Volume 13, Número 2, Abr/Jun - 2009
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Doutorado-sanduíche em enfermagem: relato de experiência
Sandwich doctoral program in nursing: an experience report
Doctorado sándwich en enfermería: relato de experiencia
Rosane Arruda DantasI; Lorita Marlena Freitag PagliucaII; Antônio Luís Rodrigues Faria de CarvalhoIII; Wilson Correia de AbreuIV
IEnfermeira. Doutora. Professora Adjunta da Universidade Federal da Paraíba. Ex-bolsista CAPES. Brasil. E-mail: rosane_dantas@yahoo.com,
IIEnfermeira. Doutora. Professora Titular da Universidade Federal do Ceará. Coordenadora do Projeto Saúde Ocular/CNPq. Brasil. E-mail: pagliuca@ufc.br,
III Enfermeiro. Doutor. Professor da Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes Porto. Portugal. E-mail: luiscarvalho@esenf.pt,
IV Enfermeiro. Doutor. Professor-Coordenador da Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes Porto. Portugal. E-mail: wjabreu@esenf.pt
RESUMO
Relato de experiência acerca de estágio de doutorando-sanduíche realizado com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, durante o período de outubro de 2005 a janeiro de 2006, na Faculdade de Enfermagem de D. Ana Guedes, no Porto, em Portugal, instituição já visitada na graduação. Tive a oportunidade de replicar a metodologia de parte da dissertação com crianças portuguesas. Isso permitiu estudo comparativo entre duas culturas que guardam afinidades, mas têm características distintas. Além disso, ministrei aulas, participei de cursos e seminários e aprofundei os conhecimentos acerca da Teoria da Universalidade e Diversidade do Cuidado Cultural. Considero que esta experiência é um estímulo para a garantia da autonomia do enfermeiro na assistência de enfermagem, como pesquisador e docente, ampliando conhecimentos e os inserindo no processo de cuidado. Ademais, influencia positivamente no amadurecimento psicológico, cultural e social do doutorando.
Palavras-chave: Enfermagem. Cuidados de Enfermagem. Teoria de Enfermagem.
ABSTRACT
Experience report about a sandwich doctoral training program carried out with the support of the Improvement Coordination of Superior Level staff, between October 2005 and January 2006, at the School of Nursing D. Ana Guedes in Porto, Portugal, an institution already visited during the undergraduate training. I had the opportunity to replicate the methodology applied in part of my thesis among Portuguese children. This allowed a comparative study between two cultures that have affinities, but also distinct characteristics. Besides, I gave classes, took part in courses and seminars and obtained more in-depth knowledge about the Theory of Cultural Care Diversity and Universality. I consider this experience a stimulus to guarantee the nurse's autonomy in nursing care, as a researcher and faculty, expanding knowledge and inserting it in the care process. Furthermore, it exerts a positive influence of the student's psychological, cultural and social maturing process.
Keywords: Nursing. Nursing Care. Nursing Theory.
RESUMEN
Relato de experiencia acerca de pasantía de doctorado sándwich realizado con suporte financiero de la Coordinación de Mejora del Personal del Nivel Superior, durante el período de octubre de 2005 a enero de 2006, en la Facultad de Enfermería de D. Ana Guedes, en Porto, Portugal, institución ya visitada durante la graduación. Tuve la oportunidad de replicar la metodología de parte de la disertación junto a niños portugueses. Esto permitió un estudio comparativo entre dos culturas que guardan afinidades, pero tienen características distintas. Además, ministré clases, participé de cursos y seminarios y me profundicé en los conocimientos acerca de la Teoría de la Universalidad y Diversidad del Cuidado Cultural. Considero que esta experiencia es un estímulo para la garantía de la autonomía del enfermero en la atención de enfermería, como investigadora y docente, ampliando conocimientos e insertándolos en el proceso de cuidado. Además, influye positivamente en la maduración psicológica, cultural y social del doctorando.
Palabras clave: Enfermería. Atención de Enfermería. Teoría de Enfermería.
INTRODUÇÃO
Seis meses após concluir o curso de graduação, no ano de 2002, iniciei o Mestrado em Enfermagem na UFC. Obtive bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a mantive até o Doutorado em Enfermagem, iniciado em 2004, na Universidade Federal do Ceará.
