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Volume 10, Número 3, Jul/Set - 2006

EDITORIAL

 

Intercâmbio científico

 

 

Maria Catarina Salvador da Motta

Professora do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública. Coordenadora de Extensão Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ

 

 

É impossível escrever este editorial sem recordar de todos os professores, estudantes, pacientes e funcionários com quem tive o privilégio de interagir na minha vida acadêmica e registrar sua importância. Não posso pensar em falar de intercâmbio científico sem mencionar a relevância de todos os atores envolvidos no processo de ensinar. Assim, a eles dedico este editorial.

O intercâmbio científico é aqui referido como uma forma de trocar informações, crenças, culturas, conhecimentos e, mais do que tudo, traduz-se em apoio profissional.

Especulava-se que, com o advento da rede mundial de computadores, o intercâmbio científico ganharia uma aliada de incalculável significância. E essa profecia se realizou. Hoje temos facilidade em desenvolver projetos científicos com praticamente todos os países do mundo. Vislumbrava-se ainda a tão sonhada aproximação da academia, serviço e comunidade. Assim, pergunto: por que isso ainda não ocorre de forma corriqueira? Quais os obstáculos para o desenvolvimento de pesquisas de interesse comum com participação efetiva dos envolvidos? As respostas para essas perguntas podem estar em nosso subconsciente e teimam em não serem reveladas.

Iniciativas são identificadas neste sentido, mas parecem ainda não ter alcançado o ponto ótimo de integração. Quero aqui citar como exemplo a política do Pólo de Educação Permanente, que trouxe a perspectiva de realizar essa integração, mas que parece não estar conseguindo avançar da forma esperada.

A verdade é que ainda hoje, em pleno século XXI, temos dificuldades para pôr em prática o intercâmbio científico envolvendo diferentes segmentos da comunidade.

Precisamos trabalhar com nosso aluno de graduação com o objetivo de tentar diminuir esta distância, inserindo sempre o serviço e comunidade nos nossos projetos de pesquisa. Refiro-me aqui à inserção desses segmentos em todas as fases do projeto: elaboração, coleta de dados, análise de dados e implementação dos achados. Impossível? Talvez, mas a participação pode se dar numa variedade de formas, das quais somente quem a almeja a vislumbra. Vale a pena investir!

Este número da Escola Anna Nery Revista de Enfermagem nos traz artigos que retratam com perfeição o intercâmbio científico aqui mencionado. Periódicos como esta Revista levam à comunidade acadêmica de enfermagem e áreas afins informações relevantes e, principalmente, têm a função de promover o intercâmbio científico. Ressalto aqui o brilhante empenho de toda a equipe no sentido de garantir o produto final.

Os artigos aqui publicados inserem-se: na Enfermagem extra-hospitalar-estado de alerta no corpo de bombeiros, e hospitalar-lazer, controle de infecções; nas questões que envolvem o trabalhador de enfermagem, incluindo a saúde ocupacional e o trabalho em saúde; na saúde do adolescente e saúde da mulher, durante o ciclo grávido-puerperal e depois dele. Por outro lado, outros artigos contemplam a História da Enfermagem, as políticas públicas no setor saúde; os clientes de enfermagem portadores de limitações motoras; a resilência; a Enfermagem na origem da Nutrição; a paralinguagem de paciente cirúrgico e a vacinação.

Tenho certeza que estes assuntos suscitarão o interesse de nossos colegas enfermeiros e espero que eles motivem o surgimento de outros artigos que revelem o intercâmbio científico no seu sentido amplo aqui discutido.

 

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