagem. Ruído. Saúde do Trabalhador. Saúde Mental

 

Gestação na adolescência com enfoque no casal: movimento existencial

Inez Silva de Almeida; Ivis Emília de Oliveira Souza

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 457 - 464

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A temática da gestação na adolescência, enfocada como patologia e risco sociais, tem sido visualizada a partir dos conceitos prévios da ciência e dos fatos sustentados em uma questão de gênero. Assim, a perspectiva do casal adolescente ainda se encontra obscura. Este estudo teve como objetivo analisar o movimento existencial do casal adolescente que vivencia uma gravidez. É um estudo qualitativo que utilizou a abordagem fenomenológica à luz dos conceitos de Martin Heidegger. A realização das entrevistas ocorreu de março a outubro de 2008. O cenário foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, e os sujeitos foram nove casais adolescentes. Estudar o casal adolescente, em seu vivido da gestação, ou seja, no cotidiano de ser-casal, que é pai/mãe, permitiu construir outras possibilidades de cuidado sustentadas na instância ontológica, velada no cotidiano assistencial que é operacionalizado pelo protocolo de risco gestacional.

Palavras-chave: Gravidez na Adolescência. Adolescente. Assistência Perinatal

 

Grupo focal e discurso do sujeito coletivo: produção de conhecimento em saúde de adolescentes

Vera Lúcia de Oliveira Gomes; Kátia da Silva Telles; Evelyn de Castro Roballo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 856 - 862

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Objetivou-se discutir o emprego do Grupo Focal (GF) para coleta e do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para análise de dados em investigações no Campo da Enfermagem. Essas técnicas foram descritas sob o ponto de vista teórico e prático. Exemplificou-se o emprego pelo detalhamento das etapas metodológicas, de uma pesquisa aprovada em comitê de ética, em que se buscou compreender as implicações das representações de gênero na promoção de saúde de adolescentes do ensino médio, de uma escola pública da cidade do Rio Grande, RS. O GF mostrou-se eficaz, desencadeando discussões e posicionamentos dos jovens acerca da temática proposta, e o DCS permitiu compreender as implicações de tais representações na promoção de saúde desse grupo. Embora tais metodologias sejam pouco utilizadas no Campo da Enfermagem, mostraram-se promissoras para a concretização de investigações científicas.

Palavras-chave: Pesquisa em Enfermagem. Saúde do Adolescente. Gênero e Saúde

 

Intoxicação alcoólica em crianças e adolescentes: dados de um centro de assistência toxicológica

Magda Lúcia Félix de Oliveira; Ivonete Arnauts

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 83 - 89

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O abuso de álcool constitui um dos problemas sociais e de saúde de grande magnitude em nosso tempo. O estudo teve como objetivo caracterizar as ocorrências toxicológicas em crianças e adolescentes com idade até 18 anos, hospitalizados por intoxicação alcoólica e notificados em um Centro de Controle de Intoxicação nos anos de 2003 a 2007. O estudo foi retrospectivo, com análise quantitativa dos dados. Encontraram-se 338 notificações. O abuso de álcool ocorreu predominantemente no sexo masculino, sendo os finais de semana, o período noturno e o uso agudo de maior ocorrência. A intoxicação alcoólica relacionada às ocorrências violentas aumentou em 12 vezes as chances de internação, e observou-se relação significativa entre o uso crônico e o aumento da gravidade clínica. Sugere-se estudos para aprofundar a temática e a implementação de políticas e estratégias preventivas tendo a criança e o adolescente como foco principal.

Palavras-chave: Intoxicação Alcoólica. Adolescente. Notificação

 

Metodologia da problematização no ensino em Enfermagem: uma reflexão do vivido no PROFAE / RS

Diego SchaurichI; Fernanda Beheregaray CabralII; Miriam de Abreu AlmeidaIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 318 - 324

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O artigo configura uma reflexão acerca da experiência de utilização da Metodologia da Problematização no ensino técnico em Enfermagem. Tem como objetivo refletir acerca de algumas possibilidades e dificuldades relacionadas à utilização no ensino técnico em Enfermagem. Para tanto, inicialmente, discorre-se acerca das bases constitutivas da Metodologia da Problematização, passando ao relato da experiência, para então, elencar algumas facilidades e limitações percebidas, quando de sua aplicação na área da saúde e Enfermagem.

