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A cartografia na enfermagem: uma proposta de abordagem metodológica

Paula Regina Virginio Moraes de Catrib; Isabel Cristina dos Santos Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 399 - 405

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Trata-se de um relato de experiência que tem por objetivo descrever a aplicação da cartografia na coleta de dados de uma tese de doutorado, cujo objeto de estudo trata das estratégias da equipe de enfermagem para a criança hospitalizada com doenças infecciosas e parasitárias. O texto aborda a técnica da geografia-cartografia e sua utilização nos estudos de enfermagem, e também sua aplicação. Essa técnica possibilita a construção de um saber, caracterizando os sistemas de ações que dão movimento e que mapeiam o espaço. Ela propicia uma leitura sobre o quadro das práticas e das realidades, e também o entendimento das especialidades, revelando-se em um processo com significado para uma leitura social do mundo. A realização de pesquisas de enfermagem que utilizam a cartografia ainda é muito escassa; porém, acredita-se que a cartografia possa colaborar para a construção de um saber, caracterizando os sistemas de ações que dão movimento e que mapeiam o espaço.

Palavras-chave: Cartografia. Pesquisa Qualitativa. Enfermagem. Criança Hospitalizada

 

A dramatização no espaço hospitalar: uma estratégia de pesquisa com crianças

Sylvia Alves Cibreiros; Isabel Cristina dos Santos Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 165 - 170

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O estudo tem por objetivo descrever a dramatização como uma abordagem metodológica, explicitando sua concepção teórica e a coleta de dados dessa estratégia nas pesquisas qualitativas com escolares hospitalizadas. A dramatização vincula-se ao brincar, uma forma de linguagem na infância, e mostrou-se como uma estratégia de coleta de dados promissora a ser usada por pesquisadores que desejem conhecer as percepções e entendimento das crianças sobre os diversos contextos de vida e papéis sociais, constituindo-se em opção de abordagem das crianças em pesquisas qualitativas.

Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica. Criança Hospitalizada. Pesquisa Qualitativa. Coleta de Dados

 

A reforma psiquiátrica na visão de quem cuida: percepções de profissionais do serviço residencial terapêutico

Danielle Souza Silva; Dulcian Medeiros de Azevedo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 587 - 594

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O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) tem se destacado como peça fundamental para a concretização do processo de desinstitucionalização e reabilitação psicossocial. Objetivou-se investigar as percepções dos profissionais de enfermagem atuantes no SRT sobre a Reforma Psiquiátrica, e sua relação com a formação técnico-científica e prática profissional. Estudo de natureza descritiva, com abordagem qualitativa, sendo entrevistados seis profissionais de enfermagem atuantes no SRT de Caicó-RN. A coleta foi realizada entre os meses de outubro e dezembro de 2009. A Reforma Psiquiátrica foi percebida como um movimento complexo que tem como finalidade modificar o trabalho na área da Psiquiatria; a partir dela o profissional é "motivado" a assumir uma nova posição em relação ao doente, uma postura mais horizontal e humanizada. Este estudo contribuiu para o melhor entendimento da realidade pesquisada, no que se refere à mudança na rede de saúde mental.

Palavras-chave: Equipe de Enfermagem. Prática Profissional. Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental. Enfermagem Psiquiátrica

 

A representação social de familiares nos centros de atenção psicossocial

Dulcian Medeiros de Azevedo; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 354 - 360

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Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) estão previstos como as portas de entrada e regulação em saúde mental, e foram criados na intenção de substituir as internações nos manicômios pelo atendimento aberto na comunidade. Objetivou-se apreender as representações sociais dos familiares de usuários dos CAPS do Município de Natal-RN, a respeito de sua participação nas atividades desses serviços. Pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, desenvolvida com 28 familiares por meio de entrevista semiestruturada, entre agosto e setembro de 2007. Os dados obtidos receberam o suporte informacional do software ALCESTE. Os familiares estruturam sua representação social em face de uma necessidade e esperança por mudanças no tratamento de saúde de seus familiares, cristalizadas pela tomada de posicionamento e comportamento, amparados na presença do espaço ambiental dos CAPS. A participação familiar ainda não reúne, nos cenários investigados, condições para promover a inserção do familiar, pois a presença física constatada ainda não é o bastante.

Palavras-chave: Psicologia Social. Serviços de Saúde Mental. Família. Enfermagem Psiquiátrica. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias

 

A visão da família sobre o trabalho de profissionais de saúde mental de um centro de atenção psicossocial

Marcio Wagner Camatta I; Jacó Fernando Schneider II

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 477 - 484

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O objetivo foi compreender a visão de familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em relação ao trabalho da equipe de saúde mental. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa do tipo fenomenológico, com a utilização do referencial da sociologia fenomenológica de Alfred Schütz. Os dados foram coletados por meio de entrevista realizada com 13 familiares de usuários de um CAPS em 2006. A análise compreensiva permitiu considerar que os familiares se sentem, diante das ações da equipe, reconhecidos por esta em sua situação biográfica, embora este reconhecimento não seja pleno. Além disso, a gestão das políticas de saúde mental municipal tem refletido negativamente no cotidiano de trabalho da equipe. Conhecer e compreender a biografia da família e reconhecê-la como uma parceira imprescindível à equipe de saúde mental pode servir como uma potente estratégia de atenção em saúde mental, contribuindo para a consolidação de políticas públicas em saúde mental.

Palavras-chave: Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental. Família. Filosofia

 

A vulnerabilidade da adolescente às doenças sexualmente transmissíveis: contribuições para a prática da enfermagem

Ana Cláudia Mateus Barreto; Rosângela da Silva Santos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 809 - 816

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Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo método empregado foi a História de Vida. Teve por objeto de estudo a vulnerabilidade da adolescente à doença sexualmente transmissível (DST). Os objetivos foram: identificar a condição de vulnerabilidade da adolescente em atendimento em maternidade pública no Rio de Janeiro; descrever as estratégias adotadas por adolescentes para prevenção das doenças sexualmente transmissíveis; analisar, a partir da história de vida de adolescentes, sua condição de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis. A partir da realização deste estudo, evidenciou-se que as adolescentes, ao conviverem em núcleos familiares não coesos, são menos resilientes e, consequentemente, mais vulneráveis a contrair uma DST. O estudo evidenciou a importância de os enfermeiros se apropriarem dos conceitos de vulnerabilidade e resiliência para se tornarem aptos a estimular e aumentar a autoestima das adolescentes, e diminuir a sua vulnerabilidade às DST.

Palavras-chave: Vulnerabilidade. Adolescente. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Enfermagem. Pesquisa Qualitativa

 

Ações de saúde mental na estratégia saúde da família e as tecnologias em saúde

Fernanda Barreto Mielke; Agnes Olschowsky

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 762 - 768

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O presente artigo teve o objetivo de avaliar as tecnologias em saúde utilizadas por equipes da Estratégia Saúde da Família para o desenvolvimento de ações de saúde mental no território. Estudo avaliativo qualitativo, realizado com duas equipes de saúde da família, desenvolvido por meio da Avaliação de Quarta Geração. Para a coleta de dados utilizou-se observação participante e entrevista individual. Os dados foram analisados pelo Método Comparativo Constante. Os resultados apontaram que os profissionais utilizam diversas tecnologias para a inclusão da saúde mental no território, tais como acolhimento, escuta, vínculo, visita domiciliar, discussão de casos, consulta médica e grupo terapêutico. O desenvolvimento dessas ações tem possibilitado a construção de uma nova prática em saúde mental no território que valoriza o indivíduo em sofrimento psíquico como protagonista de sua existência.

Palavras-chave: Avaliação em saúde. Saúde mental. Saúde da família. Tecnologia

 

Ampliando o campo de atenção psicossocial: a articulação dos centros de atenção psicossocial com a saúde da família

Ândréa Cardoso de Souza

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 703 - 710

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Trata-se de uma reflexão sobre a articulação entre o Centro de Atenção Psicossocial e as equipes de Saúde da Família no que se refere à ampliação das ações no campo da saúde mental. Tem como objetivo discutir a implementação da política de saúde mental no âmbito da atenção básica de saúde. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Entre os resultados, observa-se que a orientação das políticas de atenção à saúde mental aponta para a consolidação de novas estratégias de cuidado à medida que propõe redirecionar as ações para serviços de base territorial. Conclui-se que tanto a Saúde da Família quanto os Centros de Atenção Psicossocial constituem dispositivos privilegiados para transformações das práticas de atenção em saúde mental. Possibilitam a construção de outras formas de convivência com as diferenças, ampliando as redes de solidariedade em um dado território.

Palavras-chave: Saúde Mental. Saúde da Família. Serviços de Saúde Mental

 

Análise crítica de uma experiência de integração do estágio de enfermagem em saúde mental ao Sistema Único de Saúde

Cláudia Mara de Melo Tavares

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 740 - 747

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As proposta s de reforma curricular da área de saúde preconizam a integração entre a atividade acadêmica e a prática assistencial, em especial no Sistema Único de Saúde (SUS). O presente artigo analisa o processo de interação entre escola de enfermagem (disciplina saúde mental) e a rede municipal de saúde de Niterói, no ano de 2006, visando à reorientação da organização do estágio de enfermagem no contexto da reforma psiquiátrica. Apresentamos uma experiência de negociação de estágio de enfermagem de saúde mental com os profissionais e gestores dos serviços de saúde mental do SUS. Conclui-se que a mudança na formação do enfermeiro está diretamente relacionada às mudanças no âmbito das relações estabelecidas entre setores da universidade e os serviços de saúde.

