ISSN (on-line): 2177-9465
ISSN (impressa): 1414-8145
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A adolescente grávida na percepção de médicos e enfermeiros da atenção básica

Beatriz Belém Buendgens; Maria de Fátima Mota Zampieri

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 64 - 72

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Pesquisa qualitativa descritiva, com os objetivos de conhecer a percepção de médicos e enfermeiros sobre as mudanças biopsicossociais da adolescente grávida e sobre a atuação da equipe de saúde na gravidez na adolescência. Os dados foram coletados através de entrevistas, com médicos e enfermeiros de uma Unidade Básica de Saúde, de agosto a outubro de 2010. Esses foram classificados, organizados e analisados utilizando a análise de conteúdo proposta por Minayo, seguindo três etapas: ordenação, classificação e análise dos dados. Após leitura aprofundada dos discursos, foram recortadas as unidades de registro ou temas, que agrupados por convergência de ideias originaram as categorias: percepção dos médicos e enfermeiros sobre a gravidez na adolescência; percepções sobre transformações no processo de ser e viver da adolescente; profissionais e a adolescente grávida. Os profissionais reforçam a importância da escuta, atenção personalizada, integral e específica a esta clientela, necessitando capacitação para isto. O estudo amplia o conhecimento sobre o tema e oferece subsídios para os profissionais repensarem sua prática de saúde, contribuindo para que assumam uma postura respeitosa e personalizada na atenção às adolescentes grávidas.

Palavras-chave: Adolescente. Gravidez na adolescência. Saúde do adolescente. Atenção básica à saúde

 

A imagem concreta do álcool na vida dos adolescentes da Comunidade Engenho do Mato: intermediando os saberes na prática educativa da enfermeira

Valéria de Oliveira Monteiro1; Ivone Evangelista Cabral2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 1999; 3(2): 56 - 68

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Tivemos como ponto de partida a dimensão subjetiva dos educandos-adolescentes para implementar uma modalidade de educação-dialógica, cujo alicerce se assentou no pensamento pedagógico crítico-reflexivo de Freire (1988). O objeto de estudo a rota do álcool no contexto de vida dos adolescentes da Comunidade Engenho do Mato-Niterói foi encaminhado através do método criativo sensível, no espaço da oficina de criatividade e sensibilidade. Abordar a temática sobre o álcool entre adolescentes, a partir do delineamento geográfico da rota do álcool no contexto sócio-familiar, foi um grande desafio para os 07 participantes da pesquisa. Embora não seja uma droga lícita para os adolescentes, a sua aceitação social está representada pela franca distribuição geográfica na Comunidade onde os adolescentes crescem, se socializam e vivem, levando a um consumo indiscriminado. Além disso, o uso do álcool produz sensação lúdica, prazerosa e alimenta a auto-estima, a despeito de todos os seus efeitos danosos sobre a saúde.

Palavras-chave: Enfermagem - Enfermagem Pediátrica - Adolescente - Alcoolismo

 

A influência da família na vivência da sexualidade de mulheres adolescentes

Lúcia Beatriz Ressel; Carolina Frescura Junges; Graciela Dutra Sehnem; Cheila Sanfelice

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 245 - 250

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O objetivo deste trabalho consistiu em identificar a influência da família na vivência da sexualidade de mulheres adolescentes. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, com abordagem qualitativa cuja coleta de dados deu-se por meio de entrevista semiestruturada. As participantes da pesquisa foram 18 mulheres adolescentes. Aplicou-se a análise temática para a interpretação e a categorização dos dados. Os resultados apontaram para as seguintes categorias: 'sexo sem imprevistos: os pais falam sobre a prevenção'; 'a repressão da sexualidade: entre normas instituídas e acordos invisíveis'; e 'tornar-se mulher: os discursos disciplinadores sob o enfoque de gênero'. Verificou-se a necessidade de vislumbrar a atenção à saúde da mulher adolescente de maneira integral, enfocando os significados sociais e culturais atribuídos à sexualidade. Dessa forma, as atividades desenvolvidas pelos profissionais de saúde com mulheres adolescentes devem envolver a família, instituição promotora da singularização do indivíduo na sociedade.

Palavras-chave: Sexualidade. Adolescente. Família. Saúde da Mulher. Enfermagem

 

A realização do teste anti-HIV no pré-natal: os significados para a gestante

Roberta Maria de Oliveira Silva I; Carla Luzia França Araújo II; Fatima Maria Trigo da Paz III

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 630 - 636

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O estudo teve por objetivo conhecer e analisar o significado da realização do teste anti-HIV no pré-natal para as gestantes. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa e foi realizada em um Hospital Escola e em uma Maternidade do município do Rio de Janeiro. Como recurso técnico-metodológico utilizou-se o discurso do sujeito coletivo (DSC). Após a análise dos discursos verificamos que para as gestantes a realização do teste significa a possibilidade de prevenir a transmissão vertical do HIV e como parte da assistência pré-natal. O pré-natal foi considerado pelas gestantes uma excelente oportunidade para a realização do teste anti HIV, para o conhecimento da condição sorológica e início precoce do tratamento. Conclui-se que o teste, para a maioria das gestantes, representa a possibilidade de proteger o filho do HIV, além de fazer parte da construção do papel materno a partir de um cuidado concreto com a saúde do bebê.

Palavras-chave: Cuidado Pré-Natal. Promoção em saúde. HIV

 

A representação social das adolescentes sobre a gravidez nesta etapa de vida

Débora Luiza de Oliveira RangelI; Ana Beatriz Azevedo QueirozII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 781 - 789

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Trata-se de apreender as representações sociais das adolescentes acerca da gravidez nesta etapa de vida. Abordagem qualitativa na perspectiva da Teoria das Representações Sociais de Moscovici, com adolescentes não grávidas e com atividade sexual. Os cenários foram escolas privadas e públicas do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados, utilizaram-se técnica expressiva e entrevista semi-estruturada. As informações foram tratadas segundo a análise de conteúdo. As adolescentes representam a gravidez como mudança geradora de responsabilidades e não ser esta a idade ideal para vivenciar esse momento. A representação teve uma ligação com o nível sócio-econômico-demográfico: as mais favorecidas acreditam que a gravidez nessa fase seria um destruidor de planos futuros. O segmento oposto representou a gestação como identidade "natural do feminino". Tais evidências denotam a necessidade de os profissionais de saúde atentarem para a diversidade de pertenças sociais-culturais-econômicas, visando proporcionar autonomia na escolha do momento da gravidez e garantir os direitos sexuais e reprodutivos.

