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A cartografia na enfermagem: uma proposta de abordagem metodológica

Paula Regina Virginio Moraes de Catrib; Isabel Cristina dos Santos Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 399 - 405

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Trata-se de um relato de experiência que tem por objetivo descrever a aplicação da cartografia na coleta de dados de uma tese de doutorado, cujo objeto de estudo trata das estratégias da equipe de enfermagem para a criança hospitalizada com doenças infecciosas e parasitárias. O texto aborda a técnica da geografia-cartografia e sua utilização nos estudos de enfermagem, e também sua aplicação. Essa técnica possibilita a construção de um saber, caracterizando os sistemas de ações que dão movimento e que mapeiam o espaço. Ela propicia uma leitura sobre o quadro das práticas e das realidades, e também o entendimento das especialidades, revelando-se em um processo com significado para uma leitura social do mundo. A realização de pesquisas de enfermagem que utilizam a cartografia ainda é muito escassa; porém, acredita-se que a cartografia possa colaborar para a construção de um saber, caracterizando os sistemas de ações que dão movimento e que mapeiam o espaço.

Palavras-chave: Cartografia. Pesquisa Qualitativa. Enfermagem. Criança Hospitalizada

 

A violência de gênero e o processo saúde-doença das mulheres

Rebeca Nunes Guedes I; Ana Tereza Medeiros Cavalcanti da Silva II; Rosa Maria Godoy Serpa da Fonseca III

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 625 - 631

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Trata-se de um estudo que teve como objetivo compreender e analisar as repercussões da violência conjugal no processo saúde-doença das mulheres. È resultado da reanálise do material obtido em uma investigação por meio de entrevistas com mulheres em situação de violência e de denúncia, na Delegacia da Mulher no Município de João Pessoa - PB. A análise dos discursos evidenciou que a violência conjugal é um fenômeno social recorrente e multifacetado que influencia significativamente a saúde das mulheres que a vivenciam. Seu enfrentamento exige dos profissionais de saúde o reconhecimento de que a violência é um problema de saúde coletiva que perpassa todas as dimensões das relações sociais, cujas raízes encontram-se nas desigualdades de gênero. Tal fenômeno necessita de ser captado, compreendido e combatido em todas as dimensões da realidade social.

Palavras-chave: Violência contra a Mulher. Gênero e Saúde. Violência Doméstica. Processo Saúde-Doença

 

Análise das respostas comportamentais ao câncer de mama utilizando o modelo adaptativo de Roy

Letícia Rosa Santos1; Glaucia Batista Tavares2; Paula Elaine Diniz dos Reis3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 459 - 465

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O estudo analisa as respostas comportamentais das mulheres durante o tratamento do câncer de mama utilizando o Modelo de Adaptação de Roy. Estudos demonstram que o câncer e sua terapêutica podem gerar estímulos que irão interferir na sexualidade. Conhecer os mecanismos de enfrentamento destas mulheres deve ser uma preocupação dos profissionais que prestam assistência, para que se possa oferecer o cuidado integral. Trata-se de pesquisa qualitativa na qual foi realizada entrevista semiestruturada com cinco mulheres sexualmente ativas. Foram identificados problemas de adaptação nos modos relacionados ao autoconceito, desempenho de papéis e interdependência. Contudo, essas mulheres puderam superar tal situação e melhorar a adaptação à sua nova condição. Conclui-se que a utilização do modelo de adaptação de Roy foi apropriada, pois permitiu apreender as alterações relacionadas aos modos adaptativos e visualizar de forma concreta quais os focos para as intervenções de enfermagem.

Palavras-chave: Neoplasias de mama. Teoria de enfermagem. Modelos de enfermagem. Adaptação.

