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Volume 14, Número 4, Out/Dez - 2010

EDITORIAL

 

O idoso e o contexto atual da saúde

 

 

Antônia Oliveira Silva

Enfermeira. Professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba. Pesquisadora Colaboradora do CITS, Universidade de Évora, PT.Pesquisadora do CNPq. Líder do Grupo Internacional de Estudos e Pesquisas sobre Envelhecimento e Representações Sociais - GIEPERS da Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa- PB. Brasil. E-mail: alfaleda@hotmail.com

 

 

Observa-se no mundo um rápido crescimento do número de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, e o envelhecimento é uma realidade largamente documentada por todos os organismos nacionais e internacionais. Para a ONU, o Brasil, dentro de 25 anos, terá a sexta maior população de idosos no mundo, com mais de 32 milhões de indivíduos com 60 anos ou mais, representando cerca de 15% da população total. Com o aumento da esperança de vida, as pessoas podem fazer planos em relação ao seu envelhecimento, o que se torna um triunfo, embora esses dados se diferenciem significativamente entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O Ministério da Saúde aponta que cerca de 25% da população idosa brasileira não apresenta perspectivas de envelhecimento positivo, associando esta situação à perda da qualidade de vida, pouca participação nas atividades cotidianas, incluindo o lazer, e, consequentemente, maior vulnerabilidade às doenças. Apresenta-se, ainda, como agravante uma estreita relação dos diferentes aspectos já mencionados com os de natureza externa ao contexto da saúde, envolvendo diferenças associadas às condições socioeconômicas, ambientais e políticas dirigidas à pessoa idosa. O êxito alcançado no campo da saúde da pessoa idosa não inibe a visão negativa da sociedade em relação ao idoso, que ainda se configura como um dos principais fatores responsáveis pela exclusão, tanto social quanto familiar do idoso. O lado otimista da tão propagada conquista de um envelhecimento positivo ainda é considerado por muitos governantes como uma falsa visão de uma meta inalcançável, pelo menos em curto prazo. Existe uma real necessidade de se investir tanto do ponto de vista das pesquisas em contextos singulares quanto no atendimento oferecido a essa população, centrado em políticas de saúde mais eficazes. Diante desta realidade, é importante transformar esse cenário, procurando-se estimular os idosos a adotarem uma rotina de vida estimulante para promover um envelhecimento ativo e saudável.

 

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