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A acupuntura na analgesia do parto: percepções das parturientes
Jussara Gue Martini I; Sandra Greice Becker II
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 589 - 594
O estudo objetivou conhecer as percepções das parturientes atendidas na Maternidade do Hospital Universitário de Florianópolis (HU) sobre a utilização da acupuntura na analgesia das dores do parto. Por meio de entrevistas com 31 parturientes, atendidas em procedimento de parto normal, em abril de 2005, obteve-se como resultados: 60% das protagonistas do estudo tem de 20 a 30 anos, são procedentes de Florianópolis em 90% dos casos. Uma grande parcela das mulheres atendidas na Maternidade não tem informações sobre o uso da acupuntura no controle das dores obstétricas, atingindo 95% das respostas. Contudo, 70% das entrevistadas acreditam na possibilidade de analgesia por acupuntura e estariam dispostas a experimentar caso disponibilizada na instituição. Tais resultados indicam a necessidade de ampliar os conhecimentos nesta área, bem como da capacitação das equipes de atenção ao parto no uso de outras formas de controle das dores obstétricas.
Palavras-chave: Parto Obstétrico. Analgesia. Acupuntura. Enfermagem. Enfermagem Obstétrica
A escolha pelo parto domiciliar: história de vida de mulheres que vivenciaram esta experiência
Renata Marien Knupp MedeirosI; Inês Maria Meneses dos SantosII; Leila Rangel da SilvaIII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 765 - 772
Estudo qualitativo cujo método foi a História de Vida. O objetivo foi analisar os fatores que influenciaram a escolha pelo parto domiciliar, assistido por enfermeira obstetra, a partir da história de vida das mulheres que vivenciaram esta experiência. Os sujeitos foram seis mulheres que pariram em domicílio em grandes centros urbanos. Foi realizada análise temática, emergindo uma categoria: A construção de uma escolha. Todas as entrevistadas fizeram referência às experiências de parto de suas mães, evidenciando a influência destas na construção de suas escolhas. Este grupo buscou informações; enfrentou tanto o modelo tecnocrático vigente como suas famílias; encontrou atendimento ao parto humanizado no ambiente acolhedor domiciliar. Conclui-se que o vínculo entre a enfermeira obstétrica e sua cliente, bem como o respeito por suas escolhas, expectativas e cultura proporcionaram segurança e confiabilidade às mulheres. A escolha informada deve ser tida como um direito. A satisfação com a experiência foi unânime.
Palavras-chave: Parto Domiciliar. Enfermagem Obstétrica. Comportamento de Escolha
A preservação perineal como prática de enfermeiras obstétricas
Jane Márcia Progianti; Octavio Muniz da Costa Vargens; Aline Bastos Porfírio; Daniela Peixoto Lorenzoni
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(2): 266 - 273
Trata-se de pesquisa qualitativa que teve por objetivos analisar os efeitos percebidos pela mulher diante da não-realização da episiotomia e analisar as ações de enfermagem que foram determinantes para a não-intervenção cirúrgica sob a ótica da mulher. O estudo foi realizado no período de janeiro a junho de 2005. Foi aplicada uma entrevista semi- estruturada para a coleta de dados em mulheres que pariram de parto natural sem episiotomia. A análise seguiu a proposta de Bardin e apóia-se na teoria da diversidade e universalidade do cuidado cultural de Madeleine Leininger. Os resultados apontaram os efeitos positivos sentidos pela mulher em sua vida e em seu relacionamento sexual decorrentes da não-realização da episiotomia. As mulheres também reconheceram as ações profissionais de enfermagem obstétrica que visavam à acomodação do cuidado humanizado como repadronizadoras do cuidado medicalizado e fundamentais para a preservação de seus períneos.