Palavras-chave: Gravidez. Adolescente. Enfermagem

 

A vulnerabilidade da adolescente às doenças sexualmente transmissíveis: contribuições para a prática da enfermagem

Ana Cláudia Mateus Barreto; Rosângela da Silva Santos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 809 - 816

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Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, cujo método empregado foi a História de Vida. Teve por objeto de estudo a vulnerabilidade da adolescente à doença sexualmente transmissível (DST). Os objetivos foram: identificar a condição de vulnerabilidade da adolescente em atendimento em maternidade pública no Rio de Janeiro; descrever as estratégias adotadas por adolescentes para prevenção das doenças sexualmente transmissíveis; analisar, a partir da história de vida de adolescentes, sua condição de vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis. A partir da realização deste estudo, evidenciou-se que as adolescentes, ao conviverem em núcleos familiares não coesos, são menos resilientes e, consequentemente, mais vulneráveis a contrair uma DST. O estudo evidenciou a importância de os enfermeiros se apropriarem dos conceitos de vulnerabilidade e resiliência para se tornarem aptos a estimular e aumentar a autoestima das adolescentes, e diminuir a sua vulnerabilidade às DST.

Palavras-chave: Vulnerabilidade. Adolescente. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Enfermagem. Pesquisa Qualitativa

 

Ação educativa à gestante fundamentada na promoção da saúde: uma reflexão

Isolda Pereira da Silveira; Antônia do Carmo Soares Campos; Francisca Ana Martins Carvalho; Maria Grasiela Teixeira Barroso; Neiva Francinely Cunha Vieira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2005; 9(3): 451 - 458

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Reflexão sobre a atenção à mulher no período gravídico tomando como referência as Conferências Internacionais da Promoção da Saúde e vivência profissional das autoras nesta área. Objetiva-se refletir sobre a complexidade que envolve as estratégias de Educação em Saúde destinadas à promoção da saúde da gestante, especialmente aquelas que envolvem a ação educativa transformadora por parte dos profissionais na busca da promoção da saúde.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Mulheres Grávidas. Promoção da Saúde. Educação. Enfermagem Obstétrica

 

Adolescência, álcool e drogas: uma revisão na perspectiva da promoção da saúde

Maria Beatriz de Paula Tavares Cavalcante; Alves Maria Dalva Santos; Maria Grasiela Teixeira Barroso

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 555 - 559

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É durante a adolescência que o jovem forma sua personalidade e individualidade, e é também o período em que as drogas se fazem mais presentes. Com este estudo, objetivou-se desenvolver uma análise crítica sobre a necessidade de ações educativas na prevenção do uso de drogas entre adolescentes, verificando os fatores de risco a ele relacionados. Estudo de caráter reflexivo, no qual constatamos que a Segunda Conferência Internacional para a Promoção da Saúde foi pioneira ao introduzir o tema como prioritário na elaboração de políticas públicas. Estudos associam fatores socioeconômicos e envolvimento familiar como fatores de risco para o consumo de álcool e outras drogas. Entende-se que seja fundamental ajudá-los na vivência dessa fase de transição, destacando a família e a educação como primordiais em suas formações como sujeitos rumo à promoção da saúde.

Palavras-chave: Adolescência. Promoção da Saúde. Enfermagem

 

Aproximação à subjetividade de enfermeiros com a vida: afetividade e satisfação em foco

Selda Gomes de Sousa Alves; Tatiana Cristina Vasconcelos; Francisco Arnoldo Nunes de Miranda; Tarciana Sampaio Costa; Maura Vanessa Silva Sobreira

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 511 - 517

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Objetivou-se analisar aspectos da subjetividade de enfermeiros por meio de indicadores de afetividade e satisfação com a vida. Estudo exploratório descritivo, de abordagem quantitativa. Participaram 20 enfermeiros atuantes na Estratégia de Saúde da Saúde, do município de Sousa, PB, Brasil, que responderam ao Questionário de Saúde Geral (QSG-12). Os principais resultados indicaram que os enfermeiros apresentaram média de 5,73 de Afetos Positivos e 1,86 de Afetos Negativos. A média de satisfação com a vida foi de 4,03. Inferiu-se que os enfermeiros apresentaram nível satisfatório de saúde. Contudo, este resultado não deve negar a necessidade de cuidados permanentes por parte dos enfermeiros em relação à sua saúde, uma vez que o cuidado implica o desempenho profissional. Assim, a habilidade de cuidar de si deve ser adquirida e aprimorada desde a formação.

Palavras-chave: Qualidade de Vida. Satisfação Pessoal. Afeto. Enfermeiro. Promoção da Saúde

 

As abordagens metodológicas na pesquisa em enfermagem na área de saúde da criança e adolescente: análise da produção científica no período de 1995 a 1999.

Marialda Moreira Christoffel1; Benedita Maria Rêgo Deusdará Rodrigues2

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2002; 6(0): 15 - 24

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O estudo tem por objetivo analisar a produção científica em enfermagem na área de saúde da criança e do adolescente, no período de 1995 a 1999, buscando a identificação das abordagens metodológicas utilizadas. Trata-se de uma pesquisa documental, exploratório-descritiva, de natureza quantitativa, realizada através de levantamento de dados no Catálogo de Pesquisas da ABEN/CEPEN - 75 anos, em CD-ROM. Os resultados apontam para o maior enfoque dado à pesquisa qualitativa (75,4%) em relação à pesquisa quantitativa (19,3%). Cabe destacar que no período do recorte estudado busca-se a superação das abordagens centradas no método biológico, passando-se para uma discussão mais ampla acerca do processo saúde-doença, refletindo-se nas questões que envolvem a saúde da população em geral e que portanto, as abordagens qualitativas são imprescindíveis para atender de modo contextualizado.