Nesta época fui selecionada para o cargo de professora substituta da mesma instituição na disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar I, referente à saúde da criança. No ano seguinte, concorri nacionalmente à bolsa para estágio de doutorando no exterior, da CAPES, categoria balcão1, e fui aprovada para desenvolver parte dos estudos da tese durante quatro meses na Faculdade de Enfermagem de D. Ana Guedes, no Porto, em Portugal, instituição já visitada na graduação.
A CAPES objetiva o fomento de redes cooperativas de ensino e de pesquisa entre cursos brasileiros e estrangeiros, propiciando mobilidade e integração para consórcios e parcerias. O programa oferece bolsas para estágio de doutorando no exterior, como forma de complementar os esforços despendidos pelos programas de pós-graduação no Brasil, buscando a formação de docentes e pesquisadores de alto nível para sua inserção no meio acadêmico e de pesquisa no País. Esta bolsa destina-se a doutorandos no Brasil, de comprovado desempenho acadêmico e que necessitem desenvolver no exterior parte da pesquisa relacionada aos seus trabalhos de tese. Mas o estágio no exterior não deve ser previsto com o objetivo principal de realização de cursos, de disciplinas e de seminários1.
Experiências desta natureza devem ser relatadas de modo a torná-las conhecidas na comunidade científica e para incentivar a participação de novos doutorandos. Desse modo, tenho como objetivo descrever a experiência de doutorando com bolsa CAPES, na categoria denominada sanduíche.
Neste relato são enfatizadas a vivência e as observações decorrentes do período de estágio, por acreditar que a formação de docentes e pesquisadores de alto nível permeia a possibilidade de novas experiências e conhecimento diferenciado. O intercâmbio científico é uma forma de trocar informações, crenças, culturas, conhecimentos e, mais do que tudo, traduz-se em apoio profissional2. Para tanto, justifico que os dados quantitativos da pesquisa norteadora encontram-se publicados na tese "Validação de escala optométrica para Fortaleza".
RELATO DA EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO DE DOUTORADO/CAPES
Participei de seminários, mantive contato com pesquisadores locais e ministrei palestras para alunos da graduação em duas faculdades portuguesas.
Tive a oportunidade de replicar a metodologia de parte da dissertação3 com crianças portuguesas, o que permitiu estudo comparativo entre duas culturas que guardam afinidades, mas têm características distintas. Este achado validou os pressupostos dos estudos desenvolvidos no mestrado, considerando que existiam figuras com características universais e aquelas específicas de determinadas regiões, baseando-se em seu formato para justificar esta explicação. Tais pressupostos reforçaram a necessidade da construção de escalas regionalizadas conforme descrito na tese4.
Durante a pesquisa norteadora desenvolvida mediante estudo quantitativo experimental denominado "Validação do método de seleção de figuras para uma escala optométrica regionalizada no Porto, em Portugal", pude observar, por meio do método de observação não-estruturada, os aspectos culturais que determinam o aprendizado simbólico dos pré-escolares e conhecer experiências relevantes para o processo de ensino-aprendizado desta faixa etária.
O método de observação não estruturada foi utilizado com base na coleta de informação descritiva qualitativamente analisada. Neste método, o observador é guiado pelas indagações da pesquisa , embora não se restrinja a observar certas classes de fenômenos, ou a sistematicamente inventariar o surgimento de determinados tipos de comportamentos5.
Desenvolvido durante os meses de outubro, novembro e dezembro, o estudo propiciou a oportunidade de visitar seis infantários da rede pública de toda a área geográfica da cidade do Porto, em Portugal. Neste período, as crianças vivenciaram vários momentos. Em face da transição para o outono com queda e mudança das folhagens e natureza de cor acastanhada, em particular, houve dias de frio e chuva, e nesta fase as escolas trabalharam feiras de artesanato, com produção de doces.
Em novembro, festejaram o dia de São Martinho, denominado "Magusto", e as crianças aprenderam com a professora acerca da lenda sobre esta data, quando algumas famílias comemoram em casa ou nas igrejas, tomando vinho e comendo pão e castanhas, pois, em alguns pontos do país, ainda há quem reúna familiares e amigos à volta de uma fogueira. Dezembro também é mês de comemoração, e tem início a preparação para as festividades natalinas.
