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Escola Anna Nery Revista de Enfermagem Escola Anna Nery Revista de Enfermagem
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CAPES

Volume 20, Número 4, Out/Dez - 2016



DOI: 10.5935/1414-8145.20160103

PESQUISA

Sintomatologia osteomuscular e qualidade de vida de portadores de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho

Giselle Santana Dosea 1
Cristiane Costa da Cunha Oliveira 1
Sonia Oliveira Lima 1


1 Universidade Tiradentes. Aracaju, SE, Brasil

Recebido em 11/02/2016
Aprovado em 09/09/2016

Autor correspondente:
Giselle Santana Dosea
E-mail: giselledosea@hotmail.com

INTRODUÇÃO

Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as doenças relacionadas ao trabalho são aquelas que ocorrem como resultado de "uma exposição a fatores de risco subjacentes a uma atividade profissional"1. São consideradas como epidemias ocultas, que causam 2,02 milhões de mortes por ano, e representam prejuízos financeiros para as empresas e trabalhadores, bem como, para o desenvolvimento econômico dos países, já que há uma perda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial1.

Dentre as doenças que possuem forte associação com o trabalho, destacam-se os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), que agrupam diferentes doenças, em diversos segmentos corporais, e estão diretamente relacionadas com o movimento no trabalho, tendo em comum a expressão da dor, com intensidades variáveis2. Os fatores psicossociais relacionados ao ambiente de trabalho exercem um papel adicional no desenvolvimento dos DORT, com destaque para o trabalho monótono, controlado por pressões de produtividade, e com baixo apoio social. Os longos ciclos de trabalho, que demandavam uma variedade de movimentos, foram substituídos por máquinas em linhas de produção, manuseadas com ciclos mais curtos, porém com maior grau de tarefas e com esforços repetitivos e monótonos3.

A sintomatologia confere aos DORT sensações de dor, parestesia e fadiga, especialmente na região escapular e nos membros superiores, sendo muitas vezes acompanhados por lesões tendinosas, nervosas ou musculares4.

Assim, além do efeito direto sobre a saúde do trabalhador e a incapacidade para o trabalho, os DORT impõem um grande fardo socioeconômico devido ao uso extensivo de serviços de saúde, absenteísmo por doença, pensão de invalidez e perda de produtividade5.

Acredita-se que a relação entre saúde e doença no trabalho está diretamente relacionada à qualidade de vida (QV). Entende-se como QV "a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações"6. Assim, o conceito de QV é baseado em diferentes perspectivas, e está diretamente associado à saúde, tendo sido aproximado ao grau de satisfação do individuo em sua vida amorosa, familiar, social e ambiental7.

A forte associação entre os DORT e a QV se explica pela redução da capacidade laboral pela qual o trabalhador é exposto, o que repercute em sintomas psicossociais, como estados de isolamento, tristeza, angústia e depressão, além da sensação de impotência diante da doença. Os DORT causam sequelas, que vão desde a incapacidade para executar a atividade laboral precursora do distúrbio, até a execução de tarefas simples, de vida diária, como as atividades domésticas e de autocuidado5.

A avaliação da QV em portadores de doenças crônicas, como os DORT, tornou-se um dos objetivos da saúde pública, já que essa estratégia permite o aprimoramento de ações de prevenção e tratamento da doença, como forma de subsídio para as políticas públicas de saúde, pois há a possibilidade de avaliação do indivíduo como um ser social, a partir de aspectos físicos, mentais e sociais8.

Tendo em vista a relevância dos DORT no âmbito da saúde, e os impactos que a doença pode levar à sociedade, o objetivo deste estudo foi analisar, a partir de um perfil ocupacional, os aspectos da sintomatologia osteomuscular, e da QV de trabalhadores notificados como portadores deste distúrbio no estado de Sergipe.