Palavras-chave: Cuidado de enfermagem. Enfermagem obstétrica. Episiotomia. Parto. Saúde da mulher
A responsabilidade profissional na assistência ao parto: discursos de enfermeiras obstétricas
Daniela Ries Winck1; Odaléa Maria Brüggemann2; Marisa Monticelli3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 363 - 370
Trata-se de um estudo qualitativo, de natureza exploratória, que objetivou identificar o conhecimento das enfermeiras obstétricas em relação à responsabilidade profissional na assistência ao parto. Foram entrevistadas 11 enfermeiras que atuavam na assistência ao parto em hospitais e/ou domicílio no estado de Santa Catarina, entre março e agosto de 2009. Após análise pelo Discurso do Sujeito Coletivo, emergiram Ideias Centrais que contemplam os temas sobre as relações das enfermeiras obstétricas com os médicos e a instituição; a responsabilização profissional e as repercussões morais e legais do erro. Verificou-se que as enfermeiras conhecem pouco a respeito das repercussões legais do erro. Ao assumir a assistência ao parto, devem dedicar total atenção aos limites da competência e à prevenção de erros previsíveis, tendo em mente que assumirão também a responsabilização por suas falhas. A atualização sobre responsabilidade legal é tão importante quanto a científica e pode contribuir para a autoconfiança profissional.
Palavras-chave: Parto normal. Enfermagem obstétrica. Responsabilidade legal.
A vivência de mães de bebês com malformação
Simone Roecker; Lilian Denise Mai; Simone Cristina Baggio; Jocimara Costa Mazzola; Sonia Silva Marcon
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 17 - 26
O objetivo do estudo foi conhecer e compreender a vivência de mães diante do diagnóstico e nascimento de bebês com malformação. Trata-se de uma pesquisa descritivo-exploratória, de natureza qualitativa, desenvolvida em Maringá- PR, com sete mães. Os dados foram coletados em abril de 2009, por meio de entrevista semiestruturada, e analisados mediante a análise de conteúdo. Os dados mostraram que os diferentes momentos do ciclo gravídico-puerperal apresentam fatos e emoções distintos, mas completamente interligados, destacando-se momentos como a constatação da malformação, geralmente durante a gravidez, a sua confirmação ao nascimento e a vivência com o bebê após o nascimento. Conclui-se que a descoberta e confirmação da malformação produz crise e negação das expectativas na mãe e em todos os membros da família, desencadeando mudanças em seu modo de viver; porém, aos poucos, a mãe demonstra superação e aprende maneiras para enfrentar o problema e os preconceitos ligados à malformação.
Palavras-chave: Mães. Gravidez. Período pós-parto. Anormalidades congênitas. Acontecimentos que mudam a vida
Ação educativa à gestante fundamentada na promoção da saúde: uma reflexão
Isolda Pereira da Silveira; Antônia do Carmo Soares Campos; Francisca Ana Martins Carvalho; Maria Grasiela Teixeira Barroso; Neiva Francinely Cunha Vieira
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2005; 9(3): 451 - 458
Reflexão sobre a atenção à mulher no período gravídico tomando como referência as Conferências Internacionais da Promoção da Saúde e vivência profissional das autoras nesta área. Objetiva-se refletir sobre a complexidade que envolve as estratégias de Educação em Saúde destinadas à promoção da saúde da gestante, especialmente aquelas que envolvem a ação educativa transformadora por parte dos profissionais na busca da promoção da saúde.
Palavras-chave: Educação em Saúde. Mulheres Grávidas. Promoção da Saúde. Educação. Enfermagem Obstétrica
Vitória Regina Petters Gregório1; Maria Itayra Padilha2
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 354 - 362
Pesquisa qualitativa de abordagem sócio-histórica com o objetivo de analisar as práticas de cuidado desenvolvidas, pelas enfermeiras, ao recém-nascido na Maternidade Carmela Dutra, Florianópolis-SC, no período de 1956 a 2001. Os sujeitos da pesquisa foram nove enfermeiras que trabalharam na Maternidade no período demarcado. Os dados foram categorizados utilizando-se análise de conteúdo temática com base no referencial foucaultiano. Emergiram três categorias: O bebê nascia e passava por uma janelinha para o berçário; As mães não eram donas dos filhos; O prematuro era bem embrulhadinho e levado da sala de parto para o berçário de alto risco. Os resultados mostraram que as práticas de cuidados prestadas aos recém-nascidos passaram por muitas transformações importantes e desafiantes para as enfermeiras. A pesquisa possibilitou conhecer o cotidiano do trabalho das enfermeiras, iluminando o interior das práticas de cuidado e as relações de poder-saber, fortalecendo sua identidade e colaborando para a construção profissional.
Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica. Enfermagem Neonatal. História da Enfermagem. Saúde da criança.
Cristina Maria Pereira DutraI; Maria José CoelhoII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(2): 309 - 315
O artigo enfoca o conhecimento dos clientes submetidos ao implante de valva mitral acerca do próprio cuidar e dos cuidados que devem desenvolver após a alta hospitalar e de sua participação na construção de uma Agenda de Cuidados Diários como instrumento educativo impresso, baseado na prática individual cotidiana e nas instruções recebidas da equipe de saúde durante a hospitalização. As autoras fazem um breve resgate da história da cirurgia cardíaca, das transformações ocorridas neste campo nos últimos 50 anos, dos aspectos que possibilitaram delinear novas abordagens relacionadas ao cuidar/cuidados diários destes clientes e da participação da enfermagem neste processo.
Palavras-chave: Enfermagem. Valva Mitral. Cirurgia Cardíaca. Alta do Cliente
Implementação de medidas para o alívio da dor em neonatos pela equipe de enfermagem
Roberta Meneses Oliveira; Ana Valeska Siebra e Silva; Lucilane Maria Sales da Silva; Ana Paula Almeida Dias da Silva; Edna Maria Camelo Chaves; Samara Cavalcante Bezerra
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 277 - 283
Estudo transversal com abordagem quantitativa, que objetivou identificar a implementação de medidas para o alívio da dor em neonatos pelos profissionais de Enfermagem, bem como caracterizá-las em tipo, frequência e finalidade da aplicação. Desenvolvido entre agosto e outubro de 2007 em quatro hospitais de referência no atendimento neonatal em Fortaleza-Ceará. Um formulário foi aplicado em 180 profissionais. Os dados foram analisados com estatística descritiva simples e apresentados em tabelas. A maioria dos profissionais (98,8%) afirmou implementar medidas para minimizar a dor do neonato, destacando-se: Chupeta de gaze com glicose (43,3%); Acalento (23,3%); Pacotinho (19,4%). Quanto às justificativas, a maioria (85%) relatou que executa tais medidas para acalmar/aliviar o sofrimento do bebê. Em conclusão, as entrevistadas demonstraram conhecer o efeito benéfico da glicose para o neonato e implementar estratégias que, aplicadas em conjunto antes dos procedimentos dolorosos, proporcionam alívio e tranquilidade para o bebê.
Palavras-chave: Dor. Analgesia. Recém-nascido. Enfermagem Neonatal. Cuidados Intensivos
Informações para a elaboração de um manual educativo destinado às mulheres com câncer de mama
Thais de Oliveira Gozzo1; Renata Rosa Lopes2; Maria Antonieta Spinoso Prado3; Lóris Aparecida Prado da Cruz4; Ana Maria de Almeida5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 306 - 311
O objetivo deste estudo foi identificar as informações necessárias para a elaboração de um manual educativo, para auxiliar a mulher no pré-operatório para tratamento do câncer de mama. Para isso, foram entrevistadas mulheres com o diagnóstico de câncer de mama e submetidas ao procedimento cirúrgico pela primeira vez no máximo há seis meses. Foram incluídas 51 mulheres na faixa etária de 25 a 84 anos; 32 tinham companheiro; 26, ensino fundamental incompleto; 24 consideraram sua ocupação como "do lar"; 43,1% foram submetidas à mastectomia; e 82,4% realizaram linfadenectomia axilar. Responderam um instrumento com dados sócio-demográficos e perguntas relativas às informações/orientações recebidas da equipe de saúde sobre tipos de cirurgia, internação, anestesia, uso do dreno e intercorrências. Para a elaboração de material educativo, conhecer esta realidade e as expectativas dos sujeitos é indispensável para que sejam priorizadas as necessidades dos clientes, e não somente as exigências terapêuticas.