Palavras-chave: Enfermagem. Ensino. Educação em Enfermagem. Papel do Técnico de Enfermagem

 

Modelo de enfermagem baseado nas atividades de vida diária: adolescente diabética e deficiente visual

Camilla Pontes Bezerra; Lorita Marlena Freitag Pagliuca; Marli Teresinha Gimeniz Galvão

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 842 - 848

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O diabetes mellitus, doença crônico-degenerativa, pode comprometer a retina. Objetivou-se analisar a eficácia do cuidado de enfermagem fundamentado no Modelo de Enfermagem Baseado nas Atividades da Vida Diária a uma adolescente com deficiência visual decorrente do diabetes mellitus tipo I, utilizando o estudo de caso. Os dados foram coletados em setembro 2006 por entrevistas no domicílio. Os resultados mostram ambiente doméstico inseguro devido a iluminação inadequada, nutrição alterada e déficit de conhecimento relacionado ao controle glicêmico, pressão arterial, sedentarismo e sexualidade. O Modelo foi válido, pois permitiu e promoveu o cuidado e comunicação objetiva entre pesquisadoras e a adolescente que apresentou boa apreensão, mostrou-se segura e autoconfiante, repercutindo em aumento da autoestima e desempenho de atividades de forma mais independente.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Adolescente. Portadores de Deficiência Visual. Enfermagem

 

O abuso de drogas e o mundo do trabalho: possibilidades de atuação para o enfermeiro

Lucia Maria BeckI; Helena Maria Scherlowski Leal DavidII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 706 - 711

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Este artigo é uma análise reflexiva sobre o uso e abuso de substâncias psicoativas, definido como farmacodependência, e o mundo do trabalho contemporâneo. Tem como objetivo contribuir para que o enfermeiro do trabalho construa uma estratégia prática que possibilite a avaliação dos níveis de dificuldades do usuário de drogas para o exercício pleno de atividades laborais, permitindo a elaboração de intervenções adaptativas para a reinserção deste usuário no mundo do trabalho atual, globalizado, dinâmico e ágil, baseado no paradigma da redução de danos para a promoção da saúde e resgate da cidadania.

Palavras-chave: Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias. Local de Trabalho. Redução do Dano. Enfermagem do Trabalho

 

O adolescente e as drogas: conseqüências para a saúde

Antonio José de Almeida FilhoI; Márcia de Assunção FerreiraII; Maria da Luz Barbosa GomesIII; Rafael Celestino da SilvaIV; Tânia Cristina Franco SantosV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 605 - 610

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Pesquisa Documental.
OBJETIVOS: identificar a freqüência do uso/abuso de drogas pelos adolescentes escolares de instituição de ensino médio; e analisar as conseqüências do uso/abuso de drogas para a saúde do adolescente.
FONTES: dois relatórios de pesquisas realizadas com esses adolescentes, no segundo semestre de 2006 e primeiro semestre de 2007. O estudo evidenciou o consumo do álcool como de grande destaque entre os pesquisados e mostrou, ainda, que aproximadamente 6% da população em estudo já teve contato com drogas ilícitas. Além disso, constatou-se que o enfermeiro se apresenta como ator estratégico nas ações direcionadas para este tema, no sentido de buscar abordagens que ampliem o olhar e as possibilidades de intervenção, sobretudo no nível de prevenção e promoção à saúde.

Palavras-chave: Adolescente. Saúde do adolescente. Enfermagem. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias

 

O Agir do Enfermeiro em uma Unidade Básica de Saúde Análise compreensiva das necessidades e demandas

Florence Romijn Tocantins1; Elvira De Felice Souza2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1997; 1(1): 143 - 159

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A pesquisa teve por objetivo compreender o significado de necessidade no contexto assistencial do enfermeiro em uma Unidade Básica de Saúde. Optou-se por uma trajetória que possibilitasse o desvelar deste significado a partir da inter-relação dos significados conferidos por aqueles obrigatoriamente envolvidos -o cliente e o enfermeiro, mediante o referencial teórico-metodológico proposto por Alfred Schutz. A análise comparativa entre os dois tipos constituídos possibilitou identificar que, enquanto o cliente apresenta como necessidade o pronto-atendimento para um problema de saúde vivenciado, o enfermeiro orienta a sua assistência para necessidades epidemiologicamente concebidas. Esta não reciprocidade de perspectivas conduziu a algumas considerações tendo em vista a adequação das ações do enfermeiro às necessidades assistenciais da população.