 

Câncer de colo uterino: caracterização das mulheres em um município do sul do Brasil

Marilu Correa Soares; Silvana Martins Mishima; Sonia Maria Könzgen Meincke; Giovana Paula Rezende Simino

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 90 - 96

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Este estudo objetivou identificar e analisar características socioeconômicas, comportamentais e biológicas de mulheres com câncer de colo uterino que utilizaram os serviços públicos de saúde em um município do sul do Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo com vinte mulheres com diagnóstico de câncer de colo uterino. A pesquisa teve como suporte teórico a integralidade da atenção à saúde. Para coleta dos dados, utilizamos as informações do Sistema de Informações do Câncer do Colo do Útero e entrevista semiestruturada. Foram identificadas características de faixa etária, escolaridade, frequência à consulta médica e intervalo de realização do exame preventivo. Os achados mostram que as mulheres ainda apresentam dificuldade em considerar a importância do pré-câncer para detecção precoce e prevenção do câncer de colo uterino. O desafio para o alcance da integralidade está na necessidade de repensar saberes e práticas profissionais no cuidado às mulheres, independente do motivo que as levou ao serviço de saúde.

Palavras-chave: Enfermagem. Neoplasias do Colo do Útero. Saúde da Mulher. Serviços de Saúde Comunitária. Assistência Integral à Saúde

 

Conhecimento, atitude e práticas na prevenção do câncer de colo uterino e hpv em adolescentes

Ferla Maria Simas Bastos Cirino; Lúcia Yasuko Izumi Nichiata; Ana Luiza Vilela Borges

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 126 - 134

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O início sexual cada vez mais cedo propicia alta vulnerabilidade da adolescente a problemas da esfera sexual/reprodutiva, incluindo o câncer de colo uterino e a infecção pelo HPV. O presente estudo teve como objetivo identificar o conhecimento, atitude e prática na prevenção do câncer de colo uterino e infecção pelo HPV na população adolescente e avaliar as situações que as tornam vulneráveis. Trata-se de estudo transversal realizado em uma escola pública de São Paulo com 134 adolescentes entre 14 e 19 anos. Verificou-se idade de iniciação sexual aos 14,8 anos em média. Grande parte das adolescentes não apresentou conhecimento adequado sobre a prevenção desta neoplasia. A adesão ao Papanicolaou também se mostrou baixa. As estatísticas justificam a inserção da adolescente nos programas de detecção deste câncer. É preciso haver investimentos na educação sexual nas instituições de ensino e associar campanhas de Papanicolaou com atividades educativas, com enfoque adequado e linguagem apropriada.

Palavras-chave: Adolescente. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Esfregaço Vaginal. Neoplasias do Colo do Útero

 

Construindo uma linguagem (in) comum em mulheres vítimas de violência conjugal

Yolanda Elizabeth Rodríguez de GuzmánI; Maria Antonieta Rubio TyrrellII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 679 - 684

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O estudo de natureza qualitativa teve como objetivo analisar as concepções de violência conjugal das mulheres que sofrem esse fenômeno social. Foi realizado no Centro "Emergência Mulher" (CEM), instituição estatal do Ministério da Mulher e Desenvolvimento Social (MINDES) na cidade de Trujillo, Perú. O método utilizado foi a história de vida, que permitiu obter relatos de dez mulheres que denunciavam a violência perpetrada pelos seus companheiros. A análise temática das histórias de vida caracterizou uma linguagem (in)comum que contém simbolismos associados à ética, estética e moral; conceitua também a violência como doença crônica, geracional e como estado de mal-estar.

Palavras-chave: Violência Doméstica. Saúde da Mulher. Política de Saúde. Enfermagem Familiar

 

Deficiente visual: Avaliação de risco para acidente doméstico

Lorita Marlena Freitag Pagliuca1; Nágela Maria Costa2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1999; 3(2): 97 - 106

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A arquitetura e ambientação domésticas devem proporcionar conforto e segurança para as pessoas. Quando este princípio não é respeitado limita o ser humano, expondo-o a riscos de acidentes. As pessoas portadoras de deficiência visual necessitam de ambiente adequado às suas condições. Levando-se em conta estas necessidades especiais, foram determinados os itens considerados de risco para a segurança física destas pessoas, no seu domicílio, incluindo porta, piso, acesso aos ambientes e disposição de objetos. Frente a estes critérios, examinaram-se residências de pessoas deficientes visuais e analisaram-se seus comportamentos cotidianos. Das 30 residências examinadas, quatro foram categorizadas como de baixo risco, 25 em médio e uma em alto risco. Em relação ao comportamento constatou-se que seus usuários desconheciam os riscos a que estavam expostas essas pessoas e que as medidas de proteção eram ineficazes. Apresenta-se um instrumento para avaliação do ambiente e do comportamento domésticos de deficientes visuais para prevenção de acidentes domésticos.

