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A dimensão da ação nas representações sociais da tecnologia no cuidado de enfermagem
Rafael Celestino da Silva; Márcia de Assunção Ferreira
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 140 - 148
Objetiva-se identificar os modos de agir dos enfermeiros diante do cuidado do cliente portador de aparatos tecnológicos, a partir de suas representações sociais sobre a tecnologia. O referencial teórico foi o da teoria das representações sociais. Pesquisa qualitativa, com realização de entrevistas, observação sistemática e análise de conteúdo temática. Sujeitos: onze enfermeiros novatos e treze veteranos. Os resultados mostraram a existência de duas linhas condutoras da ação do enfermeiro junto ao cliente que se utiliza dos aparatos tecnológicos: a do cuidado tecnológico, no qual existe uma ação que articula o saber tecnológico e os saberes inerentes ao cuidado de enfermagem; e a da ação tecnológica, em que o profissional age orientado somente tendo em vista a máquina. Concluiu-se que a tecnologia pode estar orientando a formação de determinados estilos de cuidar na enfermagem.
Palavras-chave: Tecnologia Biomédica. Unidades de Terapia Intensiva. Enfermagem. Cuidados de Enfermagem. Psicologia Social
Valéria de Oliveira Monteiro1; Ivone Evangelista Cabral2
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1999; 3(2): 56 - 68
Tivemos como ponto de partida a dimensão subjetiva dos educandos-adolescentes para implementar uma modalidade de educação-dialógica, cujo alicerce se assentou no pensamento pedagógico crítico-reflexivo de Freire (1988). O objeto de estudo a rota do álcool no contexto de vida dos adolescentes da Comunidade Engenho do Mato-Niterói foi encaminhado através do método criativo sensível, no espaço da oficina de criatividade e sensibilidade. Abordar a temática sobre o álcool entre adolescentes, a partir do delineamento geográfico da rota do álcool no contexto sócio-familiar, foi um grande desafio para os 07 participantes da pesquisa. Embora não seja uma droga lícita para os adolescentes, a sua aceitação social está representada pela franca distribuição geográfica na Comunidade onde os adolescentes crescem, se socializam e vivem, levando a um consumo indiscriminado. Além disso, o uso do álcool produz sensação lúdica, prazerosa e alimenta a auto-estima, a despeito de todos os seus efeitos danosos sobre a saúde.
Palavras-chave: Enfermagem - Enfermagem Pediátrica - Adolescente - Alcoolismo
Ivone Evangelista Cabral; Danielle Groleau
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 763 - 771
O "ensino-aprendizagem" integra o Método Mãe Canguru (MMC) brasileiro para promover as habilidades maternas na amamentação de bebês prematuros ou baixo peso. Por desconhecermos se o que foi ensinado integrou o círculo interno da família, nosso objetivo foi analisar como esse conhecimento sobre amamentação exclusiva foi incorporado no contexto dos domicílios. A pesquisa participante aconteceu no domicilio de 11 grupos de mães, familiares e vizinhos. O saber local dos vizinhos e familiares substituiu o conhecimento ensinado à mãe no MMC e mudou a alimentação desses bebês. A educação em saúde deve estender-se para além do hospital e incluir os familiares e pessoas significativas.
Palavras-chave: Cuidado pós-natal. Saúde da criança. Enfermagem pediátrica. Aleitamento materno
A primeira visita ao filho internado na unidade de terapia intensiva neonatal: percepção dos pais
Kayna Trombini Schmidt; Anelize Helena Sassá; Marly Veronez; Ieda Harumi Higarashi; Sonia Silva Marcon
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 73 - 81
Este estudo teve como objetivo identificar os sentimentos, experiências e expectativas dos pais durante a primeira visita ao filho internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Estudo descritivo com abordagem qualitativa realizado na UTIN de um hospital de ensino de Maringá-PR. Foram entrevistados nove mães e um pai. Os dados foram coletados na segunda quinzena de junho de 2010, por meio de entrevistas semiestruturadas, posteriormente analisadas por meio do referencial de análise de conteúdo de Bardin. As categorias temáticas desprendidas dos depoimentos foram: Anseios antes da primeira visita ao filho; Vivenciando a primeira visita; e Lidando com as informações. Os resultados encontrados ampliam a compreensão dos sentimentos e das necessidades dos pais na primeira visita ao filho internado na UTIN e possibilitaram a reflexão sobre intervenções de enfermagem que possam amenizar as implicações negativas desse período situacional do ciclo de vida.
Palavras-chave: Enfermagem Neonatal. Terapia Intensiva Neonatal. Prematuro. Pais
A tecnologia em saúde: uma perspectiva psicossociológica aplicada ao cuidado de enfermagem
Rafael Celestino da SilvaI; Márcia de Assunção Ferreira II
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 169 - 173
Objetiva-se demonstrar a relevância social do fenômeno tecnologia no cuidado em saúde como objeto de conhecimento psicossociológico. A tecnologia pode determinar o estilo de vida da sociedade, levando o homem a desenvolver sentimentos e comportamentos de adoração, medo, aproximação e afastamento. O fenômeno tecnologia em saúde integra pensamentos e discussões dos profissionais, fazendo circular informações entre eles, levando-os a elaborarem conhecimentos que alicerçam seus modos de agir. Pressupõe-se que a presença de recursos tecnológicos em ambientes de cuidado gera em quem cuida inquietações, sentimentos e comportamentos que se relacionam às representações sobre determinado objeto, no caso a tecnologia em saúde, as quais determinam diferentes modos de cuidar. Entender a tecnologia no cuidado em saúde na abordagem psicossociológica possibilita o conhecimento do campo que congrega elementos que constroem as representações sociais, no intento de compreender tais modos de cuidar.
Palavras-chave: Tecnologia Biomédica. Cuidados de Enfermagem. Enfermagem. Unidades de Terapia Intensiva
Lucila Castanheira NascimentoI; Paula de Siqueira FurquimII; Ariane Ranzani RigottiIII; Flávia Mendonça Rosa LuizIV; Paula Saud de BortoliV; Silmara GianotiVI
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(3): 580 - 585
O objetivo deste estudo é relatar a experiência de alunos de graduação em Enfermagem na implantação de um projeto de extensão que utiliza o lazer como estratégia de intervenção aos familiares ou outros acompanhantes de crianças hospitalizadas, numa clínica pediátrica de um hospital universitário do interior do estado de São Paulo. As atividades do grupo, que consistem na realização de trabalhos manuais, desenhos, artesanato, relaxamento, costura, oficinas pedagógico-educativas, dentre outras, foram desenvolvidas em dois encontros semanais, com duração mínima de duas horas cada. Trata-se da utilização do lazer não apenas para distração e passatempo, mas também para que, na busca de minimizar eventos negativos decorrentes do processo de hospitalização, os pais, outros familiares e acompanhantes de crianças e adolescentes internados possam se integrar, de forma criativa, ao processo de cuidado destes clientes.
