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CAPES

Volume 10, Número 1, Jan/Mar - 2006

REFLEXÃO

 

Ética na formação profissional - uma reflexão

 

Ethic in the professional formation - a reflection

 

Ética en la formación profesional - una reflexión

 

 

Patrícia Neyva da Costa PinheiroI; Maria de Fátima Cardoso MarquesII; Maria Grasiela Teixeira BarrosoIII

IDoutora em Enfermagem pela UFC. Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem da UFC.
II Mestra em Enfermagem pela UFC. Enfermeira do Programa Saúde da Família de Fortaleza.
IIIProfessora Emérita, Titular, Docente Livre da Universidade Federal do Ceará. Pesquisadora do CNPq. Projeto: Educação em saúde no contexto da promoção humana.

 

 


RESUMO

Inquietações sobre os valores éticos, enfocando a ética e o ser humano nos impulsionou a desenvolver o presente trabalho, cujo objetivo é refletir sobre as questões éticas da atualidade e suas implicações na formação profissional. Para embasar nossas reflexões, buscamos a literatura pertinente sobre o assunto e destacamos nossos comentários em dois subtemas: implicações éticas na desigualdade social e desafios para resgatar a ética. Destacamos o pensamento de que a ética na sociedade atual encontra-se disseminada e pouco consistente diante da deturpação de valores, portanto, cabe ao futuro profissional questionar e revisar suas ações, constantemente, com o intuito de resgatar valores humanos voltados para o respeito e a solidariedade. Diante do exposto, consideramos estar na ética a luz para guiar as mudanças em nossa sociedade, que poderão servir de base para construir uma sociedade mais justa e digna para todos.

Palavras-chave: Ética. Ética Profissional. Ética de Enfermagem. Valores Sociais. Educação.


ABSTRACT

Anxiety about ethical values, focusing the ethics and the human being impelled us to develop the present work, whose objective is to think about the ethical subjects of the current time and their implications in the professional formation. To base our reflections we looked for the literature pertinent on the subject and we detached our comments in two sub-themes: ethical implications in the social inequality and challenges for to rescue the ethics. We made salient the thought that the ethics in the current society it's disseminated and little solid before the corruption of values, therefore, it falls to the professional future to question and to revise their actions, constantly, with the intention of rescuing human values gone back to the respect and the solidarity. Before the exposed, we considered to be in the ethics the idea to guide the changes in our society, that it may serve as base to build a fairer society and deigns for all.

Keywords: Ethics. Ethics, Professional. Ethics, nursing. Social Values. Education.


RESUMEN

Inquietudes sobre los valores éticos, que enfocan la ética y el ser humano nos ha impulsionado a desarrollar el presente trabajo, cuyo objetivo es pensar las cuestiones éticas de la actualidad y sus implicaciones en la formación profesional. Para fundamentar nuestras reflexiones, buscamos la literatura pertinente sobre el asunto y destacamos nuestros comentários en dos subtemas: implicaciones éticas en la desigualdad social y desafíos para resgatar la ética. Destacamos el pensamiento de que la ética en la sociedad actual se encuentra diseminada y poco consistente delante de la distorsión de valores, por lo tanto, cabe al futuro profesional cuestionar y revisar sus acciones, constantemente, con el intento de rescatar valores humanos para el respeto y la solidaridad. Com base en lo expuesto, consideramos estar en la ética la luz para guiar cambios en nuestra sociedad, que podrán servir de base para construir una sociedad más justa y digna para todos.

Palabras clave: Ética. Ética Profesional. Ética de Enfermería. Valores Sociales. Educación


 

 

INTRODUÇÃO

Neste século encontramos muitos desafios, entre os quais destacamos os aspectos éticos trazendo mudanças de paradigmas que nos levam a repensar as ações em nosso cotidiano.

Com efeito, nossa reflexão diz respeito à tão destacada crise de valores éticos que tem estado presente no decorrer dos últimos anos e que poderá influenciar na formação profissional. As pessoas, seja qual for a origem social, têm vivido sob influência dos aspectos éticos disseminados na sociedade. Constatamos a valorização dos bens materiais e da obtenção de recursos financeiros em detrimento de solidariedade e do respeito ao outro.