Palavras-chave: Needs and Health Services Demands, Nurses, Nursing Philosophy.The Primordia of Modern Nursing in Br

 

O conhecimento de adolescentes sobre drogas lícitas e ilícitas: uma contribuição para a enfermagem comunitária

Regina Célia Gollner Zeitoune; Vinícius dos Santos Ferreira; Helaine Silva da Silveira; Ana Maria Domingos; Aniely Coelho Maia

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 57 - 63

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O estudo teve como objetivos verificar o conhecimento do adolescente, morador de uma comunidade do Rio de Janeiro, sobre as drogas lícitas e ilícitas e analisar a relevância do conhecimento perante as ações preventivas sobre esse fenômeno. Foi desenvolvido com base na abordagem qualitativa, cujos dados foram coletados utilizando-se a técnica de grupo focal, seguida da análise temática. Projeto aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa Escola de Enfermagem Anna Nery/Hospital Escola São Francisco de Assis, protocolo número 047/2010. Verificou-se, diante das respostas, que os adolescentes diferenciavam drogas lícitas das ilícitas, citando os tipos mais usados. Os jovens também relacionaram o uso dessas substâncias com problemas sociais e familiares, além de agravos à saúde. Concluiu-se que é preciso priorizar políticas preventivas em que o enfermeiro desenvolva atividades educativas com os adolescentes e familiares no intuito de orientar os jovens e familiares sobre as questões das drogas lícitas e ilícitas na perspectiva de eliminar ou reduzir o consumo destas drogas.

Palavras-chave: Enfermagem. Adolescentes. Conhecimento. Drogas de abuso

 

O conhecimento político na atuação do enfermeiro

Karin Rosa Persegona I; Daniele Laís Brandalize Rocha II; Maria Helena Lenardt III; Ivete Palmira Sanson Zagonel IV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 645 - 650

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O artigo tem por objetivo refletir acerca do conhecimento empírico, ético, estético e pessoal proposto por Carper e de um quinto padrão de conhecimento denominado sociopolítico segundo White. A Enfermagem, ao delimitar seu campo de atuação, necessita explicitar suas formas de conhecer, produzir e validar o conhecimento, para consolidar-se como disciplina e profissão que se organiza e expressa socialmente com identidade singular em um complexo campo de conhecimento. O padrão de conhecimento sociopolítico contribui para que o enfermeiro tenha uma visão abrangente, na qual se particulariza a responsabilidade e o compromisso como agente de mudança organizacional, social e política, investindo na inovação e sustentabilidade do processo de trabalho da enfermagem em defesa da saúde individual e coletiva.

Palavras-chave: Conhecimento. Cuidados de Enfermagem. Papel do Profissional de Enfermagem

 

O estresse e a enfermagem: a percepção das auxiliares de enfermagem de uma instituição pública

Thelma SpindolaI; Elizabeth Rose da Costa Martins II

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 212 - 219

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Estudo descritivo em abordagem qualitativa que teve como objetivo identificar como as auxiliares de enfermagem relacionam o estresse às suas atividades diárias. Foram investigadas 15 trabalhadoras de um hospital público no município do Rio de Janeiro. A análise temática dos resultados evidenciou que o estresse é percebido como um distúrbio emocional que acarreta desequilíbrio da saúde mental, ocasionando irritação, mau humor e incapacidade para o trabalho. Não se julgam estressadas, embora algumas refiram esta sensação em certas ocasiões. Acreditam que a atividade laboral pode contribuir para o estresse pelas condições e características do trabalho que realizam. Podemos concluir que embora definam o estresse como um distúrbio e atuem em condições desfavoráveis, nem todas percebem a influência destes fatores no seu equilíbrio emocional, sendo importante que se valorize a saúde mental dos trabalhadores, especialmente os profissionais de enfermagem, que necessitam estar bem física e mentalmente para interagirem com a clientela auxiliando-os.

Palavras-chave: Estresse. Saúde do Trabalhador. Ambulatório Hospitalar

 

O perfil das puérperas adolescentes atendidas em uma maternidade de referência de Fortaleza-Ceará

Náira de Oliveira Caminha1; Camila Chaves da Costa2; Raquel Ferreira Gomes Brasil3; Deise Maria do Nascimento Sousa4; Lydia Vieira Freitas5; Ana Kelve de Castro Damasceno6

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 486 - 492

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Objetivou-se caracterizar o perfil das puérperas adolescentes de uma maternidade de Fortaleza-CE. Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado no Alojamento Conjunto da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no período de março a julho de 2009, com 200 adolescentes. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas. A maioria apresentava idade entre 15 e 19 anos (91,0%), residia na capital (78,0%), vivia com o pai de seu filho (64,5%), tinha baixa escolaridade (55,5%), considerava-se parda (61,5%) e dona-de-casa (53%). Quanto aos métodos anticonceptivos, 73,5% usaram algum método antes de engravidar, 65,5% desejaram a gravidez e 32,5% planejaram a gravidez. Durante a gravidez, 18,5% tiveram internação hospitalar e 82,5% não utilizavam drogas. Torna-se relevante a função do enfermeiro como educador em saúde para orientá-las e torná-las autônomas na promoção de sua saúde sexual.

Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Saúde do adolescente. Enfermagem.