Palavras-chave: Educação em enfermagem. Saúde Mental. Capacitação de Recursos Humanos em Saúde

 

As novas práticas em saúde mental e o trabalho no serviço residencial terapêutico

Danielle Souza Silva; Dulcian Medeiros de Azevedo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 603 - 609

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Objetivou-se investigar a percepção de cuidadores sobre o trabalho desenvolvido no Serviço Residencial Terapêutico (SRT) de Caicó-RN. Pesquisa descritiva e qualitativa, realizada em 2009 com seis profissionais de enfermagem atuantes como cuidadores, por meio de entrevista semiestruturada. Emergiram duas categorias: O trabalho realizado no SRT e os resultados alcançados; Dificuldades e desafios encontrados na dinâmica do SRT. O SRT foi implantado com o intuito de (re)socializar os moradores na vida em comunidade, de aumentar a autonomia e a capacidade de interação social. A morada e o seu cotidiano possibilitam aos usuários mudanças no seu estilo e qualidade de vida, apesar de apresentar problemas graves como a precariedade da estrutura física, recursos materiais e humanos insuficientes. O trabalho dos cuidadores parte da incorporação unânime do enfoque psicossocial, mas ainda precisa melhorar no sentido de enfatizar a atuação dos moradores enquanto sujeitos ativos.

Palavras-chave: Atenção à Saúde. Equipe de Enfermagem. Moradias Assistidas. Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental

 

Atitudes, sentimentos e imagens na representação social da sexualidade entre adolescentes

Denize Cristina de Oliveira; Antônio Marcos Tosoli Gomes; Ana Paula Munhen de Pontes; Luiz Phillipi Porto Salgado

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 817 - 823

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Este trabalho tem como objetivo analisar a estrutura da representação social de sexualidade para adolescentes. De natureza qualitativa, foi desenvolvido com 746 jovens de duas escolas públicas do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de evocações livres ao termo indutor "sexualidade" e analisados pelo software EVOC 2003. O conjunto dos sujeitos apresenta uma estrutura representacional positiva, englobando dimensões atitudinais, valorativas e imagéticas. Aspectos negativos aparecem na periferia, indicando uma dimensão familiar e de consequências. Comparando a estrutura das representações por sexo, observa-se que são semelhantes, especialmente pela presença de elementos como "bom", "camisinha" e "prevenção". A especificidade do grupo feminino aparece enfatizando a dimensão atitudinal, enquanto o masculino se distingue por uma associação da sexualidade ao ato sexual. Conclui-se que as representações estão ligadas a comportamentos adotados diante da sexualidade e da sua valorização, bem como da existência de dimensões transversais às diversas estruturas.

Palavras-chave: Sexualidade. Saúde do Adolescente. Pesquisa Qualitativa. Enfermagem

 

Avaliação de enfermagem: Necessidades de cliente internada em enfermaria psiquiátrica e a assistência de enfermagem

Alba Lúcia Castelo Branco1; Florence Romijn Tocantins2; Berenice Xavier Elsas3; Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues4

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1998; 2(1): 93 - 100

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Fundamentadas na concepção de atenção integral de enfermagem voltada para as necessidades das clientes internadas em uma instituição psiquiátrica, apresentamos algumas reflexões no que se refere a assistência de enfermagem prestada a esta clientela. A análise compreensiva dos depoimentos foi feita a partir do tipo vivido construído ("cliente internada em uma enfermaria psiquiátrica") e entendemos que o mesmo engloba as necessidades assistenciais de enfermagem por parte da cliente que está internada em uma Enfermaria Psiquiátrica. Ampliamos a questão da assistência de Enfermagem entendendo que esta não deve restringir-se apenas a necessidades básicas preestabelecidas, mas principalmente envolver as necessidades assistenciais sentidas e expressas pela clientela.

Palavras-chave: Enfermagem Psiquiátrica, Assistência em Enfermagem, Clientes Internadas, Fenomenología.

 

Desenvolvimento e validação de teoria fundamentada em dados sobre o ambiente de unidade de terapia intensiva

Marli Terezinha Stein Backes; Alacoque Lorenzini Erdmann; Andreas Büscher; Dirce Stein Backes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 769 - 775

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Estudo qualitativo que partiu da questão: como vêm sendo construídas as teorias e modelos de cuidado de enfermagem, focalizando o processo de construção da teoria substantiva, referente à Tese que teve como objetivos compreender o significado do ambiente de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva e construir um modelo teórico sobre ele. O método utilizado foi a Grounded Theory. Realizaram-se 39 entrevistas com 47 sujeitos diferenciados de três Unidades de Terapia Intensiva Adulto, em Florianópolis/SC, Santa Maria/RS e Pelotas/RS, entre junho de 2009 a setembro de 2010. A teoria "Sustentando a vida no ambiente complexo de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva" foi delimitada por oito categorias. Conclui-se que sustentar a vida no ambiente de Unidade de Terapia Intensiva significa investir intensivamente no cuidado de pacientes instáveis, com auxílio de tecnologias diferenciadas e profissionais capacitados, trabalhando em equipe, onde se convive com estresse/conflitos e dificuldades para lidar com a morte.

Palavras-chave: Administração sistêmica. Ambiente de instituições de saúde. Pesquisa qualitativa. Teoria de Enfermagem. Unidades de terapia intensiva

 

Emergindo a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálicaa

Aline Lima Pestana1; Alacoque Lorenzini Erdmann2; Francisca Georgina Macêdo de Sousa3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 734 - 740

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O estudo objetivou desvelar a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálica. Utilizaram-se como referenciais teórico e metodológico o pensamento complexo e a Grounded Theory, respectivamente. Os dados foram coletados em um hospital universitário do nordeste brasileiro, de dezembro de 2010 a junho de 2011, por meio de entrevistas não estruturadas. A amostra teórica constituiu-se de 12 enfermeiros, distribuídos em três grupos amostrais. O fenômeno "Desvelando relações e interações múltiplas do ser enfermeiro na complexidade do cuidado ao ser em morte encefálica" foi delimitado por cinco categorias. Neste artigo, foi abordada a categoria "Emergindo a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálica". O estudo evidenciou que o cuidado ao ser em morte encefálica é caracterizado por desordem e incertezas, fazendo com que o enfermeiro vivencie sentimentos diversos e ambivalentes. A sua complexidade está em compreender a sua singularidade e dialogicidade.

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Morte encefálica. Enfermeiros. Cuidados intensivos. Pesquisa qualitativa.

 

Enfermagem psiquiátrica: discursando o ideal e praticando o real

Manoela Alves; Rosane Mara Pontes de Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 64 - 70

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Estudo sobre a análise do cuidado da enfermeira no espaço da internação hospitalar, com ênfase na compreensão dos pressupostos teóricos contidos no ato de cuidar. Neste trabalho apresentamos às enfermeiras pressupostos teóricos que poderão auxiliar o ato de cuidar de pacientes mentalmente doentes. O estudo é de natureza qualitativa. Foi adotado o modelo teórico "O intuir empático" de Oliveira para nortear as discussões e a análise dos dados. Os temas oriundos das discussões guiaram o processo analítico e reflexivo. As enfermeiras concordam e aceitam os pressupostos teóricos do modelo de cuidar "O intuir empático" de Oliveira e acham que estes pressupostos são muito valiosos na ação de cuidado que elas exercem. No entanto, os dados demonstram uma lacuna na capacidade de agir eficientemente em uma situação real apoiando-se em conhecimentos teóricos e práticos. Há uma contradição entre o que as enfermeiras adotam como discurso e o que fazem realmente na prática hospitalar.

Palavras-chave: Assistência de Enfermagem. Enfermagem Psiquiátrica. Teoria de Enfermagem

 

Ensino de enfermagempsiquiátrica / saúde mental na Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás

Denize Bouttelet MunariI; Maria Tereza Hagen GodoyII; Elizabeth EsperidiãoIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 684 - 693

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Este artigo descreve a experiência do ensino em Enfermagem Psiquiátrica/Saúde Mental na Faculdade de Enfermagem/Universidade Federal de Goiás, pontuando potencialidades e fragilidades na busca de novos caminhos para atenção em enfermagem de saúde mental e psiquiatria. Destacamos aspectos relevantes como facilidade de integração entre as disciplinas da área com outras áreas, a contribuição na formação geral do enfermeiro no desenvolvimento de competências relacionais, de gestão, de capacitação para compreender, planejar e desenvolver ações de resgate da humanização nos serviços de saúde, com destaque especial ao cuidado do cuidador. Como fator limitante, pontuamos a fragilidade da rede de serviços de atenção psicossocial que constitui um obstáculo e grande desafio a ser superado para a implementação de mudanças na assistência e ensino.