Palavras-chave: Risco ambiental - Acidente doméstico - Deficiente visual.

 

Desenvolvimento de instrumento de coleta de dados de enfermagem para pacientes com câncer de pulmão em quimioterapia ambulatorial

Anita Moda Salvadori I; José Luiz Tatagiba Lamas II ; Cláudia Zanon III

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(1): 130 - 135

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O câncer é um grave problema de saúde pública, e, dentre suas variedades, há o câncer de pulmão, que vem crescendo na população brasileira e mundial. A principal causa do câncer de pulmão é o tabagismo. Há três formas de tratamento: cirurgia, radioterapia e quimioterapia; para essa patologia a mais utilizada é a terceira. A enfermeira deve estar apta a lidar com as dificuldades desses pacientes, que durante o tratamento ambulatorial manifestam em seus domicílios efeitos colaterais. Os objetivos desta pesquisa são elaborar um instrumento de coleta de dados para pacientes com câncer de pulmão em quimioterapia ambulatorial e avaliar a validade de seus conteúdos e sua confiabilidade. Teve como guia a teoria do autocuidado de Dorothea Orem. Para sua validação, o instrumento foi primeiramente avaliado por juízes; após isso, foram realizados o pré-teste e o teste de confiabilidade pelo método da equivalência entre observadores. O instrumento se demonstrou confiável, considerando aquilo que se pretendia medir.

Palavras-chave: Processos de Enfermagem. Autocuidado. Quimioterapia. Neoplasias Pulmonares

 

Dinâmica familiar: percepção de famílias de sobreviventes de câncer de mama

Raquel Gabrielli Biffi I; Marli Vilela MamedeII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 131 - 139

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O estudo teve como objetivo identificar as percepções de familiares sobre a dinâmica de suas famílias após o câncer de mama em um dos seus membros. Estudo de abordagem qualitativa que tomou como referencial teórico o modelo de funcionamento familiar saudável proposto por Barnhill (1979). Participaram 23 familiares constituintes de 10 famílias. Os dados foram coletados, no período de maio a junho de 2002, por meio de entrevistas, e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados revelaram aspectos positivos na dinâmica das famílias. A percepção dos processos de identidade, através da individuação e mutualidade, favoreceram a compreensão da dinâmica familiar. Os achados mostraram que o câncer de mama tem a capacidade de provocar alterações na família, e esta se utilizou dos potenciais de cada membro em particular na busca da estabilidade familiar.

Palavras-chave: Família. Neoplasias da Mama. Saúde da Mulher

 

Estudo da adesão às estratégias de prevenção e controle do linfedema em mastectomizadas

Marislei Sanches PanobiancoI; Mariana Vendrami Parra II; Ana Maria de Almeida III; Maria Antonieta Spinoso PradoIV; Paola Alexandria Pinto de MagalhãesV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 161 - 168

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Estudo transversal, descritivo e quantitativo, com o objetivo de identificar a adesão às estratégias para prevenção e tratamento de linfedema e relacioná-la à ocorrência do edema do membro superior homolateral à cirurgia, em mulheres mastectomizadas. O estudo foi realizado no Núcleo de Ensino Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas (REMA), da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP, entre 5 de fevereiro e 29 de junho de 2007. Participaram 65 mulheres, que responderam questionário elaborado de acordo com a literatura pertinente à prevenção e controle do linfedema pós-mastectomia. Os resultados mostraram que as mulheres têm conhecimento sobre as estratégias de prevenção e controle do linfedema pós-cirurgia para o câncer de mama, porém, grande parte delas não têm consciência da necessidade e importância da aplicabilidade de tais estratégias. Conclui-se que são necessários esclarecimentos convincentes dessa necessidade de adesão às estratégias de prevenção e controle, diante da gravidade das complicações devidas ao linfedema.

