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A importância do cuidador no contexto da saúde do idoso
Marcia Duarte MoreiraI; Célia Pereira CaldasII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(3): 520 - 525
Trata-se de um estudo bibliográfico que busca discutir a temática "idoso dependente de cuidados e a capacitação do cuidador no contexto domiciliar". A análise foi realizada a partir de autores que desenvolveram estudos sobre envelhecimento com dependência, cuidado familiar e ações direcionadas ao cuidador informal. Os temas destacados para esta análise foram: o papel do cuidador informal no cuidado do idoso dependente; a vivência de ser um cuidador familiar; e os modelos de atenção e suporte direcionados ao cuidador informal. O estudo demonstra a importância da ampliação de estratégias que tenham o cuidador como sujeito principal, cabendo ao profissional de saúde e às políticas públicas valorizarem a rede de suporte ao idoso dependente. Esta rede é importante como base do processo de cuidar com qualidade.
Palavras-chave: Cuidadores. Idoso. Família
Larissa Bento de Araújo Mendonça1; Francisca Elisângela Teixeira Lima2; Sherida Karanini Paz de Oliveira3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 340 - 346
O objetivo foi identificar os fatores intervenientes na adesão ao tratamento anti-hipertensivo que contribuíram para surgimento doacidente vascular encefálico (AVE). Estudo descritivo realizado em uma Unidade de AVE de um hospital público. A amostra constituiusede 75 pacientes com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica acometidos por um AVE. A coleta de dados aconteceu emmarço e abril de 2010. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob parecer nº 110302/10. Os fatores intervenientesna adesão do paciente ao tratamento anti-hipertensivo foram: sexo masculino (61,4%), idade >60 anos (48%), antecedentesfamiliares para HAS (68%), baixa escolaridade (72%), renda familiar até um salário mínimo (52%) e presença de efeitos colaterais(22,6%). Talvez a experiência de um AVE seja um fator determinante para a maior adesão do paciente ao tratamento antihipertensivo. É necessário que os enfermeiros realizem acompanhamento ao hipertenso periodicamente, informando-o acerca dadoença e do tratamento, visando evitar complicações.
Palavras-chave: Hipertensão. Cuidados de enfermagem. Acidente cerebral vascular.
Leticia Celestino da Costa1; Graciele Oroski Paes2
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(4): 649 - 656
O presente estudo teve como objetivo verificar a propriedade na aplicabilidade dos Diagnósticos de Enfermagem pelos enfermeiros como subsídio para a indicação do Cateter Central de Inserção Periférica (PICC). Trata-se de um estudo de abordagem descritiva, de tipologia mista, apropriando-se de preceitos quantitativos e qualitativos. A população-alvo constituiu-se de 10 enfermeiros devidamente habilitados à inserção do PICC, ativos e vinculados a um hospital estadual especializado. O instrumento aplicado constou de questionário com questões estruturadas e semiestruturadas devidamente escalonado com pontuações previamente definidas. De acordo com os achados, os enfermeiros apresentaram certa dificuldade para empregar os diagnósticos de enfermagem como parâmetro para indicação do PICC. Os enfermeiros habilitados recentemente apresentaram maior desenvoltura nas questões de associação dos fatores de risco e os diagnósticos de enfermagem. Portanto, são de grande relevância a educação continuada e a implementação do processo de enfermagem, visando o avanço teórico e prático da equipe.
Palavras-chave: Cateteres. Diagnóstico de enfermagem. Processos de enfermagem.
Paula Krempser1; Cristina Arreguy-Sena2; Ana Paula Sobral Barbosa3
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(1): 24 - 30
Pesquisa tipo convergente assistencial. Objetivou-se calcular a ocorrência e documentar as evidências clínicas de trauma vascular em punções periféricas de adultos e idosos em um serviço de urgência e emergência de Minas Gerais, Brasil. Foram considerados como critérios de inclusão: o primeiro demítrio puncionado e a realização de avaliações clínicas em intervalos inferiores a 24 horas. As evidências de trauma foram registradas por fotografias. Amostra de seleção completa. Dos 200 sítios avaliados, houve 110 casos de trauma vascular com 288 manifestações de: dor, alteração da coloração da pele, diminuição da capacidade funcional local, edema, enduração, solução de continuidade, pustulação e hipo ou hipertermia local. As fotografias documentaram cada tipo de manifestação passível de registro visual. Tal investigação possibilitou reafirmar características definidoras para o diagnóstico de enfermagem "Trauma vascular periférico" em um serviço de Urgência/Emergência.
