Volume 15, Número 3, Jul/Set - 2011
FACSIMILE
Valor psicológico no cuidado do paciente, em contraste com o cuidado funcional
Alexandre Barbosa de Oliveira
Professor do Departamento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem Anna Nery (UFRJ). Membro da Diretoria Colegiada do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira
Apresentação
Maria Julieta Calmon Villas-Bôas, à época professora da Escola de Enfermagem da Bahia e Chefe de Clínica Médica e Oftalmológica no Hospital das Clínicas da Bahia, retratou suas impressões sobre as organizações de estudantes em Escolas de Enfermagem em artigo de sua autoria, publicado na Revista Anais de Enfermagem em janeiro de 1952.
Ela abordou as finalidades e particularidades de cada forma de organização estudantil, entre elas: Associação Nacional de Estudantes de Enfermagem; Diretório Acadêmico ou Centro Acadêmico e suas comissões; Junta Administrativa; Juventude Universitária Católica; e Associação de Antigas Alunas.
No texto, alguns aspectos chamam a atenção: (1) A constatação da precária participação de enfermeiras diplomadas em serviço como membro na Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. (2) A ênfase no preparo adequado das estudantes, que, sob sua óptica, é alcançado através da participação ativa destas em organizações estudantis. (3) A tomada de uma posição política estudantil proveitosa. (4) A observação de valores de cunho cristão como argumento para uma prática profissional missionária. Ao final, Maria Julieta faz algumas recomendações, que julga, naquele recorte temporal, como necessárias às estudantes de enfermagem.
Com efeito, ao deslindarmos o texto no momento presente, temos a oportunidade de reavaliar como os projetos políticos universitários e o movimento estudantil atual se encontram ou não, além de obter motivação servível para se (re)discutir o sentido da militância estudantil na enfermagem, no agora.