Palavras-chave: Neoplasias da mama. Enfermagem. Cirurgia. Educação em saúde
O alojamento de mães de recém-nascidos prematuros: uma contribuição para a ação da enfermagem
Bárbara Bertolossi Marta de Araújo; Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 284 - 292
O estudo teve o objetivo de apreender o "motivo porquê" de a mãe permanecer na unidade hospitalar durante a internação do filho prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Foi realizado com 12 mães de recém-nascidos prematuros, em um hospital maternidade municipal do Rio de Janeiro, em 2007. Adotou-se como suporte metodológico a Fenomenologia Sociológica de Alfred Schutz. A Entrevista Fenomenológica foi a técnica utilizada para captar o contexto vivencial das mães na unidade hospitalar, compreendendo que a sua permanência está ligada à ação de cumprir seu papel de ser mãe. A vivência das mulheres é retratada como um processo difícil, triste e conflituoso. Concluímos que as mães atualmente estão presentes, mas não estão inseridas nesta realidade intensiva. Dessa forma, entendemos que é necessário mudar esse paradigma intensivista incorporando o cuidado humanizado, inserindo a mãe e sua família no ambiente neonatal.
Palavras-chave: Mães. Alojamento. Enfermagem Neonatal. Neonatologia. Prematuro
O cuidado de enfermagem no pós-operatório de cirurgia cardíaca: um estudo de caso
Sabrina da Costa Machado Duarte1; Marluci Andrade Conceição Stipp2; Maria Gefé da Rosa Mesquita3; Marcelle Miranda da Silva4
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 657 - 665
Os objetivos deste estudo foram descrever as necessidades do paciente no pós-operatório de cirurgia cardíaca identificadas pelos enfermeiros e discutir o cuidado de enfermagem com base em tais necessidades. Trata-se de uma pesquisa descritivoexploratória, de natureza qualitativa, desenvolvida na Unidade Cardiointensiva do Hospital Federal dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro. Os dados foram coletados em 2008, por meio de entrevista e observação participante, e analisados mediante a análise de conteúdo. Os dados mostraram uma enfermagem preocupada com o cuidado técnico à beira do leito, porém, desprovida de maior interação com o paciente e sua família. Conclui-se que a adoção plena do processo de enfermagem como metodologia de trabalho contribuirá para uma assistência de melhor qualidade, pautada nas orientações necessárias para cada caso, e para uma melhor informação sobre cuidado envolvendo pacientes, familiares e equipe de enfermagem.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Processos de enfermagem. Cirurgia torácica.
O ser-enfermeiro em face do cuidado à criança no pósoperatório imediato de cirurgia cardíaca
Herwellyn Camilo de Melo1; Sumaya Emanuelle Gomes de Araújo2; Victor Emmanuell Fernandes Apolônio dos Santos3; Ana Virginia Rodrigues Veríssimo4; Estela Rodrigues Paiva Alves5; Maria Helena Nascimento do Souza6
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 473 - 479
Objetivou-se compreender o cuidado à criança durante o pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca a partir da percepção do ser-enfermeiro. Utilizou-se a entrevista fenomenológica com seis enfermeiras lotadas na Unidade de Recuperação de Cirurgia Torácica do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco, de março a maio de 2011. A pesquisa é de natureza qualitativa com abordagem ancorada na fenomenologia existencial de Martin Heidegger. Os dados foram produzidos e analisados de acordo com os quatro momentos propostos por Martins e Bicudo. A análise permitiu delinear o cuidado do enfermeiro como sistemático, complexo e minucioso, que requer ao mesmo tempo aptidões técnico-científicas, exigindo do ser que cuida habilidade para lidar com seus sentimentos diante das eventualidades do dia a dia. Conclui-se que o cuidado à criança é construído em meio a uma dinâmica constitutiva entre tecnologias duras e subjetividade, onde haverá momentos em que uma será valorizada em detrimento da outra.