Palavras-chave: Enfermagem. Vasos sanguíneos. Diagnóstico de enfermagem. Vulnerabilidade.
Diagnósticos de enfermagem no pós-operatório de mastectomia
Maria Helena Baena de Moraes Lopes1; Adriana Alves de Moura2; Sueli Raso3; Tatiana Giovanelli Vedovato4; Maria Andréia Silva Ribeiro5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(2): 354 - 360
O objetivo desse estudo foi identificar os diagnósticos de enfermagem, no período pós-operatório de mastectomia, entre mulheres internadas em uma Unidade de Internação em Oncologia de um hospital de ensino público do interior paulista. Tratou-se de um estudo descritivo e retrospectivo, realizado em prontuários de mulheres submetidas a mastectomia. Os dados foram coletados por meio de um instrumento contendo: dados sociodemográficos, dados sobre a doença, diagnósticos de enfermagem, prescrição e evolução de enfermagem. Foram analisados 185 prontuários. Os cinco diagnósticos de enfermagem mais frequentes foram: Risco de Infecção (95,1%), Ansiedade (48,6%), Medo (41,6%), Dor Aguda (14,5%) e Mobilidade Física Prejudicada (11,3%). Conclui-se que diagnósticos que exigem uma abordagem psicossocial para serem identificados como Distúrbio na Imagem Corporal e Angústia Espiritual foram registrados com baixa frequência, sendo mais frequentes aqueles de âmbito biomédico.
Palavras-chave: Enfermagem oncológica. Diagnóstico de enfermagem. Saúde da mulher.
Entre o fortalecimento e o declínio do vínculo voluntário-idoso dependente em um centro-dia
Silvia Cristina Mangini Bocchi; Juliane Andrade; Carmen Maria Casquel Monti Juliani; Silvia Justina Papini Berto; Wilza Carla Spiri
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 757 - 764
Trata-se de um estudo qualitativo que utiliza, como referencial teórico, o Interacionismo Simbólico e, como referencial metodológico, a Grounded Theory, visando a: compreender a experiência interacional voluntário-idoso dependente em um Centro-Dia e elaborar um modelo teórico representativo dessa experiência. A estratégia para a obtenção dos dados foi a entrevista não diretiva. Dos resultados, emergiram dois fenômenos: responsabilizando-se pela continuidade do exercício do voluntariado, junto a idosos dependentes, amparado na expectativa reparadora de ex-cuidadores familiares perante uma sociedade com consciência solidária em declínio, e assumindo o papel de voluntário. A experiência nos permitiu ampliar o conhecimento referente ao movimento que eles empreenderam na vivência denominada: entre o fortalecimento e o declínio do vínculo voluntário-idoso dependente em um centro-dia mediado por (des) motivação.
Palavras-chave: Apoio Social. Idoso. Pessoas com Deficiência. Família. Assistência Diurna
Identificação do risco de quedas em idosos após acidente vascular encefálico
Alice Gabrielle de Sousa Costa; Ana Railka de Souza Oliveira; Rafaella Pessoa Moreira; Tahissa Frota Cavalcante; Thelma Leite de Araujo
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 684 - 689
O objetivo desse estudo foi identificar a ocorrência do diagnóstico de enfermagem Risco de quedas em indivíduos idosos acometidos por acidente vascular encefálico. Estudo do tipo exploratório, realizado em unidades de reabilitação, no período de novembro de 2007 a março de 2008, por meio de entrevista e exame físico. Utilizou-se a Taxonomia II da Nursing American North Diagnosis Association quanto à nomeação diagnóstica. A população foi composta por 73 idosos com idade média de 69,5 anos, predominância do sexo feminino, baixo nível de escolaridade e renda financeira. Encontrou-se média de 1,6 episódio de acidente vascular encefálico em 2,4 anos. O diagnóstico esteve presente na totalidade dos participantes, e os fatores de risco mais percebidos foram: Força diminuída nas extremidades inferiores, Mobilidade física prejudicada, Dificuldades na marcha e Equilíbrio prejudicado. Assim, a avaliação diagnóstica contínua e individualizada faz-se imprescindível para nortear ações preventivas aos problemas de saúde dos idosos.