Palavras-chave: Enfermagem Psiquiátrica. Saúde Mental. Educação em Enfermagem

 

Entre a modernidade e a tradição: a iniciação sexual de adolescentes piauienses universitárias

Maria Rosilene Cândido Moreira; José Francisco Fernandes Quirino dos Santos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 558 - 566

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A sexualidade, enquanto fenômeno que propicia momentos singulares de descobrimento de si e do outro, permite a realização de práticas permeadas por simbolizações adquiridas na adolescência. Por sofrer influência de fatores genéticos, sociais e culturais, o comportamento sexual adolescente é, por vezes, permeado por situações conflituosas. O presente estudo teve como objetivo desvelar comportamentos sexuais de acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, bem como seus mecanismos de influência, e compreender os aspectos que envolvem a iniciação sexual, considerando os entraves desencadeados pela formação tradicional e aspirações modernizantes. Adotou-se o método etnográfico, aplicando-se entrevistas em profundidade a 12 estudantes, nos meses de outubro e novembro de 2009. As entrevistas relevaram interseção entre comportamento sexual e cultura, permitindo visualizar o poder exercido pelos sistemas de representação social. É importante pontuar sobre a necessidade de mais olhares sobre o assunto por ser emergente nos diversos cenários do existir humano.

Palavras-chave: Adolescente. Sexualidade. Comportamento Sexual. Cultura

 

Equipes e condições de trabalho nos centros de atenção psicossocial em Mato Grosso

Larissa de Almeida Rézio; Alice Guimarães Bottaro de Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 346 - 354

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As condições de trabalho das equipes dos CAPS incidem na realização da atenção psicossocial, que pressupõe territorialidade, responsabilidade e vínculo terapêutico.
OBJETIVO: caracterizamos as equipes e analisamos alguns condicionantes organizacionais e psicossociais para o desenvolvimento do trabalho nos CAPS I de dois municípios de Mato Grosso. Foi realizado um estudo descritivo e qualitativo em 2008, por meio de observação e entrevistas com 46 sujeitos (trabalhadores, gestores e usuários/familiares). A análise considerou a historicidade dos fenômenos sociais e o trabalho como categoria analítica. Os dados apontaram descontentamento dos trabalhadores e dos usuários relativo às condições de trabalho e atendimento, respectivamente. Entre os 18 profissionais de nível superior, quatro se especializaram ou estavam realizando especialização na área de saúde mental. Concluímos que neste contexto há pouca possibilidade de o trabalhador se perceber sujeito de seu trabalho e, consequentemente, ampliar a autonomia e reinserção social do usuário.

Palavras-chave: Trabalho. Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental

 

Experiência da gravidez após os 35 anos de mulheres com baixa renda

Cristina Maria Garcia de Lima Parada I; Vera Lúcia Pamplona Tonete II

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(2): 385 - 392

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Objetivou-se apreender as representações sociais sobre gravidez após os 35 anos a partir de mulheres com baixa renda que vivenciaram essa experiência. A abordagem qualitativa foi empregada com base na Teoria das Representações Sociais. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 25 gestantes usuárias de um serviço público de referência do interior paulista. Os dados foram sistematizados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Verificou-se que a opção pela gravidez tardia se atrela ao desejo da mulher de consolidar suas relações em novas uniões conjugais, à estabilidade financeira e à maturidade do casal. As mulheres representam esta experiência como positiva, se houver planejamento prévio, envolvimento do companheiro e se for bem aceita pela família, após sua constatação. Sem a satisfação destas condições, as representações revestem-se de sentimentos negativos ligados a dor, sofrimento e morte. As conclusões deste estudo enfatizam a importância de os serviços públicos de saúde considerarem estes aspectos.

Palavras-chave: Gravidez. Gravidez de Alto Risco. Idade Materna. Renda. Saúde da Mulher

 

Exposição ao ruído tecnológico em cti: estratégias coletivas de defesa dos trabalhadores de enfermagem

Elias Barbosa de OliveiraI; Márcia Tereza Luz LisboaII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 24 - 30

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Estudo descritivo com abordagem qualitativa que objetivou identificar e analisar as estratégias coletivas de defesa elaboradas pelos trabalhadores de enfermagem diante do ruído tecnológico em Centro de Terapia Intensiva (CTI). Participaram do estudo 25 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário situado no município de Niterói (RJ) em 2004. Na coleta de dados, utilizou-se a entrevista semi-estruturada mediante um roteiro, e, no tratamento dos dados, a análise de conteúdo revelou os seguintes resultados: o ruído tecnológico gera incômodo e estresse. Para minimizar o sofrimento, os trabalhadores elaboram estratégias coletivas de defesa que os mantêm trabalhando. Conclui-se que as estratégias coletivas de defesa podem se caracterizar num fator que resulta em alienação, ocultando a compreensão real do contexto de trabalho. As ações preventivas e as mudanças a serem implementadas em relação ao ruído no CTI devem ser pautadas na participação dos trabalhadores e se reverterem em melhoria das condições de trabalho e bem-estar do grupo.

Palavras-chave: Enfermagem. Ruído. Saúde do Trabalhador. Saúde Mental

 

Formação do acadêmico de enfermagem: vivência na atenção a usuários de drogas psicoativas

Andiara Araújo Cunegundes de Brito1; Danielle Souza Silva2; Dulcian Medeiros de Azevedo3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 395 - 400

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O artigo objetivou relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem na Fundação Belo Amor, localizada no município de Caicó/RN, serviço de reabilitação psicossocial para usuários de álcool e outras drogas, buscando reconhecer a rede de saúde mental no município. A vivência partiu da disciplina Políticas Públicas de Saúde Mental, ofertada no sexto período do curso de graduação em enfermagem, e compreendeu dois momentos: a captação da realidade e o desenvolvimento de duas técnicas de grupo. Através das atividades realizadas foi possível aproximar-se da história de vida dos usuários; apreender sentimentos e/ou situações que os levaram ao consumo de drogas ou recaídas; e a vivência do processo de reabilitação atual e as perspectivas futuras. Esta experiência possibilitou que os acadêmicos compreendessem a importância deste serviço para a rede de saúde mental, e ainda para a formação generalista, crítica e reflexiva do profissional enfermeiro.

Palavras-chave: Drogas ilícitas. Serviços de saúde mental. Centros de reabilitação. Educação em enfermagem. Enfermagem psiquiátrica.

 

Grupos realizados por enfermeiros na área de saúde mental

Luciene Simões Spadini; Maria Conceição Bernardo de Mello e Souza

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(1): 132 - 138

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Este artigo teve por objetivo realizar uma revisão da literatura nacional sobre o trabalho em grupos realizados por enfermeiros na área de saúde mental, no período de janeiro 1994 a abril de 2004. A identificação das fontes foi realizada através dos sistemas informatizados de busca Literatura Latino-Americana de Ciências da Saúde (LILACS) e o Banco de Dados Bibliográficos da USP - Catálogo On-line Global (DEDALUS). Foram encontrados 38 trabalhos, 17 da área de enfermagem e seis especificamente sobre o trabalho em grupo realizado por enfermeiros na área de saúde mental. Os seis artigos foram analisados segundo: o tipo de grupo; a coordenação; os integrantes; local e objetivo da formação. Constatou-se que há a necessidade do preparo do enfermeiro para a realização dessa atividade, diante da relevância dessa estratégia para a assistência de enfermagem em saúde mental. Há a necessidade de novas publicações mediante ao número pequeno de publicações sobre a temática.

Palavras-chave: Enfermagem. Saúde Mental. Enfermagem Psiquiátrica

 

Hospital de custódia: os direitos preconizados pela reforma psiquiátrica e a realidade dos internos

Maria Sirene CordioliI; Miriam Süsskind BorensteinII; Anesilda Alves de Almeida RibeiroIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 671 - 677

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Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujo objetivo foi identificar a percepção que internos de um Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) de Florianópolis, tem sobre a instituição. Os dados foram coletados em 2004, através de entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Estes foram analisados estabelecendo-se um paralelo entre os estudos de Goffman sobre instituição total e as normas preconizadas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira. A maioria dos entrevistados referiu ser o HCTP um misto de hospital e presídio, de caráter predominantemente custodial. O tratamento e as condições de funcionamento da instituição também foram questionados pelos internos. A conclusão é de que as condições institucionais apresentam-se distantes das consideradas ideais pela Reforma Psiquiátrica, necessitando adequar-se ao preconizado pelo novo paradigma de atendimento ao portador de transtorno mental.

Palavras-chave: Hospital. Pacientes. Saúde Mental

 

Liderança em enfermagem psiquiátrica

Sabrina da Costa MachadoI; Marluci Andrade Conceição StippII; Rosane Mara Pontes de OliveiraIII; Marléa Chagas MoreiraIV; Lilian Marques SimõesV; Josete Luzia LeiteVI

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 730 - 734

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O processo de liderança em enfermagem psiquiátrica é uma temática que deve ser cuidadosamente abordada e amplamente discutida. Contudo, poucas são as fontes científicas acerca do assunto. Assim sendo, buscou-se através deste ensaio refletir a liderança e as suas várias formas de abordagem em psiquiatria ao longo dos tempos, sendo possível certificar sua evolução. A assistência de qualidade deve ser o objetivo único e primordial e a liderança na enfermagem psquiátrica deve estar baseada no reconhecimento das necessidades desta clientela e nas qualidades de sua equipe. Este muitas vezes constitui um desafio para os profissionais enfermeiros, permitindo um maior crescimento profissional. E é justamente o preparo do profissional que auxiliará no bom andamento do tratamento do paciente psiquiátrico, alcançando um resultado satisfatório

Palavras-chave: Liderança. Enfermagem. Enfermagem Psiquiátrica

 

Mulher cardiopata com úlcera por pressão: reflexão fenomenológica sobre um modelo de cuidado clínico de conforto

Aurilene Lima da Silva1; Lúcia de Fátima da Silva2; Ivis Emília de Oliveira Souza3; Rui Verlaine Oliveira Moreira4

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(1): 168 - 172

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Reflexão sobre a possibilidade de desenvolver um modo de cuidar, na prática clínica de enfermagem, de mulheres cardiopatas acometidas por úlcera por pressão durante a hospitalização, com vistas à promoção de conforto. Assim, objetivou-se desenvolver um modelo de cuidado baseado no método fenomenológico heideggeriano. Compreender este fenômeno motiva o desenvolvimento de ações que promovem o conforto de forma autêntica. Considera-se que o cuidado autêntico de enfermagem a esta clientela ressignifica a prática clínica de enfermagem e favorece a percepção de conforto.