Palavras-chave: Neoplasias Mamárias. Linfedema. Reabilitação. Saúde da Mulher. Prevenção e Controle

 

Histórias de pacientes com câncer de boca e práticas de fumo em áreas rurais do nordeste brasileiro

Roxane de Alencar IrineuI; Andrea CapraraII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 500 - 507

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Este artigo tem como eixo central compreender as práticas do fumar através das narrativas de pacientes que tiveram câncer de boca. Utilizamos a história de vida como recurso metodológico para este fim, por ser o testemunho da experiência vivida pelo sujeito. Analisaremos as narrativas de cinco sujeitos escolhidos entre um universo de 30 pacientes portadores de câncer de boca, com idade superior a 50 anos, moradores da zona rural, que foram atendidos em um hospital de Fortaleza. O hábito de fumar teve início muito cedo em suas vidas, pela busca do prazer proporcionado pelo tabaco, influenciados por vezes pela própria família, pela cultura local, pela imagem lisonjeira sugerida pela publicidade, ou ainda para aliviar a dor e a fome. A doença surge, e com ela o sofrimento, o estigma, a cirurgia, as seqüelas, as mudanças físicas. Trabalhadores da roça, sofridos, com fome, excluídos da sociedade, essa é a sua imagem.

Palavras-chave: Neoplasias Bucais. Tabaco. Narração

 

Incertezas diante do cancer infantil: compreendendo as necessidades da mãe

Margareth Angelo; Patrícia Luciana Moreira; Laura Maria Alves Rodrigues

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 301 - 308

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Os objetivos deste estudo foram identificar as necessidades da mãe durante a internação do filho com câncer e compreender como as incertezas diante da doença configuram-se nesta experiência. O referencial teórico do estudo foi o Interacionismo Simbólico e o referencial metodológico, o Interacionismo Interpretativo. A coleta de dados foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas. Participaram do estudo 10 mães de crianças hospitalizadas em uma instituição especializada no município de São Paulo. Foram identificadas três categorias descritivas das necessidades experienciadas pelas mães: (1) Necessidade de estar presente e acompanhar o tratamento; (2) Necessidade de ser amparada nos momentos de fraqueza; (3) Necessidade de manter vínculo com a família. As necessidades da mãe durante a internação da criança com câncer têm caráter multidimensional, e o reconhecimento delas é essencial para garantir a criação de um contexto de cuidado que potencialize o papel da mãe no suporte à criança com câncer.

Palavras-chave: Mães. Criança Hospitalizada. Neoplasias. Incerteza

 

Informações para a elaboração de um manual educativo destinado às mulheres com câncer de mama

Thais de Oliveira Gozzo1; Renata Rosa Lopes2; Maria Antonieta Spinoso Prado3; Lóris Aparecida Prado da Cruz4; Ana Maria de Almeida5

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 306 - 311

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O objetivo deste estudo foi identificar as informações necessárias para a elaboração de um manual educativo, para auxiliar a mulher no pré-operatório para tratamento do câncer de mama. Para isso, foram entrevistadas mulheres com o diagnóstico de câncer de mama e submetidas ao procedimento cirúrgico pela primeira vez no máximo há seis meses. Foram incluídas 51 mulheres na faixa etária de 25 a 84 anos; 32 tinham companheiro; 26, ensino fundamental incompleto; 24 consideraram sua ocupação como "do lar"; 43,1% foram submetidas à mastectomia; e 82,4% realizaram linfadenectomia axilar. Responderam um instrumento com dados sócio-demográficos e perguntas relativas às informações/orientações recebidas da equipe de saúde sobre tipos de cirurgia, internação, anestesia, uso do dreno e intercorrências. Para a elaboração de material educativo, conhecer esta realidade e as expectativas dos sujeitos é indispensável para que sejam priorizadas as necessidades dos clientes, e não somente as exigências terapêuticas.