Palavras-chave: Pais. Criança Hospitalizada. Atividades de Lazer. Enfermagem Pediátrica
Ana Carolina Abeid Mendonça1; Marléa Chagas Moreira2; Vilma de Carvalho3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 817 - 823
O estudo teve como objetivo analisar a produção científica da enfermagem na atenção paliativa oncológica em unidades de terapia intensiva. Pesquisa exploratória, descritiva, retrospectiva e bibliográfica de 23 artigos produzidos de 2000 a 2010. O referencial teóricometodológico foi a Metodologia de Categorização Epistemológica para a Pesquisa na Enfermagem com ênfase na constituição do tema ou problema da pesquisa. Os resultados indicam que o conhecimento produzido concentra-se no âmbito internacional, setorizado predominantemente na unidade de terapia intensiva adulto. A análise dos temas focalizados indica a apreensão do fenômeno na esfera subjetiva, na ótica dos enfermeiros como sujeitos/consciência do conhecimento para apreensão de situações de enfermagem relacionadas às estratégias e obstáculos à implantação da atenção paliativa oncológica nesse cenário, além das contribuições da atenção paliativa oncológica para clientes e familiares. As repercussões demonstradas nos aspectos epistemológicos destacados possibilitam afirmar que a assistência de enfermagem a pessoas com câncer avançado sem possibilidades de cura na Unidade de Terapia Intensiva é permeada por desafios que requerem investigações para subsidiar critérios e estratégias para atuação da equipe de enfermagem para essa clientela.
Palavras-chave: Enfermagem oncológica. Cuidados paliativos. Unidades de terapia intensiva. Pesquisa em enfermagem.
Avaliação da qualidade das anotações de enfermagem em unidade semi-intensiva
Josy Anne Silva1; Ana Cândida Martins Grossi2; Maria do Carmo Lourenço Haddad3; Sonia Silva Marcon4
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 576 - 581
A anotação de enfermagem é um dos meios para se avaliar os cuidados prestados. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade das anotações de enfermagem em uma unidade semi-intesiva. Os dados, coletados com um roteiro para auditoria retrospectiva, são referentes a 16 pacientes que aguardavam vaga para Unidade de Terapia Intensiva, internados em dezembro de 2009 e janeiro de 2010, por um período médio de oito dias. No quesito identificação, o percentual de preenchimento foi de 74,8% o que é bem próximo dos valores considerados satisfatórios (80%); porém o percentual de preenchimento completo dos itens: registros, procedimentos e prescrição de enfermagem, terapia intensiva e execução de ordens médicas alcançaram respectivamente 54,7%, 41,1%, 39,3%, 34,9% e 25%. Os baixos índices de preenchimento completo revelam falha grave no registro da assistência prestada nesta unidade, o que pode estar prejudicando a continuidade do cuidado e a legitimação do trabalho da enfermagem.
Palavras-chave: Registros de enfermagem. Auditoria de enfermagem. Qualidade da assistência à saúde. Cuidados intensivos.
Caroline Monteiro Conceição; Circéa Amalia Ribeiro; Regina Issuzu Hirooka de Borba; Conceição Vieira da Silva Ohara; Paula Rosenberg de Andrade
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 346 - 353
Estudo descritivo qualitativo com o objetivo de compreender a percepção de pais e acompanhantes sobre o emprego do Brinquedo Terapêutico no preparo da criança para a punção venosa ambulatorial, realizado em um ambulatório da cidade de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com oito pais ou acompanhantes de crianças preparadas para a punção venosa com o Brinquedo Terapêutico e, após, submetidos à análise qualitativa de conteúdo. Os resultados evidenciaram que eles aprovam essa estratégia de preparo e acreditam que esta favorece o conhecimento sobre o procedimento, diminui o medo, acalma e promove a segurança deles e da criança, além de constituir-se em um atendimento de enfermagem humanizado e de qualidade à criança e família. Reitera-se a importância da implementação do Brinquedo Terapêutico na assistência à criança em ambulatórios e unidades básicas de saúde.
Palavras-chave: Jogos e Brinquedos. Procedimentos Clínicos. Assistência Ambulatorial. Enfermagem Pediátrica
Keila Maria de Azevedo Ponte1; Lúcia de Fátima da Silva2; Antonia Eliana de Araújo Aragão3; Maria Vilani Cavalcante Guedes4; Ivete Palmira Sanson Zagonel5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 666 - 673
Objetivou-se analisar a contribuição do cuidado clínico de enfermagem para o conforto psicoespiritual de mulheres com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), mediado pela pesquisa-cuidado com base na Teoria do Conforto. Os sujeitos foram nove mulheres admitidas com IAM no período de abril a junho de 2011 em um hospital de Cardiologia em Sobral - Ceará, Brasil. O primeiro encontro ocorreu na admissão e durou em média seis horas; depois ocorreram mais três encontros. Para coleta e análise das informações, foram empregados entrevista individual semiestruturada, diário de campo, observação participante e análise temática categorial de conteúdo. Os cuidados implementados no contexto psicoespiritual foram: fortalecer a espiritualidade, esclarecer sobre o adoecimento, ajudar no enfrentamento da nova condição de saúde e nas situações de confusão mental e desorientação. A percepção do conforto psicoespiritual ocorreu por meio da implementação de cuidados clínicos neste contexto, utilizando-se pesquisa-cuidado com base na Teoria do Conforto.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Terapia intensiva. Infarto do miocárdio
Dayse Mary de Souza Carneiro; Ivis Emília de Oliveira Souza; Cristiane Cardoso de Paula
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 757 - 762
Objetivou-se compreender o significado de ser-mãe-acompanhante-de-filho-que-foi-a-óbito -por-doença-oncológica. A entrevista fenomenológica com 14 depoentes permitiu a captação dos significados que foram analisados como estruturas essenciais do fenômeno com base no referencial teórico-metodológico heideggeriano. Compreendeu-se que o ser-mãe significou: ser forte para tudo, mas na hora crítica da perda do filho sentiu necessidade de ter alguém ao seu lado; ser confortada por outras mães-acompanhantes/voluntários; contar com apoio familiar, institucional, governamental; ter muita dificuldade para aceitar o tratamento e a perda do filho; ter esperança de cura; querer que houvesse um jeito melhor de se falar que não há mais o que fazer. Na instituição, isso é registrado como Fora de Possibilidade de Cura Atual. A hermenêutica desvelou o sentido da impessoalidade do ser-mãe-aí-com no cotidiano assistencial. Diante dos significados/sentidos desvelados, conclui-se pela possibilidade de um cuidado singular e solícito, mediado pela empatia, em um movimento existencial dos profissionais de saúde sendo-com as mães.