Destacamos os avanços científico-tecnológicos como contribuintes para o individualismo e o anti-socialismo de pessoas que os utilizaram de forma inadequada. Atrelado a esse panorama, encontramos o culto ao corpo e a longevidade da população influenciando a mudança nos hábitos e estilos de vida. Em contrapartida, ainda temos pessoas vivendo em condições miseráveis.

É preciso que tenhamos a mente aberta para compreender a dimensão da ética e sua dinâmica no mundo e com as pessoas de diferentes culturas, sendo necessário um olhar para "uma ética da complexidade, da cumplicidade e da (com) paixão, requer que repensemos as idéias de prudência, temperança e desprendimento1".

Diante das mudanças que ocorrem na sociedade e os valores que nela são cultuados, é inegável, por exemplo, a dimensão ética no trabalho educativo, mas seria tão absurdo quanto injusto exigir dos professores virtudes éticas maiores do que as da sociedade, a qual lhes dá a incumbência de ensinar2.

Assim, queremos estimular questionamentos concernentes à formação do profissional na sociedade, enfatizando a ética como condição primordial para os futuros profissionais, haja vista que a ética acontece no interior do ser humano e se verifica a partir do momento em que questionamos a ação ou conduta praticada ou que se pretende praticar, como uma maneira de controle interno da ação humana3.

No âmbito desse tema, nos deter-nos-emos a refletir sobre a responsabilidade individual e coletiva, enfocando questões sobre a ética e o ser humano na formação do profissional. Nesse sentido, objetivamos refletir sobre as questões éticas da atualidade e suas implicações na formação profissional, levantando questionamentos acerca da desigualdade social e sobre a importância do cuidado humano para a promoção da ética e como trilha eficaz para os futuros profissionais, seja no ensino, no trabalho ou na sociedade em que vive. Com o intuito de melhor organizar nossas idéias, criamos dois subtemas: implicações éticas na desigualdade social e desafios para resgatar a ética, ambos fazem parte do corpo deste trabalho.

E para embasar nossas reflexões, buscamos a literatura pertinente sobre o assunto, destacando alguns estudiosos como Leonardo Boff e Edgar Morin entre outros.

 

IMPLICAÇÕES ÉTICAS NA
DESIGUALDADE SOCIAL

Atualmente, falamos muito em crises. Padecemos sob as crises na economia, crise energética, social, educacional, moral, ecológica e espiritual4.

Em meio a essas crises, destacamos a existência das empresas com seus empresários permeando o sucesso como única meta a ser atingida. Onde a produtividade do passado procurou aliar qualidade à velocidade da produção para poderem competir no mercado internacional; a ansiedade habita esse contexto. Produz-se mais e melhor, em pouco tempo, para vender mais e, assim, se pode adquirir bens e auferir lucros a partir do trabalho do operário. Entretanto, sobram operários, pois o crescente número de máquinas reduzem a mão-de-obra humana e aumentam a produção e conseqüentemente o lucro.

O empresário pensa em lucros e, ao mesmo tempo, em competir. Precisa estar à altura, no mercado financeiro, da comunidade econômica da qual participa, o que o leva a ostentar opulência e a sofrer o medo dos reveses dos tempos de crise.

Já as pessoas desfavorecidas economicamente encontram-se como as principais vítimas dessa sociedade de consumo, envolvidas na roda viva do ter que trabalhar mais e mais, incluindo tempo extraordinário para poder sobreviver e consumir os bens que a sociedade tecnicista oferece. Trabalha mais e mais, para comprar mais. O tempo passa e ele compreende que lhe falta cada vez mais. Falta tempo para viver mais e melhor com a família, falta o conforto tão almejado. Antes disso, ressente-se da falta do essencial: moradia, salário digno e boas condições de trabalho.

Em meio a ostentação na vida de empresários e as privações de recursos na população desfavorecida economicamente, refletimos sobre a ética do sucesso, do "tirar vantagem de tudo", numa sociedade de consumo com as atuais características que leva a crises profundas, instalando-se um mundo novo, mundo das incertezas, dos blocos econômicos, da redefinição da ordem mundial.