Assim, esta pesquisa torna-se relevante no âmbito da saúde do trabalhador, pois utiliza como instrumento de pesquisa de qualidade de vida e sintomas osteomusculares, a entrevista individual de trabalhadores, o que reforça a qualidade dos dados obtidos.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo do tipo série de casos com abordagem quantitativa, realizado entre os meses de julho/2013 e julho/2014. A amostra foi composta por trabalhadores, comprovadamente portadores de DORT, referenciados nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) do estado de Sergipe, localizados nas regionais Aracaju, Lagarto e Canindé de São Francisco, no ano de 2013. Todos os trabalhadores referenciados nos CEREST foram incluídos na pesquisa. Os que aceitaram participar voluntariamente, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado com base nas premissas da Plataforma Brasil, ao qual este projeto foi submetido, tendo sido aprovado com o Parecer nº 392.883. Os métodos propostos buscaram investigar os casos notificados de DORT no estado de Sergipe, tendo como desfecho a avaliação da QV destes indivíduos.

Pelo fato de possuírem informações norteadoras para identificação dos participantes e para a caracterização ocupacional da amostra, como dados pessoais, ocupação, diagnóstico específico, carga horária de trabalho e possibilidade de pausas laborais, utilizou-se como fonte de dados as Fichas de Investigação de Doenças Relacionadas ao Trabalho, que são utilizadas pelo Ministério da Saúde, como base para a notificação dos casos de DORT no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Após a identificação, os trabalhadores que aderiram à pesquisa foram abordados individualmente, em suas residências, por pesquisadores treinados, para a aplicação dos instrumentos de pesquisa: o questionário para avaliação da QV, Short Form-36 (SF-36), e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). O SF-36 foi traduzido e validado para o Brasil em 1999, e contém 11 questões, com 36 itens, que compõem oito domínios agrupados em componentes físicos (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde), e mentais (vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental), com uma questão de comparação entre a percepção atual de saúde e há um ano. As variáveis são avaliadas através de um escore para cada domínio, que varia de 0 a 100, sendo 0 o pior e 100, o melhor9. Os domínios foram classificados de modo que valores acima de 70 indicam QV ideal, ou alta; e abaixo desse valor indicam QV não ideal, ou baixa10.

O QNSO, é um questionário que teve sua versão traduzida e validada para português no ano de 200211, e consiste em questões de escolhas múltiplas ou binárias, que dissertam quanto à ocorrência de sintomas osteomusculares nas diversas regiões anatômicas nas quais são mais comuns (pescoço, ombros, braços, cotovelo, antebraço, punho, mãos/dedos, coluna dorsal e lombar, quadril e membros inferiores). Seguindo os critérios do autor, cada voluntário respondeu ao questionário considerando os 12 meses e os sete dias precedentes à avaliação, bem como relatou a ocorrência de afastamento das atividades de rotina no último ano4,11.

No QNSO há ainda uma seção que permite a medida das variáveis demográficas (sexo, idade, peso, altura, número de dependentes menores, estado civil), ocupacionais (preferência manual, função, tempo de exercício da atividade, duração da jornada de trabalho) e hábitos e estilo de vida (tabagismo, exercício de outra atividade profissional), além da variável "carga de risco não ocupacional", que avalia se o indivíduo está exposto a fatores de risco para as doenças osteomusculares resultantes de causas alheias ao trabalho. Além destas, há uma questão com o objetivo de investigar a percepção do sujeito quanto à associação entre os sintomas e o exercício da atividade profissional.

A mensuração da severidade dos sintomas é avaliada através de índices em cada região anatômica, variando entre 0 e 4, em que 0 representa a ausência de sintomas; o índice 1 significa relato de sintomas nos 12 meses precedentes ou nos sete dias precedentes; índice 2, para relatos de sintomas nos 12 meses e nos sete dias precedentes; índice 3, quando há relato de sintomas nos sete dias ou nos 12 meses precedentes e afastamento das atividades; índice 4, para os registros de sintomas nos 12 meses e nos sete dias precedentes e afastamento das atividades. Estes índices são apresentados através de cálculos de média e desvio padrão7.