Palavras-chave: Coronariopatia. Úlcera por pressão. Cuidados de conforto. Pesquisa qualitativa.

 

O acompanhante de criança submetida à cirúrgia cardíaca: contribuição para a enfermagem

Dominique Cavalcanti MélloI; Benedita Maria Rêgo Deusdará RodriguesII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(2): 237 - 242

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A experiência profissional no cuidar de crianças com cardiopatias congênitas nos levou a realizar o estudo cujo objeto foi o significado do atendimento no ambulatório de cirurgia cardíaca pediátrica, e o objetivo, apreender o típico da ação do acompanhante que traz a criança ao atendimento no ambulatório de cirurgia cardíaca. Para tanto, se utilizou a metodologia qualitativa do tipo exploratório-descritivo baseada na fenomenologia sociológica de Alfred Schutz cujos sujeitos foram os acompanhantes de crianças que realizaram cirurgia cardíaca e que retornaram para a revisão ambulatorial. As falas foram captadas com a entrevista fenomenológica, utilizando-se as seguintes questões: Qual o seu parentesco com a criança? O que espera da consulta no ambulatório? O típico da ação da acompanhante de crianças que se submeteu à cirurgia cardíaca é "obter uma boa notícia". O estudo nos fez refletir sobre a impor tância da inclusão do acompanhante como cliente do fazer cotidiano da Enfermagem Pediátrica.

Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica. Cardiopatias Congênitas. Acompanhantes de Pacientes. Pesquisa Qualitativa

 

O cuidado de enfermagem familiar / exótico na unidade de internação psiquiática: do asilar para a reabilitação psicossocial

Edna Gurgel CasanovaI; Isaura Setenta PortoII; Nébia Maria Almeida de FigueiredoIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 635 - 644

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Estudo sobre os cuidados de enfermagem psiquiátrica desenvolvidos numa unidade de internação de um hospital universitário do Rio de Janeiro. O objeto de estudo foi abordado com enfoque etnográfico, e os dados foram interpretados por sua aproximação ou distanciamento às bases conceituais do cuidado e aos princípios da Reforma Psiquiátrica. Neste período, algumas iniciativas desenvolvidas pela Direção do Serviço de Enfermagem contribuíram para redirecionar o olhar e agir da equipe de enfermagem. Os resultados indicam a coexistência de duas dimensões do cuidado permeadas pelas influências ambientais. A dimensão instrumental mostrou uma proeminência do modelo assistencial asilar, que se sobrepõe às transformações propostas. A dimensão expressiva indicou a valorização das singularidades dos clientes e incorporou a diversidade e o acolhimento dos profissionais mostrando a demanda mais freqüente da clientela como fundamental para a transição do modelo assistencial misto, asilar e de reabilitação, para um modelo fundamentado apenas na reabilitação psicossocial.

Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem. Enfermagem Psiquiátrica. Saúde Mental. Reabilitação

 

O papel da equipe de enfermagem no centro de atenção psicossocial

Régis Daniel Soares; Juliane Cardoso Villela; Letícia de Oliveira Borba; Tatiana Brusamarello; Mariluci Alves Maftum

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 110 - 115

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Pesquisa qualitativa, exploratória-descritiva, desenvolvida no ano de 2008, em um Centro de Atenção Psicossocial II e ad de um município da região metropolitana de Curitiba.
OBJETIVO: conhecer o papel da equipe de enfermagem junto à equipe multidisciplinar do Centro de Atenção Psicossocial. Os sujeitos foram dois enfermeiros e três auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e organizados em categorias temáticas: As especificidades da assistência no Centro de Atenção Psicossocial e O papel da equipe de enfermagem no Centro de Atenção Psicossocial. Os profissionais de enfermagem reconhecem que o CAPS representa avanço na qualidade da assistência em saúde mental ao considerar o tratamento humanizado e as possibilidades de ressocialização em contraposição ao modelo hospitalocêntrico. Entretanto, é preciso considerar que há uma confusão em relação ao seu papel enquanto membro da equipe multiprofissional desse serviço.

Palavras-chave: Enfermagem. Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental

 

O portador de transtorno mental e a vida em família

Adriano Brischiliari; Maria Angélica Pagliarini Waidman

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 147 - 156

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O objetivo geral deste estudo foi revelar, na ótica familiar, a participação do portador de transtorno mental na vida em família. Pesquisa de abordagem qualitativa, realizada no período de março a maio de 2010. Os 14 colaboradores pertencem a onze famílias de portadores de transtornos mentais residentes no município de Maringá-Pr. Foi utilizada a história oral temática como técnica de coleta dos dados. Para análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados demonstram que, em relação à participação e decisões em família, ainda há dificuldades neste aspecto. Quanto à participação nas tarefas cotidianas, a maioria contribui quando não está em crise, porém com suas limitações; os relacionamentos familiares são permeados de sentimentos de dor e sofrimento atrelado a pena e dó. Conclui-se que a enfermagem tem o importante papel de orientar e apoiar a família em suas necessidades.

Palavras-chave: Saúde mental. Enfermagem psiquiátrica. Família. Desinstitucionalização

 

O princípio de universalidade do acesso aos serviços de saúde: o que pensam os usuários?

Ana Paula Munhen de Pontes I; Rachel Garcia Dantas Cesso II; Denize Cristina de Oliveira III; Antônio Marcos Tosoli Gomes IV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 500 - 507

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Esta pesquisa objetivou analisar a percepção dos usuários sobre o acesso universal aos serviços de saúde no SUS, com vistas a discutir o princípio de universalidade. Estudo qualitativo, desenvolvido em um hospital localizado no Rio de Janeiro, com 24 usuários. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e analisados a partir da técnica de análise de conteúdo. Foram identificadas 1.178 unidades de registro agrupadas em 76 temas, que deram origem a seis categorias: Determinação das dificuldades para o alcance do atendimento no SUS; o atendimento no SUS: efetivação e facilidades; medicações e exames no contexto do SUS; fragilidades no processo de atendimento na concretização do princípio de universalidade; universalização da assistência; e a presença do INAMPS no ideário dos usuários. Como demonstraram os resultados, os usuários têm uma atitude positiva diante do sistema, apesar das diversas dificuldades encontradas, e, ainda, suas práticas são influenciadas pela percepção que têm do acesso.

Palavras-chave: Sistema Único de Saúde. Política de Saúde. Acesso Universal a Serviços de Saúde

 

O processo de institucionalização de dententos: perspectivas de reabilitaçãop e reinserção social

Guaraci PintoI; Alice HirdesII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 678 - 683

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Esta pesquisa tem como objetivo identificar os principais fatores que convergem para a institucionalização de detentos reincidentes e estabelecer ações para interferir favoravelmente nesta realidade. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa, realizada através de 10 entrevistas semi-estruturadas com apenados em um presídio de médio porte do norte do RS, em 2005. Os resultados apontam para a importância dos mecanismos protetores dos apenados, aqueles fatores que convergem para a não-institucionalização: a família, o emprego ou ocupação dentro da cadeia, a vontade de reabilitar-se, a não-identificação com a identidade criminal. Os apenados que possuem uma maior tendência à institucionalização são os que possuem traços psicopáticos, história familiar de abandono, valores absorvidos do meio, história pregressa de passagens por instituições de custódia, perda de vínculos familiares, carreira criminal prévia e ausência de prospecção. Concluí-se considerando a necessidade de criação de penas alternativas para os crimes de menor monta, assim como de um trabalho de intervenção precoce para os detentos em processo de institucionalização

Palavras-chave: Apoio Social. Institucionalização. Direitos Humanos. Saúde Mental

 

O Programa Viva a Vida estratégia de capacitação de agentes comunitários de saúde como educadores sociais capazes de prestar atenção comunitária em saúde mental

Cristina LoyolaI; Sebastião RochaII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(1): 150 - 154

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O Programa Viva a Vida, desenvolvido no estado do Maranhão no período 2001-2003, trabalhou com três interfaces: com os excluídos como clientela, com o treinamento sofisticado dos profissionais envolvidos como estratégia de ação e com uma ética orientada pela premissa de que todo humano nasce para ser livre, saudável, educado e feliz como guia. Após o treinamento de dez mil agentes comunitários de saúde esperamos que eles sejam capazes de identificar pessoas em sofrimento psíquico, fazer o acolhimento deste indivíduo no próprio domicílio, em primeira instância, e quando não for possível, encaminhá-lo para atendimento especializado na região, evitando o envolvimento de instâncias não terapêuticas como a polícia . O entendimento que norteou o Programa foi o de que para estudar as questões pertinentes à saúde mental temos que definir que recursos humanos necessitamos para re-direcionar o modelo assistencial. E reafirmar que para garantir o cuidado em saúde mental temos que ter acolhimento, tratamento e inclusão social.