Palavras-chave: Saúde da Criança. Enfermagem Pediátrica. Oncologia. Filosofia em Enfermagem. Existencialismo
Cuidado humanizado em terapia intensiva: um estudo reflexivo
Joselany Áfio CaetanoI; Enedina SoaresII; Luciene Miranda de AndradeIII; Roberta Maria da Ponte IV
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 325 - 330
Objetivou-se neste estudo conhecer o significado da assistência humanizada prestada a pacientes em tratamento intensivo sob a ótica de dezessete profissionais de saúde que trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital filantrópico situado na região metropolitana da cidade de Sobral - CE, Brasil. Para a coleta de dados, utilizou-se um instrumento contendo a seguinte pergunta: Qual o significado da humanização da assistência para você? Dos dados emergiram três categorias de análise: conforto emocional; conforto físico e compromisso profissional, cuja análise revela a melhoria da assistência não configurada nos avanços da tecnologia, mas, em valores pessoais, na compreensão do verdadeiro significado do cuidado, o direcionamento da assistência ao conforto físico e emocional associado ao cuidado que visa amenizar a dor; cuidar com compromisso aplicando a prática humanística. Conclui-se que o processo de cuidar humanístico leva os profissionais a refletir acerca das suas posturas pessoais e acadêmicas, fortalecendo sempre o trabalho em equipe.
Palavras-chave: Humanização da Assistência. Unidades de Terapia Intensiva. Exercício Profissional
Manuella Carvalho Feitosa1; Illoma Rossany Lima Leite2; Grazielle Roberta Freitas da Silva3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 682 - 688
Na assistência de enfermagem a pacientes críticos, a utilização de instrumentos capazes de quantificar a demanda de cuidados é fundamental para adequação da equipe de enfermagem e, com isso, melhorar o planejamento e a qualidade da assistência. Estudo descritivo e quantitativo, realizado de setembro a outubro/2011, com objetivo de avaliar a demanda de cuidados de enfermagem pela aplicação do Nursing Activities Score (NAS). Amostra de 45 pacientes, maioria do sexo feminino (64,4%), média de 51,4 anos recrutados em duas Unidades Intensivas de um Hospital Público em Teresina-Piauí. Foram realizadas 328 medidas do NAS, com média do escore total de 67,3%, variando de 39,2% a 133,7%. Os itens mais pontuados foram referentes às categorias "Atividades básicas", "Tarefas administrativas e gerenciais" e "Suporte respiratório". Uma média do NAS elevada permitiu concluir que essa clientela apresentou acentuada necessidade de cuidados, indicando o NAS como um bom instrumento para gerenciar recursos humanos de enfermagem.
Palavras-chave: Enfermagem. Unidade de Terapia Intensiva. Cuidados de enfermagem.
Marli Terezinha Stein Backes; Alacoque Lorenzini Erdmann; Andreas Büscher; Dirce Stein Backes
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 769 - 775
Estudo qualitativo que partiu da questão: como vêm sendo construídas as teorias e modelos de cuidado de enfermagem, focalizando o processo de construção da teoria substantiva, referente à Tese que teve como objetivos compreender o significado do ambiente de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva e construir um modelo teórico sobre ele. O método utilizado foi a Grounded Theory. Realizaram-se 39 entrevistas com 47 sujeitos diferenciados de três Unidades de Terapia Intensiva Adulto, em Florianópolis/SC, Santa Maria/RS e Pelotas/RS, entre junho de 2009 a setembro de 2010. A teoria "Sustentando a vida no ambiente complexo de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva" foi delimitada por oito categorias. Conclui-se que sustentar a vida no ambiente de Unidade de Terapia Intensiva significa investir intensivamente no cuidado de pacientes instáveis, com auxílio de tecnologias diferenciadas e profissionais capacitados, trabalhando em equipe, onde se convive com estresse/conflitos e dificuldades para lidar com a morte.
Palavras-chave: Administração sistêmica. Ambiente de instituições de saúde. Pesquisa qualitativa. Teoria de Enfermagem. Unidades de terapia intensiva
Maria Cristina Leite Araújo Borges1; Lucilane Maria Sales da Silva2; Maria Vilaní Cavalcante Guedes3; Joselany Áfio Caetano4
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 754 - 760
Pesquisa exploratória com abordagem qualitativa realizada em uma unidade de terapia intensiva cirúrgica de um hospital universitário de Fortaleza-CE, Brasil, com o objetivo de compreender a percepção da equipe de enfermagem sobre as ações de cuidado implementadas em uma UTI pós-operatória que atende a pacientes submetidos a transplante hepático. Participaram 20 profissionais de enfermagem. Utilizaram-se entrevistas semiestruturadas e observação sistemática. Os resultados apontaram que o cuidado de enfermagem ao transplantado hepático envolve aspectos técnicos e psicossociais amplos, necessitando de conhecimento e experiência. Observou-se que, muitas vezes, o cuidado de enfermagem foi aceito como resultante de uma prescrição médica, e não de uma avaliação individualizada do enfermeiro. Considera-se que a enfermagem precisa apropriar-se de instrumentos próprios da profissão para fortalecer o cuidado autônomo, individual e holístico.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Enfermagem. Transplante de fígado. Terapia intensiva.
Emergindo a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálicaa
Aline Lima Pestana1; Alacoque Lorenzini Erdmann2; Francisca Georgina Macêdo de Sousa3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 734 - 740
O estudo objetivou desvelar a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálica. Utilizaram-se como referenciais teórico e metodológico o pensamento complexo e a Grounded Theory, respectivamente. Os dados foram coletados em um hospital universitário do nordeste brasileiro, de dezembro de 2010 a junho de 2011, por meio de entrevistas não estruturadas. A amostra teórica constituiu-se de 12 enfermeiros, distribuídos em três grupos amostrais. O fenômeno "Desvelando relações e interações múltiplas do ser enfermeiro na complexidade do cuidado ao ser em morte encefálica" foi delimitado por cinco categorias. Neste artigo, foi abordada a categoria "Emergindo a complexidade do cuidado de enfermagem ao ser em morte encefálica". O estudo evidenciou que o cuidado ao ser em morte encefálica é caracterizado por desordem e incertezas, fazendo com que o enfermeiro vivencie sentimentos diversos e ambivalentes. A sua complexidade está em compreender a sua singularidade e dialogicidade.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Morte encefálica. Enfermeiros. Cuidados intensivos. Pesquisa qualitativa.