 

O significado atribuído ao papel masculino e feminino por adolescentes de periferia

Maria Aparecida Baggio; Jacira Nunes Carvalho; Marli Terezinha Stein Backes; Dirce Stein Backes; Betina Hörner Schlindwein Meirelles; Alacoque Lorenzini Erdmann

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 872 - 878

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Trata-se de pesquisa-ação cujo objetivo foi compreender os significados atribuídos ao papel masculino e feminino pelos adolescentes/jovens integrantes de um projeto de inclusão social. Participaram 27 sujeitos vinculados aos grupos da Gastronomia, Estética e Nova Descoberta. Os dados derivam da oficina "conhecimento do corpo humano", desenvolvida nos três grupos em momentos distintos, por meio da construção de cartazes, atividades de recorte, colagem, desenho, escrita; utilização de manequim e abordagem dialógica do tema. Os dados foram analisados conforme o método de análise temática de conteúdo. Os resultados apontam duas categorias: "a fortaleza e o poder masculino" e "o papel contraditório do gênero feminino". Conclui-se que as diferenças dos papéis masculino e feminino, relacionadas ao contexto sócio-político-cultural no qual os adolescentes/jovens estão inseridos, tem repercussões importantes na forma que vivem a sua sexualidade, e, acima de tudo, na construção do seu viver saudável e de sua cidadania.

Palavras-chave: Enfermagem. Cuidados de Enfermagem. Promoção da Saúde. Educação em Saúde. Adolescente

 

O trabalho educativo em saúde nas comunidades rurais: as experiências da enfermagem no Brasil e no Peru

Magda Núnez Vargas1; Laura Tavares Ribeiro Soares2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1997; 1(3): 54 - 71

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Este trabalho apresenta uma síntese do que foi a nossa Dissertação de Tese de Mestrado defendida na EEAN/UFRJ em dezembro de 1996, onde analisamos a utilização das diferentes metodologias de trabalho educativo em saúde, implementadas pela equipe de enfermagem em comunidades rurais no BRASIL (Xerém-RIO DE JANEIRO) e Peru (Santo Tomás-IQUITOS), visando descrever as características das metodologias do trabalho educativo em saúde nas comunidades rurais, numa perspectiva latino-americana; comparar as modalidades de utilização das metodologias do trabalho educativo em saúde no Brasil e no Peru; e discutir e identificar as diferentes formas de participação dos habitantes das comunidades rurais nos trabalhos educativos em saúde. Incorporamos também, na análise, as diferentes práticas de participação da população organizada residente nas respectivas comunidades. Para ambos os aspectos, fizemos uma comparação entre os dois países, na busca de alternativas e respostas ao tratamento das diferenças e semelhanças entre os nossos países, o qual é fruto da reflexão que vem ocorrendo no espaço da educação em saúde. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa qualitativa, com uma abordagem comparativa, numa perspectiva histórico-dialética, destacando os principais fatos históricos, econômicos, políticos e sociais que contextualizam a problemática analisada. Foram feitos dois estudos de caso, onde utilizamos, para a coleta de dados, a entrevista semi-estruturada e a observação participante. Os sujeitos dos estudos foram os membros da equipe de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares); os líderes comunitários; e alguns moradores das comunidades de ambos os países. Tivemos como referencial teórico Paulo Freire, Gramsci, Marx, Egry entre outros, que ajudaram-nos a recolocar o problema da diferença e da comparação, considerando os métodos educativos em saúde como parte de determinadas totalidades histórico-sociais, que possuem, nos respectivos países, particularidades históricas e culturais. As conclusões deste trabalho indicam que existem determinadas características particulares de utilização de metodologias de trabalho educativo em saúde nas comunidades rurais. Essas características estão, por sua vez, relacionadas com o sistemas de saúde de cada país e com o momento histórico, político e social vivenciado por cada comunidade. No entanto, essas metodologias não apresentam uma continuidade linear no tempo: num determinado momento podem conter elementos dos diversos enfoques. Além disso, encontra-se, na prática do dia-a-dia das unidades, falta de acompanhamento sistemático e de supervisão formal. Identificou-se, também, nas comunidades assistidas, uma heterogeneidade nos graus de conscientização e participação do cidadão, o que limita uma atuação com maior poder de cobrança, junto às autoridades de saúde e às lideranças políticas em favor da melhoria da qualidade de vida nessas comunidades.