Palavras-chave: Enfermagem. Criança e adolescente. Abordagens Metodológicas.

 

Atitudes, sentimentos e imagens na representação social da sexualidade entre adolescentes

Denize Cristina de Oliveira; Antônio Marcos Tosoli Gomes; Ana Paula Munhen de Pontes; Luiz Phillipi Porto Salgado

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 817 - 823

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Este trabalho tem como objetivo analisar a estrutura da representação social de sexualidade para adolescentes. De natureza qualitativa, foi desenvolvido com 746 jovens de duas escolas públicas do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de evocações livres ao termo indutor "sexualidade" e analisados pelo software EVOC 2003. O conjunto dos sujeitos apresenta uma estrutura representacional positiva, englobando dimensões atitudinais, valorativas e imagéticas. Aspectos negativos aparecem na periferia, indicando uma dimensão familiar e de consequências. Comparando a estrutura das representações por sexo, observa-se que são semelhantes, especialmente pela presença de elementos como "bom", "camisinha" e "prevenção". A especificidade do grupo feminino aparece enfatizando a dimensão atitudinal, enquanto o masculino se distingue por uma associação da sexualidade ao ato sexual. Conclui-se que as representações estão ligadas a comportamentos adotados diante da sexualidade e da sua valorização, bem como da existência de dimensões transversais às diversas estruturas.

Palavras-chave: Sexualidade. Saúde do Adolescente. Pesquisa Qualitativa. Enfermagem

 

Conhecimentos e práticas de adolescentes acerca das DST/HIV/AIDS em duas escolas públicas municipais do Rio de Janeiro

Denize Cristina de Oliveira; Ana Paula Munhen de Pontes; Antônio Marcos Tosoli Gomes; Monique Carvalho Marrafa Ribeiro

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 833 - 841

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Este estudo objetiva analisar os conhecimentos sobre a prevenção das DST/AIDS e a adoção de preservativos masculinos pelos jovens. Estudo quantitativo, realizado com 492 adolescentes de duas escolas do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no ano de 2003 por meio de questionário e analisados com EPI-INFO 6.0. Quanto à prevenção, 94,5% relataram conhecer o preservativo como método eficaz, porém 10,8% consideraram que a pílula anticoncepcional também previne as DST/AIDS, e 16,9% dos adolescentes indicaram que manter relações sexuais apenas com o namorado também se constitui como um método eficaz de prevenção. Com relação às práticas de prevenção, foram analisados apenas os adolescentes com vida sexual ativa (492); destes, 11% nunca usam preservativos nas relações sexuais, 32,7% usam eventualmente, e 53,3% usam em todas as relações sexuais. Conclui-se que o conhecimento não se expressa diretamente em práticas de prevenção e que o relacionamento estável e o uso de anticoncepcionais são associados à prevenção de DST/AIDS, positiva ou negativamente.

Palavras-chave: Sexualidade. Saúde do Adolescente. Pesquisa Quantitativa. Enfermagem

 

Cuidado aos adolescentes na atenção primária: perspectivas de integralidade

Rachel Franklin da Costa1; Maria Veraci Oliveira Queiroz2; Regina Célia Gollner Zeitoune3

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 466 - 472

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O estudo tem como objetivo descrever ações dos gestores e enfermeiros com os adolescentes na atenção primária, baseadas nas perspectivas da integralidade. Pesquisa qualitativa com quatro gestores e treze enfermeiros da rede básica de saúde realizada no período de abril a junho de 2010, utilizando entrevista e análise de conteúdo. Da análise emergiu a temática: Ações de cuidados ao adolescente e perspectivas de integralidade. Os sujeitos destacaram o acolhimento como uma ação da equipe, porém com necessidade de estabelecer vínculos e oportunizar meios para motivar a reflexão dos adolescentes acerca de sua responsabilidade mediante as questões de saúde. Tais ações conduzem a possibilidade da integralidade do cuidado. Concluiu-se que os profissionais mostraram as limitações do cuidado a esta população e apresentaram o confronto entre o pensar e o fazer, favorecendo reflexões sobre estratégias que possibilitem o cuidado aos adolescentes na perspectiva de integralidade.

Palavras-chave: Enfermagem. Adolescente. Assistência integral à saúde.

 

Cuidados com os bebês: o conhecimento das primíparas adolescentes

Dayane Cristina de Sousa Rocha; Maria Gorette Andrade Bezerra; Antonia do Carmo Soares Campos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2005; 9(3): 365 - 371

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O bem-estar dos bebês nascidos de mães adolescentes foi o incentivo para a realização desta pesquisa que objetivou investigar se as gestantes adolescentes primíparas estão recebendo orientações acerca do cuidado com seus bebês. Estudo descritivo, com abordagem quantitativa, no qual se utilizou como técnica para a coleta de dados a entrevista estruturada, nos meses de setembro e outubro de 2004. Teve como cenário o Alojamento Conjunto de uma maternidade na cidade de Fortaleza, considerada de referência terciária no Estado do Ceará. A amostra ficou constituída de 30 adolescentes primíparas, com idade entre 13 e 19 anos, baixo grau de escolaridade e evasão escolar; baixa renda familiar; união estável e que não realizaram o número de consultas de pré-natal preconizadas pelo Ministério da Saúde. Teve-se como resultado o baixo déficit de orientação das primíparas adolescentes acerca de como cuidar do bebê, que esperam contar com a ajuda dos pais e familiares. Constatou-se ainda que, apesar de realizarem o pré-natal, faltou interesse em participar das palestras oferecidas.