Experiências de doentes críticos com a ventilação mecânica invasiva
Cristian Dornel1; lesGabriele Brito de Oliveira2; Camila Rose G.B. Schwonkep3; José Richard de Sosa Silva4
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 796 - 801
O objetivo deste estudo foi conhecer as experiências vividas por pacientes que fizeram uso de ventilação mecânica invasiva em Unidades de Terapia Intensiva de dois hospitais do extremo sul do Brasil. A presente pesquisa foi conduzida na perspectiva qualitativa, sendo realizada com 10 pacientes que salientaram suas principais dificuldades e necessidades durante o período em que fizeram uso de ventilação mecânica invasiva. Os resultados apontam que as dificuldades relatadas relacionaram-se especialmente com a presença da via aérea artificial, sendo elas: sensação de sufocamento, náuseas, lesões decorrentes do tubo endotraqueal, acúmulo de secreções no tubo endotraqueal e cavidade oral e afonia. Além disso, os pacientes referiram necessidades de comunicação, sede e alterações da rotina pessoal. Os achados deste estudo elucidaram a vivência do paciente crítico, mediante esse recurso invasivo, trazendo elementos importantes a serem considerados para o cuidado de enfermagem.
Palavras-chave: Respiração artificial. Terapia intensiva. Enfermagem.
Fatores que interferem na prevenção do sono e repouso de criança em Terapia Intensiva
Márcia Barbosa de Paiva; Célia Antunes C. de Souza; Enedina Soares
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(1): 29 - 35
Trata-se de um estudo de caso com uma criança internada em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, cujo objetivo é descrever os fatores que interferem na preservação de seu sono e repouso. Utilizou-se como método, para a coleta de dados, observação direta, a partir dos procedimentos realizados e da maneira de cuidar da criança pela equipe multiprofissional. Os resultados denotam que o sono e o repouso foram interrompidos em intervalos de 25 minutos, evidenciando a necessidade e a privatização do sono e repouso nestas circunstâncias. Conclui-se que a assistência à criança que necessita de cuidados intensivos deve estar voltada para atender suas necessidades individuais, utilizando para tal uma abordagem humanística que implica na formação de conjuntos, na interdisciplinaridade dos profissionais, buscando a integralidade, a unicidade e a interdependência.
Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica. Cuidados intensivos. Sono. Repouso
Grau de dependência de cuidado: pacientes internados em hospital de alta complexidade
Raquel Gvozd1; William Tiago de Oliveira2; Sabine Jenal3; Marli Terezinha Oliveira Vannuchi4; Maria do Carmo Lourenço Haddad5; Fernanda Cristina Fortes6
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 775 - 780
Estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa, que objetivou categorizar os pacientes atendidos em unidade de internação de um hospital terciário, quanto à complexidade assistencial e o grau de dependência. O instrumento utilizado contempla doze áreas do cuidado, e classifica os pacientes nas seguintes categorias: cuidado intensivo, semi-intensivo, alta dependência, intermediário e mínimo. Observou-se que 68% da amostra eram do sexo masculino e 32%, do feminino, com mediana de idade de 51,97 anos; 34,9% dos pacientes estavam restritos ao leito e 32,8% apresentavam limitação de movimentos; 44,8% apresentaram presença de solução de continuidade na pele envolvendo tecido subcutâneo e músculo, 29,9% necessitavam cuidados de alta dependência. O estudo mostrou a insuficiência de leitos de UTI, com necessidade da reestruturação da rede de saúde. Pacientes necessitando de cuidados intensivos estão internados em unidades não especializadas, provocando sobrecarga de trabalho para a equipe de saúde e impossibilitando uma assistência de qualidade.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Cuidados intensivos. Avaliação em enfermagem. Pacientes internados. Classificação.
Implementação de medidas para o alívio da dor em neonatos pela equipe de enfermagem
Roberta Meneses Oliveira; Ana Valeska Siebra e Silva; Lucilane Maria Sales da Silva; Ana Paula Almeida Dias da Silva; Edna Maria Camelo Chaves; Samara Cavalcante Bezerra
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 277 - 283
Estudo transversal com abordagem quantitativa, que objetivou identificar a implementação de medidas para o alívio da dor em neonatos pelos profissionais de Enfermagem, bem como caracterizá-las em tipo, frequência e finalidade da aplicação. Desenvolvido entre agosto e outubro de 2007 em quatro hospitais de referência no atendimento neonatal em Fortaleza-Ceará. Um formulário foi aplicado em 180 profissionais. Os dados foram analisados com estatística descritiva simples e apresentados em tabelas. A maioria dos profissionais (98,8%) afirmou implementar medidas para minimizar a dor do neonato, destacando-se: Chupeta de gaze com glicose (43,3%); Acalento (23,3%); Pacotinho (19,4%). Quanto às justificativas, a maioria (85%) relatou que executa tais medidas para acalmar/aliviar o sofrimento do bebê. Em conclusão, as entrevistadas demonstraram conhecer o efeito benéfico da glicose para o neonato e implementar estratégias que, aplicadas em conjunto antes dos procedimentos dolorosos, proporcionam alívio e tranquilidade para o bebê.
Palavras-chave: Dor. Analgesia. Recém-nascido. Enfermagem Neonatal. Cuidados Intensivos
Imposições e conflitos no cotidiano das famílias de crianças com doença crônica
Vanessa Medeiros da Nóbrega1; Altamira Pereira da Silva Reichert2; Kenya de Lima Silva3; Simone Elizabeth Duarte Coutinho4; Neusa Collet5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 781 - 788
Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa com o objetivo de identificar as imposições e os conflitos enfrentados no cotidiano pelas famílias de crianças com doença crônica. Os dados foram coletados entre novembro de 2008 e janeiro de 2009 mediante entrevistas semiestruturadas realizadas em um hospital público, referência no tratamento de doença crônica, com três famílias residentes no município de João Pessoa - PB, e processados a partir da análise temática. Os resultados apontam que os conflitos e imposições no cotidiano da família envolvem o abandono do emprego, ocasionando desequilíbrio financeiro; redução/interrupção dos momentos de lazer; incompreensão social e familiar; sobrecarga do cuidador principal; desestruturação familiar e relacionamentos fragilizados com repercussão negativa em toda família. Aponta-se a necessidade de os profissionais de saúde conhecerem o contexto de vida da criança com doença crônica e sua família, a fim de obterem elementos para um planejamento adequado de superação dos percalços decorrentes da doença.
Palavras-chave: Doença crônica. Família. Enfermagem pediátrica. Criança.
