Volume 16, Número 2, Abr/Jun - 2012
PESQUISA
Qualidade de vida do enfermeiro no trabalho docente: estudo com o Whoqol-bref
Maria Rodrigues da Conceição1
Maria Suêuda Costa2
Maria Irismar de Almeida3
Ângela Maria Alves e Souza4
Maria Beatriz de Paula Tavares Cavalcante5
Maria Dalva Santos Alves6
1 Enfermeira. Especialista em Enfermagem do Trabalho. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará. For taleza-CE. Brasil. E-mail: mariarocon@ig.com.br
2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Auditora da Secretaria de Saúde do Município de For taleza- CE. Brasil. E-mail: sueudacosta@yahoo.com.br
3 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta IV da Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza - CE. Brasil. E-mail: irismaruece@gmail.com
4 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta IV da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza - CE. Brasil. E-mail: amas@ufc.br
5 Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Enfermeira do Hospital Monte Klinikum. For taleza - CE. Brasil. E-mail: beatriz_cavalcante@hotmail.com
6 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada II da Universidade Federal do Ceará. Fortaleza - CE.
Brasil. E-mail: dalva@ufc.br
Recebido em 23/06/2011
Reapresentado em 19/01/2012
Aprovado em 26/03/2012
RESUMO
O estudo objetivou verificar a qualidade de vida do enfermeiro docente que trabalha em instituição federal, estadual e privada e comparar os resultados entre os três grupos. Os dados foram obtidos por meio do Whoqol-bref, com 26 perguntas, e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Foram 38 professores doutores, com exercício da docência na graduação e pós-graduação. Destes, 30 eram casados; seis, solteiros; e dois, separados, com média de idade de 6,5 anos. Quanto à qualidade de vida global, somente os professores da universidade privada têm minoria no escore "bom", mas nos domínios físico e psicológico a soma dos percentuais dos escores não apresentou diferenças relevantes, pois no primeiro foi de 7% e no segundo 3, %; entretanto, para os domínios das relações sociais e do meio ambiente, foram 22,2% e 30,6%. Utilizar o Whoqol-bref, mesmo com amostra reduzida, forneceu informações relevantes sobre a qualidade de vida docente.
Palavras-chave: Qualidade de vida. Docente. Trabalho. Enfermagem.
INTRODUÇÃO
Estudos sobre a Enfermagem no contexto hospitalar acentuam que o trabalho em saúde é hoje considerado um processo estabelecido no contexto produtivo, no qual o homem participa como agente, podendo constituir-se como fator determinante para o desgaste da saúde dos trabalhadores1. Os padrões de morbidade/mortalidade apresentam-se de acordo com a maneira como inseridos nas formas de produção capitalista, e o magistério também recebe estas influências.
A saúde do trabalhador, até daquele que cuida da população, parece interessar pouco, o que é comprovado pela escassez de estudos. Um especialista nos assuntos da educação brasileira defende com muita propriedade a ideia de que o trabalho docente tem uma dimensão afetiva, percebendose com facilidade emoções, afetos, angústias, alegrias e bloqueios afetivos, fatos que tornam o exercício profissional um constante desafio para o patrimônio emocional do professor. Com efeito, o exercício de lecionar pode enriquecer ou empobrecer a dimensão afetiva do ser humano2.
Outros componentes, como o idealismo, realização ou não, mediante seu trabalho ou o modo como o realiza, as rotinas institucionais, o processo pedagógico, o que é esperado do seu trabalho pela sociedade, também podem contribuir para a Sobrecarga de Trabalho - ST e ocasionar nos professores diferentes compreensões.
A respeito da ST, algumas instituições dispensam especial atenção às suas causas e prevenção. A Organização Internacional do Trabalho - OIT dedicou algumas das suas tradicionais convenções ao tema, reconhecendo-o como sério problema para a classe trabalhadora em todo o mundo. No Brasil, a Fundação Jorge Figueiredo Duprat - FUNDACENTRO e os Ministérios da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social repassam os apelos da OIT e emitem parecer sobre a matéria, usando suas ramificações nos estados, municípios e DF para dinamizar a comunicação3.
O magistério, a segunda maior opção de labor para enfermeiros, é também um mercado que cresceu com a abertura de cursos, fato acelerado nos anos de 2001, 2002 e 2003. No Ceará, no período de 1968 a 2003, os cursos de graduação em Enfermagem chegaram a dezesseis4
O enfermeiro/professor objeto desta pesquisa exerce sua força de trabalho, evidentemente, no magistério, em diferentes instituições, mas o produto oriundo de seu esforço necessita sempre de mais energia e vem gradativamente perdendo prestígio, embora o número de empregos docentes tenha aumentado. É preciso trabalhar, manter-se com saúde para produzir cada vez mais.
