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Volume 12, Número 3, Jul/Set - 2008

Fac-símile

 

"A enfermeira escolar e o seu objectivo"

 

 

Alexandra Schmitt RascheI; Maria da Soledade Simeão dos SantosII

IMestranda da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Professora Substituta do Departamento de Metodologia da Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Bolsista Nota 10 da FAPERJ. Membro do Núcleo de Pesquisa Educação e Saúde em Enfermagem NUPESENF
IIDoutora em Enfermagem. Professor Adjunto do Departamento de Metodologia da Enfermagem da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ. Membro da Diretoria do Núcleo de Pesquisa Educação e Saúde em Enfermagem - NUPESENF

 

 

Apresentação

O presente artigo "A ENFERMEIRA ESCOLAR E O SEU OBJETIVO", escrito pela enfermeira Edith Fraenkel em 1936 e publicado nos Annaes de Enfermagem, apresenta as principais atividades da enfermeira escolar, define suas funções e apresenta um programa para o curso de especialização em Enfermagem Escolar com os requisitos necessários para o exercício desta atividade. A autora considera que a enfermeira escolar constitui "parte integrante de qualquer organização educacional", sendo seu dever despertar o interesse para as questões de saúde, fazendo sentir o valor e a necessidade de conservá-la. Apresenta o campo de ação da enfermeira escolar como "vasto, o seu interesse se estende da escola ao lar e à comunidade". Entende que a enfermeira escolar contribui para a organização do programa de ensino, de forma a "assegurar o máximo de saúde e de contribuição inteligente por parte do escolar", salienta que nas atividades desempenhadas, a enfermeira escolar não entra somente em contato com o escolar, mas com toda a família, professores, médicos e "associações de assistência", servindo de elo de comunicação entre eles. Para Fraenkel, a enfermeira escolar, por sua experiência e conhecimento em enfermagem, deve atuar: na escola, no lar, na atividade de "profilaxia" e "com o público". Na escola, define como os objetivos a serem atingidos: o controle de doenças e de acompanhamentos de medidas antropométricas dos alunos; controle das condições sanitárias da escola e a cooperação com os professores nas aulas de higiene dentro dos programas de ensino. No lar: avaliação da situação familiar nos aspectos relacionados à saúde e planejamento de ações "para instrução dos pais" de forma a orientá-los "quanto aos hábitos de higiene e de vida". Na profilaxia: controlar a administração de vacinas e realizar o exame físico de todos os membros da família, encaminhando-os para assistência médica ou dentária quando necessário; "cooperar para saúde pública"; ser a ponte entre escola e lar para solução de problemas e dificuldades. E com o público, entende a enfermeira escolar como colaboradora do médico, membro do "círculo de pais" e participante de reuniões, conferências e congressos de higiene e educação. A autora, na conclusão do artigo, define a Enfermagem Escolar como uma especialização na Enfermagem. Afirma que, para sua "perfeita execução", torna-se necessário um curso teórico e prático por ser esta uma "delicadíssima missão". No curso teórico, os conteúdos desenvolvidos seriam: história, princípios fundamentais, organização, problemas e técnicas de saúde pública; também administração, legislação e objetivos da saúde pública; sociologia e, relativo à "criança normal", higiene mental e psicologia; pedagogia e a nutrição aplicada ao escolar. No curso prático, as atividades desenvolvidas seriam: enfermagem em saúde pública; enfermagem escolar em zona urbana e suburbana e a prática em assistência social.

 

 

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