Como parte do meu estágio, acompanhei os jardins de infância com crianças de 3 a 5 anos. Aquelas com faixa etária inferior permaneciam nas creches. Nesta faixa, as crianças estão no período pré-escolar, fase de ingresso na escola. É a época de controle das funções corpóreas, de experiência de breves e prolongados períodos de separação, quando se manifestam a capacidade de interagir cooperativamente com outras crianças e adultos, o uso da linguagem para simbolização mental e maiores períodos de atenção e memória6.
Como observei, os alunos poderiam permanecer na escola das 7 às 19 horas, e o horário de chegada variava conforme a disponibilidade dos pais, os quais costumam buscá-los em torno das 16 horas. Durante a estada na escola, recebiam pelo menos três refeições.
Nas salas de aula, o número de alunos era inferior a 30. Todos dispunham de pequenos espaços chamados de "cantos", representados por cozinha, biblioteca, oficina de arte, espaço dos animais, das bonecas e dos carros. No espaço dos animais havia, em geral, um peixe e/ou uma tartaruga em local adaptado para sua sobrevivência, e as crianças se revezavam diariamente no cuidado. De maneira geral, as salas lembravam a residência das crianças. Desse modo, podiam associar seu aprendizado ao contexto encontrado nas suas residências.
Na pré-escola, as crianças já internalizaram muitos dos padrões e valores da família e da cultura, e, provavelmente, a atividade mais característica e dominante dos pré-escolares é a brincadeira imitativa, imaginativa e dramática. Utilizar brinquedos de imitação doméstica, como as casas de boneca, e o cuidado de animais, entre outras atividades desta natureza, promovem horas de autoexpressão e aprendizado coletivo6.
Na maioria das escolas, cada sala de aula possuía pelo menos um computador. Além disso, existiam no ambiente físico estante de livros, vários brinquedos e material para pintura. Os banheiros eram adaptados e, de modo geral, tinham boa estrutura, e os pertences de banho eram individualizados.
Após o almoço, as crianças eram encaminhadas para uma sala com vários colchões no chão onde podiam descansar. Quanto às professoras, todas tinham nível superior e eram chamadas de "educadoras de infância". Em muitos casos, estas recebiam ajuda de uma técnica auxiliar e de uma aluna do curso superior de educação de infância. No caso de crianças especiais, havia profissionais especializados para acompanhá-las.
Entre alunos e professores, observei senso de responsabilidade, arrumação, organização e companheirismo. Como exemplo, um aluno derramou suco na roupa e começou a chorar afirmando não possuir outra vestimenta. A professora o abraçou e levou a questão para a turma. Perguntou, então, se ele precisava chorar por esse motivo e lembrou a experiência de outra colega. Após os demais alunos explicarem que não havia necessidade do choro, ele parou de chorar e foi limpar o local com a ajuda dos colegas e da educadora de infância.
Ainda como observei, depois de utilizar os brinquedos, os alunos costumavam guardá-los, muitas vezes, sem a necessidade de intervenção das professoras. Com a ajuda dos alunos, as educadoras criavam regras de convivência, lidas diariamente na turma pelos próprios alunos. Além disso, havia o quadro de responsabilidades, e os alunos se revezavam para manter a organização da sala. Como exemplo das regras de convivência, o texto a seguir é ilustrativo.
Devemos sentar direito, não devemos por as coisas da casinha no chão, não devemos partir nada na sala, devemos fazer o que as professoras dizem, não devemos meter as coisas na boca, não rasgar os desenhos, não devemos estragar os carros, não devemos estragar as canetas, não devemos riscar os livros, não devemos levar as coisas que não são nossas, não devemos por os livros no chão, devemos ouvir os amigos e não interromper, não devemos correr na sala, não mentir, devemos ser amigos, devemos arrumar a casinha, não devemos brincar à mesa nem conversar, quando queremos falar, pomos o dedo no ar, não devemos fazer queixinhas dos amigos, não devemos discutir, não devemos dizer asneiras.