Palavras-chave: estudo comparativo - Enfermagem; educação em saúde; Enfermagem em Saúde Comunitária

 

Oficinas sobre sexualidade na adolescência: revelando vozes, desvelando olhares de estudantes do ensino médio

Sônia Maria SoaresI; Marta Araújo AmaralII; Líliam Barbosa SilvaIII; Patrícia Aparecida Barbosa SilvaIV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 485 - 491

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Trata-se de pesquisa com adolescentes de uma escola estadual do município da região norte de Minas Gerais - Brasil com o objetivo de compreender como vivem e exercitam sua sexualidade. O estudo foi desenvolvido por meio de oficinas lúdico-pedagógicas na abordagem qualitativa. Os resultados apontam que o conceito de sexualidade limita-se às relações sexuais entre duas pessoas de sexo oposto. Os alunos enfatizaram o risco de uma gravidez indesejada e reconheceram a importância do uso de métodos contraceptivos. As oficinas propiciaram um ambiente favorável para discussão de mudanças de atitude pelos adolescentes por meio da informação, reflexão e expressão de idéias e sentimentos, representando um processo a ser complementado pela família, escola e políticas sociais locais.

Palavras-chave: Gravidez na Adolescência. Adolescente. Sexualidade. Educação em Saúde

 

Parto prematuro de adolescentes: influência de fatores sociodemográficos e reprodutivos, Espírito Santo, 2007

Priscilla Rocha Araújo Nader; Lis Alborghetti Cosme

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 338 - 345

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A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, podendo trazer consequências negativas para a adolescente, sua família e para o concepto/recém-nascido.
OBJETIVOS: Identificar diferenças entre as características sociodemográficas e reprodutivas das mães adolescentes com parto a termo e com parto pré-termo, no Espírito Santo em 2007.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo quantitativo. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Nascidos Vivos, sendo realizada análise descritiva de 9.841 Declarações de Nascidos Vivos. A relação entre a variável dependente (termo) e fatores foi testada pelo teste exato de Fisher, com á=0,05. Os resultados evidenciaram que as diferenças nas características das mães adolescentes com parto a termo e pré-termo ocorreram nas seguintes variáveis: idade entre 10 a 14 anos (p=0,016), estado civil casada (p=0,014), número de consultas pré-natais quando insuficientes (p=0,000) e gestação dupla (p=0,000). Houve maior incidência de partos prematuros no Sistema Único de Saúde (p=0,000).

Palavras-chave: Gravidez. Adolescente. Trabalho de Parto Prematuro

 

Percepções das enfermeiras frente. à dor dos recém-nascidos hospitalizados na UTI neonatal

Marialda Moreira Chrisroffel1; Leila Rangel da Silva2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2002; 6(0): 53 - 63

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Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de natureza quanti-qualitativa, realizado durante o curso de especialização em enfermagem neonatal e pediátrica e teve por objetivo conhecer a percepção das enfermeiras frente à dor do recém-nascido hospitalizado na UTI neonatal. No período de 1999 a 2002, 47 enfermeiras de três Universidades do Rio de Janeiro responderam ao questionário sobre dor antes do curso "Manejo Comportamental da Dor no Recém-Nascido e na Criança" ser ministrado. Os resultados evidenciaram que 87,2% das enfermeiras não receberam treinamento específico para reconhecer ou avaliar a dor do recém-nascido. Porém, 97,9% sabiam identificar e reconhecer a dor, no seu cotidiano de assistência, durante a realização de procedimentos invasivos ou intervenções de enfermagem. É importante que as Escolas de Enfermagem em nível de graduação incluam em seus currículos a temática dor, e principalmente discutam as medidas comportamentais que ainda é um grande desafio para a enfermagem.

Palavras-chave: Neonato. Dor. Humanização. Ensino de Enfermagem.

 

Perfil epidemiológico de adolescentes atendidas no pré-natal de um hospital universitário

Thelma SpindolaI; Larissa Freire Furtado da Silva II

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 99 - 107

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Estudo exploratório, descritivo, quantitativo, que objetivou identificar características sociodemográficas de adolescentes grávidas, delineando o perfil epidemiológico. Realizado em um hospital universitário no Rio de Janeiro, foram analisadas 112 fichas do período 2004-2006. Os resultados evidenciam que a maioria das adolescentes (68,7%) tinha idade entre 15 e 17 anos e ensino fundamental completo (69,5 %); eram estudantes (64,3%), tinham renda familiar de 1 a 3 salários mínimos (66,9%). Tiveram sexarca 1 a 3 anos após a menarca (55,3%); eram primigestas (79,4%) e, embora 75% não tivessem planejado a gestação, esta foi bem aceita (em 58,9%). Apesar de 49,1% das jovens terem feito uso de métodos contraceptivos, 88,3% nunca praticaram aborto. Não havia registro de intercorrências obstétricas em 72 fichas, evidenciando que a maioria das jovens apresentou uma gestação fisiológica, embora a gravidez na adolescência seja considerada de risco. Conclui-se que a insuficiência de adesão aos métodos contraceptivos contribui para a elevação da incidência da gestação não planejada neste contingente populacional.