Palavras-chave: Enfermagem pediátrica. Cirurgia torácica. Cuidados intensivos. Cuidados de enfermagem. Percepção.
Jane Márcia Progianti1; Aline Bastos Porfírio2
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 443 - 450
Estudo de natureza histórico-social cujo objetivo é analisar o processo de inserção das enfermeiras na assistência ao parto e as lutas dessas profissionais para implantar as práticas obstétricas humanizadas na Maternidade Alexander Fleming. Utilizou-se a história oral temática como método. As etapas da análise foram: ordenação, classificação e triangulação dos dados. Para sustentação da análise, utilizamos os conceitos de campo, habitus, poder simbólico e capital, de Pierre Bourdieu. Os resultados apontaram que a inserção das enfermeiras na assistência ao parto ocorreu mediante a lotação de recursos humanos para este projeto e de uma capacitação intensiva. Ao serem inseridas no centro obstétrico, as enfermeiras criaram um espaço próprio de atuação e elaboraram um protocolo assistencial. Concluímos que as estratégias de luta simbólica utilizadas pelas enfermeiras contribuíram para a conquista de espaços que as distinguiram no campo pelo desenvolvimento de práticas humanizadas que estavam de acordo com seu habitus.
Palavras-chave: História da Enfermagem. Parto humanizado. Saúde da mulher. Enfermagem obstétrica.
Percepções maternas sobre o neonato em uso de fototerapia
Francisca Leonilda Sampaio RodriguesI; Isolda Pereira da SilveiraII; Antonia do Carmo Soares CamposIII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(1): 86 - 91
A fototerapia é o tratamento inicial da icterícia neonatal. Objetivamos conhecer a percepção da mãe acerca da fototerapia e identificar as suas dificuldades, relacionadas ao tratamento fototerápico. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado no Alojamento Conjunto (AC) de um hospital público em Fortaleza-CE, com 8 puérperas na faixa etária entre 13 e 25 anos. Os dados foram coletados em maio e junho/2006, mediante entrevista com duas questões de pesquisa: O que representa para a senhora ver o seu filho sob fototerapia; quais são as dificuldades enfrentadas em relação aos cuidados com o seu bebê na fototerapia? Na análise das falas, identificamos as categorias: percepção da mãe com relação ao cuidado com o bebê sob a fototerapia, dificuldades enfrentadas pela mãe com seu filho em fototerapia, e a mãe após as orientações recebidas. Concluímos que existe a necessidade de repensar as orientações e assumir autenticamente os cuidados de enfermagem ao binômio mãe-filho.
Palavras-chave: Fototerapia. Mães. Recém-Nascido. Enfermagem
Perfil de casais que optam pelo parto domiciliar assistido por enfermeiras obstétricasa
Iara Simoni Silveira Feyer1; Marisa Monticelli2; Roxana Knobel3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(2): 298 - 305
Esta pesquisa exploratório-descritiva foi desenvolvida com o objetivo de identificar as características sociodemográficas de casais que optam pelo domicílio como local para a ocorrência do parto. Participaram 25 casais que elegeram os serviços de uma equipe de enfermeiras obstétricas que assiste a partos domiciliares, em Florianópolis-SC. As informações foram obtidas por meio dos registros em prontuários dos atendimentos prestados pelas enfermeiras e de entrevistas semiestruturadas com os casais praticantes do parto domiciliar planejado, tendo sido realizada análise descritiva do perfil obtido. Identificou-se que a maioria dos casais era de pessoas com formação superior, relacionamento estável, que residiam em casa própria e tinham estabilidade profissional. Grande parte dos participantes não era natural de Florianópolis e alguns casais vieram de outras cidades para que o parto ocorresse nesta cidade. Foi possível concluir que a opção pelo parto em casa está atrelada à revalorização do ambiente doméstico, e não a um resgate do passado.
Palavras-chave: Parto domiciliar. Enfermagem obstétrica. Características da população.
