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Volume 8, Número 2, Mai/Ago - 2004

EDITORIAL

 

A viabilização dos periódicos da enfermagem: algumas reflexões

 

 

Margarethe Maria Santiago Rêgo

Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem e Obstetrícia, Professora Adjunta do Departamento de Enfermagem Médico-cirúrgica - EEAN/UFRJ

 

 

Atualmente é possível constatar que a Central de Eventos Científicos e Culturais da Escola de Enfermagem Anna Nery, como responsável pela produção da Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, sobrevive em meio à rede de obstáculos procedentes sobretudo do turbulento contexto social, político e econômico que se apresenta no Estado Brasileiro, bem como da incipiente valorização da Instituição Educacional Pública e de seus servidores.

E nesse contexto também sabemos que a Revista, nos seus sete anos de existência, passa por diferenciados desafios para assegurar a qualidade da sua produção científica frente aos dilemas contemporâneos. Acrescentamos ainda o fato de os enfermeiros assistenciais e docentes de enfermagem se depararem cotidianamente com significativos enfrentamentos para materializar seus desejos e suas necessidades de verem publicados seus artigos nessa Revista, frente, por exemplo, à demanda de carga horária laboral intensiva e extensiva, que pode dificultar a construção de uma produção científica individual e coletiva no âmbito institucional.

Desse modo, faz-se necessário construir e reconstruir caminhos politicamente inovadores e socializadores pautados na valorização da produção científica da enfermagem brasileira, na (re)criação de diretrizes otimizadoras de parcerias nacionais e internacionais e na oportunidade de contribuir permanentemente para a comunicação dos saberes, a apresentação de pesquisa e seus resultados e a descrição de reflexões de interesse para todos os profissionais de enfermagem.

Precisamos, então, reconhecer que a Revista revela-se absolutamente estratégica para contribuir na geração e divulgação de publicações que assegurem a difusão do conhecimento produzido no campo da enfermagem, na construção de pensamento crítico-reflexivo sobre as políticas públicas de saúde, na qualificação político-profissional e primordialmente para (re)afirmar a singularidade e identidade de uma profissão que é plena na arte de cuidar de seres humanos. E é por isso que ela se revela como um indicador de qualidade educacional, para promover o crescimento da profissão, favorecer a oportunidade da socialização dos achados científicos em enfermagem e fortalecer academicamente a própria instituição universitária.

Por essa vertente, cabe primeiramente destacar a vontade perseverante e o trabalho incessante de todos aqueles que dedicam parte da vida profissional para a produção de nossa Revista com responsabilidade e compromisso social. É preciso registrar que a equipe de trabalho da Revista é capaz de responder politicamente aos desafios impostos e garantir a credibilidade da produção científica da enfermagem aqui editorada.

No momento entendemos que a melhor, a mais estética e ética, a mais eficaz e eficiente ação emancipadora que se pode empreender para otimização de um instrumento de comunicação da Enfermagem é por meio de um movimento coletivo criativo, cooperativo, coerente e dinâmico para estimulação da produção científica da enfermagem. Mas para acontecer esse processo de melhorias contínuas é preciso que as pessoas aprendam a pensar e agir incessantemente com otimismo, com uma permanente autocrítica conscientizante, com autoconhecimento, responsabilidade e respeito mútuo.

Precisamos viver menos de contradições, de preconceitos, de buscas de "status", de conflitos improdutivos, de mal-estar e ansiedades próprias da pós-modernidade. Com certeza, a renovação de alguns pensamentos ideológicos e filosóficos projetados em valores culturais em torno de uma vida produtiva e saudável vai implicar em melhoria da qualidade das nossas produções gerais de enfermagem. Devemos agregar também o acompanhamento das mudanças econômicas, tecnológicas, culturais e do cotidiano para ampliar as oportunidades e possibilidades de pensar e implementar estudos relevantes sobre a intersecção enfermagem e sociedade, procurando aquilo que há de emergente, polêmico e inovador.

Nesse sentido, este número da Revista mostra o esforço empreendido por enfermeiros assistenciais e docentes de enfermagem para socializar conhecimentos e divulgar suas produções intelectuais à comunidade científica de enfermagem. Evidenciamos, então, que a maioria dos artigos apresentados neste número estão nas áreas de Enfermagem e Saúde da Mulher e em Enfermagem Hospitalar, surgindo ainda outros estudos na área de saúde mental, ética e formação profissional.

Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos os autores e leitores da Revista PAZ e Qualidade de Viver Enfermagem na trajetória histórica de vida de cada um.

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