Métodos estatísticos

A análise estatística foi realizada com distribuição de frequência das variáveis sócio-ocupacionais dos participantes. Foram calculadas as médias de cada domínio e o escore total de QV. As variáveis do QNSO foram analisadas através de estatísticas descritivas (média, desvio-padrão, frequência simples e percentagem). Os escores oferecem o grau de severidade; quanto maior a média (mais próximo do valor máximo - 4), maior a severidade, ou seja, a gravidade, dos sintomas. Para verificar a associação entre o QNSO, o SF36, e as variáveis ocupacionais, foram feitos os testes não paramétricos Mann-Whitney e Kruskal Wallis com significância de 95%, pois devido ao pequeno número de participantes não havia possibilidade de realizar comparação de médias através dos testes paramétricos Teste T ou Anova. Para verificar diferença entre as proporções, no caso das variáveis categóricas, foi utilizado o teste qui-quadrado com nível de significância mantido em 0,05.

RESULTADOS

A análise das fichas de notificação revelou que, em 2013, foram notificados 56 casos de DORT em Sergipe (51 em Aracaju, 4 em Canindé do São Francisco e 1 em Lagarto). No entanto, houve uma perda aleatória da amostra, já que os questionários foram aplicados a 39 indivíduos, o que representa 69,64% do total. Dos 17 (30,36%) trabalhadores restantes, 4 (23,53%), não foram localizados pelos pesquisadores, e 13 (76,47%), não aceitaram participar da pesquisa. A partir das fichas, foi traçado o perfil sociodemográfico e ocupacional dos indivíduos. A média de idade foi de 43,33 anos (±11,03); 79,5% dos indivíduos eram do sexo feminino; 69,2% dos trabalhadores tinham como escolaridade o nível médio, 15,4% tinham nível fundamental e o mesmo quantitativo tinha o nível superior; 92,3% tinham apenas uma profissão; 97,4% tinham uma carga horária de trabalho maior que oito horas diárias; 89,7% não faziam pausas durante a jornada; e 92,6% não possuíam o fator carga de risco não ocupacional. Os segmentos corporais acometidos com maior prevalência foram os membros superiores (87,2%); e a maior parte dos trabalhadores (87,2%) afirmou a relação entre os sintomas dolorosos e o trabalho; ao passo que todos se reconheceram como portadores de DORT. Houve afastamento do trabalho em 87,9% dos casos, e redução da carga horária de 76,9% dos trabalhadores.

Foram encontradas 30 profissões diferentes entre os participantes da pesquisa, todas relacionadas ao setor de serviços, como comércio, limpeza, construção civil, alimentação, informática e saúde.

Avaliação dos sintomas osteomusculares e da QV

A variável que aborda o índice de severidade dos sintomas foi descrita através da média e desvio padrão dos sintomas por região anatômica do corpo. Quanto à avaliação da QV, através do questionário SF36, foi realizada a média, desvio padrão e o escore total dos domínios (Tabela 1).

Tabela 1. Análise descritiva do padrão de severidade dos sintomas e dos domínios de qualidade de vida (SF-36) dos trabalhadores portadores de DORT - CEREST-SE (2013)
Padrão de severidade dos sintomas por região anatômica Média Desvio Padrão
Cervical 2,28 1,57
Ombros 2,51 1,65
Braços 2,00 1,79
Cotovelos 2,05 1,77
Antebraços 1,69 1,74
Punhos 2,23 1,79
Região Dorsal 0,90 1,50
Região Lombar 1,62 1,74
Membros Inferiores 1,49 1,65
Domínios do SF-36 Média Desvio Padrão
Limitação por Aspectos emocionais 23,07 35,17
Limitação por Aspectos físicos 23,20 31,52
Aspectos sociais 53,52 33,31
Capacidade funcional 48,33 25,37
Dor 25,55 20,76
Estado de saúde 29,44 21,62
Saúde mental 49,02 24,42
Vitalidade 45,70 28,55
Escore total 298,10 130,47
Tabela 1. Análise descritiva do padrão de severidade dos sintomas e dos domínios de qualidade de vida (SF-36) dos trabalhadores portadores de DORT - CEREST-SE (2013)

Em relação à percepção da saúde, apenas 1 (2,6%) voluntário relatou que sua saúde está "muito melhor", 8 (20,5%) voluntários relataram que sua saúde está "um pouco melhor", 14 (35,9%), afirmaram que está "quase a mesma", 10 (25,6%) afirmaram estar "muito pior", e 6 (15,4%), responderam "um pouco pior".