Imunização em criança exposta ou infectada pelo hiv em um serviço de imunobiológicos especiais
Maria do Socorro Mendonça Sherlock; Maria Vera Lúcia Moreira Leitão Cardoso; Márcia Maria Coelho Oliveira Lopes; Ana Luíza Paula de Aguiar Lélis; Natália Rodrigues Oliveira
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 573 - 580
Objetivou-se analisar a situação vacinal de crianças expostas ou infectadas pelo HIV atendidas no programa de imunobiológicos especiais (CRIES). Estudo documental, retrospectivo, desenvolvido no CRIES de um hospital público pediátrico, em Fortaleza-CE. A amostra consistiu em 125 prontuários de crianças atendidas no período de janeiro de 2006 a setembro de 2009. Conforme o Ministério da Saúde, percebeu-se que a maioria das crianças iniciou a imunização aos 2 meses de idade, destas 65 (52,0%) com o esquema vacinal injetável contra pólio e 68 (64,8%) contra pneumococo, mas apresentaram redução da demanda no seguimento do calendário ao avançar a idade. Assim, a baixa adesão ao calendário de vacina especial foi perceptível, o que implica rompimento do processo imunológico das crianças expostas, tornando-se imprescindível um trabalho educativo pelos profissionais de saúde e a conscientização da população, visando à prevenção de doenças evitáveis no grupo de risco estudado.
Palavras-chave: Saúde da Criança. HIV. Imunossupressão. Imunização. Enfermagem Pediátrica
Manejo da dor pós-operatória na visão dos pais da criança hospitalizada
Larissa Domingas Grispan e Silva; Mauren Teresa Grubisich Mendes Tacla; Edilaine Giovanini Rossetto
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(3): 519 - 526
Considerando os efeitos deletérios da dor pós-operatória na criança e seu direito a receber alívio, sentiu-se a necessidade de estudar esse tema. Pesquisa qualitativa desenvolvida na unidade pediátrica de um hospital público de Londrina - Paraná, visando investigar a percepção dos pais quanto ao manejo da dor pós-operatória pela equipe de enfermagem e seu envolvimento neste processo. Foram entrevistados 10 familiares que acompanhavam crianças submetidas a cirurgias. Os dados foram agrupados em dois temas: caracterização do manejo da dor pós-operatória e estratégias adotadas para o alívio da dor pós-operatória. A terapia farmacológica foi mencionada como principal método utilizado pela equipe para analgesia. Quanto à atuação dos pais, referiram o uso de estratégias não farmacológicas como: distração, brinquedos, entre outros. O tratamento farmacológico é supervalorizado pelos profissionais e pelos pais. Técnicas não farmacológicas são extremamente úteis, porém, é necessário incentivar os pais a participar ativamente no manejo da dor pós-operatória de seus filhos.
Palavras-chave: Dor. Criança. Enfermagem Pediátrica. Família
O brinquedo no hospital: uma análise da produção acadêmica dos enfermeiros brasileiros
Tânia Maria Coelho LeiteI; Antonieta Keiko Kakuda ShimoII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 343 - 350
Este estudo teve como objetivo analisar o conteúdo das teses e dissertações de enfermeiros brasileiros sobre a utilização do brinquedo no hospital. O levantamento dos dados foi realizado por meio de uma busca no Portal Capes, Cepen, Ibict e consulta às referências dos trabalhos, que foram analisados qualitativamente. Os objetivos mais freqüentemente encontrados referem-se à vivência da criança durante a hospitalização, ao significado e importância do brinquedo e dificuldades para sua implantação. O brinquedo foi utilizado com maior freqüência no pré e pós-operatório. A análise dos resultados obtidos nos trabalhos pautou-se nos efeitos do brinquedo sobre as crianças. Ficou evidente que, para os enfermeiros, o brinquedo é ferramenta indispensável no cuidado à criança. Portanto, recomenda-se que a prática do brinquedo / brinquedo terapêutico seja utilizada no plano de assistência de enfermagem pediátrica.
Palavras-chave: Jogos e Brinquedos. Enfermagem Pediátrica. Criança. Recreação
Angela Helena de Souza RabeloI; Tania Vignuda de SouzaII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(2): 271 - 278
É um estudo sobre o conhecimento apreendido pelo familiar/acompanhante acerca da precaução de contato e sua contribuição no controle das infecções hospitalares numa enfermaria pediátrica. Os objetivos são: descrever o conhecimento da precaução de contato apreendido pelo familiar/acompanhante da criança hospitalizada; identificar o profissional que fornece as informações relacionadas à precaução; e analisar a contribuição do familiar/acompanhante para evitar a disseminação da infecção hospitalar durante a internação da criança. Tem abordagem qualitativa e análise temática. A informação sobre o tema é fornecida pela equipe de enfermagem e pelos médicos ao longo da internação. Os familiares/acompanhantes não sabem o significado de precaução de contato; contudo, descrevem medidas preventivas, como evitar ficar em outro leito e lavar as mãos. Constata-se que estes sujeitos são orientados apenas sobre o que não pode ou o que deve ser feito e contribuem para o controle da infecção hospitalar de acordo com o que lhes foi orientado.
Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Unidades de Internação. Enfermagem Pediátrica
O cotidiano do ser-adolescendo com aids: movimento ou momento existencial?
Cristiane Cardoso de Paula I; Ivone Evangelista Cabral II; Ívis Emília de Oliveira Souza III
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 632 - 639
As crianças com AIDS por transmissão vertical transitam da infância para adolescência, e pouco se sabe sobre como cuidam de si. Compreender este cotidiano do adolescer foi o objetivo desta investigação fenomenológica com análise hermenêutica heideggeriana. A entrevista com 11 meninos/meninas (12-14 anos) não institucionalizados, que conheciam seu diagnóstico, ocorreu depois da aprovação do projeto pelo Comitê de Ética de três instituições do Rio de Janeiro, cenários da pesquisa. Os resultados apontaram um cotidiano marcado pelos momentos infância e adolescência. Às vezes quer voltar a ser-criança para brincar; se re-conhece como ser-adolescente pela aparência, humor, atividades diárias, lazer e relacionamentos. Transitando entre esses momentos, re-vela-se como ser-adolescendo. Neste movimento existencial des-vela-se como ser-de-possibilidades, que não está limitado à dupla-facticidade: adolescer (segundo demarcações etárias e características predeterminadas) e AIDS (fragilidade clínica). Portanto, conjugar as dimensões biológica e existencial, no modelo assistencial-institucional, é o desafio do cuidado ao ser-adolescendo.