De modo geral, os efeitos da educação e estímulo precoce das crianças vêm ganhando relevância e reconhecimento, pois o desenvolvimento social se amplia para incluir crianças da mesma idade e outros adultos significativos. Como é notório, a pré-escola proporciona um excelente veículo para expansão das experiências das crianças com outras pessoas, momento fundamental para preparação para a entrada na escola fundamental6.
A educação não se limitava às salas de aula. Dentro das atividades diárias incluíam-se natação, ginástica e atividades pedagógicas, as quais poderiam envolver passeios externos para conhecimento dos aspectos culturais da cidade e do país. Uma atividade rotineira em sala de aula envolvia a produção de desenhos relativos a uma história contada pela professora com apoio de livros infantis.
Os infantários eram públicos. No entanto, conforme a condição financeira de cada família, cobrava-se uma taxa de manutenção, mas, nos casos em que os pais não dispunham de condição, o serviço era gratuito.
Conhecimentos relevantes para as atividades de pesquisa
Ao longo do período na Universidade do Porto, além da pesquisa norteadora, elaborei o estudo "Análise da consistência do conceito de cultura na teoria de Leininger". Este estudo surgiu do aprofundamento do conhecimento da Teoria da Universalidade e Diversidade do Cuidado Cultural iniciado na graduação, permeando todo o período de formação superior, até a capacidade de desenvolver uma crítica acerca do conceito de cultura desenvolvido na teoria. Por meio de uma abordagem holística com enfoque científico e humanístico, esta denota a importância do aspecto cultural do indivíduo, família, grupo e instituição, no atendimento de enfermagem7.
Na oportunidade, conheci, também, outras formas de desenvolver a assistência de enfermagem no referente aos aspectos culturais, sobretudo durante as orientações e por meio da aula do referido professor, intitulada "A antropologia e a aplicação do Modelo Transcultural de Giger e Davidhizar".
Consoante apreendido, enfatiza-se o modelo de Giger e Davidhizar, o qual fornece o cuidado culturalmente competente baseado em um processo dinâmico, fluido, contínuo, via cuidado de saúde significativo e estratégias úteis evidenciadas no conhecimento do contexto cultural, por meio da opinião, das atitudes e dos comportamentos daqueles a quem o cuidado é prestado. Conforme postula, cada indivíduo é um ser culturalmente original e deve ser avaliado de acordo com seis fenômenos culturais: comunicação, espaço, organização social, tempo, controle ambiental e variações biológicas8.
Também participei de outras atividades, tais como: reunião para troca de experiências com doutorandas da Universidade de Aveiro; apresentação do projeto de tese de doutorado ao Conselho Científico; avaliação da escola pela Comissão Externa de Avaliação do Ensino Superior em Portugal; reunião com docentes para inserção da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) nas aulas teóricas da escola.
Além dessas atividades, ministrei aulas na Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro e na Escola Superior de Enfermagem de D. Ana Guedes. Participei de cursos e seminários, priorizando aqueles da minha área de atuação na docência e na pesquisa , em especial: saúde da criança, saúde coletiva e tecnologias em saúde. Estes foram realizados em três cidades específicas Porto, Coimbra e Aveiro.
Avaliação do Estágio
A relação com o co-orientador, com escola e com os demais professores e funcionários foi receptiva e de frequente ajuda, o que facilitou no desenvolvimento das atividades propostas para o estágio. Houve independência para a busca de atividades consideradas importantes, o que proporcionou uma visão diferenciada da realidade da enfermagem em Portugal, enfocando aspectos críticos-reflexivos do exercício profissional.
Desta forma, conheci a aplicação da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. Embora pouco trabalhado no Brasil, este método representa uma possibilidade para informatizar e dinamizar o processo de sistematização da assistência quando adequado ao contexto do cuidado, contribuindo para a melhoria da prática e do ensino. Conforme percebi, o conhecimento deste método tem sido um diferencial na contratação de enfermeiros por algumas instituições hospitalares portuguesas.
Outra oportunidade propiciada foi aprofundar os estudos na área da transculturalidade, ao refletir acerca da importância e dos aspectos críticos da Teoria da Universalidade e Diversidade do Cuidado Cultural, e conhecer e trocar ideias acerca do modelo de Giger e Davidhizare da abordagem crítica de Nancy Scheper-Hughes, autores de referência nessa área de atuação.