Palavras-chave: Cuidado da Criança. Conhecimento. Gravidez na Adolescência

 

Cuidar de pessoas com tetraplegia no ambiente domiciliário: intervenções de enfermagem na dependência de longo prazo

Ana Paula ScraminI; Wiliam César Alves MachadoII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2006; 10(3): 501 - 508

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O crescente índice de acidentes de trânsito e a violência urbana contribuem para o aumento de pessoas com seqüelas neurológicas graves na coluna vertebral, fenômeno com reflexos diretos na relação de dependência de suas vítimas com cuidados sistemáticos de enfermagem. O presente estudo tem como objetivo chamar a atenção para conhecimentos do âmbito da reabilitação que interessam à Enfermagem, de maneira a contribuir para a promoção do cuidado domiciliário de pessoas com lesão medular em nível cervical, envolvendo seus familiares e cuidadores. A coleta de dados fez-se por meio de um levantamento bibliográfico dos últimos 10 anos, mediante pesquisa nos bancos de dados Lilacs (1996-2006); Mediline (1996-2006), além de terem sido consideradas referências do estudo de origem. Efetuada a análise dos dados, conclui-se que é preciso ampliar nosso conhecimento sobre cuidado de longo prazo no contexto da reabilitação do cliente com lesão medular alta, para atender à demanda social, em especial compartilhando experiências cotidianas com cuidadores domiciliares.

Palavras-chave: Enfermagem em Reabilitação. Cuidado de Enfermagem. Pacientes Domiciliares. Tetraplegia. Promoção de Saúde

 

Formação do Enfermeiro: desafios para a promoção da saúde

Kênia Lara Silva; Roseni Rosângela de Sena; Maria José Cabral Grillo; Natália de Cássia Horta

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 368 - 376

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Estudo qualitativo, descritivo-exploratório, realizado em dois cursos de Enfermagem com o objetivo de analisar os referenciais de promoção da saúde na formação do enfermeiro. Foram entrevistados 19 coordenadores, docentes, estudantes e profissionais de serviços envolvidos na formação do enfermeiro. Os resultados indicam imprecisão conceitual entre promoção da saúde e prevenção de agravos na formação do enfermeiro. As concepções de promoção da saúde reveladas estão associadas a práticas que incidem sobre qualidade de vida sustentada em um conceito amplo e complexo de saúde e que são incipientes nos cenários da atenção à saúde. Conclui-se que a promoção da saúde é tomada como decisão política para mudança na formação do enfermeiro, explicitada nos projetos pedagógicos das instituições cenário do estudo. Entretanto, esta incorporação é incipiente e heterogênea quanto à formulação teórica, indicando a necessidade de ampliação dos espaços de análise conceitual nas relações que proporcionam a produção de saúde e do processo formativo.

Palavras-chave: Educação em Enfermagem. Currículo. Promoção da Saúde

 

Gestação na adolescência com enfoque no casal: movimento existencial

Inez Silva de Almeida; Ivis Emília de Oliveira Souza

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 457 - 464

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A temática da gestação na adolescência, enfocada como patologia e risco sociais, tem sido visualizada a partir dos conceitos prévios da ciência e dos fatos sustentados em uma questão de gênero. Assim, a perspectiva do casal adolescente ainda se encontra obscura. Este estudo teve como objetivo analisar o movimento existencial do casal adolescente que vivencia uma gravidez. É um estudo qualitativo que utilizou a abordagem fenomenológica à luz dos conceitos de Martin Heidegger. A realização das entrevistas ocorreu de março a outubro de 2008. O cenário foi a Casa de Parto David Capistrano Filho, e os sujeitos foram nove casais adolescentes. Estudar o casal adolescente, em seu vivido da gestação, ou seja, no cotidiano de ser-casal, que é pai/mãe, permitiu construir outras possibilidades de cuidado sustentadas na instância ontológica, velada no cotidiano assistencial que é operacionalizado pelo protocolo de risco gestacional.

Palavras-chave: Gravidez na Adolescência. Adolescente. Assistência Perinatal

 

Gravidez em adolescentes de uma unidade municipal de saúde em Fortaleza - Ceará

Conceição de Maria ArcanjoI; Maria Ivoneide Veríssimo de OliveiraII; Maria Gorete Andrade BezerraIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(3): 445 - 451

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Estudo quantitativo com objetivo de conhecer a gravidez na adolescência em unidade municipal de saúde, Fortaleza-CE. A amostra foi composta por 40 adolescentes. Como resultado, encontramos: 20% estavam entre 14 e 15 anos, 7,5% eram solteiras, 5%, casadas, 7,5% tinham união consensual; 60% tinham entre 16 e 17 anos, 5% eram solteiras, 7,5%, casadas, 47,5% tinham união consensual; 20% tinham entre 18 e 19 anos, 12,5% eram solteiras, 7,5%, casadas. E, ainda: 17,5% tiveram experiência do aborto, 50% deixaram de estudar por causa da gravidez, 25% não gostam de estudar, 20% não acham importante, 57,5% iniciaram pré-natal com três a quatro meses de gestação, 80% dos pais assumem a paternidade, 70% delas continuavam morando com a família, 70% receberam orientações sobre gravidez, 60% não utilizavam método contraceptivo, 37,5% desejam ser dona de casa, 27,5% não têm planos para o futuro. Concluímos que as adolescentes engravidam em faixa etária precoce, não percebem os riscos inerentes à gravidez e deixam de lado o estudo, lazer, vaidade ou mesmo perspectivas para o futuro. A nosso ver, o estudo pode contribuir para o redimensionamento do trabalho com adolescentes na unidade local do estudo.

Palavras-chave: Cuidado Pré-Natal. Gravidez na Adolescência. Aborto Espontâneo

 

Gravidez na adolescência: tendência na produção científica de enfermagem

Maria Glêdes Ibiapina Gurgel; Maria Dalva Santos Alves; Neiva Francenely Cunha Vieira; Patrícia Neyva da Costa Pinheiro; Grasiela Teixeira Barroso

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(4): 800 - 806

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A gravidez em adolescentes tem implicações biológica, psicológica, social, econômica e cultural. O estudo exploratório, descritivo e bibliográfico objetivou identificar as concepções da gravidez na adolescência, sujeito, vulnerabilidade e gênero, presentes na produção científica de Enfermagem. Foram selecionados intencionalmente quatro periódicos brasileiros e dois da América Latina indexados de 2002 a 2006 na Scientific Electronic Library. Dos 1.472 artigos identificados, 43 tinham como temática o adolescente, e 12 do Brasil, Cuba e Argentina, a gravidez na adolescência; seus autores percebem a problemática articulada com as concepções de sujeito, vulnerabilidade e gênero, num enfoque multidisciplinar, intersetorial, ancoradas nas parcerias e nas redes sociais de apoio. A gravidez na adolescência constitui desafio para as políticas públicas e traz à tona questões relevantes sobre o problema, fornecendo aos adolescentes subsídios para viver sua sexualidade de forma plena e com planejamento de anticoncepção ou concepção, no contexto de promoção da saúde.