As médias dos domínios de QV do SF-36 foram comparadas, através do Teste Kruskal Wallis (p < 0,05%), para as variáveis ocupacionais (local da doença, carga horária e pausas) e para os aspectos sociodemográficos (faixa etária e escolaridade) e o teste de Mann Whitney para a variável sexo. Os resultados foram significativos na relação entre o Sexo e os domínios Aspectos Sociais, Vitalidade, e o Escore Total, onde os homens apresentaram maiores médias; na relação entre Escolaridade, Capacidade Funcional e Aspectos Emocionais, nas quais os indivíduos de nível superior e médio apresentaram as maiores médias, respectivamente; e entre Faixa Etária e Aspectos Emocionais, quando observou-se que os sujeitos acima de 45 anos apresentaram as maiores médias (Tabela 2).

Tabela 2. Comparação de médias entre domínios do SF36 de acordo com os aspectos sociodemográficos dos portadores de DORT - CEREST-SE (2013)
Domínios Sexo Média do Rank p *
Escore Total Masculino = 27,63 Feminino = 13,03 0,030
Aspectos Sociais Masculino = 31,44 Feminino = 17,05 0,000
Vitalidade Masculino = 27,63 Feminino = 13,03 0,020
  Escolaridade (Média do Rank) p **
Capacidade Funcional Fundamental = 26,42 Médio = 16,85 Nível Superior = 27,75 0,030
Limitação por Aspectos Emocionais Fundamental = 29,33 Médio = 19,59 Nível Superior = 12,50 0,010
  Faixa Etária (Média do Rank) p **
Limitação por Aspectos Emocionais 24-34 anos = 12,5 35-45 anos = 18,15 > 45 anos = 24,78 0,010

* Testes de Mann-Whitney;

** KruskallWalls (p > 0,05).

Tabela 2. Comparação de médias entre domínios do SF36 de acordo com os aspectos sociodemográficos dos portadores de DORT - CEREST-SE (2013)

Avaliação da severidade dos sintomas osteomusculares em relação às variáveis sociodemográficas e ocupacionais

A avaliação entre a severidade dos sintomas e as variáveis sociodemográficas e ocupacionais revelou que houve relação significativa apenas entre a variável sexo e os índices de severidade em braços, cotovelos, antebraços e punhos (Tabela 3). Observou-se, nesta tabela, que as mulheres apresentam maiores médias, quando comparadas aos homens.

Tabela 3. Avaliação entre a severidade dos sintomas de acordo com o sexo dos trabalhadores do CEREST-SE (2013)
Índice de severidade dos seguimentos corporais Sexo (Média do Rank) p
Índice de severidade/Braços Masculino = 11,88 Feminino = 23,10 0,010
Índice de severidade/Cotovelos Masculino = 11,69 Feminino = 22,15 0,030
Índice de severidade/Antebraços Masculino = 13,19 Feminino = 21,76 0,040
Índice de severidade/Punhos Masculino = 13,06 Feminino = 21,79 0,030
Tabela 3. Avaliação entre a severidade dos sintomas de acordo com o sexo dos trabalhadores do CEREST-SE (2013)

Avaliação da Severidade dos sintomas osteomusculares em relação à Qualidade de Vida

A análise comparativa entre o SF36 e o QNSO foi realizada através dos domínios do SF 36, com os índices de severidade dos sintomas em cada região do corpo. Foi utilizado o teste Mann-Whitney, com significância de 0,05 (Tabela 4). Foram encontradas diferenças significativas do índice de severidade dos punhos, apenas em relação ao baixo nível do domínio Vitalidade. Também foi possível visualizar diferenças significativas entre a severidade dos ombros, em relação aos níveis baixos dos domínios Capacidade Funcional e Aspectos Físicos.