Palavras-chave: Neoplasias da mama. Enfermagem. Cirurgia. Educação em saúde

 

Interação familiar/acompanhante e equipe de enfermagem no cuidado à criança hospitalizada: perspectivas para a enfermagem pediátrica

Tania Vignuda de Souza; Isabel Cristina dos Santos Oliveira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(3): 551 - 559

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O estudo tem como objetivos: descrever os cuidados prestados pelo familiar/acompanhante e pela equipe de enfermagem à criança durante a internação; analisar as estratégias estabelecidas entre o familiar/acompanhante e a equipe de enfermagem para prestar os cuidados à criança; e discutir a interação do familiar/acompanhante e equipe de enfermagem quanto ao cuidado à criança hospitalizada. É um estudo de caso qualitativo. Os sujeitos são familiares/acompanhantes e equipe de enfermagem. Os dados foram analisados de acordo com a análise temática. Os cuidados prestados pelo familiar/acompanhante são iguais aos desenvolvidos no domicílio, e a equipe de enfermagem presta cuidados de maior complexidade. Os familiares/acompanhantes consideram a equipe de enfermagem atenciosa com seus filhos. Na admissão da criança podem ocorrer interferências como: medo e falta de confiança. Conclui-se que os familiares/acompanhantes que permanecem por mais tempo na instituição ou que reinternam apreendem a cultura hospitalar utilizando a terminologia científica e elaborando estratégias para proteger a criança.

Palavras-chave: Enfermagem Pediátrica. Cuidado de Enfermagem. Criança Hospitalizada. Relações Profissional-Família. Cultura

 

Lesões precursoras do câncer cervicouterino: evolução histórica e subsídios para consulta de enfermagem ginecológica

Maria Cristina de Melo Pessanha Carvalho; Ana Beatriz Azevedo Queiroz

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(3): 617 - 624

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Estudo emergido de recorte de dissertação de mestrado, ilustrando a evolução histórica das lesões precursoras do câncer cervicouterino (LPCCU). Trata-se da história das LPCCU, delineando a relevância do conhecimento para prática do enfermeiro na área da saúde da mulher. O conceito de LPCCU inicia-se a partir do século XIX, dando início aos estudos das células alteradas.
OBJETIVO: descrever as diversas fases da evolução histórica das alterações cervicais. Estudo qualitativo, descritivo-analítico, recorte temporal no período de 1940 a 2008. Dados levantados mediante bibliografia de fonte primária e recurso BIREME. Pontuaram-se as classificações que já existiram, destacando a Nomenclatura Brasileira, importante para corresponder às necessidades e o perfil da saúde das mulheres do Brasil. Este estudo é o ponto de partida para respaldar as práticas de consulta de enfermagem ginecológica com abordagens educativas, contemplando a população feminina em ações preventivas e incentivo ao tratamento.

Palavras-chave: História Natural. Neoplasias do Colo do Útero. Enfermagem Ginecológica. Saúde da Mulher

 

Mortalidade e assistência oncológica no Rio de Janeiro: câncer de mama e colo uterino

Raíla de Souza Santos; Enirtes Caetano Prates Melo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 410 - 416

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O município do Rio de Janeiro apresenta grandes taxas de mortalidade para o câncer de mama e colo uterino. Analisou-se a trajetória dos óbitos por câncer de mama e colo uterino no município do Rio de Janeiro e relacionaram-se a oferta de serviços de saúde e o fluxo de pacientes entre o local de residência e o hospital. Estudo ecológico de base populacional que analisou óbitos por câncer de mama e colo uterino no município do Rio de Janeiro, no período de 2005-2008, mapeando os fluxos de casos da residência para os serviços de saúde. O Sistema de Informação sobre Mortalidade registrou, no período analisado, 3.384 óbitos por câncer de mama e 771 óbitos por câncer do colo de útero. A localização geográfica dos estabelecimentos de saúde define uma distribuição espacial dos óbitos extremamente desigual, alternando padrões de escassez em algumas áreas (periferia da cidade) e excesso em outras (Centro).