Em relação ao contato com os escolares, foi vantajoso participar do estágio dos alunos da licenciatura em enfermagem nos infantários e entrar em contato com os pré-escolares durante a coleta de dados do estudo norteador do doutorado-sanduíche. Essa experiência facilitou o entendimento dos aspectos regionais que determinam o aprendizado simbólico das crianças, possibilitou observar as questões que envolvem a qualidade do ensino infantil e aprender estratégias que podem ser desenvolvidas no Brasil por enfermeiros, professores, pais e alunos para facilitar no aprendizado. É importante salientar que o estudo norteador foi desenvolvido nos diversos ambientes da cidade do Porto, locais representativos das várias sensibilidades sociais e culturais da região, o que também favoreceu no reconhecimento dos aspectos culturais e geográficos.
Como pude perceber, as aulas ministradas ajudaram no aprendizado dos sistemas e métodos que regem as escolas de enfermagem do Porto e de Aveiro. Enquanto os cursos frequentados favoreceram na expansão do conhecimento sobre pediatria e outras disciplinas, sendo um contributo para a atividade de docência, os eventos vividos noutras regiões foram essenciais para o relacionamento com profissionais do ensino e da assistência, facilitando a troca de experiências e contatos eletrônicos.
A meu ver, esta experiência pode ser citada como um estímulo para a qualificação do profissional enfermeiro na assistência de enfermagem e, particularmente, como pesquisador e docente, por ampliar conhecimentos e inseri-los no processo de cuidado comprometido com o avanço da profissão.
Diante da possibilidade histórica de mudança de paradigma na saúde, com a consequente humanização do ato de cuidar, cabe ao profissional enfermeiro o papel que o torna um ator muito importante na construção desse novo saber, e fica evidente que sua autonomia se concretiza a partir do "ser profissional" (a vontade do indivíduo para a ação). Este, por meio do seu conhecimento, pode compreender o paradigma vigente, porém de forma ampliada, habilitado a responder às questões: o que faço, para que faço, como faço e para quem?9.
Tal experiência teve profundas repercussões no meu amadurecimento psicológico, cultural e social. Agradeço, pois, o apoio e a assistência dos profissionais da CAPES, os quais atenderam prontamente a todas as minhas necessidades e, desse modo, facilitaram sobremodo minha estada.
Houve algumas dificuldades naturais do processo de adaptação ao novo ambiente e da formação profissional. Mas foram superadas ao longo do intercâmbio e, por isso, não merecem destaque.
REFERÊNCIAS
1. Ministério da Educação (BR). Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES. Estágio de Doutorando Balcão (sanduíche/sandwich). Brasília (DF); 2007. [citado 17 dez 2007]. Disponível em: http://www.capes.gov.br/bolsas/noexterior/estagio_doutorandobalcao.html.
2. Motta MCS. Intercâmbio científico [editorial]. Esc Anna Nery Rev Enferm 2006 dez;10(3):359-61.
3. Dantas RA. Validação de figuras e seleção de optótipos para uma escala optométrica. [dissertação de mestrado]. Fortaleza (CE): Faculdade de Enfermagem/ UFC; 2003.
4. Dantas RA. Validação de escala optométrica de figuras. [tese de doutorado]. Fortaleza (CE): Faculdade de Enfermagem/ UFC; 2006.
5. Polit DF, Beck CT, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5ª ed. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 2004.
6. Wilson D. Promoção da saúde do pré-escolar e de sua família. In: Hockenberry MJ, Wilson D, Winkelstein WW. Fundamentos de enfermagem pediátrica. 7ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2006.p.372-92.
7. Leininger MM, McFarland RM. Transcultural nursing: concepts, theories research and practice. 3rd ed. New York (USA): McGraw Hill; 2002.
8. Giger JN, Davidhizar R. Culturally competent care: emphasis on understanding the people of Afghanistan, Afghanistan Americans, and Islamic culture and religion. Int Nurs Rev 2002;49(2):79-86.
9. Bueno FMG, Queiroz MS. O enfermeiro e a construção da autonomia profissional no processo de cuidar. Rev Bras Enferm 2006;59(2):222-27.
Recebido em 13/03/2008
Reapresentado em 30/10/2008
Aprovado em 11/09/2008