Palavras-chave: Adolescente. Gravidez na Adolescência. Promoção da Saúde

 

Grupo focal e discurso do sujeito coletivo: produção de conhecimento em saúde de adolescentes

Vera Lúcia de Oliveira Gomes; Kátia da Silva Telles; Evelyn de Castro Roballo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 856 - 862

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Objetivou-se discutir o emprego do Grupo Focal (GF) para coleta e do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para análise de dados em investigações no Campo da Enfermagem. Essas técnicas foram descritas sob o ponto de vista teórico e prático. Exemplificou-se o emprego pelo detalhamento das etapas metodológicas, de uma pesquisa aprovada em comitê de ética, em que se buscou compreender as implicações das representações de gênero na promoção de saúde de adolescentes do ensino médio, de uma escola pública da cidade do Rio Grande, RS. O GF mostrou-se eficaz, desencadeando discussões e posicionamentos dos jovens acerca da temática proposta, e o DCS permitiu compreender as implicações de tais representações na promoção de saúde desse grupo. Embora tais metodologias sejam pouco utilizadas no Campo da Enfermagem, mostraram-se promissoras para a concretização de investigações científicas.

Palavras-chave: Pesquisa em Enfermagem. Saúde do Adolescente. Gênero e Saúde

 

Institucionalização e qualidade de vida de idosos da região metropolitana de Vitória - ES

Elizabete Regina Araújo de Oliveira; Maria José Gomes; Karina Mary de Paiva

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 618 - 623

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O objetivo deste estudo foi comparar a QV de 70 idosos funcionalmente independentes e residentes em instituições (G1) e 210 não institucionalizados (G2) na região metropolitana de Vitória-ES. Estudo descritivo transversal. Foi utilizado o instrumento Whoqolbref, um roteiro de exame físico e um questionário sociodemográfico. Foram empregados os testes "t" de Student, Mann-Whitney, Kruskall Wallis e Wilcoxon. Em relação à saúde sistêmica, verificou-se associação entre o fator institucionalização e a pressão arterial sistólica no G1 (PAS:132,98; p= 0,003). O G1 mostrou pior qualidade de vida comparado ao G2, que apresentou melhores pontuações em todos os domínios do instrumento. Observou-se uma associação entre institucionalização e todos os domínios da qualidade de vida: domínio físico (p=0,002), psicológico (p=0,000), relações sociais (p=0,033) e meio ambiente (p=0,002). O G1 apresentou pior qualidade de vida que G2, permitindo afirmar que a institucionalização de idosos é um fato determinante na perda da qualidade de vida.

Palavras-chave: Idoso. Institucionalização. Qualidade de Vida. Envelhecimento. Promoção da Saúde

 

Intoxicação alcoólica em crianças e adolescentes: dados de um centro de assistência toxicológica

Magda Lúcia Félix de Oliveira; Ivonete Arnauts

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(1): 83 - 89

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O abuso de álcool constitui um dos problemas sociais e de saúde de grande magnitude em nosso tempo. O estudo teve como objetivo caracterizar as ocorrências toxicológicas em crianças e adolescentes com idade até 18 anos, hospitalizados por intoxicação alcoólica e notificados em um Centro de Controle de Intoxicação nos anos de 2003 a 2007. O estudo foi retrospectivo, com análise quantitativa dos dados. Encontraram-se 338 notificações. O abuso de álcool ocorreu predominantemente no sexo masculino, sendo os finais de semana, o período noturno e o uso agudo de maior ocorrência. A intoxicação alcoólica relacionada às ocorrências violentas aumentou em 12 vezes as chances de internação, e observou-se relação significativa entre o uso crônico e o aumento da gravidade clínica. Sugere-se estudos para aprofundar a temática e a implementação de políticas e estratégias preventivas tendo a criança e o adolescente como foco principal.

Palavras-chave: Intoxicação Alcoólica. Adolescente. Notificação

 

Literatura de cordel como meio de promoção para o aleitamento materno

Paula Marciana Pinheiro OliveiraI; Cristiana Brasil de Almeida RebouçasII; Lorita Marlena Freitag PagliucaIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(2): 217 - 223

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A poesia popular impressa, também denominada literatura de cordel, é considerada pelo povo nordestino importante expressão cultural. Folhetos sobre a amamentação são pertinentes na medida em que podem contribuir para a educação da população sobre este assunto. Objetivou-se: analisar mensagens transmitidas e linguagem adotada nos folhetos que abordem o tema da amamentação. Estudo documental, descritivo, exploratório, de caráter analítico, realizado mediante a busca sistemática de folhetos de cordel disponíveis em praças públicas de Fortaleza-CE. Foram coletados 34 folhetos. Destes, 20 abordaram temas de saúde e um retratou a amamentação. A análise deste cordel revelou que a amamentação é necessária tanto à mãe como ao bebê, trazendo benefícios mútuos. Portanto, este recurso impresso deve ser visto como significativo material de educação em saúde que o profissional pode utilizar com nutrizes.