Palavras-chave: Neoplasias da Mama. Neoplasias Uterinas. Mortalidade. Acesso aos Serviços de Saúde

 

Motivos que influenciam a não-realização do exame de papanicolaou segundo a percepção de mulheres

Maria de Lourdes da Silva Marques Ferreira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(2): 378 - 384

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O objetivo deste estudo foi analisar os motivos que influenciaram um grupo de mulheres a nunca ter realizado o exame de Papanicolaou mesmo após iniciarem a atividade sexual. É uma pesquisa qualitativa. Utilizou-se a entrevista a partir da questão norteadora: Por que você nunca tinha realizado o exame preventivo anteriormente? A técnica da análise de conteúdo proposta por Bardin foi utilizada para a análise das descrições. As mulheres demonstraram desconhecimento do câncer, da técnica e da importância do preventivo. Revelaram ainda medo na realização e resultado do exame. A vergonha e o constrangimento foram sentimentos expressados por elas pela exposição da intimidade a que se submetem. Expressaram ainda possuírem valores culturais que dificultam mudança de atitude. O acesso ao serviço, ter emprego e filhos também foram relatados como impedimento. Os resultados mostram a importância de ações educativas sobre a necessidade do preventivo ao iniciar as atividades sexuais e desmistificar a técnica e resultado.

Palavras-chave: Neoplasias do Colo Uterino. Esfregaço Vaginal. Saúde da Mulher

 

O brinquedo no hospital: uma análise da produção acadêmica dos enfermeiros brasileiros

Tânia Maria Coelho LeiteI; Antonieta Keiko Kakuda ShimoII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(2): 343 - 350

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Este estudo teve como objetivo analisar o conteúdo das teses e dissertações de enfermeiros brasileiros sobre a utilização do brinquedo no hospital. O levantamento dos dados foi realizado por meio de uma busca no Portal Capes, Cepen, Ibict e consulta às referências dos trabalhos, que foram analisados qualitativamente. Os objetivos mais freqüentemente encontrados referem-se à vivência da criança durante a hospitalização, ao significado e importância do brinquedo e dificuldades para sua implantação. O brinquedo foi utilizado com maior freqüência no pré e pós-operatório. A análise dos resultados obtidos nos trabalhos pautou-se nos efeitos do brinquedo sobre as crianças. Ficou evidente que, para os enfermeiros, o brinquedo é ferramenta indispensável no cuidado à criança. Portanto, recomenda-se que a prática do brinquedo / brinquedo terapêutico seja utilizada no plano de assistência de enfermagem pediátrica.

Palavras-chave: Jogos e Brinquedos. Enfermagem Pediátrica. Criança. Recreação

 

O modelo bioecológico: desvendando contribuições para a práxis da enfermagem diante da violência doméstica

Janete Maria da Silva Batista1; Tatiane Herreira Trigueiro2; Maria Helena Lenardt3; Verônica de Azevedo Mazza4; Liliana Maria Labronici5

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(1): 173 - 178

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Trata-se de um artigo de reflexão que teve o objetivo de discutir sobre os elementos do Modelo Bioecológico do Desenvolvimento Humano de Bronfenbrenner com a expectativa de encontrar contribuições para o conhecimento de enfermagem e sua práxis na interface com a violência doméstica. Compreender a complexidade do ser humano na perspectiva bioecológica possibilita o desenvolvimento de uma práxis transformadora no contexto da atuação da enfermeira diante da demanda de cuidados à pessoa que vivencia este tipo de violência. Considera-se que esta teoria sobre o desenvolvimento humano traz em sua estrutura elementos constituintes das inter-relações da pessoa e o ambiente ao seu entorno, como fatores determinantes na formação do indivíduo. Assim, ao se apropriar deste modelo, a enfermagem amplia o seu olhar sobre a multidimensionalidade humana, o que pode refletir no cuidado perante as situações de violência doméstica.

Palavras-chave: Enfermagem em saúde comunitária. Violência doméstica. Desenvolvimento humano.