Palavras-chave: Idoso. Diagnóstico de Enfermagem. Acidentes por Quedas. Acidente Vascular Cerebral
Morbidades, capacidade funcional e qualidade de vida de mulheres idosas
Maurícia Brochado Oliveira Soares; Darlene Mara dos Santos Tavares; Flávia Aparecida Dias; Marina Aleixo Diniz; Sônia Geib
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 705 - 711
Os objetivos foram comparar entre as faixas etárias: o estado conjugal, a escolaridade, a renda, o número de morbidades e de incapacidade funcional e os escores de qualidade de vida de mulheres idosas. Trata-se de um estudo de base populacional, transversal, realizado com 1.339 mulheres idosas. Utilizaram-se os instrumentos estruturados Older Americans Resources and Services,WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD. Para a comparação entre as variáveis categóricas foi utilizado o teste qui-quadrado e, para as numéricas, ANOVA-F, Bonferroni e Tamhane's de acordo com a homogeneidade das variâncias (p<0,05). A comparação entre os grupos evidenciou que, quanto maior a faixa etária, menor a escolaridade e maior o número de incapacidade funcional. A maior faixa etária esteve associada a menores escores de qualidade de vida no domínio físico e facetas funcionamento dos sentidos e participação social. É mister analisar as características das mulheres idosas tendo em vista as especificidades nas diversas faixas etárias.
Palavras-chave: Enfermagem. Saúde da Mulher. Idoso. Envelhecimento
Mortalidade por causas externas em idosos em Minas Gerais, Brasil
Ludmila Mourão Xavier Gomes; Thiago Luis de Andrade Barbosa; Antonio Prates Caldeira
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 779 - 786
perfil dos óbitos dessa faixa etária, em Minas Gerais, Brasil, no período de 1999 a 2008. Os dados foram obtidos a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde e do Departamento de Informática do Ministério da Saúde. Os resultados apontaram coeficientes crescentes de mortalidade em idosos durante os anos estudados. Destacaramse como principais causas as quedas e os acidentes de transporte. Também foram registradas taxas ascendentes dos casos de homicídios e suicídios, especialmente em idosos do sexo masculino. São necessárias medidas preventivas imediatas, pois os idosos se mostram cada vez mais sujeitos às mortes por causas externas.
Palavras-chave: Enfermagem Geriátrica. Idoso. Mortalidade. Causas Externas. Sistemas de Informação
Percepção de idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica sobre a qualidade de vida
Edilaine Kerkoski; Miriam Süsskind Borenstein; Denise Maria Guerreiro Vieira da Silva
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 825 - 832
Objetivou analisar a percepção de idosos com doença pulmonar obstrutiva crônica sobre a qualidade de vida. Os dados foram coletados com 24 idosos aplicando o instrumento World Health Organization Quality of Life-100, orientado pelo conceito de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde, composto pelos domínios Físico, Psicológico, Nível de independência, Relações sociais e Religiosidade. A análise descritiva demonstrou média e desvio-padrão dos escores para tais domínios, respectivamente: 11,15±2,58, 13,94±1,65, 11,57±3,02, 14,02±2,03, 13,72±2,03 e 15,45±2,26. Os Domínios Físicos e Nível de Independência foram os mais influentes na avaliação negativa da qualidade de vida. A correlação demonstrou que os elementos mais influentes são: dor, energia, sono, mobilidade, atividades da vida cotidiana, dependência de medicação ou tratamento, e capacidade para o trabalho. O instrumento utilizado mostrou-se sensível ao objetivo pretendido, permitindo verificar consonância com outros estudos em relação às facetas que mais influenciam a qualidade de vida desta população.
Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Enfermagem. Fisioterapia. Idoso. Qualidade de Vida
Percepção do idoso dos comportamentos afetivos expressos pela equipe de enfermagem
Teresa Cristina Prochet; Maria Julia Paes da Silva
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 784 - 790
OBJETIVO:Identificar a percepção do comportamento da afetividade, pelo idoso hospitalizado, do cuidado recebido pela Equipe de Enfermagem
MATERIAL E MÉTODO: Estudo quantitativo, transversal e de campo desenvolvido com 28 idosos. Utilizou-se instrumento composto por 21 tipos de comportamento verbais e não verbais.
RESULTADOS: Os resultados positivos dos comportamentos verbais incluíram as ações de conversar (57,2%), orientar (60,7%), respeitar (50%), proporcionar segurança (44,6%) e demonstrar honestidade (96,4%). Os positivos da dimensão não verbal reuniram aspectos relacionados ao respeito (63,4%), tocar (46,4%), ouvir/escutar (23,2%) e olhar como expressão positiva (71,4%).
CONCLUSÃO: A maioria dos idosos percebeu como positiva a afetividade do cuidado recebido pela Equipe de Enfermagem no que se refere à dimensão verbal, sendo o comportamento mais evidente a demonstração da sinceridade. As atitudes não verbais de ser ouvido/escutado e tocado com delicadeza assumiram avaliação negativa. A afetividade nas ações de enfermagem são percebidos pelo idoso, e estes interferem na avaliação da qualidade assistencial.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Comunicação. Idoso. Enfermagem Geriátrica. Emoções
Reconhecimento da violência intrafamiliar contra idosos pela equipe da estratégia saúde da família
Adriano Yoshio Shimbo; Liliana Maria Labronici; Maria de Fátima Mantovani
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 506 - 510
Trata-se de pesquisa quantitativa exploratória que objetivou: identificar as formas de reconhecimento da violência intrafamiliar contra idosos referidos pela equipe de Estratégia Saúde da Família, em Curitiba. Foi realizada de abril a junho de 2008, com 96 integrantes, mediante entrevista estruturada. Verificou-se que 91% dos participantes reconhecem a violência, e a forma mais comum foi o abandono/negligência, com 78% das respostas. Para 86% dos sujeitos a visita domiciliar foi o mecanismo mais usado para sua identificação. Os motivos que dificultam o reconhecimento da violência para 22% são o fato de o idoso não falar a respeito do assunto, problemas de comunicação e doenças. O Fundo de Ação Social é citado como local para encaminhamento dos idosos. Os resultados direcionam para novos estudos com aprofundamento de questões relativas à prevenção e ao reconhecimento da violência pela Estratégia de Saúde da Família.
Palavras-chave: Violência. Idoso. Programa Saúde da Família
Reelaborando o viver: o papel do grupo no cotidiano de mulheres idosas
Donizete Vago Daher; Kamila Vallory Debona
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 670 - 676
Objetiva-se compreender a motivação que impulsiona mulheres idosas a procurarem grupos de convivência, analisar e pontuar a apreensão de estratégias que contribuam para a reelaboração e reinvenção de saberes e fazeres em seus cotidianos. Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa realizado durante o primeiro semestre de 2007, com 14 mulheres de 60 anos ou mais, participantes há mais de 1 ano do grupo de convivência para idosos denominado Projeto Gugu, ofertado na cidade de Niterói/RJ. O trabalho de campo efetivou-se por meio de observação participante e de entrevistas. Os dados gerados possibilitaram a produção de categorias que expressam a significância do grupo como cenário de redimensionamento do processo de envelhecimento, de resgate e ampliação da sociabilidade e de vínculos afetivos. Conclui-se que cenários como o estudado podem recriar formas de conceber e viver o envelhecimento, tornando-o ativo e alargando a possibilidade de inclusão social.