Essa nova ordem mundial traz à tona uma desumanização crescente a partir da idéia de que o desenvolvimento econômico está atrelado ao lucro e à geração de recursos financeiros, sem levar em consideração a vida, pois constroem, na mais das vezes, fábricas sem se preocuparem com os danos ecológicos que podem ocasionar ao nosso meio ambiente propiciando mortes de seres sensíveis como peixes que vivem nos rios e não suportam os produtos químicos que são lançados em suas águas, assim como a exacerbação de doenças respiratórias freqüentes nas pessoas que respiram ares poluídos. Portanto, percebemos que a geração de riquezas e a ambição do ser humano faz com que ele não valorize seus semelhantes e no meio o qual ele está inserido.

Há estudiosos que criticam o mundo em que vivemos o considerando "moralmente depravado", pois existe uma valorização do supérfulo e uma desvalorização do ser humano e a vida. Destacando a corrida pelo lucro e a luxuria sem olhar para as classes menos favorecidas que sofrem privações básicas para sua sobrevivência5,6.

A desigualdade social e as diferentes oportunidades que as pessoas têm, muitas vezes, as levam a buscar caminhos éticamente "errados" para sobreviver, pois vivemos em um país, onde o dinheiro e o poder estão em evidência e nem sempre quem trabalha consegue ter condições dignas para sobreviver.

Cotidianamente, a televisão exibe violências, brutalidades, preconceitos, desigualdades, discriminações; isso existe e é inegável. A escola é aberta à vida, mas não se pode pedir a ela que ao mesmo tempo faça também crer que todos os adultos aderem às virtudes cívicas e intelectuais que a instituição escolar defende. Nossa sociedade está vivendo um tempo de expansão tecnológica em que compensa o crescimento da quantidade de desempregados e de sem-tetos com o progresso da telefonia celular, instalando sofisticadas torres eletrônicas nas favelas onde não existe água; mas há desperdícios, privações, miséria e opulência convivendo no novo século tão insolentemente quanto na idade média2.

O dilema entre estimular o avanço indiscriminado da tecnologia, aceitando riscos impostos à sobrevivência da espécie humana e do Planeta e repensar o comportamento humano, na perspectiva da transcendência humana, faz surgir e desenvolver-se o impulso para os estudos da Bioética, a reflexão sobre temas científicos, filosóficos, jurídicos sob a égide da ética para a formação profissional. A ética está numa esfera normativa, atingida por via da reflexão7.

Todo esse panorama precisa ser repensado nas escolas e academias com vistas à não reprodução do modelo vigente, mas com um olhar para o novo, para uma mudança social cuja ética seja incorporada à vida de nossos jovens.

 

DESAFIOS PARA RESGATAR A ÉTICA

E o que se tem feito para resolver esses problemas? O caminho que os governantes têm seguido, para solucionar tais mazelas, para fugir do subdesenvolvimento, foi desenvolver mais ainda a região mais rica, e mesmo nessas regiões, pouca gente se beneficiou. O desenvolvimento deve ocorrer igualmente para todos.

É nesse momento histórico de redefinição da ordem mundial, optando por um caminho o da convivência próxima e permanente com tudo o que indique a marca dos novos tempos que poderão possibilitar as mudanças e/ou contribuir para elas - que a ética na formação profissional se evidencia como resposta aos medos e à esperança do homem pela vida e sobrevivência do Planeta.

Diante do avanço tecnológico no campo da saúde, entre os transplantes e os bebês de proveta, entre as cirurgias intra-uterinas e a Engenharia Genética, emerge a compreensão de que o estilo de vida saudável é o melhor caminho para a promoção da saúde e do bem-estar da humanidade.

Usando a linguagem do lucro, é muito mais rentável promover o equilíbrio ecológico do que fazer transplantes. É nesse clima de esperança que surgem a ética e suas várias facetas, como a Bioética. Essas formas de ver a vida ensejam questões como "Quem somos?", "Aonde vamos?", "Aonde queremos chegar?".

O grande mistério da ética consiste na predominância de sentimentos e atitudes voltadas para o amor verdadeiro ao próximo. Desde que a compaixão viva dentro de cada um, o bem, a dor do outro passam a ser encontrados no coração de quem acredita nestes princípios8.

Respostas surgem de todos os lados do mundo. Diante do individualismo ferrenho, emerge a ética da solidariedade humana e todas as características do ser humano são estimuladas novamente.

O cuidado com tudo o que tem vida nos traz o dever de refletir sobre nossos atos. Portanto, devemos cuidar de nossos deveres e das conseqüências de nossos atos. Os cuidados são definidos por deveres e pela avaliação das conseqüências9.