 

O significado de cuidado para crianças vítimas de violência intrafamiliar

Ruth Irmgard Bärtschi Gabatz; Eliane Tatsch Neves; Margrid Beuter; Stela Maris de Mello Padoin

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(1): 135 - 142

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Trata-se de uma pesquisa qualitativa que objetivou descrever o significado de cuidado vivenciado em família por crianças abrigadas que sofreram violência intrafamiliar. Foi desenvolvida em duas instituições que abrigam crianças e adolescentes vítimas de violência familiar no sul do Brasil, com quatro crianças entre 8 e 11 anos de idade. A produção dos dados ocorreu em junho/julho de 2008 por meio do Método Criativo Sensível, com as dinâmicas de criatividade e sensibilidade Brincar em Cena e Corpo Saber. Os dados foram analisados por meio da análise de discurso francesa. Foi evidenciado como tema o significado atribuído pela criança acerca de cuidado, que se desdobrou nos subtemas Sentimento de amor e de carinho pelo familiar que cuidava e Os cuidados básicos de higiene como forma de cuidado. Recomenda-se um trabalho preventivo, realizado junto às famílias com foco em ações que propiciem o apego, o fortalecimento do vínculo mãe-filho e as relações familiares.

Palavras-chave: Violência Doméstica. Enfermagem Pediátrica. Maus-tratos Infantis. Cuidado da Criança

 

O significado do diagnóstico do câncer de mama para a mulher

Iliana Maria de Almeida AraújoI; Ana Fátima Carvalho FernandesII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 664 - 671

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Objetivamos compreender o significado do diagnóstico do câncer de mama para a mulher. Na busca dessa compreensão, optamos por um referencial teórico, fundamentado nas interações e vivência do indivíduo à luz do interacionismo simbólico. Utilizamos como instrumento a entrevista semi-estruturada, com oito mulheres com câncer de mama. A análise das narrativas permitiu a identificação de unidades temáticas agrupadas em duas grandes categorias: O impacto do diagnóstico de câncer de mama e O enfrentamento do câncer de mama. O estudo do tema possibilitou compreender o impacto do diagnóstico do câncer de mama, quando o mesmo leva a sentimentos de medo da morte e de o câncer ser uma doença irremediável. Na subcategoria Por que comigo?, as mulheres revelaram o seu medo de perder sua identidade como mulheres através dos sentimentos de medo da mutilação e dependência. Pelo enfrentamento do câncer de mama, a mulher busca construir a sua nova identidade como alguém que tem câncer.

Palavras-chave: Neoplasias Mamárias. Saúde da Mulher. Enfermagem

 

Percepções maternas sobre o neonato em uso de fototerapia

Francisca Leonilda Sampaio RodriguesI; Isolda Pereira da SilveiraII; Antonia do Carmo Soares CamposIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(1): 86 - 91

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A fototerapia é o tratamento inicial da icterícia neonatal. Objetivamos conhecer a percepção da mãe acerca da fototerapia e identificar as suas dificuldades, relacionadas ao tratamento fototerápico. Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado no Alojamento Conjunto (AC) de um hospital público em Fortaleza-CE, com 8 puérperas na faixa etária entre 13 e 25 anos. Os dados foram coletados em maio e junho/2006, mediante entrevista com duas questões de pesquisa: O que representa para a senhora ver o seu filho sob fototerapia; quais são as dificuldades enfrentadas em relação aos cuidados com o seu bebê na fototerapia? Na análise das falas, identificamos as categorias: percepção da mãe com relação ao cuidado com o bebê sob a fototerapia, dificuldades enfrentadas pela mãe com seu filho em fototerapia, e a mãe após as orientações recebidas. Concluímos que existe a necessidade de repensar as orientações e assumir autenticamente os cuidados de enfermagem ao binômio mãe-filho.