Palavras-chave: Saúde do Adolescente. Saúde da Criança. Enfermagem Pediátrica. Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
O cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de unidade de terapia intensivaa
Marli Terezinha Stein Backes1; Alacoque Lorenzini Erdmann2; Andreas Büscher3; Dirce Stein Backes4
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 689 - 696
Estudo qualitativo, partiu da questão: como se dá o cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de Unidade de Terapia Intensiva? Teve como objetivo compreender o cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de Unidade de Terapia Intensiva Adulto. O método utilizado foi a Grounded Theory. Realizou-se 39 entrevistas com 47 sujeitos diferenciados (pacientes, profissionais da saúde, gestores, profissionais dos serviços de apoio, familiares) de três Unidades de Terapia Intensiva Adulto, em Florianópolis/SC, Santa Maria/RS e Pelotas/RS, Brasil, entre junho de 2009 a setembro de 2010. A teoria "Sustentando a vida no ambiente complexo de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva", foi delimitada por oito categorias, das quais será focalizada neste artigo a categoria "Cuidando e monitorando o paciente continuamente". Conclui-se que o cuidado intensivo requer um cuidado integral com os pacientes, que vai além do cuidado técnico e inclui as dimensões física, emocional, espiritual e social do ser humano.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Cuidados intensivos. Humanização da assistência. Relações profissional-paciente. Unidades de terapia intensiva.
O cuidado materno no manejo da asma infantil contribuição da enfermagem transcultural
Maíra Domingues Bernardes Silva; Leila Rangel da Silva; Inês Maria Meneses dos Santos
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 772 - 779
O objeto deste estudo são as práticas culturais do cuidado materno no manejo da asma infantil.
OBJETIVOS: descrever o conhecimento e o cuidado materno sobre a asma infantil e analisar o cuidado materno no manejo da asma infantil. Estudo descritivo-exploratório desenvolvido a partir de questionários e entrevistas com mães de crianças com asma, no período de setembro de 2008 janeiro de 2009. Após análise temática dos dados, emergiram três categorias: 1) Conceito e manejo da asma na visão das mães cuidadoras; 2) Asma como sofrimento e risco para a vida dos filhos; 3) Plantas medicinais, simpatias e religiosidade no cuidado do filho com asma. Concluiu-se que é importante respeitarmos a cultura das mães cuidadoras das crianças com asma, para que seus valores possam ser preservados, acomodados e reestruturados junto ao cuidado profissional.
Palavras-chave: Saúde da Criança. Enfermagem Transcultural. Enfermagem Pediátrica. Cuidado da Criança. Asma
O cuidado na perspectiva do acompanhante de crianças e adolescentes hospitalizados.
Regina G. Santini Costenaro1; Alessandra Daros2; Eloita Neves Arruda3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1998; 2(1): 111 - 125
Este é um estudo exploratório de natureza qualitativa no qual 10 acompanhantes de crianças e adolescentes hospitalizados foram entrevistados a partir de uma escala analógica com valores numéricos de 0 a 10, correspondentes aos sentimentos relativos ao cuidado por eles experienciados durante a hospitalização de seus filhos. Os resultados aqui apresentados fazem parte de um estudo mais amplo sobre cuidado e conforto da clientela infanto-juvenil e seus acompanhantes, e tem a finalidade de identificar níveis de cuidado experienciados e significados de cuidado atual e desejado na visão do acompanhante. O cuidado atual tem o sentido de atendimento, atenção por pessoal "bacana" que proporciona alimentação, higiene e orientação. Tem também o sentido de conformismo com o não cuidado por eles experienciado. No entanto, desejam um ambiente confortável para refazer energias, como também orientação, alimentação mais freqüente e apoio governamental.
Palavras-chave: Cuidado, Enfermagem, Enfermagem Pediátrica acompanhante.
Kleyde Ventura de Souza1; Ludmila Taborda Moreira Assis2; Tânia Couto Machado Chianca3; Carla Lima Ribeiro4; Amélia Cristina Gomes5; Rosângela de Jesus Lima6
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 219 - 226
Estudo na abordagem teórico-metodológica heideggeriana com o objetivo de desvelar o sentido do ser-mãe que tem a possibilidade de tocar o filho prematuro na UTIN. Após aprovação foi desenvolvida entrevista fenomenológica com nove mulheres-mães. A análise compreensiva constituiu oito unidades de significação, e a hermenêutica permitiu desvelar o movimento existencial do sermãe em sua cotidianidade, nos modos de ser da inautenticidade e impessoalidade, movida pelo falatório, ambiguidade e temor, modos de ocupação. Ao compreender como sua a possibilidade de ter um filho prematuro, toca-o cautelosamente e cuidadosamente, transita para um entendimento no qual não mais se ocupa, se preo-cupa. Ao pre-ocupar, o ser-mãe estabelece a possibilidade de ser-aí-com-o-filho. Foi possível entender este modo de ser mãe, no qual passa por estágios antes de ver o bebê como seu e confiar em si. Possibilitar que toque seu filho, compreendendo-a em sua individualidade, singularidade, mostrou-se como um cuidado ao RNP em sua complexidade como ser-aí.
Palavras-chave: Recém-nascido prematuro. Terapia intensiva neonatal. Interação mãe-filho. Enfermagem.
O ser-enfermeiro em face do cuidado à criança no pósoperatório imediato de cirurgia cardíaca
Herwellyn Camilo de Melo1; Sumaya Emanuelle Gomes de Araújo2; Victor Emmanuell Fernandes Apolônio dos Santos3; Ana Virginia Rodrigues Veríssimo4; Estela Rodrigues Paiva Alves5; Maria Helena Nascimento do Souza6
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 473 - 479
Objetivou-se compreender o cuidado à criança durante o pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca a partir da percepção do ser-enfermeiro. Utilizou-se a entrevista fenomenológica com seis enfermeiras lotadas na Unidade de Recuperação de Cirurgia Torácica do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco, de março a maio de 2011. A pesquisa é de natureza qualitativa com abordagem ancorada na fenomenologia existencial de Martin Heidegger. Os dados foram produzidos e analisados de acordo com os quatro momentos propostos por Martins e Bicudo. A análise permitiu delinear o cuidado do enfermeiro como sistemático, complexo e minucioso, que requer ao mesmo tempo aptidões técnico-científicas, exigindo do ser que cuida habilidade para lidar com seus sentimentos diante das eventualidades do dia a dia. Conclui-se que o cuidado à criança é construído em meio a uma dinâmica constitutiva entre tecnologias duras e subjetividade, onde haverá momentos em que uma será valorizada em detrimento da outra.
Palavras-chave: Enfermagem pediátrica. Cirurgia torácica. Cuidados intensivos. Cuidados de enfermagem. Percepção.