Palavras-chave: Literatura. Promoção em Saúde. Aleitamento Materno

 

Modelo de enfermagem baseado nas atividades de vida diária: adolescente diabética e deficiente visual

Camilla Pontes Bezerra; Lorita Marlena Freitag Pagliuca; Marli Teresinha Gimeniz Galvão

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 842 - 848

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O diabetes mellitus, doença crônico-degenerativa, pode comprometer a retina. Objetivou-se analisar a eficácia do cuidado de enfermagem fundamentado no Modelo de Enfermagem Baseado nas Atividades da Vida Diária a uma adolescente com deficiência visual decorrente do diabetes mellitus tipo I, utilizando o estudo de caso. Os dados foram coletados em setembro 2006 por entrevistas no domicílio. Os resultados mostram ambiente doméstico inseguro devido a iluminação inadequada, nutrição alterada e déficit de conhecimento relacionado ao controle glicêmico, pressão arterial, sedentarismo e sexualidade. O Modelo foi válido, pois permitiu e promoveu o cuidado e comunicação objetiva entre pesquisadoras e a adolescente que apresentou boa apreensão, mostrou-se segura e autoconfiante, repercutindo em aumento da autoestima e desempenho de atividades de forma mais independente.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Adolescente. Portadores de Deficiência Visual. Enfermagem

 

O adolescente e as drogas: conseqüências para a saúde

Antonio José de Almeida FilhoI; Márcia de Assunção FerreiraII; Maria da Luz Barbosa GomesIII; Rafael Celestino da SilvaIV; Tânia Cristina Franco SantosV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 605 - 610

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Pesquisa Documental.
OBJETIVOS: identificar a freqüência do uso/abuso de drogas pelos adolescentes escolares de instituição de ensino médio; e analisar as conseqüências do uso/abuso de drogas para a saúde do adolescente.
FONTES: dois relatórios de pesquisas realizadas com esses adolescentes, no segundo semestre de 2006 e primeiro semestre de 2007. O estudo evidenciou o consumo do álcool como de grande destaque entre os pesquisados e mostrou, ainda, que aproximadamente 6% da população em estudo já teve contato com drogas ilícitas. Além disso, constatou-se que o enfermeiro se apresenta como ator estratégico nas ações direcionadas para este tema, no sentido de buscar abordagens que ampliem o olhar e as possibilidades de intervenção, sobretudo no nível de prevenção e promoção à saúde.

Palavras-chave: Adolescente. Saúde do adolescente. Enfermagem. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias

 

O conhecimento de adolescentes sobre drogas lícitas e ilícitas: uma contribuição para a enfermagem comunitária

Regina Célia Gollner Zeitoune; Vinícius dos Santos Ferreira; Helaine Silva da Silveira; Ana Maria Domingos; Aniely Coelho Maia

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(1): 57 - 63

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O estudo teve como objetivos verificar o conhecimento do adolescente, morador de uma comunidade do Rio de Janeiro, sobre as drogas lícitas e ilícitas e analisar a relevância do conhecimento perante as ações preventivas sobre esse fenômeno. Foi desenvolvido com base na abordagem qualitativa, cujos dados foram coletados utilizando-se a técnica de grupo focal, seguida da análise temática. Projeto aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa Escola de Enfermagem Anna Nery/Hospital Escola São Francisco de Assis, protocolo número 047/2010. Verificou-se, diante das respostas, que os adolescentes diferenciavam drogas lícitas das ilícitas, citando os tipos mais usados. Os jovens também relacionaram o uso dessas substâncias com problemas sociais e familiares, além de agravos à saúde. Concluiu-se que é preciso priorizar políticas preventivas em que o enfermeiro desenvolva atividades educativas com os adolescentes e familiares no intuito de orientar os jovens e familiares sobre as questões das drogas lícitas e ilícitas na perspectiva de eliminar ou reduzir o consumo destas drogas.

Palavras-chave: Enfermagem. Adolescentes. Conhecimento. Drogas de abuso

 

O enfermeiro no ensino fundamental: desafios na prevenção ao consumo de álcool

Gertrudes Teixeira LopesI; Margarida Maria Rocha BernardesII; Laura Vargas AcauanIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 712 - 716

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Este estudo é oriundo de algumas interrogações feitas por pesquisadores da área de drogas acerca da inserção do enfermeiro como agente promotor da saúde na escola fundamental.
OBJETIVO: Refletir sobre a atuação do enfermeiro na escola de ensino fundamental como agente articulador das medidas de prevenção ao consumo de álcool. O trabalho mostra que a prevenção de risco, como um conjunto de ações que visam evitar problemas causados pelo uso indevido do álcool, é um campo que possibilita ao enfermeiro desenvolver atividades de prevenção em diferentes âmbitos na escola, junto aos alunos e suas famílias e aos professores. As reflexões neste texto sobre o trabalho do enfermeiro como agente educador em escolas de nível fundamental, visando à prevenção ao uso de álcool, não faz uma apologia e nem recrimina o consumo, mas considera a escola um território privilegiado para a incorporação de conhecimentos sobre saúde, substituindo o enfoque repressor pelo de orientação aos jovens.

Palavras-chave: Enfermeiros. Saúde Escolar. Promoção da Saúde. Consumo de Bebidas Alcoólicas

 

O grupo pesquisador construindo ações de autocuidado para o envelhecimento saudável: pesquisa sociopoética

Iraci dos Santos; Aila Cristina dos Santos Alves; Alysson Fabio Leandro da Silva; Célia Pereira Caldas; Lina Márcia Miguéis Berardinelli; Rosimere Ferreira Santana

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 746 - 754

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Este trabalho teve como objetivo analisar os sentimentos de pessoas idosas sobre o autocuidado, à luz da Teoria de Nola Pender, que combina experiências cognitivas, crenças, hábitos e práticas, caracterizando a cultura e o modo de vida do grupo. Método sociopoético, mediante prática artística realizada em 2008 com participantes da UnAti-UERJ. Produção de dados submetida à análise temática sociopoética. Resultados: foram encontradas as categorias "Rosto coletivo do envelhecimento - as pessoas do grupo não se consideram idosas, conforme a discriminação cultural e social as visualizam"; e "A integralidade do autocuidado - desmistificou-se a imagem da enfermeira atribuída somente ao cuidado físico, construindo-se o ´confeto´: o autocuidado/envelhecer é a busca de outra dimensão do viver. Conclui-se que ser idoso é adotar decisões positivas para reagir às adversidades que o envelhecimento possa provocar, utilizando seu potencial humano. Uma contribuição é valorizar o autocuidado como estratégia para o crescimento pessoal e o início de mudanças significativas.