Tabela 4. A análise de comparação de médias do índice de severidade dos sintomas de acordo com os domínios do SF-36 nos trabalhadores do CEREST-SE (2013)
Índice de severidade dos seguimentos corporais Domínios do SF-36 (Média do Rank) p
Índice de severidade/Punhos Vitalidade baixa = 22 Vitalidade alta = 12,25 0,010*
Índice de severidade/Ombros Capacidade Funcional baixa = 22,19 Capacidade Funcional alta = 12,50 0,010*
Índice de severidade/Ombros Aspectos Físicos baixo = 21,5 Aspectos Físicos alto = 9,90 0,020*

* Teste Mann-Whitney (p > 0,05).

Tabela 4. A análise de comparação de médias do índice de severidade dos sintomas de acordo com os domínios do SF-36 nos trabalhadores do CEREST-SE (2013)

DISCUSSÃO

Neste estudo, observou-se que o maior índice de severidade foi encontrado na região dos ombros (2,51), seguido dos punhos (2,23). Estes resultados não corroboram um estudo anterior11, que encontrou índices abaixo de 1 para todas as regiões anatômicas. Porém, vale ressaltar que a pesquisa feita analisou empregados de um banco, com média de idade de 39 ± (6,1) anos, ressaltando-se aí, apenas uma categoria profissional, o que favorece a divergência entre os resultados, já que neste estudo, analisou-se trabalhadores de categorias diversas, embora de faixa etária semelhante.

Além disso, no estudo citado11, os indivíduos não estavam afastados do trabalho, o que possivelmente foi responsável por índices menores, quando comparado aos do presente estudo, em que, conforme observado na coleta de dados ocupacionais, 87,9% dos trabalhadores não estavam em atividade laboral. Vale considerar o chamado "efeito do trabalhador sadio"12, que pode ser encontrado na pesquisa anterior, levando-se em consideração que o trabalhador que não se afasta das atividades laborais, provavelmente encontra-se mais sadio quando comparado ao que se ausenta.

Na análise de relação entre a severidade dos sintomas e os aspectos sociodemográficos e ocupacionais dos participantes, os resultados foram significativos apenas para a variável sexo, e o índice de severidade em todos os segmentos dos membros superiores, exceto ombros. Sabe-se que a maior prevalência dos DORT está relacionada à região superior do corpo, com destaque para os membros superiores. A sintomatologia nestas regiões estaria diretamente relacionada à ergonomia de trabalho13. As dores nos membros superiores são muito comuns, com uma prevalência, na população geral mundial, de até 47%14.

Acredita-se, ainda, que as mulheres componham um público mais suscetível aos DORT, pois possuem menor quantidade de fibras musculares, o que reduz sua força muscular em 33%, quando comparadas a um homem; isso diminui a capacidade de armazenamento de energia, que, consequentemente, faz com que o músculo entre em fadiga mais rápido15.

Deve-se atentar também para o fato de que, em 92,3% da amostra, foi encontrado o fator "carga de risco não ocupacional", o que demonstra que a maioria dos participantes realiza atividades, especialmente relacionadas aos membros superiores, que podem agravar os sintomas do distúrbio. No entanto, acredita-se que este fator não descaracterize a relação trabalho e doença, visto que, outras questões, como a elevada carga horária de trabalho e a ausência de pausas, também foram encontradas nesta pesquisa. Além disso, este resultado também está relacionado ao caráter de cronicidade da doença, que implica na limitação para execução da atividade laboral causadora da doença, bem como qualquer outra atividade de vida diária16,17.

A maioria dos participantes da pesquisa (87,2%) relatou que seu diagnóstico teria relação direta com o trabalho. Disto, infere-se que o trabalhador acredita na relação trabalho e doença, o que reduz a possibilidade de negligência em relação aos sintomas. A negativa da relação entre o adoecimento e o trabalho, traz graves consequências à saúde do indivíduo, pois isto expõe o mesmo a diagnósticos incorretos e tratamentos sem eficácia14.