Palavras-chave: Saúde Pública. Saúde Mental. Atenção Primária à Saúde

 

O sentido da sexualidade de mulheres submetidas a histerectomia: uma contribuição da enfermagem para a integralidade da assistência ginecológica

Anna Maria de Oliveira SalimenaI; Ívis Emília de Oliveira SouzaII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 637 - 644

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A histerectomia é um procedimento cirúrgico irreversível, realizado por indicação médica, com a finalidade de restabelecer a saúde ou mesmo salvar a vida da mulher. Ser submetida a esta cirurgia acarreta modificações em seu cotidiano porque as recomendações pertinentes ao pós-operatório de histerectomia impõem implicações em seu mundo-vida. Este estudo de natureza qualitativa teve como objetivo analisar o sentido da sexualidade de mulheres após a histerectomia à luz do pensamento de Martin Heidegger. Foram depoentes 25 mulheres submetidas à retirada total do útero; a entrevista fenomenológica ocorreu num tempo variado, de 4 a 19 meses após o procedimento cirúrgico. A interpretação da estrutura de significação "a atividade sexual foi considerada" desvelou que na dinâmica assistencial, médica e de enfermagem, as rotineiras orientações de abstinência sexual determinadas pelo pós-operatório devem ser consideradas a partir da subjetividade da mulher que será/foi submetida à histerectomia.

Palavras-chave: Enfermagem. Histerectomia. Sexualidade

 

Oficinas sobre sexualidade na adolescência: revelando vozes, desvelando olhares de estudantes do ensino médio

Sônia Maria SoaresI; Marta Araújo AmaralII; Líliam Barbosa SilvaIII; Patrícia Aparecida Barbosa SilvaIV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 485 - 491

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Trata-se de pesquisa com adolescentes de uma escola estadual do município da região norte de Minas Gerais - Brasil com o objetivo de compreender como vivem e exercitam sua sexualidade. O estudo foi desenvolvido por meio de oficinas lúdico-pedagógicas na abordagem qualitativa. Os resultados apontam que o conceito de sexualidade limita-se às relações sexuais entre duas pessoas de sexo oposto. Os alunos enfatizaram o risco de uma gravidez indesejada e reconheceram a importância do uso de métodos contraceptivos. As oficinas propiciaram um ambiente favorável para discussão de mudanças de atitude pelos adolescentes por meio da informação, reflexão e expressão de idéias e sentimentos, representando um processo a ser complementado pela família, escola e políticas sociais locais.

Palavras-chave: Gravidez na Adolescência. Adolescente. Sexualidade. Educação em Saúde

 

Oficinas terapêuticas como instrumento de reabilitação psicossocial: percepção de familiares

Dulcian Medeiros de Azevedo; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 339 - 345

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As oficinas terapêuticas permitem a possibilidade de projeção de conflitos internos/externos por meio de atividades artísticas, com a valorização do potencial criativo, imaginativo e expressivo do usuário. Objetivou-se identificar a percepção dos familiares sobre as oficinas terapêuticas desenvolvidas. Pesquisa descritiva, com delineamento qualitativo, desenvolvida nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Natal-RN, entre agosto e setembro de 2007. Foram entrevistados 28 familiares que participavam regularmente dos serviços. Os familiares destacaram o impacto positivo dos CAPS em suas trajetórias de tratamento e de vida, na melhoria da harmonia familiar. Sobre as oficinas terapêuticas, identificaram falhas e contradições, denunciando e apontando caminhos de superação. Percebem os espaços de participação nos CAPS como formas importantes de acompanhamento do seu familiar usuário, além do crescimento mútuo. As oficinas terapêuticas representam um instrumento importante de ressocialização e inserção individual em grupos, na medida em que propõem o trabalho, o agir e o pensar coletivos, conferidos por uma lógica inerente ao paradigma psicossocial.

Palavras-chave: Terapia pela Arte. Serviços de Saúde Mental. Família. Enfermagem Psiquiátrica. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias

 

Oficinas terapêuticas para hábitos de vida saudável: um relato de experiência

Amanda Nathale Soares; Amanda Márcia dos Santos Reinaldo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 391 - 398

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As oficinas delineiam um percurso intrínseco ao desenvolvimento paradigmático acerca da loucura, situando-se no rol das tecnologias de cuidados sob distintas perspectivas no progresso histórico-cronológico. Trata-se de um relato de experiência decorrente do projeto de extensão denominado "Oficinas terapêuticas para hábitos de vida saudável no Centro de Convivência Arthur Bispo do Rosário". Tem como objetivo subsidiar uma reflexão teórico-crítica acerca da aproximação principiológica e prática entre oficinas terapêuticas e educação em saúde, segundo as tendências contemporâneas que regem ambas. Observa-se que a contemplação dessas perspectivas permite a percepção das singularidades e histórias de vida dos portadores de transtorno mental. O desenvolvimento das oficinas reafirmou a relevância, a essencialidade e a eficácia dessa metodologia na abordagem aos portadores de transtorno mental. Denota-se que um espaço dialógico, construído entre a discente e os usuários, possibilita a essa o desenvolvimento crítico-reflexivo e a estes a crescente expressão de particularidades.

Palavras-chave: Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental. Educação em Saúde. Enfermagem

 

Percepção de adolescentes sobre uma ação educativa em orientação sexual realizada por acadêmicos(as) de enfermagem

Adriana Dora da Fonseca; Vera Lúcia de Oliveira Gomes; Karina Correa Teixeira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 330 - 337

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Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, que objetivou conhecer a percepção de adolescentes acerca das ações de orientação sexual realizadas em uma escola pública do interior do Rio Grande do Sul e identificar fragilidades e potencialidades das ações. Foram informantes 15 estudantes do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos. Os dados foram coletados em agosto de 2008 por meio de entrevistas e tratados pela análise de conteúdo temática. Foi possível identificar que os adolescentes aprovaram esse tipo de trabalho, e a maioria relatou a importância para a sua vida, principalmente devido à ausência de dialogo com a família. Identificaram-se potencialidades do projeto, como o uso de metodologia participativa, que é capaz de promover um clima de trabalho acolhedor e produtivo, proporcionando maior envolvimento e aprendizado.

Palavras-chave: Adolescente. Sexualidade. Educação Sexual

 

Percepções de enfermeiras sobre a assistência prestada a mulheres diante do óbito fetal

Camila da Silva Santos1; Juliana Freitas Marques2; Francisco Herlânio Costa Carvalho3; Ana Fátima Carvalho Fernandes4; Ana Ciléia Pinto Teixeira Henriques5; Karla de Abreu Peixoto Moreira6

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 277 - 284

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Objetivou-se analisar as percepções de enfermeiras quanto à assistência de enfermagem prestada a mulheres diante do diagnóstico de óbito fetal. Pesquisa com abordagem qualitativa, realizada em uma maternidade-escola de Fortaleza-CE, Brasil, entre setembro e outubro/2009. A amostra constou de nove enfermeiras que atuavam no serviço de gestação de alto risco. Os resultados evidenciaram que o foco da assistência prestada era a oferta de apoio psicológico, através da permissão fornecida às mulheres ou familiares para verem o feto morto. As dificuldades mais citadas estiveram associadas à questão estrutural da maternidade, que não possuía uma enfermaria específica para as mães com diagnóstico de óbito fetal. Ademais, citaram a sobrecarga de trabalho, uma vez que exerciam funções que não integravam os procedimentos de práxis. Destaca-se, portanto, a necessidade de uma assistência diferenciada às mulheres ante o óbito fetal, que abranja, além dos recursos humanos, questões estruturais dos serviços de saúde.

Palavras-chave: Saúde da mulher. Morte fetal. Cuidados de enfermagem. Pesquisa qualitativa.

 

Percepções de familiares sobre o portador de sofrimento psíquico institucionalizado

Dulcian Medeiros de Azevedo I; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda II; Mércia Maria de Paiva Gaudêncio III

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 485 - 491

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Objetivou-se investigar a percepção do sofrimento psíquico na visão familiar. Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em junho de 2005 em um hospital psiquiátrico de médio porte. Entrevistaram-se 15 familiares que acompanhavam o tratamento e a assistência no hospital. As falas foram submetidas à análise de conteúdo, categoria temática. Nesse sentido, os familiares demonstraram conhecer as alterações comportamentais decorrentes do sofrimento psíquico e o seu período de instalação. Relataram ainda um percurso angustiante e difícil na procura por ajuda, afirmando não saber a quem ou o quê procurar, valendo-se, inicialmente, do auxílio mágico-religioso e, posteriormente, do conhecimento médico-científico. No âmbito da convivência familiar, os conflitos existem e reforçam o comprometimento nas relações interpessoais e vínculos sociais. Torna-se um desafio para os profissionais de saúde mental estabelecer vínculos terapêuticos com familiares de portadores de sofrimento psíquico, ensejando um redirecionamento das práticas assistenciais e, sobretudo, de educação em saúde.