Palavras-chave: Enfermagem. Gerontologia. Promoção da saúde. Autocuidado. Envelhecimento

 

O perfil das puérperas adolescentes atendidas em uma maternidade de referência de Fortaleza-Ceará

Náira de Oliveira Caminha1; Camila Chaves da Costa2; Raquel Ferreira Gomes Brasil3; Deise Maria do Nascimento Sousa4; Lydia Vieira Freitas5; Ana Kelve de Castro Damasceno6

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 486 - 492

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Objetivou-se caracterizar o perfil das puérperas adolescentes de uma maternidade de Fortaleza-CE. Estudo descritivo, transversal e quantitativo, realizado no Alojamento Conjunto da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no período de março a julho de 2009, com 200 adolescentes. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas. A maioria apresentava idade entre 15 e 19 anos (91,0%), residia na capital (78,0%), vivia com o pai de seu filho (64,5%), tinha baixa escolaridade (55,5%), considerava-se parda (61,5%) e dona-de-casa (53%). Quanto aos métodos anticonceptivos, 73,5% usaram algum método antes de engravidar, 65,5% desejaram a gravidez e 32,5% planejaram a gravidez. Durante a gravidez, 18,5% tiveram internação hospitalar e 82,5% não utilizavam drogas. Torna-se relevante a função do enfermeiro como educador em saúde para orientá-las e torná-las autônomas na promoção de sua saúde sexual.

Palavras-chave: Gravidez na adolescência. Saúde do adolescente. Enfermagem.

 

O processo de cuidar de enfermagem ao portador de doença crônica cardíaca

Anice de Fátima Ahmad BalduinoI; Maria de Fátima MantovaniII; Maria Ribeiro LacerdaIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(2): 342 - 351

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Estudo de natureza qualitativa exploratória, realizada em hospital de ensino de Curitiba, cujos objetivos foram: identificar o processo de cuidar ao portador de doença crônica cardíaca e descrever os seus elementos. Constituíram sujeitos do estudo oito enfermeiros. A coleta de dados realizou-se por meio de entrevista semiestruturada, seguida da análise de seus conteúdos. Verificou-se que os enfermeiros, durante a visita diária, desenvolvem o processo de cuidar por meio de ações e dimensões técnicas e expressivas. Outro aspecto relevante sobre a prática de cuidar é que o enfermeiro está consciente da necessidade de um corpo de conhecimento próprio para cada especialidade, que o sustenta em suas ações de julgamento clínico para a tomada de decisões, assim como orienta os membros da equipe de enfermagem. Salientou-se que o processo de cuidar propicia a promoção da saúde direcionada à qualidade de vida dos pacientes.

Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Promoção da Saúde. Doença Crônica

 

O significado atribuído ao papel masculino e feminino por adolescentes de periferia

Maria Aparecida Baggio; Jacira Nunes Carvalho; Marli Terezinha Stein Backes; Dirce Stein Backes; Betina Hörner Schlindwein Meirelles; Alacoque Lorenzini Erdmann

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 872 - 878

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Trata-se de pesquisa-ação cujo objetivo foi compreender os significados atribuídos ao papel masculino e feminino pelos adolescentes/jovens integrantes de um projeto de inclusão social. Participaram 27 sujeitos vinculados aos grupos da Gastronomia, Estética e Nova Descoberta. Os dados derivam da oficina "conhecimento do corpo humano", desenvolvida nos três grupos em momentos distintos, por meio da construção de cartazes, atividades de recorte, colagem, desenho, escrita; utilização de manequim e abordagem dialógica do tema. Os dados foram analisados conforme o método de análise temática de conteúdo. Os resultados apontam duas categorias: "a fortaleza e o poder masculino" e "o papel contraditório do gênero feminino". Conclui-se que as diferenças dos papéis masculino e feminino, relacionadas ao contexto sócio-político-cultural no qual os adolescentes/jovens estão inseridos, tem repercussões importantes na forma que vivem a sua sexualidade, e, acima de tudo, na construção do seu viver saudável e de sua cidadania.

Palavras-chave: Enfermagem. Cuidados de Enfermagem. Promoção da Saúde. Educação em Saúde. Adolescente

 

O teatro em foco: estratégia lúdica para o trabalho educativo na saúde da família

Sônia Maria Soares; Líliam Barbosa Silva; Patrícia Aparecida Barbosa Silva

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(4): 818 - 824

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Trata-se de relato de experiência de acadêmicas de enfermagem que utilizaram o teatro como estratégia lúdica para o trabalho educativo com as equipes de Saúde da Família. Realizou-se Diagnóstico Situacional de Saúde no interior de Minas Gerais, cujas morbidades mais prevalentes serviram de temáticas a serem abordadas nos esquetes. Em três meses, foram escritos nove esquetes, encenados para um público diversificado. Percebeu-se uma ruptura no cotidiano da comunidade, em que, sob a dimensão lúdica, as pessoas deixaram fluir o lado prazeroso da vida, decodificando o mundo de seu jeito: uma mistura agradável de arte e ciência. O teatro possibilitou vislumbrar as várias aplicações na Saúde da Família: estratégia lúdica eficaz para aquisição de conceitos de saúde; recurso de lazer; e espaço de convivência. Constatou-se necessidade de promover capacitação de multiplicadores na comunidade como forma de dar continuidade à montagem de oficinas de teatro em prol da construção do conhecimento coletivo.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Promoção da Saúde. Programa Saúde da Família. Criatividade. Enfermagem

 

Oficinas sobre sexualidade na adolescência: revelando vozes, desvelando olhares de estudantes do ensino médio

Sônia Maria SoaresI; Marta Araújo AmaralII; Líliam Barbosa SilvaIII; Patrícia Aparecida Barbosa SilvaIV

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2008; 12(3): 485 - 491

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Trata-se de pesquisa com adolescentes de uma escola estadual do município da região norte de Minas Gerais - Brasil com o objetivo de compreender como vivem e exercitam sua sexualidade. O estudo foi desenvolvido por meio de oficinas lúdico-pedagógicas na abordagem qualitativa. Os resultados apontam que o conceito de sexualidade limita-se às relações sexuais entre duas pessoas de sexo oposto. Os alunos enfatizaram o risco de uma gravidez indesejada e reconheceram a importância do uso de métodos contraceptivos. As oficinas propiciaram um ambiente favorável para discussão de mudanças de atitude pelos adolescentes por meio da informação, reflexão e expressão de idéias e sentimentos, representando um processo a ser complementado pela família, escola e políticas sociais locais.