Palavras-chave: Gravidez. Adolescente. Cuidado Pré-natal. Saúde da Mulher

 

Prazer e sofrimento no exercício gerencial do enfermeiro no contexto hospitalar

José Luís Guedes dos Santos1; Adelina Giacomelli Prochnow2; Dalva Cezar da Silva3; Rosângela Marion da Silva4; Joséte Luzia Leite5; Alacoque Lorenzini Erdmann6

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(1): 97 - 103

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Este estudo objetivou analisar os fatores de prazer e sofrimento no exercício gerencial do enfermeiro no contexto hospitalar. Trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva com abordagem qualitativa, que utilizou como técnica de coleta a entrevista semiestruturada. Foi realizada em um hospital universitário, e os dados foram analisados mediante análise temática. Os 19 enfermeiros que participaram do estudo revelaram que a gerência é fonte de prazer quando há crescimento pessoal e profissional, reconhecimento dos colegas e satisfação do paciente; e fonte de sofrimento em função das dificuldades de relacionamento com a equipe de trabalho e da sobrecarga de trabalho. Ressalta-se a necessidade de os enfermeiros gerentes compreenderem a dualidade sofrimento e prazer na busca de um trabalho mais construtivo e realizador, por meio de maior articulação da atividade gerencial, com a experiência de vida, além do respaldo institucional e apoio dos colegas de trabalho.

Palavras-chave: Gerência. Supervisão de enfermagem. Serviço hospitalar de enfermagem. Saúde do trabalhador.

 

Reflexões acerca do abuso de drogas e da violência na adolescência

Kelanne Lima da Silva; Fernanda Lima Aragão Dias; Neiva Francenely Cunha Vieira; Patrícia Neyva da Costa Pinheiro

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(3): 605 - 610

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Estudo qualitativo que objetivou a realização de ações de Educação em Saúde visando à reflexão crítica dos adolescentes sobre o uso abusivo de drogas e consequentes comportamentos violentos. Realizado em uma escola pública de Fortaleza, com 23 adolescentes de 14 a 20 anos, nos meses de setembro e outubro de 2007. Adotou-se como referencial teórico-metodológico a pesquisa-ação. Os dados foram coletados durante a realização de quatro oficinas de grupo focal, juntamente com o diário de campo. Observou-se que os adolescentes experimentam as drogas por desinformação, curiosidade e fácil acesso. O uso de drogas pode desencadear a violência reconhecida por atitudes agressivas, o que limita sua compreensão. As estratégias de Educação em Saúde direcionadas aos adolescentes contribuem para um padrão de vida mais saudável, pois facilita a identificação dos fatores de riscos e tem a finalidade de reduzir a vulnerabilidade desses adolescentes.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Adolescente. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias. Violência

 

Representações culturais de saúde, doença e vulnerabilidade sob a ótica de mulheres adolescentes

Lucia Beatriz Ressel I; Graciela Dutra Sehnem II; Carolina Frescura Junges III; Izabel Cristina Hoffmann IV; Maria Celeste Landerdahl V

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 552 - 557

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O artigo apresenta um recorte de pesquisa descritiva, do tipo exploratório, com abordagem qualitativa, cujo objetivo consistiu em conhecer de que forma a cultura influencia no comportamento de adolescentes, contribuindo na sua vulnerabilidade. O estudo trata da visão de mulheres adolescentes que integram um projeto de ensino e extensão em desenvolvimento em escolas de ensino fundamental da Região Sanitária Norte de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, utilizou-se como instrumento para obtenção de informações uma entrevista semiestruturada com questões que nortearam o objetivo da investigação. Os resultados apontaram para a importância da estruturação de processos educativos com adolescentes voltados para a construção de habilidades para a vida, o que permite resistir às pressões na adoção de comportamentos de risco que possam afetar sua saúde e seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Saúde da Mulher. Adolescente. Cultura

 

Representações sociais de mulheres sobre a amamentação: teste de associação livre de idéias acerca da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo

Cácia Mônica OsórioI; Ana Beatriz Azevedo QueirozII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 261 - 267

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A interrupção prematura do aleitamento materno exclusivo (AME) constitui um problema com características biológicas, psicológicas e socioculturais. Este trabalho visa descrever as representações sociais da amamentação para mulheres que interromperam precocemente o AME. Foram entrevistadas 30 mulheres (15 trabalhavam no lar - Ntr, 15 trabalhavam fora - Tr) em aleitamento misto atendidas no Programa Saúde da Família do município de Resende (RJ). Os dados foram coletados de agosto a outubro de 2005 através do Teste de Associação Livre de Idéias, visando emergir associações relativas às palavras exploradas ao nível dos estereótipos sociais, seguido da análise de conteúdo de Bardin. Os dados mostraram elevada freqüência da categoria "prazer, amor e carinho", demonstrando o reconhecimento da importância do aleitamento e do leite humano. "Saúde do bebê" teve maior expressividade no grupo NTr, sugerindo que essas mulheres ancoraram a amamentação no processo saúde-doença. Concluiu-se que as mulheres reconhecem a importância de amamentar, mas não de sua exclusividade até o sexto mês.