O mercado de trabalho docente é o público e o privado, atualmente mais o privado do que público, e, em ambos, emergem contradições, de salários, carga horária e proposta de trabalho. Há avanços legislativos, ganhos pelos docentes por meio de suas lutas, mas descumpridos pelos representantes do poder e pelos donos das universidades privadas.
Seja qual for a realidade pública, ou privada, a exploração do trabalho do professor é refletida nos baixos salários, exaustivas normas e rotinas, dificuldades de bibliotecas atualizadas, poucas possibilidades de aperfeiçoamento, jornadas cansativas por ausência de facilidades de exercer o trabalho, desvalorização da figura do docente e de suas reivindicações.
Estudiosos consideram que a noção sobre qualidade de vida abrange aspectos da família, do social, do ambiente, no âmbito da cultura, do conforto e do bem-estar5. A qualidade de vida é um construto que aufere importância na sociedade e, mais particularmente, aos estudiosos da área de Saúde, Psicologia, Sociologia, Antropologia, Educação, dentre outras.
Duas abordagens para medir qualidade de vida foram as de McKenna e Whalley, funcionalistas e baseadas nas necessidades (needs-based). As ideias de Hunt, McKenna e Whalley situam os estudos teóricos de qualidade de vida em dois grandes grupos: os modelos da satisfação e funcionalista6.
Além dos modelos teóricos de qualidade de vida, o conceito e os construtos de personalidade, emoções e presença de dimensão negativa influenciam a qualidade de vida de tal forma que estudá-las se torna um desafio na atualidade, incorporando aspectos sociais, transculturais, estudos conceituais, metodológicos, psicométricos e estatísticos.
Considerando a qualidade de vida com várias dimensões, neste estudo adotou-se a definição proposta pela Organização Pan-americana de Saúde - "percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto de sua cultura e no sistema de valores em que vive e em relação as suas expectativas, seus padrões e suas preocupações"7:1.
Esta é também a conceituação utilizada pelo grupo Woqhol na versão brasileira, ao investir em decisões importantes para que a qualidade de vida seja percebida por profissionais de saúde, pesquisadores e interessados no assunto com clareza conceitual. A Organização Mundial de Saúde adver te para o fato de que, em se tratando de qualidade de vida, a pessoa deve ser o centro da avaliação e que boa saúde não seja considerada como sinônimo de boa qualidade de vida6.
Em debate com oito pesquisadores sobre qualidade de vida, foram constatadas as dificuldades de articulação dos indicadores quantitativos e qualitativos para a compreensão do processo, que não deverá permitir sua "ideologização"8.
A qualidade de vida foi investigada utilizando-se o instrumento de avaliação da Organização Mundial de Saúde - Whoqol - nos diferentes módulos de Whoqol: Whoqol-100; Whoqol- bref; Whoqol-hiv; Whoqol-srpb e Whoqol-old. O domínio geral do Whoqol-bref avalia a qualidade de vida global e percepções de saúde geral. É derivado do Whoqol-100. As questões do Whoqol-bref foram formuladas para uma escala de respostas do tipo Likert nos aspectos: intensidade, capacidade, frequência e avaliação relacionadas aos domínios9 a seguir delineados:
No domínio físico, as facetas envolvem a dor e o desconforto, energia e fadiga, sono e descanso, mobilidade, atividades da vida cotidiana, dependência de medicação e de tratamentos e capacidade de trabalho.
Quanto ao domínio psicológico, a qualidade de vida é investigada buscando-se sentimentos positivos, como pensamento, aprendizado, memória e concentração, autoestima, imagem corporal e aparência, e sentimentos negativos, espiritualidade/religião/crenças pessoais.
O domínio das relações sociais envolveu amigos, parentes, conhecidos e colegas, apoio social e atividade sexual, que são as facetas abordadas.
No domínio do meio ambiente, as facetas investigadas foram segurança física e proteção, ambiente no lar, recursos financeiros, cuidados de saúde e sociais, disponibilidade e qualidade, oportunidades de adquirir novas informações e habilidades, participação e oportunidades de recreação/lazer, ambiente físico e transporte.
O professor Marcelo Fleck, coordenador do grupo nesta área, validou esse instrumento por meio de amplo estudo realizado no Estado do Rio Grande do Sul em 1998. O Whoqolbref foi criado para avaliar a Qualidade de Vida, sob uma perspectiva internacional, traduzido em 50 idiomas e já foi utilizado em mais de 51 países.
As informações no Scientific Electronic Library Online - SciELO, obtidas em dezembro de 2009, indicavam que, das 74 publicações que informaram ter utilizado o WHOQOL- bref, 70 pesquisaram qualidade de vida em geral e quatro, qualidade de vida do enfermeiro, mas nenhuma delas, a qualidade de vida do enfermeiro docente.