Em concordância com este pensamento, é sabido que o ser humano, desde os seus primórdios, busca resolver problemas em meio às situações complexas, e, no confronto com o ambiente pré-histórico, emergiram atitudes voltadas para o cuidado. A partir de então, percebemos nas diferentes culturas as diversas formas de cuidar.

Estando a necessidade do cuidado em evidência nos nossos dias, pensadores atuais relacionam o cuidado como a essência humana e presente na ética, de modo que cuidado é o responsável pela sintropia, cujo contrário constitui a entropia. Nota-se que o cuidado "funda a primeira atitude ética fundamental, capaz de salvaguardar a terra como um sistema vivo e complexo, proteger a vida, garantir os direitos dos seres humanos e de todas as criaturas, a convivência em solidariedade, compreensão, compaixão e amor"9.

Na realidade, o cuidado é o sustentáculo da criatividade, da liberdade e da inteligência humana, tão importante para a humanidade. Desse modo, é preciso que cada um de nós venha a desenvolver a afetividade para com os outros, que possa cada qual perceber suas necessidades, para que a construção de um mundo melhor não seja apenas utopia10.

A sociedade é produto de ações individuais e coletivas. Cada profissional deve ter, desde a sua formação, a capacidade de questionar e revisar suas ações constantemente. Os códigos deontológicos que fazem parte da formação de cada profissão devem ser como bússola que orienta preceitos morais e não ter caráter corporativista de proteção aos profissionais11.

Assim, o desafio atual é repensar o modo de ser egoísta cultivado pela sociedade atual no intimo de cada cidadão e trabalhar formas que levem os homens a atuarem na dimensão da coletividade, preservando valores universais humanos e as microrrealidades históricas, fazendo com que seja preservada a biodiversidade, com que se reconheçam as especificidades locais e sejam respeitadas as diferenças de gênero, raça, religião e outras mais12.

Deve-se deixar de ser agente passivo e contribuir ativamente para a elevação da ética na sociedade, com dignidade cidadã, ampliando as possibilidades de produzir efeitos positivos no contexto coletivo13.

Não podemos aceitar que os processos de exclusão social e má distribuição de renda, geradora das precárias condições econômicas, continuem favorecendo o desequilíbrio individual e coletivo na conduta ética. Reconhecemos que o baixo ou nenhum poder aquisitivo dificulta o alcance de um patamar mínimo de sobrevivência da ética. Isto aponta para um processo emancipatório de futuros profissionais posicionados em um patamar histórico de conquista da condição de agente coletivo e autônomo.

Portanto, para o empreendimento de mudanças na formação dos profissionais como promotores de sua própria cidadania e estimuladores do exercício da cidadania dos outros, é necessário compreender essa dimensão ética de valorização do ser humano agregado à saúde como notável motivadora dos outros valores14. Assim, gerir conhecimentos torna-se um processo mais amplo, sobre o qual a educação profissional necessita reconstruir seu papel e reencontrar o seu espaço na formação ética do profissional de um modo geral. As novas tecnologias (informática, os media, pesquisa e desenvolvimento) buscam controlar os espaços vazios que procuramos preencher na escola, trazendo desafios não apenas técnico e pedagógico, mas sobretudo de poder15.

Atualmente, as conseqüências tecnológicas do avanço da ciência têm uma repercussão mundial e exigem uma reconstrução da ética, haja vista o desaparecimento das referências tradicionais, pois não sabemos mais quais podem ser os possíveis fundamentos de uma teoria ética16. Neste processo, também devemos considerar as transformações que estão ocorrendo no mundo e no setor saúde, tendo os valores éticos como referencial indispensável na formação profissional.

Vale ressaltar que, na formação profissional, não podemos deixar de enfatizar a importância da pesquisa que surge nos bancos escolares e universitários levando nossos jovens a contribuírem cada vez mais para o desenvolvimento da sociedade. Neste contexto, destacamos as comissões de ética em pesquisa criadas nas instituições com o intuito de preservar o ser humano e ampliar o conhecimento de seus integrantes com relação à ética. E aqui destacamos, por meio de pesquisas realizadas, que a Comissão de Ética em Enfermagem (CEE) vem contribuindo de forma significativa para a percepção da "ética não como mero compromisso moral, mas como a resultante de valores individuais e sociais"17.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As considerações aqui expostas fazem uma reflexão sobre a complexidade da ética na formação profissional, levando em consideração o contexto em que estamos inseridos, cujos processos de exclusão social e má distribuição de renda geram precárias condições econômicas, que continuam favorecendo o desequilíbrio individual e coletivo interferindo nas condutas éticas. Reconhecemos que o baixo ou nenhum poder aquisitivo dificulta o alcance de um patamar mínimo de compreensão da ética com o essencial à vida.