Palavras-chave: Transtornos Mentais. Família. Enfermagem Psiquiátrica. Serviços de Saúde Mental

 

Perfil sociodemográfico e adesão ao tratamento de dependentes de álcool em CAPS-ad do Piauí

Claudete Ferreira de Souza Monteiro; Leandro Carvalho Moura Fé; Maycon Alex Cavalcante Moreira; Isadora Elisa de Moura Albuquerque; Michelly Gomes da Silva; Mauro Cezar Passamani

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 90 - 95

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A pesquisa tem como objetivo levantar o perfil sociodemográfico e a adesão ao tratamento de dependentes do álcool no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas. Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, realizado no município de Teresina-PI. Os dados foram colhidos através do levantamento de informações presentes nos prontuários dos 227 sujeitos participantes desta pesquisa. Verificou-se que a maioria dos usuários era do sexo masculino (88,9%), com idade entre 19 e 59 anos (87,6%), solteiros (50,2%), com ensino fundamental (40%), empregados (48,6%) e católicos (42,7%). A maior parte dos sujeitos faz uso diário de bebida alcoólica (55,%) e 29% fazem uso de drogas ilícitas, sendo a maconha a mais consumida (95,3%). Em relação à adesão, 43,1% permaneceram em tratamento após três meses de admissão no CAPSad. Portanto, constatou-se a grande importância desse centro, com base em uma quantidade satisfatória de pacientes que aderem e que permanecem com o tratamento.

Palavras-chave: Enfermagem. Serviços Comunitários de Saúde Mental. Alcoolismo

 

Perfil sociodemográfico e clínico de dependentes químicos em tratamento: análise de prontuários

Fernanda Carolina Capistrano1; Aline Cristina Zerwes Ferreira2; Thaise Liara Silva3; Luciana Puchalski Kalinke4; Mariluci Alves Maftum5

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(2): 234 - 241

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Pesquisa descritiva transversal realizada em uma unidade de reabilitação de um hospital psiquiátrico com o objetivo de caracterizar o perfil sociodemográfico e clínico de dependentes químicos em tratamento. Foram coletados dados de 350 prontuários referentes ao ano de 2010. A média de idade dos pacientes foi de 35,8 anos: 39,4% eram solteiros; 67,3% estudaram até o ensino fundamental; e 45,1% eram desempregados. A média de idade do primeiro consumo de drogas ocorreu antes dos 18 anos: 54,9% eram dependentes de álcool e 43,7%, de crack; 79,6% utilizavam mais de uma substância; 99,4% faziam uso diário; 13% apresentavam algum tipo de comorbidade psiquiátrica e 30,1%, comorbidades clínicas; 69% tinham familiares envolvidos com drogas, e desses, 48,3% eram pais, com destaque para o álcool em 86% dos casos. A dependência química atinge diversas idades, iniciando precocemente na adolescência, e ocasiona significativas alterações no âmbito biológico, familiar, social e ocupacional.

Palavras-chave: Enfermagem. Saúde Mental. Transtornos relacionados ao uso de substâncias.

 

Pesquisa-ação participante no processo de empowerment de mulheres brasileiras no contexto da migração internacional

Alcione Leite da Silva

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 750 - 757

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Este estudo teve por objetivo criar um espaço pessoal e político para o empowerment de um grupo de mulheres brasileiras imigrantes em Melbourne, Austrália, no sentido de refletir sobre suas vidas, as causas e as soluções para seus problemas, e de estimular a ação coletiva e transformativa. Com base na pesquisa-ação participativa, um grupo de 18 mulheres brasileiras elegeu três grandes problemas como foco do ciclo de reflexão-ação: a falta de interação social no seio da comunidade brasileira e de integração na sociedade australiana, a falta de apoio social para enfrentar os problemas de saúde e as barreiras aos cuidados de saúde. Grupos de reflexão constituíram-se em oportunidade para as mulheres planejarem, agirem e avaliarem as suas próprias estratégias de intervenção. Algumas realizações do grupo de mulheres incluíram: o desenvolvimento de seminários e a criação de uma Associação. Neste estudo, a pesquisa-ação participativa foi um processo para acionar o empowerment das participantes, através da filiação em grupo, dos laços comunitários e da ação coletiva.

Palavras-chave: Migração Internacional. Pesquisa Qualitativa. Saúde da Mulher

 

Pintando novos caminhos: a visita domiciliar em saúde mental como dispositivo de cuidado em enfermagem

Rosane Mara Pontes de OliveiraI; Cristina Maria Douat LoyolaII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 645 - 651

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Estudo sobre a análise do cotidiano domiciliar do paciente psiquiátrico egresso da internação hospitalar, por meio da visita domiciliar, dando ênfase à compreensão da prática de Enfermagem Psiquiátrica em domicílio. Abordamos as dificuldades, as relações e as possibilidades de cuidado. O estudo é qualitativo com enfoque na etnometodologia. A produção de dados foi por meio de observação participante e entrevistas abertas. Foi adotado o conceito de cotidiano de Michel de Certeau como referencial teórico. Os temas oriundos das discussões formaram eixo para o processo reflexivo, tendo como base o entendimento acerca de família, trabalho, lazer e mito/espiritualidade. Os dados refletem como o cuidado oferecido pela enfermeira na internação hospitalar tem poucas perspectivas de construção. A visita domiciliar mostrou a importância da participação da família e do sujeito em um processo contínuo de cuidado, permitindo à enfermeira construir um cuidado criativo, solidário e sensível, que possibilite aos sujeitos novos contratos com a vida.

Palavras-chave: Enfermagem Psiquiátrica. Família. Saúde Mental. Visita a Pacientes

 

Práticas discursivas e o silenciamento do doente mental: sexualidade negada?

Francisco Arnoldo Nunes de Miranda I; Antonia Regina Ferreira Furegato II; Dulcian Medeiros de Azevedo III

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(1): 136 - 142

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O estudo teve por objetivo identificar as Representações Sociais dos profissionais enfermeiros sobre a sexualidade do doente mental. Trata-se de uma pesquisa de natureza exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa. Utilizou-se o recurso técnico-metodológico denominado Técnica de Investigação em Situações Cotidianas (TSC), aplicado aos 17 enfermeiros que trabalhavam em serviços psiquiátricos de Ribeirão Preto/SP. Através das manifestações discursivas, verificou-se que o profissional enfermeiro nega a sexualidade do doente mental, como uma forma de silêncio, estabelecendo limites para a censura sobre essa questão. Nesta perspectiva, ocorre o silenciamento sobre a sexualidade do doente mental, estabelecendose uma política do sentido sobre o mesmo. Tal posicionamento revela a estratégia adotada sobre esse saber e poder, cumprindo as determinações do seu estatuto profissional que é ir ao encontro às expectativas institucionais e sociais.

Palavras-chave: Saúde Mental. Sexualidade. Pessoas Mentalmente Doentes. Enfermagem Psiquiátrica. Pesquisa Qualitativa

 

Práticas profissionais e tratamento ofertado nos CAPSad do município de Natal-RN: com a palavra a família

Dulcian Medeiros de Azevedo; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 56 - 63

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O Centro de Atenção Psicossocial para tratamento de usuários de álcool e outras drogas (CAPSad) representa a principal estratégia de atenção à saúde relacionada ao consumo de substâncias psicoativas. Objetivou-se investigar a percepção de familiares acerca do tratamento ofertado nos CAPSad Norte e Leste do município de Natal-RN. Foram entrevistados 14 familiares que participavam regularmente das atividades propostas. As entrevistas foram realizadas em agosto e setembro de 2007 e transcritas na íntegra para preparação do corpus e submissão ao ALCESTE. O material discursivo originou três categorias temáticas: Tratamento Melhoras e Expectativas; Convivência Usuário Antes e Depois; e Condições Terapêuticas Agradecimentos, Sugestões e Vulnerabilidade. Os familiares identificaram que o tratamento recebido nos CAPSad favorece melhoras substanciais nas condições de vida e de saúde de seu familiar usuário e nas relações familiares dentro e fora do lar, sendo detectada a necessidade de ajustes e do aumento da oferta das atividades terapêuticas.

Palavras-chave: Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias. Serviços de Saúde Mental. Família. Enfermagem Psiquiátrica. Centros de Tratamento de Abuso de Substâncias

 

Referencial de cuidar em enfermagem psiquiátrica: um processo de reflexão de um grupo de enfermeiras

Anna Cristina Cardoso Fontes dos Santos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 51 - 55

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Estudo qualitativo que teve como objetivo construir, em conjunto com seis enfermeiras chefes de uma instituição psiquiátrica pública no Rio de Janeiro, um referencial teórico-filosófico a ser implantado por elas próprias, no desenvolvimento do processo de cuidar de pacientes psiquiátricos. Realizou-se um processo de reflexão sobre dinâmica de grupo, buscando autoconhecimento e amadurecimento. Tal processo desenvolveu-se durante a construção de dissertação de Mestrado desta autora, orientada pela Drª Eloita Pereira Neves. Utilizaram-se conceitos das Teorias Humanística e Cuidado Burocrático, diretrizes da Reforma Psiquiátrica e Políticas de Saúde Mental. Os dados obtidos foram gravados, transcritos e analisados de acordo com a análise de conteúdo. Dos resultados emergiram categorias de concepções sobre: Ser Humano; Cuidado Profissional de Enfermagem; Cuidador Profissional; Processo Educativo e Institucional; e Descuidado, que permitiram formular uma proposta de referencial para a prática do Cuidar em Enfermagem para pacientes psiquiátricos de longa permanência institucionalizados.