Palavras-chave: Amamentação. Aleitamento Materno. Desmame Precoce. Pesquisa Qualitativa

 

Representações sociais de profissionais de saúde sobre a hipertensão arterial: contribuições para a enfermagem

Maria Enoia Dantas da Costa e Silva; Maria Eliéte Batista Moura

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 75 - 82

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A Hipertensão Arterial, como grave problema de Saúde Pública, apresenta dificuldades de controle, destacando-se a dimensão psicossocial. O estudo objetivou apreender as representações sociais dos profissionais de saúde sobre a doença e as medidas de controle e explorar aspectos psicossociais relacionados aos conhecimentos, posicionamentos e comportamentos destes profissionais. Estudo exploratório, realizado em um Centro de Saúde, com 19 profissionais cujos dados foram coletados em três grupos focais e processados pelo software Alceste 4.8. As manifestações e descrições explicativas evidenciaram conhecimento dos profissionais sobre as dificuldades relacionadas às mudanças no estilo de vida das mulheres hipertensas e fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença. O conhecimento destes aspectos traz contribuições por desvendar as questões subjetivas, peculiares da Hipertensão Arterial.

Palavras-chave: Saúde. Hipertensão. Cuidados de Enfermagem

 

Sofrimento psíquico em crianças e adolescentes - a busca pelo tratamento

Ana Ruth Macêdo Monteiro1; Liane Araújo Teixeira2; Renata Saraiva Martins da Silva3; Kamylla Paulla Saldanha Rabelo4; Suzane de Fatima do Vale Tavares5; Rafaela Carolini de OliveiraTávora6

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 523 - 529

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Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva com abordagem qualitativa, realizada em um centro de atenção psicossocial infantil - CAPSi, do município de Fortaleza-CE. Este estudo objetiva descrever a atitude da família na busca de tratamento da criança/ adolescente em sofrimento psíquico. Os sujeitos desta pesquisa constituem-se de 42 familiares cuidadores de crianças e adolescentes, usuários do CAPSi. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise dos dados foi feita por meio de entrevistas divididas em categorias, em que as falas com ideias semelhantes se reuniam em uma mesma categoria. Os resultados mostram um importante elemento sobre a falta de assistência à família do indivíduo em adoecimento psíquico, evidenciando a fundamental importância de englobar toda a família no processo terapêutico. Concluiu-se que se fazem necessárias reflexões acerca da atenção de saúde direcionada ao adoecimento psíquico, em relação às crianças e adolescentes, bem como em relação às famílias envolvidas, prevenindo ou intercedendo precocemente no adoecimento psíquico.

Palavras-chave: Saúde mental. Família. Criança. Adolescente. Enfermagem.

 

Trabalho da enfermagem e distúrbio musculoesquelético: revisão das pesquisas sobre o tema

Tânia Solange Bosi de Souza Magnago; Márcia Tereza Luz Lisboa; Rosane Harter Griep

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 560 - 565

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Este estudo teve por objetivo identificar a produção brasileira de teses e dissertações sobre os distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores de enfermagem. As publicações foram pesquisadas no banco de teses e dissertações do Portal CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e nos catálogos da ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem), no período de 1978 a 2004. Foram selecionados os resumos de teses e dissertações de acordo com os seguintes critérios: desfecho "musculoesquelético" em população de trabalhadores de enfermagem. Dezoito estudos preencheram os critérios de inclusão. Destes, dois tiveram abordagem qualitativa; um, abordagem qualiquantitativa; e quinze, abordagem quantitativa. Os Cursos de Pós-graduação da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Rio de Janeiro foram os que se destacaram em produções na temática em tela. Os trabalhos apontam tanto para o crescente adoecimento musculoesquelético dos trabalhadores de enfermagem quanto para as inadequadas condições de trabalho como fator de risco para esse adoecimento.