Nesta pesquisa, 89,7% dos trabalhadores pesquisados relataram ter se afastado do trabalho devido aos sintomas de DORT. Esse, pode ser considerado como um fator que denota a cronicidade da doença. A dificuldade de retorno ao trabalho está relacionada às limitações funcionais características do distúrbio, bem como à carência de programas de reabilitação profissional eficientes, e à falta de interligação entre os diferentes níveis administrativos e políticos18.

O fato de os trabalhadores relatarem não terem reduzido o tempo de trabalho devido a dor pode representar uma demanda por produtividade imposta pelas empresas. O profissional tem medo do desemprego, e, com isso, tenta se "adaptar" aos problemas de saúde, convivendo com eles, sem prejudicar a jornada de trabalho19.

A falta de associação da severidade dos sintomas dos segmentos corporais com as demais variáveis sociodemográficas e ocupacionais também foi relatada por outros autores. No entanto, quanto maior a carga horária de trabalho, maior a quantidade de movimentos repetitivos e menor é o tempo de recuperação muscular, sendo assim, maiores são as chances de lesões osteomusculares20-22.

A análise da QV perpassa diversos aspectos, e sua definição não é uniforme. A QV diferencia-se do estado de saúde por dimensões como saúde mental, função física e função social, que estão entrelaçadas e, de maneira subjetiva, determinam padrões de conforto e tolerância23.

Neste estudo, os resultados revelaram baixas médias em todos os domínios. O menor índice foi no domínio Aspectos Emocionais (23,07); e o maior, no domínio Aspectos Sociais (53,52). Quanto ao escore total da QV, que pode variar de 0 a 800, observou-se também uma média baixa (298,10), o que indica que, no geral, os portadores de DORT avaliados apresentaram baixa QV. Vale ressaltar que 14 trabalhadores elegíveis para a participação da pesquisa recusaram-se a fazê-la. Pode-se inferir que os participantes do estudo sejam justamente os indivíduos com os piores aspectos de QV.

Na QV está incluída a presença ou não de morbidades, porém este fator não é o único a ser observado. A análise dos baixos escores, de todos os domínios do SF-36, implica que a QV está relacionada à saúde, mas também se refere ao modo como o indivíduo percebe seu estado geral de saúde, e o quanto física, psicológica e socialmente, suas atividades do cotidiano estão sendo afetadas. A QV afeta de maneira direta o relacionamento com a família e amigos, bem como a vida social do indivíduo9,24.

Na análise entre os domínios do SF-36 e os aspectos sociodemográficos e ocupacionais, foi encontrada diferença estatisticamente significativa na relação entre o sexo e os domínios referentes aos aspectos sociais, à vitalidade e ao escore total. As médias de QV nos portadores de DORT foram maiores nos homens que nas mulheres, o que poderia revelar que a vida social do homem é menos afetada que a da mulher; e que o homem ainda se sente mais disposto para realizar suas atividades da vida diária, mesmo quando se encontra acometido pelos DORT. Este resultado pode ser comparado a outro estudo25, que analisou a QV, através do SF-36, e sua relação com aspectos ocupacionais, em magistrados brasileiros, e encontraram que as mulheres apresentam, no geral, menores escores, quando comparadas aos homens.

Acredita-se que a relação entre o Escore total de QV, o domínio Aspectos Sociais e a Vitalidade, com o sexo feminino, pode estar ligado a características comuns ao universo feminino, já que as diferenças biológicas em relação aos homens, e os novos papéis assumidos na sociedade, promovem um acúmulo de responsabilidades e funções, o que poderia excluir a trabalhadora do convívio social, bem como promover uma redução da sua vitalidade26. Além da dor, a incerteza quanto ao futuro de suas habilidades físicas e ao resultado dos tratamentos, fazem as trabalhadoras vivenciarem um forte sentimento de angústia5.