Atrelada às condições de vida desiguais encontradas em nossa sociedade, contamos com os avanços

científicos e tecnológicos, que também beneficiam a uns e a outros não, assim como o acesso à informação e a geração de idéias que podem favorecer as infrações éticas para com o ser humano.

Portanto, cabe a camada socioeconomicamente privilegiada o compromisso e o dever de fazer valer a ética na sociedade. E para isto é preciso valorizar a ética em todos os setores da sociedade, principalmente nas escolas e universidades que são entidades responsáveis pela formação de futuros profissionais.

Também destacamos a corrida pelo lucro e o descaso com o ser humano e tudo aquilo que tem vida em nosso planeta, e percebemos que todos perdem, mesmo aqueles pertencentes às camadas privilegiadas, em nossa sociedade.

Diante dos agravos à ética é preciso resgatar os valores relativos ao amor e a solidariedade ao próximo. É necessário acreditar que podemos mudar a sociedade e fazer brotar no coração de nossos estudantes a necessidade de mudanças para a construção de um mundo melhor.

Enfim, acreditamos na ética como um fator primordial na vida em sociedade, que contribui, positivamente, para uma convivência social mais qualificada em conjunto e com humanizada competência. Isto aponta para um processo emancipatório de futuros profissionais posicionados em um patamar histórico de conquista da condição de agente coletivo e autônomo.

 

REFERÊNCIAS

1 Almeida MC. Cumplicidade, complexidade, (com) paixão. In: Carvalho EA. Ética, solidariedade e complexidade. São Paulo (SP): Palas Athena; 1998.

2 Perrenoud P. Dez novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto Alegre (RS): Artes Médicas Sul; 2000.

3 D'Alva O, Souza F. Ética e sociedade. In: Curso de administração pública e gestão ética. Universidade Aberta do Nordeste. Fortaleza (CE): Fundação Demócrito Rocha; 2004.

4 Boff L. Ética da vida. Brasília (DF): Letraviva; 1999. 246p.

5 Garrafa V, Pessini L, organizadores. Bioética: poder e injustiça. Tradução de Adail Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo (SP): Ed. Loyola; 2003.

6 Zajdsznajder L. Ser ético no Brasil. Rio de Janeiro (RJ): Gryphus; 2001.

7 Oliveira MA de. Ética intencionalista - tecnológica em Vittorio Hösle. In: _______. Correntes fundamentais da ética contemporânea. 2ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2001. p. 235-255.

8 Boff L. Ética e moral: a busca dos fundamentos. Petrópolis (RJ): Vozes; 2003.

9 Boff L. Saber cuidar: ética do humanocompaixão pela Terra. 2ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 1999.

10 Boff L. Ethos mundial. Rio de Janeiro (RJ): Sextante; 2003.

11 Kipper DJ, Marques CC, Feijó AM, organizadores. Ética em pesquisa: reflexões. Porto Alegre (RS): EDIPUCRS; 2003.

12 Oliveira MLC. Comitês de ética: pesquisa em seres humanos no Brasil. Rev Bras Enferm 1999 abr/jun; 52(2):189-94.

13 Anchez A. Ética. São Paulo (SP): Civilização Brasileira; 1997.

14 Bellato R, Gaiva MAM. A cidadania e a ética como eixos norteadores da formação do enfermeiro. Rev Bras Enferm 2003 jul/ago;56(4):429-432.

15 Dowbor L. Tecnologias do conhecimento: os desafios da educação. Petrópolis (RJ): Vozes; 2001.

16 Russ J. Pensamento ético contemporâneo. São Paulo (SP): Paulus; 1999.

17 Melo MRAC. A comissão de ética de enfermagem na visão do enfermeiro. Esc Anna Nery Rev Enferm 2004 ago;8(2):224-233.

 

 

Recebido em 11/04/2005
Reapresentado em 31/10/2005
Aprovado em 11/11/2005

 

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