Prematuridade entre recém-nascidos de mães com Amniorrexe Prematura
Fernanda Lima Batista SantosI; Maria Ivoneide Veríssimo de OliveiraII; Maria Gorete Andrade BezerraIII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(3): 432 - 438
Estudo descritivo realizado em maternidade pública de Fortaleza-CE, com objetivo de caracterizar a prematuridade entre recém-nascidos (RNs) internados na Unidade Neonatal em decorrência da amniorrexe prematura. Analisaram-se 37 recém-nascidos e suas mães. Dos RNs, foram analisados: grau de prematuridade, Apgar e necessidade de reanimação. Das mães: idade gestacional, realização de pré-natal, patologias na gestação e tipo de parto. Verificou-se que 35,1% nasceram prematuros e 29,7% com Apgar entre 0 e 6 no 1º minuto de vida, necessitando de reanimação. Quanto à idade gestacional, 35,1% apresentaram ruptura das membranas antes da 37ª semana, 5,4% não realizaram pré-natal, 67,5% compareceram a 2 a 5 consultas e 27,1% referiram 6 ou mais; 16,2% das mães apresentaram doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), e 51,3% tiveram parto normal. Conclui-se que a prematuridade foi elevada, podendo representar importante causa de morbimortalidade neonatal, como também acarretar complicações clínicas e obstétricas para a mãe. A DHEG ainda representa um risco para a gravidez. É preciso que novos estudos sobre a temática sejam realizados para se conhecer a verdadeira magnitude do problema.
Palavras-chave: Prematuro. Mães. Gravidez. Idade Gestacional. Trabalho de Parto Prematuro
Resultados maternos e neonatais da assistência em casa de parto no município do Rio de Janeiro
Adriana Lenho de Figueiredo Pereira1; Tamara Rubia Lino de Lima2; Mariana Santana Schroeter3; Monique da Silva Ferreira Gouveia4; Sabrina Damazio do Nascimento5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(1): 17 - 23
O objetivo deste estudo foi descrever os resultados maternos e neonatais da assistência na Casa de Parto David Capistrano Filho. Pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem quantitativa, que analisou 458 prontuários dos partos normais e nascimentos no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2009. As parturientes eram mulheres jovens, de 15 a 25 anos de idade (66,6%), e nulíparas (55%). Durante o trabalho de parto, elas permaneceram com o acompanhante (94,1%) e receberam cuidados para o relaxamento e o conforto. A taxa de episiotomia foi de 2,4%. Não houve óbitos maternos e neonatais. Os casos de asfixia neonatal representaram 0,2% dos nascidos vivos. As transferências para o hospital corresponderam a 2,8% das mulheres no pós-parto e 8,5% entre os neonatos. A maioria dos resultados encontrados foi semelhante aos descritos nas pesquisas brasileiras e internacionais acerca da assistência em centros de parto.
Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Parto normal. Centros Independentes de Assistência à Gravidez e ao Parto. Enfermagem obstétrica.
Sentimentos de mulheres-mães diante da cirurgia neonatal nas malformações congênitas
Adriana Teixeira Reis; Rosângela da Silva Santos
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 490 - 496
O estudo buscou compreender os sentimentos vivenciados por mulheres-mães diante da cirurgia neonatal de seus filhos, portadores de malformações congênitas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no método história de vida. Utilizou a entrevista aberta entre 18 mulheres-mães de recém-nascidos submetidos a procedimentos cirúrgicos no período neonatal. A coleta de dados foi realizada entre julho e agosto de 2009. A análise temática das narrativas apontou para a expectativa de "normalização" da criança e das trajetórias de vida das mulheres. A experiência de hospitalização é ambígua: ao passo que desejam e criam grande expectativa perante o ato cirúrgico, sentem-se em conflito com múltiplos medos (da morte, da anestesia e da cronicidade). No processo de cuidado aos portadores de malformações congênitas cirúrgicas, a enfermagem deve considerar não apenas a visão técnica, mas, sobretudo, os sentimentos ambíguos expressos pelas mulheres-mães, em uma importante fase de construção de vínculos afetivos junto ao seu filho.
Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica. Enfermagem Neonatal. Mães. Anormalidades Congênitas. Cirurgia
Tecnologia educacional em saúde: contribuições para a enfermagem pediátrica e neonatal
Luciana Mara Monti Fonseca; Adriana Moraes Leite; Débora Falleiros de Mello; Marta Angélica Iossi Silva; Regina Aparecida Garcia de Lima; Carmen Gracinda Silvan Scochi
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 190 - 196
Vislumbra-se o uso da tecnologia educacional, como recurso facilitador para o ensino e prática de enfermagem pediátrica e neonatal. Na tentativa de oferecer uma aprendizagem ao estudante, à equipe de enfermagem e à criança e sua família mais motivadora, tem-se feito uso de recursos tecnológicos por meio dos materiais educativos. Neste relato, descreve-se a experiência de um grupo de estudos e pesquisa na produção de materiais voltados para a formação e educação permanente na área de enfermagem pediátrica e neonatal como também na educação em saúde de crianças e seus familiares sobre diferentes temas que permeiam essa assistência. Considera-se que os materiais educacionais criados favorecem que estudantes, profissionais de saúde e clientes vivenciem o processo ensino-aprendizagem de forma estimulante, facilitando o esclarecimento de dúvidas.
Palavras-chave: Educação em Enfermagem. Educação em Saúde. Tecnologia Educacional. Enfermagem Pediátrica. Enfermagem Neonatal
Vigilância em saúde na enfermagem: o caso das medicações sem prescrição em crianças
Renata Araújo de Medeiros; Vioska Gomes Pereira; Soraya Maria de Medeiros
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 233 - 237
A automedicação é um hábito comum em nosso país e sempre foi um assunto muito discutido e controverso. Muitas mães recorrem à prática de medicar por conta própria suas crianças quando estas apresentam algum sintoma decorrente ou não de alguma patologia. Esta pesquisa teve como objetivo descrever os motivos que levaram as mães a administrarem medicações sem prescrição profissional a seus filhos. Foram entrevistadas 20 mães de crianças menores de 10 anos cadastradas no programa de Crescimento e Desenvolvimento da Unidade de Saúde da Família do município de Passagem, interior do Rio Grande do Norte. Entre as 20 mães entrevistadas, 30% automedicaram seus filhos com antipirético, 50% automedicaram devido à febre, 43% foram motivadas pela experiência anterior e 90% não relataram efeitos adversos. A automedicação na população infantil reforça a necessidade de um melhor esclarecimento às mães sobre os riscos da automedicação.
Palavras-chave: Automedicação. Criança. Mães. Enfermagem
Norma Valéria Dantas de Oliveira SouzaI; Maristela Freitas SilvaII; Keila Sullen de Moura NunesIII; Luciana Ranauro AssumpçãoIV; Fabiana Maia MorgadoV; Luanna Klarem de Azevedo AmorinVI
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(2): 329 - 333
Pesquisa qualitativa, cujo objeto foi a visibilidade do projeto de extensão "Orientando o Cliente em Situação Cirúrgica para Diferenciar o Cuidado" junto aos profissionais que compõem a equipe multidisciplinar de saúde.
OBJETIVOS: identificar o conhecimento da equipe multidisciplinar acerca das atividades desenvolvidas no projeto de extensão e analisar a relevância conferida pela equipe multidisciplinar acerca das atividades do projeto para a qualidade da assistência.
CENÁRIO: duas enfermarias cirúrgicas de um hospital universitário do Rio de Janeiro. As informações foram coletadas através de entrevista com 16 sujeitos. Após aplicar a análise de conteúdo, os resultados foram: a enfermagem e o serviço social conheciam as atividades do projeto, ao passo que médicos e nutricionistas desconheciam. Os sujeitos que conheciam o projeto conferiam-lhe relevância, pois propiciava bem-estar à clientela.
CONCLUSÃO: o projeto tem visibilidade junto à equipe de enfermagem e serviço social, porém necessita traçar estratégias para alcançar visibilidade com médicos e nutricionistas.
Palavras-chave: Enfermagem. Cirurgia. Relações Comunidade-Instituição