Os níveis de escolaridade apresentam diferenças significativas na QV dos indivíduos pesquisados, quanto aos domínios Capacidade Funcional e Limitação por Aspectos Emocionais. A partir deste resultado, pode-se inferir que os trabalhadores com nível de escolaridade superior foram menos afetados pela doença, do ponto de vista funcional, em relação aos indivíduos com menor nível educacional. Este resultado pode estar relacionado ao tipo de profissão de cada voluntário, pois os que possuem nível superior geralmente ocupam postos de trabalho em que são menos expostos a fatores como falta de ergonomia, repetitividade e excesso de carga. No entanto, observa-se que os trabalhadores com nível fundamental possuíam melhores médias no domínio Capacidade Funcional que os de nível médio, sendo ainda inconclusiva a explicação para esse resultado.

Observou-se neste estudo, entretanto, que houve associação significativa entre o nível de Escolaridade e Limitação por Aspectos Emocionais. Isso significa que as pessoas com menor nível de escolaridade (ensino fundamental) são menos afetadas emocionalmente pela doença, ou seja, possuem maior controle emocional diante de tantas limitações impostas pelos DORT, que aquelas que possuem o nível médio e nível superior. Neste sentido, os resultados divergem parcialmente do estudo de um estudo anterior no qual os autores afirmaram que o nível de escolaridade estaria diretamente relacionado com a QV dos indivíduos26. Ao que parece, as pessoas que possuem apenas o ensino fundamental se encontram mais conformadas em comparação àquelas de nível de escolaridade maior. Talvez exista uma maior ansiedade quanto às expectativas de desempenho no trabalho para esse grupo em relação ao de menor nível educacional, e isso possa afetá-los emocionalmente.

Neste estudo, a média de idade de 43,33 anos (± 11,03) representa um fator discutido por Houvet e Obert2, quando há a afirmação de que, em casos de DORT, a idade está relacionada à exposição acumulada a agentes nocivos nos postos de trabalho, além de, claro, ter uma relação direta com a redução fisiológica das capacidades funcionais.

Além disso, observou-se que os indivíduos com mais de 45 anos foram menos afetados emocionalmente que os indivíduos mais jovens. Este resultado não corrobora outro estudo27, que afirmou não haver consenso na literatura sobre a relação entre QV e idade, acreditando-se que o fator mais próximo desta relação é a condição física de cada indivíduo. No entanto, outra pesquisa relatou que indivíduos mais velhos também possuiriam uma capacidade maior de resiliência, da mesma forma que as mulheres, o que poderia ser um fator a explicar os melhores escores na faixa etária de indivíduos acima dos 45 anos28.

Outro domínio a ser mencionado é a Dor. Mesmo não sendo encontrada nenhuma relação significativa entre este e os aspetos sociodemográficos e ocupacionais, pode-se inferir uma relação íntima entre a Dor e perda da QV. A dor é um sintoma invisível, e isso poderia fazer com que o seu relato gerasse desconfiança por parte dos colegas e dos gestores, pois ainda persiste a ideia de que o trabalhador possa estar fingindo a doença para se afastar do trabalho29.

Esse quadro de incapacidade, que parte do trabalho, atinge a vida pessoal do profissional, e que faz com que haja uma redução da QV do indivíduo, tem sido apontado pela literatura29. Além disso, os portadores do DORT sentem-se indivíduos impotentes, tornando-se deprimidos e angustiados30. Numa pesquisa sobre a QV da população brasileira, afirmou-se que as pessoas que confirmaram ser portadoras de alguma doença crônica, obtiveram menores médias de QV que os demais participantes31. Isso reafirma a ideia de que os portadores de DORT são, no geral, pessoas com baixa QV.

O fato de não haver diferenças significativas entre as médias de QV e os demais aspectos sociodemográficos e ocupacionais dos pesquisados, pode sugerir que a QV com escore de nível considerado baixo está presente de maneira uniforme nestes aspectos da amostra. Em outro estudo também não houve relato de diferença significante na comparação de média dos níveis da QV com sexo. No entanto, houveram escores muito semelhantes de QV em faixas etárias diferentes, o que poderia significar que outros aspectos, que não somente a idade, pudessem interferir na QV dos indivíduos7.