Palavras-chave: Cuidado de Enfermagem. Educação. Enfermagem Psiquiátrica. Pesquisa Qualitativa

 

Relações de gênero e vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis: percepções sobre a sexualidade dos adolescentes

Cibele Almeida Torres; Eveline Pinheiro Beserra; Maria Grasiela Teixeira Barroso

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 296 - 302

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As questões de gênero são primordiais para o entendimento das relações de poder na sociedade, inclusive na sexualidade. Assim, o objetivo deste estudo é analisar a influência das relações de gênero no contexto dos adolescentes e as diferentes percepções dos gêneros quanto à vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis. Trata de uma abordagem qualitativa realizada a partir da técnica de grupo focal com adolescentes de Fortaleza, Ceará, Brasil. Percebeu-se pelo diálogo com os adolescentes, que a rede social não se sente responsabilizada pela vulnerabilidade em que os jovens se encontram. Os adolescentes do grupo focal masculino sentiram necessidade de apresentarem-se livres para expressarem seus desejos sexuais, detentores do comando na relação conjugal, e as adolescentes reproduziram a condição atual de submissão feminina aos desejos masculinos. Ambos os grupos encontraram-se vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis. Todo formato de sociedade contribui para a permanência de paradigmas que englobam a sexualidade.

Palavras-chave: Saúde do Adolescente. Sexualidade. Vulnerabilidade. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Identidade de Gênero

 

Repercussões da episiotomia sobre a sexualidade

Jane Márcia ProgiantiI; Luciane Marques de AraújoII; Ricardo José Oliveira MoutaIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(1): 45 - 49

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O estudo visa descrever as sensações vivenciadas pelas mulheres durante a realização da episiotomia e analisar as repercussões desta prática sobre sua sexualidade. É de natureza qualitativa e foi realizado com dez mulheres em uma maternidade pública da Secretaria Municipal de Saúde da Cidade do Rio de Janeiro, de setembro a dezembro de 2005. Os dados foram obtidos através da entrevista semi-estruturada, e os depoimentos foram categorizados seguindo as técnicas da análise de conteúdo. As sensações vividas pelas mulheres durante o procedimento estão associadas ao trauma por serem dolorosas, provocadas por agentes externos à sua fisiologia corporal e sem o seu consentimento prévio. A episiotomia afetou a sexualidade das mulheres por interferir em seus par tos, em suas relações sexuais e familiares. Concluímos que, por ser a episiotomia uma violação dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, tornase imprescindível que as enfermeiras realizem a proteção perineal como prática incorporada.

Palavras-chave: Episiotomia. Sexualidade. Saúde da Mulher. Saúde Reprodutiva

 

Representação social de enfermeiros de centros de atenção psicossocial em álcool e drogas (CAPS AD) sobre o dependente químico

Divane de Vargas1; Marina Nolli Bitten2; Fernanda Mota Rocha3; Márcia Aparecida Ferreira de Oliveira4

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(2): 242 - 248

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Estudo exploratório de abordagem qualitativa que objetivou identificar as representações sociais de enfermeiros de serviços especializados em álcool e outras drogas sobre o dependente químico. Os sujeitos foram 16 enfermeiros de 13 serviços localizados na cidade de São Paulo-SP. Os dados foram coletados por meio de entrevistas as quais foram gravadas e analisadas de acordo com o referencial da Teoria de Representações Sociais. Os resultados evidenciaram que, na representação dos enfermeiros, os dependentes químicos são indivíduos acometidos por uma doença, que têm dificuldade de limites, são manipuladores e responsáveis pelo desenvolvimento da dependência. Conclui-se que as representações desses profissionais são calcadas no senso comum, e apontam-se estratégias para o enfrentamento dessa problemática e a mudança dessas representações.

Palavras-chave: Serviços comunitários de saúde mental. Enfermagem. Drogas ilícitas. Alcoolismo.

 

Representações de mulheres acerca da histerectomia em seu processo de viver

Maria da Penha da Rosa Silveira Nunes I; Vera Lúcia de Oliveira Gomes II; Maria Itayra Padilha III; Giovana Calcagno Gomes IV; Adriana Dora da Fonseca V

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 574 - 581

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Estudo qualitativo, exploratório-descritivo, realizado com os objetivos de conhecer as representações sociais de mulheres submetidas à histerectomia e identificar alguns fatores que interferem no seu processo de viver. Foram informantes 12 mulheres histerectomizadas em um hospital universitário no Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados em setembro e outubro de 2006 por meio de entrevistas e tratados pela análise de conteúdo temática. Foram identificadas duas categorias: representações negativas e representações positivas da histerectomia no viver das mulheres. Ambas referem-se ao significado atribuído ao útero e ao contexto vivencial da mulher. As negativas foram ancoradas em preconceitos, incapacidade de serem mães e no desinteresse sexual, com possíveis interferências na vida conjugal. As positivas, no bem-estar após a cirurgia e na melhoria da qualidade de vida. É essencial disponibilizar espaço para a problematização do viver sem útero, com vistas a prevenir conflitos pessoais e conjugais.

Palavras-chave: Histerectomia. Saúde da Mulher. Sexualidade

 

Representações de usuários, familiares e profissionais acerca de um centro de atenção psicossocial

Rosâne MelloI; Antonia Regina Ferreira FuregatoII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 457 - 464

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A partir das mudanças na política de saúde mental, surgiram várias inquietações no que diz respeito ao significado constituído por usuários, familiares e profissionais sobre os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS). Este estudo tem como objetivo: Conhecer representações que usuários, familiares e profissionais construíram acerca de um CAPS no Município do Rio de Janeiro. A pesquisa foi realizada com usuários, familiares e profissionais. Seguiu o caminho teórico-metodológico da Teoria Ego-Ecológica, de Marisa Zavalloni. Observou-se que os entrevistados percebem o CAPS através do modelo psicossocial e associam o serviço à redução do número de internações, à inclusão da família e da sociedade no tratamento e à manutenção da liberdade. Os profissionais ressaltam a importância do papel político do CAPS no movimento da Reforma Psiquiátrica. Os profissionais sentem-se pressionados a dar conta da demanda em uma realidade pública caótica que não fornece condições de trabalho, gerando sobrecarga, insegurança e limitações ao trabalho.

Palavras-chave: Reforma dos Serviços de Saúde. Serviços de Saúde Mental. Enfermagem Psiquiátrica

 

Representações sociais de adolescentes mães acerca do momento do parto

Vera Lúcia de Oliveira Gomes; Adriana Dora da Fonseca; Evelyn de Castro Roballo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 300 - 305

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Objetivou-se, neste estudo exploratório-descritivo, compreender as Representações Sociais de adolescentes mães, acerca do parto. Coletaram-se os dados no segundo semestre de 2007 por meio de entrevistas com sete adolescentes primigestas e primíparas, com idade entre 15 e 18 anos, internadas em maternidade no sul do país. A análise temática foi utilizada para tratamento dos dados, delineando-se duas categorias "expectativas" e "vivências" da parturição. As expectativas foram observadas de forma dicotômica, umas temerosas pela dor, outras confiantes. As vivências foram permeadas pela sensação de solidão e constrangimento. Compreender o momento do parto pela perspectiva das adolescentes é fundamental para que o(a) enfermeiro(a) planeje e execute uma adequada assistência, reduzindo o impacto das representações negativas associadas ao parto. Essa modalidade de cuidar requer uma equipe capacitada e sensível às especificidades das adolescentes, para proporcionar-lhes um parto humanizado, por meio da adoção incondicional de princípios éticos, humanísticos e da garantia dos direitos legais.

Palavras-chave: Parto. Gravidez na Adolescência. Enfermagem. Pesquisa Qualitativa

 

Representações sociais de mulheres sobre a amamentação: teste de associação livre de idéias acerca da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo

Cácia Mônica OsórioI; Ana Beatriz Azevedo QueirozII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 261 - 267

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A interrupção prematura do aleitamento materno exclusivo (AME) constitui um problema com características biológicas, psicológicas e socioculturais. Este trabalho visa descrever as representações sociais da amamentação para mulheres que interromperam precocemente o AME. Foram entrevistadas 30 mulheres (15 trabalhavam no lar - Ntr, 15 trabalhavam fora - Tr) em aleitamento misto atendidas no Programa Saúde da Família do município de Resende (RJ). Os dados foram coletados de agosto a outubro de 2005 através do Teste de Associação Livre de Idéias, visando emergir associações relativas às palavras exploradas ao nível dos estereótipos sociais, seguido da análise de conteúdo de Bardin. Os dados mostraram elevada freqüência da categoria "prazer, amor e carinho", demonstrando o reconhecimento da importância do aleitamento e do leite humano. "Saúde do bebê" teve maior expressividade no grupo NTr, sugerindo que essas mulheres ancoraram a amamentação no processo saúde-doença. Concluiu-se que as mulheres reconhecem a importância de amamentar, mas não de sua exclusividade até o sexto mês.