Palavras-chave: Transtornos Traumáticos Cumulativos. Saúde Ocupacional. Enfermagem. Condições de Trabalho

 

Trabalho noturno e a repercussão na saúde dos enfermeiros

Rosângela Marion da Silva; Carmem Lúcia Colomé Beck; Tânia Solange Bosi de Souza Magnago; Maria Isabel Sampaio Carmagnani; Juliana Petri Tavares; Francine Cassol Prestes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 270 - 276

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O trabalho de enfermagem é organizado em turnos para prestar cuidado ininterrupto e atender a demanda da população por serviços de saúde. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, realizada no período de março de 2008 no Hospital Universitário de Santa Maria/RS, Brasil. O objetivo é apresentar e discutir as alterações na saúde percebidas por enfermeiros do período noturno. Os participantes foram 42 enfermeiros submetidos a entrevista cujos dados foram analisados segundo a análise temática. Os resultados evidenciaram que 27 enfermeiros percebem alterações na saúde como a má qualidade no sono/repouso, o cansaço/desgaste, entre outras. Por outro lado, há a conveniência de trabalhar no período noturno para continuar os estudos ou a possibilidade de conciliar o segundo emprego. Pôde-se concluir que é necessário uma compreensão do trabalhador sobre os limites do seu corpo para que a realização da atividade não interfira no processo saúde-doença e não comprometa a assistência prestada.

Palavras-chave: Trabalho Noturno. Saúde do Trabalhador. Tolerância ao Trabalho Programado. Enfermagem

 

Trabalho precoce e acidentes ocupacionais na adolescência

Márcia Elena Andrade Santos; Maria Yvone Chaves Mauro; Christiano Gripp Brito; Débora Campos Machado

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 824 - 832

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Estudo transversal, descritivo e quantitativo, com o objetivo de investigar a ocorrência de acidentes ocupacionais em adolescentes trabalhadores. Realizado de abril a agosto de 2008, com uma amostra aleatória de 308 adolescentes entre 14 e 18 anos de idade. Os resultados evidenciaram que 168 (54,5%) eram trabalhadores, 42%, desses, alegaram ter sofrido acidentes típicos, (18,5%) acidentes de trajeto, 14,9% afastaram-se do trabalho, 51,4% não tinham carteira assinada e a maioria era do sexo masculino. Os cortes e perfurações foram os acidentes mais ocorridos (27,5%), a queimadura constituiu o principal agravo (26,9%) e as partes do corpo mais afetadas foram mãos e dedos (40,4%). Conclui-se que os acidentes ocupacionais configuram-se como uma expressão da violência contra os jovens trabalhadores e um grave problema de Saúde Pública. Deve ser incorporado com prioridade na agenda dos serviços públicos e o enfermeiro, junto à equipe de saúde, podem ser os principais articuladores desse processo.

Palavras-chave: Adolescente. Trabalho de menores. Acidentes de trabalho. Saúde do trabalhador. Enfermagem

 

Transtornos por consumo de álcool (AUDIT) em adolescentes e jovens marginais de bandos juvenis do México

Francisco Rafael Guzmán FacundoI; Luiz Jorge PedrãoII; Lucio Rodríguez AguilarIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 611 - 618

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Adolescentes e jovens que pertencem a bandos juvenis com freqüência são omitidos dos estudos nacionais sobre consumo de álcool e drogas. O objetivo da presente pesquisa foi conhecer os transtornos por consumo de álcool e analisar o efeito de fatores pessoais sobre estes, em 125 adolescentes e jovens marginais de bandos juvenis do México. Os resultados mostraram que 70% têm consumo excessivo, 62% se classificou em um consumo prejudicial, e o 50% com dependência. Os fatores que maior contribuíram na predição do consumo excessivo foram a idade, sexo e o baixo nível educacional, para o consumo prejudicial foram a idade e os problemas de saúde mental, e para o consumo dependente foram a idade, os anos de escolaridade e os problemas de saúde mental. Estes resultados possibilitaram a reflexão da necessidade de elaboração de programas adequados direcionados à prevenção neste grupo de jovens.

Palavras-chave: Alcoolismo. Fatores de Risco. Adolescente

 

Vulnerabilidades de adolescentes com vivências de rua

Camila Rose Guadalupe Barcelos Schwonke; Adriana Dora da Fonseca; Vera Lúcia de Oliveira Gomes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 849 - 855

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Estudo exploratório-descritivo, qualitativo, efetuado nos meses de maio e junho de 2006, com o objetivo de discutir o contexto de vulnerabilidades em que estão inseridos os adolescentes que vivenciaram o ambiente de rua, com ênfase na exposição à infecção pelo HIV. A História Oral foi a técnica escolhida para a coleta dos dados, que foi operacionalizada por meio de entrevistas individuais gravadas e transcritas. Os informantes foram seis moças e seis rapazes que se encontravam acolhidos em duas instituições de abrigo de uma cidade do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados revelam que a baixa escolaridade e o barato das drogas os expõem a riscos, e que, acerca da camisinha, ainda há contradições. Tais fatores aumentam a vulnerabilidade às DSTs e AIDS, tendo em vista que o ambiente da rua não oferece condições necessárias à tomada de decisões conscientes, somando-se ao fato de estarem distantes do acesso a serviços e profissionais de saúde.

Palavras-chave: Saúde do Adolescente. Vulnerabilidade. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Pesquisa Qualitativa

 

 

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