As quatro pesquisas anteriormente indicadas utilizaram o Whoqol-bref e estudaram a qualidade de vida dos acadêmicos de Enfermagem em seis cursos da região Sul do Brasil10; investigaram sobre os fatores associados à qualidade de vida de enfermeiras hospitalares chilenas11; avaliaram a qualidade de vida dos técnicos e auxiliares de Enfermagem de unidade de terapia intensiva12; verificaram a qualidade de vida de acadêmicos de graduação de Enfermagem do primeiro e quarto anos13.
Uma pesquisadora da Universidade Nacional da Colômbia com sede em Bogotá realizou a investigação "A Docência: um Risco para a Saúde?" Trata-se de um estudo em que foram pesquisados as atividades, o processo de trabalho, as condições de trabalho, a saúde, os efeitos da carga física do trabalho docente sobre a saúde, o objetosujeito do trabalho docente, os meios, a organização, a divisão do trabalho, as condições de seguridade e os riscos inerentes ao processo da docência. O estudo permitiu reconhecer e estabelecer as características do processo de trabalho docente e compará-los com o trabalho em indústrias14.
Quanto à saúde dos professores pesquisados, foram encontrados: cansaço, fadiga, alterações osteomusculares, problemas visuais, problemas com a voz, estresse, insatisfação, cefaleias, transtornos gastrointestinais - como úlceras, dispepsias, alterações na eliminação intestinal, no apetite e no sono e problemas de percepção, como falhas ao ler e ao escrever, problemas cardiovasculares, como hipertensão e arritmias. Os dados referentes às condições das tarefas dos docentes encontraram problemas de esforço físico e mental semelhantes aos que são informados nas pesquisas a respeito do trabalho nas indústrias14.
No Brasil "as condições de trabalho influenciam no processo de trabalho e contribuem sobremaneira para determinar o processo de saúde-doença dos trabalhadores de enfermagem"15:252.
Então, com suporte na contextualização, destacam-se os questionamentos desta pesquisa: terá o enfermeiro docente disposição para conquistar para si qualidade de vida? Receberá da sociedade meios, facilidades e estímulo para tal? Em razão do exposto objetivou-se verificar a qualidade de vida do enfermeiro docente que trabalha em instituição federal, estadual e privada e comparar os resultados entre os três grupos.
METODOLOGIA
Um estudo quantitativo do tipo transversal foi realizado de março a maio de 2010, com esteio na ficha do respondente e instrumento de avaliação de qualidade de vida - o Whoqol-bref ou abreviado, da Organização Mundial da Saúde, versão em Português com 26 perguntas estruturadas, avaliando diversas facetas, duas das quais sobre a qualidade de vida geral e 24 acerca dos quatro domínios - físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente.16 O questionário foi autoadministrado, assistido pelo entrevistador no local de trabalho dos docentes, cujas respostas referiram-se às duas últimas semanas anteriores ao dia da coleta de dados.
O cenário envolveu três universidades de uma capital do nordeste em que 38 enfermeiros docentes, com título de doutor, realizavam atividades no ensino de graduação e pósgraduação em Enfermagem. Destes, 18 pertenciam a uma instituição de ensino federal (UF), 14 do ensino estadual (UE) e 6 de uma particular (UP).
Como critérios de inclusão, os professores deveriam estar inseridos em atividades de ensino na graduação e pósgraduação em Enfermagem. Foram excluídos os professores com atividades apenas na graduação.
Na análise dos dados, foram comparados os resultados do Whoqol-bref encontrados nos três grupos (UF, EU e UP) e a interpretação baseada nas investigações que, embora não tenham utilizado o Whoqol-bref, tinham como sujeitos enfermeiros docentes.
O Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Ceará - COMEPE aprovou e expediu o parecer favorável por meio do Of. Nº 01/10. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de acordo com as normas da Resolução nº 196/9617.
RESULTADOS
Dos 38 sujeitos, 37 eram do sexo feminino e um do sexo masculino, com faixa etária entre 31 e 62 anos, sendo a média de idade de 46,5 anos. Quanto ao estado civil, seis eram solteiros, 30 casados e dois separados.
Duas são as tabelas que apresentam os resultados do Whoqol-bref: A tabela 1, sobre a qualidade de vida global dos enfermeiros docentes e, a tabela 2, a respeito dos domínios físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, que agregados permitem melhor apreensão dos resultados da escala nos domínios.
As respostas da Tabela 2 estão relacionadas a cada domínio; entretanto, o n é diferenciado, pois se refere às sete perguntas do domínio físico, seis do domínio psicológico, três do domínio das relações sociais e oito do domínio do meio ambiente. Ao multiplicar-se pelo número de sujeitos, 18 da UF, 14 da EU e 6 da UP foram obtidos n=266 para o 1º domínio; n=228 para o 2º, 114 para o 3º e 304 para o 4º respectivamente.