Palavras-chave: Fototerapia. Mães. Recém-Nascido. Enfermagem

 

Prematuridade entre recém-nascidos de mães com Amniorrexe Prematura

Fernanda Lima Batista SantosI; Maria Ivoneide Veríssimo de OliveiraII; Maria Gorete Andrade BezerraIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(3): 432 - 438

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Estudo descritivo realizado em maternidade pública de Fortaleza-CE, com objetivo de caracterizar a prematuridade entre recém-nascidos (RNs) internados na Unidade Neonatal em decorrência da amniorrexe prematura. Analisaram-se 37 recém-nascidos e suas mães. Dos RNs, foram analisados: grau de prematuridade, Apgar e necessidade de reanimação. Das mães: idade gestacional, realização de pré-natal, patologias na gestação e tipo de parto. Verificou-se que 35,1% nasceram prematuros e 29,7% com Apgar entre 0 e 6 no 1º minuto de vida, necessitando de reanimação. Quanto à idade gestacional, 35,1% apresentaram ruptura das membranas antes da 37ª semana, 5,4% não realizaram pré-natal, 67,5% compareceram a 2 a 5 consultas e 27,1% referiram 6 ou mais; 16,2% das mães apresentaram doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), e 51,3% tiveram parto normal. Conclui-se que a prematuridade foi elevada, podendo representar importante causa de morbimortalidade neonatal, como também acarretar complicações clínicas e obstétricas para a mãe. A DHEG ainda representa um risco para a gravidez. É preciso que novos estudos sobre a temática sejam realizados para se conhecer a verdadeira magnitude do problema.

Palavras-chave: Prematuro. Mães. Gravidez. Idade Gestacional. Trabalho de Parto Prematuro

 

Sentimentos de mulheres-mães diante da cirurgia neonatal nas malformações congênitas

Adriana Teixeira Reis; Rosângela da Silva Santos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 490 - 496

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O estudo buscou compreender os sentimentos vivenciados por mulheres-mães diante da cirurgia neonatal de seus filhos, portadores de malformações congênitas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no método história de vida. Utilizou a entrevista aberta entre 18 mulheres-mães de recém-nascidos submetidos a procedimentos cirúrgicos no período neonatal. A coleta de dados foi realizada entre julho e agosto de 2009. A análise temática das narrativas apontou para a expectativa de "normalização" da criança e das trajetórias de vida das mulheres. A experiência de hospitalização é ambígua: ao passo que desejam e criam grande expectativa perante o ato cirúrgico, sentem-se em conflito com múltiplos medos (da morte, da anestesia e da cronicidade). No processo de cuidado aos portadores de malformações congênitas cirúrgicas, a enfermagem deve considerar não apenas a visão técnica, mas, sobretudo, os sentimentos ambíguos expressos pelas mulheres-mães, em uma importante fase de construção de vínculos afetivos junto ao seu filho.

Palavras-chave: Enfermagem Obstétrica. Enfermagem Neonatal. Mães. Anormalidades Congênitas. Cirurgia

 

Vigilância em saúde na enfermagem: o caso das medicações sem prescrição em crianças

Renata Araújo de Medeiros; Vioska Gomes Pereira; Soraya Maria de Medeiros

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 233 - 237

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A automedicação é um hábito comum em nosso país e sempre foi um assunto muito discutido e controverso. Muitas mães recorrem à prática de medicar por conta própria suas crianças quando estas apresentam algum sintoma decorrente ou não de alguma patologia. Esta pesquisa teve como objetivo descrever os motivos que levaram as mães a administrarem medicações sem prescrição profissional a seus filhos. Foram entrevistadas 20 mães de crianças menores de 10 anos cadastradas no programa de Crescimento e Desenvolvimento da Unidade de Saúde da Família do município de Passagem, interior do Rio Grande do Norte. Entre as 20 mães entrevistadas, 30% automedicaram seus filhos com antipirético, 50% automedicaram devido à febre, 43% foram motivadas pela experiência anterior e 90% não relataram efeitos adversos. A automedicação na população infantil reforça a necessidade de um melhor esclarecimento às mães sobre os riscos da automedicação.

Palavras-chave: Automedicação. Criança. Mães. Enfermagem

 

 

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