O significado de cuidado para crianças vítimas de violência intrafamiliar
Ruth Irmgard Bärtschi Gabatz; Eliane Tatsch Neves; Margrid Beuter; Stela Maris de Mello Padoin
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 135 - 142
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que objetivou descrever o significado de cuidado vivenciado em família por crianças abrigadas que sofreram violência intrafamiliar. Foi desenvolvida em duas instituições que abrigam crianças e adolescentes vítimas de violência familiar no sul do Brasil, com quatro crianças entre 8 e 11 anos de idade. A produção dos dados ocorreu em junho/julho de 2008 por meio do Método Criativo Sensível, com as dinâmicas de criatividade e sensibilidade Brincar em Cena e Corpo Saber. Os dados foram analisados por meio da análise de discurso francesa. Foi evidenciado como tema o significado atribuído pela criança acerca de cuidado, que se desdobrou nos subtemas Sentimento de amor e de carinho pelo familiar que cuidava e Os cuidados básicos de higiene como forma de cuidado. Recomenda-se um trabalho preventivo, realizado junto às famílias com foco em ações que propiciem o apego, o fortalecimento do vínculo mãe-filho e as relações familiares.
Palavras-chave: Violência Doméstica. Enfermagem Pediátrica. Maus-tratos Infantis. Cuidado da Criança
Obstinação terapêutica em unidade de terapia intensiva: perspectiva de médicos e enfermeiros
Karla Cristiane Oliveira Silva1; Alberto Manuel Quintana2; Elisabeta Albertina Nietsche3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 697 - 703
O tema obstinação terapêutica ainda é insuficientemente estudado no Brasil, sobretudo pela enfermagem. Este estudo objetivou compreender as representações sociais de médicos e enfermeiros sobre o investimento excessivo no paciente terminal em Unidade de Terapia Intensiva Adulto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, fundamentada na Teoria das Representações Sociais. Os dados foram coletados por meio de entrevista focalizada e observação participante e interpretados pela análise de conteúdo. A seleção de cinco enfermeiros e oito médicos para concederem as entrevistas ocorreu por conveniência, a partir das escalas de serviço. Concluiu-se que estes profissionais constroem suas representações sociais sobre obstinação terapêutica partindo dos pedidos obstinados da família do paciente terminal para instituir medidas fúteis; das dificuldades de tomadas de decisão e da ausência de critérios quanto aos investimentos; e do receio das repercussões ético-legais em relação às decisões tomadas.
Palavras-chave: Futilidade médica. Morte. Enfermagem. Medicina. Unidade de Terapia Intensiva.
Rosemeire Cristina Moretto MolinaI; Patrícia Louise Rodrigues VarelaII; Sonia Aparecida CastilhoI; Luciana Olga BerciniIII; Sonia Silva MarconIII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(3): 437 - 444
O presente estudo tem por objetivo compreender a visão da equipe multidisciplinar quanto à presença da família nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e neonatal. A pesquisa teve como eixo norteador a abordagem qualitativa. Para a análise e interpretação dos dados, optou-se pela análise de conteúdo. Os dados foram coletados em junho de 2006, por meio de entrevista semi-estruturada junto a 25 profissionais atuantes nas UTI pediátrica e neonatal de dois hospitais na região noroeste do Estado do Paraná. Do discurso destes profissionais, desvelou-se o conflito íntimo vivenciado por cada um com relação à presença da família nas unidades. Conclui-se que o primeiro passo para a mudança e melhor aceitação dos familiares dentro da UTI é sensibilizar os profissionais quanto à importância da presença da família para a criança em momentos de crise, como na hospitalização.
Palavras-chave: Cuidado da criança. Unidade de Terapia Intensiva. Relações Profissional-Família
Reflexões acerca da assistência de enfermagem e o discuso de humanização em terapia intensiva
Roberto Carlos Lyra da SilvaI; Isaura Setenta PortoII; Nébia Maria Almeida de FigueiredoIII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(1): 156 - 159
Este estudo é uma reflexão que objetiva buscar como produção científica de enfermagem o cuidado que envolve o uso de tecnologias/máquinas em unidades de terapia intensiva, a par tir do entendimento acerca do cuidado, tecnologia e humanização, e as implicações para a prática de cuidar em unidades tecnológicas de clientes críticos. Traz reflexões acerca da temática "humanização em terapia intensiva", a par tir do aprofundamento das leituras e discussão dos dados, na construção de uma tese em curso na Escola Anna Nery, cujo objeto de investigação é "o significado do cuidado em unidades de terapia intensiva". Verificou-se que qualquer que seja a reflexão acerca das práticas de cuidar em terapia intensiva que desconsidere seus conceitos, o contexto e suas bases possibilitadoras poderá incorrer em equívocos comprometedores, capazes de se constituírem obstáculos epistemológicos.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Tecnologia. Unidades de Terapia Intensiva. Enfermagem
Tecnologia educacional em saúde: contribuições para a enfermagem pediátrica e neonatal
Luciana Mara Monti Fonseca; Adriana Moraes Leite; Débora Falleiros de Mello; Marta Angélica Iossi Silva; Regina Aparecida Garcia de Lima; Carmen Gracinda Silvan Scochi
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 190 - 196
Vislumbra-se o uso da tecnologia educacional, como recurso facilitador para o ensino e prática de enfermagem pediátrica e neonatal. Na tentativa de oferecer uma aprendizagem ao estudante, à equipe de enfermagem e à criança e sua família mais motivadora, tem-se feito uso de recursos tecnológicos por meio dos materiais educativos. Neste relato, descreve-se a experiência de um grupo de estudos e pesquisa na produção de materiais voltados para a formação e educação permanente na área de enfermagem pediátrica e neonatal como também na educação em saúde de crianças e seus familiares sobre diferentes temas que permeiam essa assistência. Considera-se que os materiais educacionais criados favorecem que estudantes, profissionais de saúde e clientes vivenciem o processo ensino-aprendizagem de forma estimulante, facilitando o esclarecimento de dúvidas.
Palavras-chave: Educação em Enfermagem. Educação em Saúde. Tecnologia Educacional. Enfermagem Pediátrica. Enfermagem Neonatal
Tempo despendido na execução do processo de enfermagem em um centro de tratamento intensivo
Miriam de Abreu Almeida1; Isis Marques Severo2; Enaura Brandão Chaves3; Luciana Nabinger Menna Barreto4; Daniela Marona Borba5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 292 - 296
Este estudo objetivou mensurar o tempo despendido pelos enfermeiros de um Centro de Terapia Intensiva (CTI) na execução das etapas do Processo de Enfermagem (PE). Trata-se de uma investigação descritiva, observacional e exploratória, com metodologia quantitativa. Foram cronometradas as etapas do PE realizadas por seis enfermeiros em 29 pacientes internados no CTI. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. O tempo foi mensurado nas etapas: avaliação diária do paciente: 8,34 (3,78); diagnóstico e prescrição de enfermagem: 3,65 (2,27-5,45); aprazamento da prescrição de enfermagem: 2,30 (1,14); e evolução da assistência de enfermagem: 11,29 (2,55). O enfermeiro despendeu 25,58 minutos por paciente na realização do PE. Os dados fornecem subsídios para o dimensionamento de recursos humanos no cuidado a pacientes críticos, com vistas à qualificação da assistência.