DISCUSSÃO
Ao comparar os três grupos na Tabela 1, somente os professores da universidade privada têm minoria no escore "bom", enquanto os dois grupos apresentaram o maior percentual.
Na Tabela 2, os enfermeiros docentes contemplaram todos os escores do domínio físico. Vale salientar que muito bom, bom e completamente corresponderam a 53% das respostas dos três grupos, enquanto para os outros escores a soma foi de 47% das respostas. Estes últimos referem-se aos escores de pior qualidade de vida, próximos daqueles encontrados no estudo com enfermeiras chilenas com média em torno de 54,5611. É importante ressaltar que as enfermeiras trabalham no hospital em escala noturna, e o cansaço pela especificidade do processo de trabalho envolve grande parte das facetas deste domínio. No caso das enfermeiras docentes, a sobrecarga de trabalho está relacionada às atividades de ensino, pesquisa, extensão e administração.
Quanto ao domínio psicológico, 56,6% referiram estarem bastante/muito satisfeitos, e completamente. Quanto aos escores "nada", "muito insatisfeito" e "insatisfeito", corresponderam a 43,4%. Há semelhança nas respostas dos enfermeiros docentes relacionadas ao domínio físico e psicológico.
No domínio das relações sociais, para os escores "satisfeito" e "muito satisfeito" estão 77,8% das respostas, e para "muito insatisfeito", "insatisfeito" e "nem satisfeito nem insatisfeito", 22,2%.
Em relação ao domínio do meio ambiente para os escores "bastante", "muito" e "satisfeito" estão 69,4% das respostas e 30,6% a nada, muito insatisfeito, insatisfeito e nem satisfeito nem insatisfeito.
Na análise da Tabela 2, observou-se que, nos domínios físico e psicológico, a soma dos percentuais dos escores nada/ muito ruim/muito insatisfeito, muito pouco/insatisfeito, mais ou menos/médio não exibiu diferenças relevantes, visto que, no primeiro, foi de 47% e no segundo 43,4%; entretanto, para os domínios das relações sociais e do meio ambiente, foram 22,2% e 30,6%, respectivamente.
A soma dos percentuais dos escores muito ou bom, bastante/muito satisfeito e extremamente/completamente correspondeu a 53% no domínio físico, 56,6% no psicológico, 77,8% nas relações sociais e 69,4% no meio ambiente. Quanto aos percentuais dos escores nada/nunca, muito ruim, médio, nem ruim nem bom, muito pouco, ruim, muito insatisfeito/ insatisfeito, nem satisfeito/nem insatisfeito corresponderam a 47%, 43,4%, 22,2% e 30,6%, respectivamente.
No âmbito de dois dos domínios, o físico, com 53% e o psicológico com 56,6%, nota-se que os percentuais dos escores demonstraram discretas variações, mas no que se refere ao das relações sociais e o do meio ambiente, constatou-se uma diferença considerável nos escores do primeiro com 55% e do segundo com 38%.
Avaliar a qualidade de vida na perspectiva dos quatro domínios permitiu conhecer os aspectos vulneráveis dos três grupos no conjunto das diversidades das facetas que, de certa forma, podem sinalizar para os enfermeiros docentes a possibilidade de modificações adequadas às expectativas pessoais.
CONCLUSÃO
A realização do estudo com uso do Whoqol-bref, mesmo com amostra reduzida, permitiu comparar a qualidade de vida entre os docentes das três universidades no âmbito dos quatro domínios, ensejando, assim, a consecução do objetivo traçado,
A metodologia utilizada revelou-se adequada para a obtenção dos principais achados apresentados, destacando a relevância do estudo e potencial campo de pesquisa em Enfermagem em diversos outros aspectos.
Verificou-se que a qualidade de vida global dos enfermeiros docentes foi considerada boa pelos três grupos, e, quanto aos escores mais negativos e mais positivos, constatou-se que apresentaram diferenças relevantes nos dois últimos domínios - o das relações sociais e do meio ambiente.
Os resultados apontam para a necessidade de ampliar a discussão sobre a qualidade de vida dos docentes de Enfermagem, assim como o conhecimento da satisfação no exercício da atividade de ensino, considerando os possíveis descontentamentos decorrentes da prática de ensinar e seu impacto sobre a vida dos exercentes.
Os resultados trazem reflexões também sobre o desenvolvimento da profissão, tendo como foco a característica privativa das ações do enfermeiro, que está voltada para a prestação do cuidado à sociedade em condições de saúde e doença em todo ciclo vital.
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Recebido em 23/06/2011
Reapresentado em 19/01/2012
Aprovado em 26/03/2012