O fato de apenas um sujeito relatar que sua saúde estaria "muito melhor" que há um ano, associa-se ao caráter crônico da doença e suas implicações emocionais, pois, para Maeno et al.16 e Filho, Michels e Sell17, os DORT possuem um forte caráter de cronicidade, o que implica na limitação para exercer a atividade laboral causadora da doença, bem como qualquer outra atividade de vida diária.

Notou-se, também, a associação entre o índice de severidade de segmentos dos membros superiores (ombros e punhos), e 3 domínios de QV, sendo 2 deles relacionados aos componentes físicos (Capacidade Funcional e Aspectos Físicos), e 1 relacionado aos componentes mentais (Vitalidade). Esses segmentos corporais comprometidos pela dor crônica provavelmente levam ao afastamento do trabalho e ao comprometimento dos componentes físico e mental da QV.

O componente mental foi muito afetado pelos sintomas encontrados em segmentos da região superior do corpo, como ombros e braços. Em portadores de dor crônica, pesquisas encontraram relação significativa entre as reduzidas médias de qualidade de vida e a redução da função física dos indivíduos32,33.

Apesar de não terem sido encontrados associações entre todos os domínios de QV e a severidade, acredita-se que os baixos escores do SF-36 estão também relacionados à principal característica dos DORT, a dor, que está presente em pelo menos um dos segmentos corporais descritos anteriormente e que, consequentemente, é também a responsável pelos afastamentos relatados pelos voluntários deste estudo. A dor, um dos principais sintomas dos DORT, é causa de sofrimento humano, e leva a disfunções físicas e psicossociais nos indivíduos, o que, como consequência, reduz sua QV34. Esses fatores afetam desde o desempenho no trabalho, até as relações sociais e familiares. Fazer uma relação entre o grau de severidade de determinado segmento corporal e o quanto ele altera determinada dimensão de QV pode ser prematuro, pois a incapacidade e modo de enfrentamento da doença são características individuais.

A personalidade pode interferir nas formas de enfrentamento dos DORT. Uma situação de desordem ocupacional, que para um indivíduo pode ser considerada de fácil superação, para outro, pode ser encarada como estressante e desconfortável35. Sendo assim, a resiliência diante da adversidade pode influenciar na severidade dos sintomas, e, consequentemente, na QV dos indivíduos. Ressalta-se, também, que os trabalhadores que passam por longos períodos de afastamento do trabalho, possuem menor perspectiva de futuro profissional, o que afeta também suas relações na vida privada19.

Através desta pesquisa, foi possível verificar que foram notificados apenas 56 casos de DORT em Sergipe no ano de 2013. Este resultado revela que houve uma subnotificação dos dados. A responsabilidade do Estado sobre a saúde do trabalhador é historicamente fragmentada36. Há órgãos relacionados ao trabalho e emprego, à previdência social e à saúde que possuem diversas atribuições, mas que muitas vezes não se interligam de maneira eficiente. Isso faz com que o resultado final seja deficiente para o trabalhador, pois dificulta possíveis avanços na área. Torna-se essencial a atuação mais direta da Atenção Básica, pois o crescimento do trabalho informal faz com que os trabalhadores não tenham vínculos formais com o sistema da Previdência Social, ou com o Ministério do Trabalho, devendo, portanto, serem assimilados pela rede assistencial da Atenção Básica37.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa possuiu limites metodológicos relacionados ao reduzido número de indivíduos da amostra. No entanto, ainda assim, foi possível atingir os objetivos do estudo, através da análise do perfil ocupacional, da sintomatologia osteomuscular e da QV da maioria dos trabalhadores notificados como portadores de DORT no estado de Sergipe. A QV do portador de DORT é claramente reduzida, embora sua relação com a sintomatologia da doença necessite de novas investigações.

Sugerem-se novas pesquisas, que abranjam um contingente maior de indivíduos, divididos em grupos homogêneos de idade, sexo e profissão, na tentativa de proporcionar uma melhor avaliação da relação entre os sintomas dos DORT e qualidade de vida dos trabalhadores.

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