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CAPES

Volume 15, Número 3, Jul/Set - 2011

EDITORIAL

 

O papel estratégico do corpo discente nos programas de pós-graduação

 

 

Maria Alice Dias da Silva LimaI; Roberta Cunha Mathes RodriguesII

IProfessora Associada do Departamento de Assistência e Orientação Profissional da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Membro da Comissão de Avaliação Trienal da Área de Enfermagem da Capes - 2010
IIProfessora Associada do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Medicas da Universidade Estadual de Campinas ? UNICAMP. Membro da Comissão de Avaliação Trienal da Área de Enfermagem da Capes - 2010

 

 

Na dinâmica dos Programas de Pós-Graduação, o corpo discente é elemento- chave, uma vez que constitui o produto do processo de formação de recursos humanos de excelência. O avanço do conhecimento científico e tecnológico fortemente impulsionado pelos Programas de Pós-Graduação está intimamente relacionado à qualidade da formação de Mestres e Doutores. Esses jovens pesquisadores serão os responsáveis pela futura formação qualificada de recursos humanos e, especialmente, pelo fomento à pesquisa e inovação em diferentes contextos. A importância do corpo discente tem motivado sua caracterização como um dos elementos discriminadores do desempenho dos Programas de Pós-Graduação. Assim, a formação qualificada e a ampliação da participação de discentes na coautoria da produção bibliográfica dos Programas de Pós-Graduação têm sido fortemente almejadas.

No que tange aos Programas de Pós-Graduação em Enfermagem, o incremento à demanda para formação de novos doutores constitui estratégia essencial. Dentre as estratégias de incentivo à demanda, além daquelas mais amplas que envolvem a própria ampliação dos Programas de Pós-Graduação em regiões menos favorecidas, em sentido mais restrito, o estímulo e a atração dos alunos do Curso de Graduação com potencial para pesquisa têm sido promissores. Nesse sentido, destacam-se ações que promovem mobilidade entre os cursos de Graduação e Pós-Graduação, ou seja, a possibilidade de o graduando cursar as disciplinas da Pós-Graduação durante o curso de Graduação. Além de contribuir para o incremento da demanda, a agilidade nessa transição possibilita formação qualificada em menor período de tempo.

A qualidade da formação e das dissertações e teses produzidas também deve ser criteriosamente perseguida. Além do rigor metodológico, do incremento das pesquisas de intervenção e da busca pelo conhecimento inovador específico da área de Enfermagem, o desenvolvimento de estudos em parceria com instituições estrangeiras deve fortalecer o corpo discente e contribuir para a qualificação das teses e dissertações. Portanto, o incentivo ao desenvolvimento de bolsa sanduíche e/ou a concretização de convênios internacionais, o aumento da captação de recursos nacionais e internacionais, e a participação ativa de discentes nos Grupos de Pesquisa são algumas estratégias para a qualificação do corpo discente. Essa qualificação certamente refletirá em formação de excelência e, consequentemente, em produção científica com recomendação para veiculação em periódicos de impacto da Área de Enfermagem. No entanto, a ampliação da coautoria discente somente se efetiva por meio do trabalho conjunto e contínuo do corpo docente, que, além de participar de todas as etapas da formação e qualificação do corpo discente, deve ser o maior propulsor da disseminação do conhecimento produzido. O resultado do incentivo à qualificação do corpo discente remete, portanto, a um produto final altamente qualificado para retroalimentar os Programas de Pós-Graduação e a produção do conhecimento científico, tecnológico e inovador que deles se espera.

 

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