Palavras-chave: Envelhecimento. Mulheres. Idoso. Relações Interpessoais
Reinventando práticas de enfermagem na educação em saúde: teatro com idosos
Cássia Noele Arruda Campos1; Ludmila Capistrano dos Santos 2; Milena Ribeiro de Moura3; Jael Maria de Aquino4; Estela Maria Leite Meirelles Monteiro5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 588 - 596
O estudo apresenta como objetivo elaborar uma intervenção de enfermagem em educação em saúde, com enfoque na promoção à saúde de um grupo de idosos, utilizando como ferramenta as artes cênicas. Trata-se de uma pesquisa-ação, realizada a partir de encontros semanais, definidos previamente, em espaço reservado. Nos encontros, foram trabalhadas as seguintes temáticas: acolhimento; Construção das histórias de vida; Retirando máscaras; Viajando na imaginação/diversidade dos cenários; Trabalhando a emoção - comunicação não verbal; Trabalho corporal - movimentação no palco; Fazendo caras e bocas; Oficina de personagens; Ensaiando uma peça teatral - "O que a vida me ensinou e o que posso lhe adiantar". O teatro se mostrou um excelente instrumento de empoderamento da população idosa, a partir da valorização de suas experiências de vida.
Palavras-chave: Promoção da saúde. Educação em saúde. Idoso. Enfermagem. Arte.
Relação entre o profissional de saúde da família e o idoso
Maria Aparecida da Silva Araújo; Maria Alves Barbosa
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 819 - 824
O estudo tem como objetivo discutir a relação dos profissionais de saúde da família com os idosos. Foi desenvolvido com base na abordagem qualitativa, cujos dados foram coletados utilizando-se a técnica de grupo focal, seguida da análise de conteúdos. Verificou-se que a relação profissional de saúde e idoso por meio da comunicação é presente de forma compromissada e humanizada, a qual traz beneficios e influencia na mudança de comportamento do idoso; no entanto, as ações são fundamentadas no modelo biomédico e educação em saúde tradicional. Os resultados indicam que a relação do profissional de saúde e idoso se coloca ainda como um desafio para a resolutividade da atenção básica e indica a necessidade de conscientização de gestores para qualificação profissional na perspectiva de associar o trabalho em saúde por uma sociedade mais justa e igualitária, superando o modelo de atenção tradicional.
Palavras-chave: Profissional de Saúde. Idoso. Programa Saúde da Família
Ser idoso e o processo do envelhecimento: saúde percebida
Juliana Araújo Dias; Cristina Arreguy-Sena; Paulo Ferreira Pinto; Luciene Carnevale de Souza
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 372 - 379
Pesquisa qualitativa tipo survey realizada em Rio Novo-Minas Gerais que objetivou analisar a concepção dos idosos sobre envelhecimento e suas percepções de serem/estarem idosos. Amostra por tipicidade composta por 20 voluntários com 60 ou mais anos, cadastrados no Programa de Vacinação do Município. Excluíram-se pessoas com: alteração de consciência; dissociações moderadas do pensamento; dificuldade para verbalização; e moradores rurais. Identificaram-se 385 crenças, segundo Rokeach, que tenderam em 76,3% à centralidade. Duas concepções de envelhecimento foram identificadas (nova oportunidade na vida e deterioração corporal, da autonomia e das relações). A própria idade e o nível de inserção social foram os critérios para conceituar quem não se sente idoso ou envelhecido e quem é ou não envelhecido, respectivamente.
Palavras-chave: Enfermagem. Idoso. Envelhecimento. Cultura
Tempo despendido na execução do processo de enfermagem em um centro de tratamento intensivo
Miriam de Abreu Almeida1; Isis Marques Severo2; Enaura Brandão Chaves3; Luciana Nabinger Menna Barreto4; Daniela Marona Borba5
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(2): 292 - 296
Este estudo objetivou mensurar o tempo despendido pelos enfermeiros de um Centro de Terapia Intensiva (CTI) na execução das etapas do Processo de Enfermagem (PE). Trata-se de uma investigação descritiva, observacional e exploratória, com metodologia quantitativa. Foram cronometradas as etapas do PE realizadas por seis enfermeiros em 29 pacientes internados no CTI. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. O tempo foi mensurado nas etapas: avaliação diária do paciente: 8,34 (3,78); diagnóstico e prescrição de enfermagem: 3,65 (2,27-5,45); aprazamento da prescrição de enfermagem: 2,30 (1,14); e evolução da assistência de enfermagem: 11,29 (2,55). O enfermeiro despendeu 25,58 minutos por paciente na realização do PE. Os dados fornecem subsídios para o dimensionamento de recursos humanos no cuidado a pacientes críticos, com vistas à qualificação da assistência.