Palavras-chave: Amamentação. Aleitamento Materno. Desmame Precoce. Pesquisa Qualitativa

 

Representações sociais do processo de envelhecimento de pacientes psiquiátricos institucionalizados

Leandro Andrade da Silva; Antônio Marcos Tosoli Gomes; Denize Cristina de Oliveira; Maria das Graças Gazel de Souza

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 124 - 131

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Esta pesquisa objetivou analisar a representação social do processo de envelhecimento de pacientes psiquiátricos institucionalizados para profissionais de saúde. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido com a abordagem estrutural das representações sociais, realizada em dois macro-hospitais do Rio de Janeiro, com 50 profissionais de saúde. Realizou-se a coleta de dados através da técnica de evocações livres e a análise com o software EVOC - Ensemble de Programmes Permettant L'analyse des Évocations. Foram evocadas 250 palavras em resposta ao termo indutor Envelhecer em Psiquiatria/Saúde Mental, que foram agrupadas em 3 dimensões, quais sejam, afetivo/emocional, exclusão/abandono e assistencial/institucional. O grupo explicitou, no bojo de sua representação, que o fenômeno envelhecimento dos pacientes com adoecimento mental em um ambiente institucional fechado e recluso é reconstituído como permeado por uma afetividade caracteristicamente negativa, possivelmente como consequência das demais dimensões presentes no núcleo central da representação, especialmente exclusão e abandono familiar, social, público e institucional.

Palavras-chave: Envelhecimento. Assistência de Longa Duração. Saúde Mental. Enfermagem Psiquiátrica

 

Saúde mental e o ensino sobre drogas na graduação em enfermagem: as metodologias participativas

Elias Barbosa de OliveiraI; Celia Caldeira F. KestenbergII; Alexandre Vicente da SilvaIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 722 - 727

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Relato de experiência apresentado pelos professores da subárea Promovendo e Recuperando a Saúde Mental da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FENF/UERJ). Realizamos um recorte temporal de 2001 quando a FENF/UERJ estabeleceu uma parceria com a Comissão Interamericana para o Controle do Abuso de Drogas (CICAD/OEA) até 2006. A partir da parceria inicia-se na FENF/UERJ um processo de avaliação dos conteúdos, carga horária e metodologias adotadas no ensino sobre drogas. Como já trabalhávamos com conteúdos relativos ao tratamento, inserimos a abordagem preventiva com enfoque nas metodologias participativas. Conclui-se que há a necessidade de formar profissionais para lidar com a problemática das drogas como uma estratégia de ampliação da atuação e atenção à comunidade.

Palavras-chave: Enfermagem. Saúde Mental. Drogas Ilícitas. Currículo

 

Saúde mental: do velho ao novo paradigma - uma reflexão

Marlene Gomes TerraI; Dorotéa Loes RibasII; Fernanda SarturiIII; Alacoque Lorenzini ErdmannIV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 711 - 717

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O texto desenvolve idéias desencadeadas a partir de reflexões teóricas e das vivências das autoras diante da compreensão histórica da psiquiatria e alguns pontos chave da desinstitucionalização com o objetivo de vislumbrar possibilidades de um novo paradigma onde o ser humano possa ser visto como um cidadão em sofrimento e não mais como uma doença. Em decorrência das mudanças da área da psiquiatria, a enfermagem buscou inserir-se de maneira a oferecer uma assistência mais humanizada fundamentada nos princípios da Reforma Psiquiátrica. É necessário pensarmos as nossas práticas a partir de uma perspectiva humana, sensível, reflexiva, crítica, criativa reconhecendo a especificidade e a objetividade de cada ser humano com que interagimos. Portanto, a enfermagem necessita repensar os seus saberes e as suas práticas reavaliando sua atitude, postura, trabalho em grupo e ética.

Palavras-chave: Enfermagem Psiquiátrica. Saúde Mental. Desinstitucionalização

 

Sexualidade humana: nível de conhecimento dos acadêmicos de Enfermagem

Lincoln Vitor SantosI; Maria Pontes de Aguiar CamposII; Aline de Oliveira RibeiroIII; Maria Cláudia Tavares de MattosIV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 303 - 306

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Trata de uma pesquisa quali-quantitativa descritiva, cujo objetivo foi verificar como o acadêmico de Enfermagem conceitua termos básicos para o entendimento do tema Sexualidade Humana. Constatou-se que o estudante possui um nível regular de conhecimentos relativos ao tema, pois, embora consiga atribuir conceitos corretos a termos mais simples, quando lhe são solicitadas definições mais detalhadas, em patamar mais profundo e que pedem uma base teórica concreta, o estudante se confunde e não consegue alcançar êxito. Tal situação exige uma reavaliação quanto à necessidade da inclusão de conteúdos curriculares sobre sexualidade, evitando o ocultamento e a invisibilidade da mesma.

Palavras-chave: Estudantes de Enfermagem. Sexualidade. Educação em Enfermagem

 

Teoria ego-ecológica e o estudo da identidade social : aplicabilidade em pesquisas de enfermagem

Rosâne Mello; Antônia Regina Ferreira Furegato

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 825 - 832

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A enfermagem vem trilhando caminhos teórico-metodológicos mais sensíveis para desenvolver um conhecimento que discuta, analise e fundamente sua prática cotidiana. O objetivo deste texto foi refletir sobre as bases metodológicas e a aplicação da Teoria Ego-ecológica nas pesquisas em enfermagem. Por este caminho, é possível conhecer a identidade do indivíduo, suas peculiaridades e sua realidade, através das representações que ele possui acerca de si mesmo, de seus grupos de pertencimento e da sociedade. A Teoria Ego-ecológica entende a identidade como um modo de construção da realidade, a partir do qual o mundo exterior funde-se ao mundo interior a partir da história de vida do indivíduo. A análise Ego-Ecológica permite compreender o cliente e suas complexidades e paradoxos e as relações que estabelece no contexto da família, do trabalho, do lazer e nas situações sociais no espaço micro ou macrossocial.

Palavras-chave: Pesquisa em enfermagem. Pesquisa qualitativa. Relações interpessoais. Identificação social

 

Trabalho e cuidado no contexto da atenção psicossocial: algumas reflexões

Alice Guimarães Bottaro de Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 694 - 702

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Partindo de dados de um estudo local, apresentamos uma reflexão sobre o trabalho e as práticas de cuidado realizadas por duas equipes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), à luz dos pressupostos teóricos, administrativos e técnico-assistenciais da Reforma Psiquiátrica, e da historicidade, materialidade e contradições do trabalho das equipes no contexto matogrossense. Na realidade estudada, o modo de gestão em saúde mental condiciona o modelo de atenção e, em grande medida, reduz o potencial criativo individual e coletivo de trabalhadores e usuários. Destaca-se a potencialidade inovadora e criativa dessa nova tecnologia que, entretanto, ao ser padronizada nacionalmente, simultaneamente garante recursos e institucionaliza o cuidado e imobiliza práticas terapêuticas. Trabalhar/cuidar é um processo dinâmico que inclui trabalhadores e pacientes numa dialética. A ampliação da capacitação técnico-política dos trabalhadores e o enfrentamento das contradições desse trabalho pode permitir a construção, sempre provisória, da atenção psicossocial.

Palavras-chave: Saúde Mental. Serviços de Saúde Mental. Cuidados de Saúde. Trabalho

 

Uma viagem na história da enfermagem psiquiátrica no início do século XX

Nadja Cristiane Lappann Botti

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(4): 725 - 729

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Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise histórica sobre as práticas e saberes da Enfermagem Psiquiátrica Brasileira na primeira metade do século XX. Práticas e saberes do paradigma asilar pautado na tutela, segregação e exclusão social; em função de se acreditar que o conhecimento da história da Enfermagem e da Psiquiatria é fundamental para a construção de uma nova prática profissional.

Palavras-chave: História. Enfermagem Psiquiátrica. Psiquiatria. Tratamento

 

Vulnerabilidades de adolescentes com vivências de rua

Camila Rose Guadalupe Barcelos Schwonke; Adriana Dora da Fonseca; Vera Lúcia de Oliveira Gomes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 849 - 855

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Estudo exploratório-descritivo, qualitativo, efetuado nos meses de maio e junho de 2006, com o objetivo de discutir o contexto de vulnerabilidades em que estão inseridos os adolescentes que vivenciaram o ambiente de rua, com ênfase na exposição à infecção pelo HIV. A História Oral foi a técnica escolhida para a coleta dos dados, que foi operacionalizada por meio de entrevistas individuais gravadas e transcritas. Os informantes foram seis moças e seis rapazes que se encontravam acolhidos em duas instituições de abrigo de uma cidade do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados revelam que a baixa escolaridade e o barato das drogas os expõem a riscos, e que, acerca da camisinha, ainda há contradições. Tais fatores aumentam a vulnerabilidade às DSTs e AIDS, tendo em vista que o ambiente da rua não oferece condições necessárias à tomada de decisões conscientes, somando-se ao fato de estarem distantes do acesso a serviços e profissionais de saúde.

Palavras-chave: Saúde do Adolescente. Vulnerabilidade. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Pesquisa Qualitativa

 

 

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