Palavras-chave: Processos de enfermagem. Unidades de terapia intensiva. Diagnóstico de enfermagem.
Magda Andrade Rezende; Priscila da Silva Costa; Patrícia Braga Pontes
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2005; 9(3): 348 - 355
Desenvolvimento é um direito fundamental de qualquer criança e depende da interação entre herança genética e condições ambientais. A partir desta premissa, triou-se o desenvolvimento de 66 crianças (37 meninos e 29 meninas) de 2 a 3 anos que freqüentavam 4 instituições públicas de educação infantil (IEIs) na cidade de São Paulo. Usou-se o Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II. A maior parte da amostra (62,74%) ganha até 0,5 SM per capita por mês. As adequações de cada área do desenvolvimento foram: pessoal-social (N=54; 81,8%), motor fino (N= 53; 80,3%), motor grosso (N=53; 80,3%) e linguagem (N=49; 74,2%). Nas áreas de linguagem e pessoal-social, as crianças obtiveram os piores resultados e na motora grossa, os melhores. Levanta-se como hipóteses: os resultados de linguagem e pessoal-social foram prejudicados pelas condições das IEIS (escolaridade das educadoras e tamanho dos grupos de crianças) e talvez pela situação familiar. Quanto à área motora, vê-se que as crianças, mesmo pequenas, têm a possibilidade de brincar nas ruas. As hipóteses precisam ser comprovadas por novas pesquisas.
Palavras-chave: Triagem. Desenvolvimento Infantil. Creche. Enfermagem Pediátrica. Promoção da Saúde
Fabiana BolelaI; Marli de Carvalho JericóII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(2): 301 - 309
Esse trabalho consistiu em uma busca bibliográfica, cujo objetivo foi levantar na literatura científica nacional dos últimos 10 anos artigos relevantes sobre humanização em unidades de terapia intensiva relacionada ao paciente adulto, família e equipe de enfermagem, enfocando as principais estratégias utilizadas e dificuldades encontradas para sua implementação. Para a seleção dos artigos, foram estabelecidos critérios de inclusão, e, após a definição desses artigos, foi realizada leitura e análise descritiva dos mesmos. Os resultados obtidos com a análise dos dados identificaram que, apesar do tema "humanização" ter sido bastante abordado nos últimos 10 anos, tal abordagem se deu de modo a conceituar, buscar embasamentos teóricos sobre o tema, associando-o ao seu cotidiano experienciado enquanto profissionais que já atuaram em terapia intensiva, evidenciando as diversas dificuldades para a implementação do cuidado humanizado, no entanto com poucas sugestões viáveis de estratégias para tal.
Palavras-chave: Humanismo. Unidades de Terapia Intensiva. Enfermagem
Ventilação mecânica: evidências para o cuidado de enfermagem
Yarla Cristine Santos Jales Rodrigues1; Rita Mônica Borges Studart2; Ítalo Rigoberto Cavalcante Andrade3; Maria do Carmo de Oliveira Citó4; Elizabeth Mesquita Melo5; Islene Victor Barbosa6
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 789 - 795
Este estudo objetivou avaliar o conhecimento dos enfermeiros sobre ventilação mecânica nas unidades de terapia intensiva (UTIs) de um hospital de referência em Fortaleza. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo. A amostra foi constituída por 43 enfermeiros, com aplicação de questionário. A coleta de dados ocorreu em fevereiro e março de 2011. Os dados foram transcritos e tabulados no programa Excel, organizados em tabelas, interpretados e fundamentados com base na literatura pertinente. A maioria dos sujeitos é do sexo feminino (88,4%) e não especialistas em UTI (79,0%); o tempo de atuação em UTI prevaleceu de zero a cinco anos (48,8%). A avaliação da ciclagem do ventilador mecânico a volume não foi satisfatória, 65,1%. A participação do enfermeiro é mínima na definição de parâmetros, extubação, desmame e aspiração. Conclui-se que o enfermeiro necessita ampliar o seu conhecimento em ventilação mecânica, e os programas de treinamentos nesta área devem ser incentivados pelas instituições de trabalho, no intuito de qualificar a assistência de enfermagem a estes pacientes.
Palavras-chave: Enfermagem. Ventilação mecânica. Unidade de terapia intensiva.
Vivências de familiares no processo de nascimento e internação de seus filhos em uti neonatal
Kézia de Oliveira1; Marly Veronez2; Ieda Harumi Higarashi3; Darci Aparecida Martins Corrêa4
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(1): 38 - 45
A expectativa que envolve o nascimento de um filho está atrelada à ideia de levar um bebê saudável para casa. Contudo, tal desejo, acalentado ao longo de toda gestação, nem sempre se concretiza. Este estudo, de caráter qualitativo-descritivo, teve por objetivo conhecer a vivência de pais que tiveram seu bebê internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) desde o nascimento. Participaram do estudo seis mães que tiveram seus filhos internados em um hospital de ensino e foram entrevistadas com o uso de um roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados segundo o referencial de Bardin, originando a seguinte temática central: vivência dos pais no processo de hospitalização do filho em UTIN e três subtemáticas: vivenciando sentimentos de separação e abandono; experienciando o medo da perda; identificando dificuldades e encontrando fontes de apoio. O estudo evidenciou a importância de envolver a família no processo assistencial como fator precursor da qualidade da atenção humanizada.
Palavras-chave: Enfermagem. Unidades de terapia intensiva neonatal. Recém-nascido. Hospitalização. Família.
Maria de Lourdes Rodrigues Pedroso; Maria da Graça Corso da Motta
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 293 - 300
A equipe de saúde, quando considera as vulnerabilidades em que a criança e sua família estão inseridas, pode planejar e executar um cuidado integral a estas. Este estudo objetivou compreender as percepções dos enfermeiros sobre as influências das vulnerabilidades socioeconômicas no cuidado à criança e sua família, no ambiente de Unidades de Internação Pediátricas de um Hospital Universitário no Município de Porto Alegre. Trata-se de uma pesquisa qualitativa na perspectiva de um estudo exploratório descritivo. A coleta de informações ocorreu com nove participantes por meio de entrevistas individuais semiestruturadas, analisadas conforme referencial da Análise de Conteúdo. Emergiram três categorias de análise, duas das quais serão aqui exploradas: Vulnerabilidades socioeconômicas e o cotidiano da assistência de enfermagem pediátrica; Propostas e alternativas para o manejo das situações de vulnerabilidades socioeconômicas. Os resultados forneceram exemplos práticos e apontaram soluções para as vulnerabilidades socioeconômicas relacionadas com a assistência de enfermagem à criança e sua família.
Palavras-chave: Vulnerabilidade. Enfermagem Pediátrica. Família