Palavras-chave: Processos de enfermagem. Unidades de terapia intensiva. Diagnóstico de enfermagem.
Denise Faucz KletembergI; Márcia Dalledone SiqueiraII; Maria de Fátima MantovaniIII
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(3): 478 - 486
Estudo de natureza histórica cujo objetivo é analisar a implementação do processo de enfermagem no Brasil, no período de 1960 a 1986. As fontes históricas compõem-se de 47 artigos selecionados na Revista Brasileira de Enfermagem, no período referido, que apresentam reflexões sobre a prática assistencial da época, relatos de experiências da aplicação do Processo de Enfermagem e os artigos de autoria de Wanda de Aguiar Horta. Os achados da análise dos artigos, contextualizados com aspectos político-econômicos apontam as causas das dificuldades encontradas pela categoria para implementação da metodologia da assistência de enfermagem, diante das exigências antagônicas do mercado de trabalho no período analisado. Portanto, as dificuldades e resistências experienciadas não couberam apenas à vontade dos profissionais, mas, sim, permearam-se pelos interesses antagônicos da sociedade brasileira.
Palavras-chave: Processos de Enfermagem. História da Enfermagem. Metodologia. Diagnóstico de Enfermagem. Cuidados de Enfermagem
Paulo Celso Prado Telles Filho; Alex Rogério das Chagas; Marcos Luciano Pimenta Pinheiro; Antônio Moacir de Jesus Lima; Ana Maria Sertori Durão
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 581 - 586
Os benzodiazepínicos são medicamentos que podem causar riscos aos idosos. Este estudo teve como objetivo verificar e analisar a prevalência da utilização de benzodiazepínicos por idosos cadastrados em uma Estratégia Saúde da Família de Diamantina - Minas Gerais. Trata-se de estudo descritivo, realizado com 27 idosos, de maio a julho de 2010, por meio de questionário semiestruturado. Utilizou-se a análise descritiva junto aos dados. Como resultados, destacaram-se a faixa etária de 71 a 75 anos (25,92%), gênero feminino (88,88%) e, em relação à escolaridade, o primeiro grau incompleto (66,66%). Os medicamentos mais usados foram: Diazepam (37,03%), Clonazepam (25,92%), Bromazepam (18,51%) e Alprazolam (11,11%). 88,90% dos entrevistados possuíam receita e 11,10% não a possuíam. Dentre os idosos que possuíam receita, 33,33% não a seguiam. Faz-se presente a necessidade de reorganizar o processo de trabalho na instituição investigada, de forma que se propicie uma adequação das prescrições e um seguimento mais eficaz destas.
Palavras-chave: Sistemas de Medicação. Uso de Medicamentos. Idoso
Raquel Silva de Paiva1; Glaucia Valente Vala2
Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2013; 17(2): 249 - 255
A presente discussão é parte integrante da dissertação de mestrado intitulada: "Ressignificando a alta hospitalar e percebendo-se como o cuidador familiar: um estudo de enfermagem", vinculada à Escola de Enfermagem Anna Nery. Teve como objeto o significado da alta hospitalar para a família do cliente com sequelas do acidente vascular cerebral. O objetivo traçado para esta discussão foi: discutir o contexto vivido pelo cuidador familiar, considerando o duelo de sentimentos, de manifestações, de atitudes e de práticas. Foram adotados o referencial teórico do Interacionismo e o método Teoria Fundamentada nos Dados. O estudo foi realizado em um hospital público municipal. Os atores sociais foram cuidadores familiares de vítimas de um acidente vascular. A partir da análise das categorias, o fenômeno revela o entendimento do conjunto de circunstâncias que acompanham o acontecimento e que, ao se articularem, interferem no significado que os familiares concedem à alta hospitalar.
Palavras-chave: Cuidados de enfermagem. Enfermagem familiar. Acidente vascular cerebral. Alta do paciente