Palavras-chave: Gravidez na Adolescência. Adolescente. Sexualidade. Educação em Saúde

 

Parto prematuro de adolescentes: influência de fatores sociodemográficos e reprodutivos, Espírito Santo, 2007

Priscilla Rocha Araújo Nader; Lis Alborghetti Cosme

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(2): 338 - 345

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A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública, podendo trazer consequências negativas para a adolescente, sua família e para o concepto/recém-nascido.
OBJETIVOS: Identificar diferenças entre as características sociodemográficas e reprodutivas das mães adolescentes com parto a termo e com parto pré-termo, no Espírito Santo em 2007.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo quantitativo. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Nascidos Vivos, sendo realizada análise descritiva de 9.841 Declarações de Nascidos Vivos. A relação entre a variável dependente (termo) e fatores foi testada pelo teste exato de Fisher, com á=0,05. Os resultados evidenciaram que as diferenças nas características das mães adolescentes com parto a termo e pré-termo ocorreram nas seguintes variáveis: idade entre 10 a 14 anos (p=0,016), estado civil casada (p=0,014), número de consultas pré-natais quando insuficientes (p=0,000) e gestação dupla (p=0,000). Houve maior incidência de partos prematuros no Sistema Único de Saúde (p=0,000).

Palavras-chave: Gravidez. Adolescente. Trabalho de Parto Prematuro

 

Percepção de adolescentes infratoras submetidas à ação socioeducativa sobre assistência à saúde

Estela Maria Leite Meirelles Monteiro; Carlos Alberto Domingues do Nascimento; Antonio José de Almeida Filho; Ana Karina de Andrade Araújo; Dannilo Rafael Bezerra do Carmo; Islan Moisalye Barbosa Gomes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 323 - 330

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O estudo tem como objetivos conhecer a percepção de adolescentes infratoras submetidas à ação socioeducativa sobre assistência à saúde prestada; identificar a percepção das adolescentes quanto aos fatores que contribuíram para o seu processo de institucionalização; levantar a percepção delas sobre sua saúde física e emocional e conhecer as expectativas dessas adolescentes em relação ao seu futuro. Pesquisa qualitativa de caráter descritivo, que utilizou a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para apresentação dos resultados. As adolescentes institucionalizadas são capazes de relatar os cuidados de saúde disponibilizados, ao mesmo tempo que denunciam a necessidade de continuidade desses cuidados, com ênfase nas ações de educação em saúde. A importância da inserção do enfermeiro é evidenciada pelo planejamento de ações em saúde que atendam às reais necessidades desse grupo etário, atuando na promoção da saúde e propiciando ações de empoderamento no exercício de uma cidadania solidária.

Palavras-chave: Adolescente Institucionalizado. Promoção da Saúde. Assistência à Saúde. Comunidades Vulneráveis. Enfermagem

 

Perfil epidemiológico de adolescentes atendidas no pré-natal de um hospital universitário

Thelma SpindolaI; Larissa Freire Furtado da Silva II

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(1): 99 - 107

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Estudo exploratório, descritivo, quantitativo, que objetivou identificar características sociodemográficas de adolescentes grávidas, delineando o perfil epidemiológico. Realizado em um hospital universitário no Rio de Janeiro, foram analisadas 112 fichas do período 2004-2006. Os resultados evidenciam que a maioria das adolescentes (68,7%) tinha idade entre 15 e 17 anos e ensino fundamental completo (69,5 %); eram estudantes (64,3%), tinham renda familiar de 1 a 3 salários mínimos (66,9%). Tiveram sexarca 1 a 3 anos após a menarca (55,3%); eram primigestas (79,4%) e, embora 75% não tivessem planejado a gestação, esta foi bem aceita (em 58,9%). Apesar de 49,1% das jovens terem feito uso de métodos contraceptivos, 88,3% nunca praticaram aborto. Não havia registro de intercorrências obstétricas em 72 fichas, evidenciando que a maioria das jovens apresentou uma gestação fisiológica, embora a gravidez na adolescência seja considerada de risco. Conclui-se que a insuficiência de adesão aos métodos contraceptivos contribui para a elevação da incidência da gestação não planejada neste contingente populacional.

Palavras-chave: Gravidez. Adolescente. Cuidado Pré-natal. Saúde da Mulher

 

Promoção da saúde no contexto da estratégia saúde da família: concepções e práticas da enfermeira

Maria Glêdes Ibiapina Gurgel; Maria Dalva Santos Alves; Escolástica Rejane Ferreira Moura; Patrícia Neyva da Costa Pinheiro; Rita Maria Viana Rêgo; Maria Leonice Lima Passos

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(3): 610 - 615

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As concepções que os profissionais têm da promoção da saúde são fundamentais à prática. O estudo objetivou conhecer as concepções sobre promoção da saúde e a interface da atuação da enfermeira na Saúde da Família. Pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizada com oito enfermeiras dos Centros de Saúde da Família de Fortaleza-CE. Utilizou-se o grupo focal para coleta de dados. A análise foi realizada por meio das práticas discursivas, tendo como recurso os mapas de associação de ideias. As concepções sobre promoção da saúde, evidenciadas pelas enfermeiras, perpassam ora pelo modelo biomédico de prevenção das doenças, ora pelo de promoção, apregoada na Carta de Ottawa. Nas concepções do modelo tradicional, as ações estão restritas ao setor saúde com enfoque na cura e na prevenção das doenças. As concepções do modelo de promoção da saúde aproximam-se do conceito de qualidade de vida, com suporte nas ações interdisciplinares e intersetoriais.

Palavras-chave: Enfermagem. Promoção da Saúde. Atenção Primária à Saúde

 

Qualidade de vida de idosos cadastrados na estratégia saúde da família de Foz do Iguaçu-PR

Jossiana Wilke Faller; Willian Augusto de Melo; Gelena Lucinéia Gomes Silva Versa; Sonia Silva Marcon

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(4): 803 - 810

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Estudo transversal realizado com o objetivo de avaliar a qualidade de vida de idosos cadastrados nas Unidades de Saúde da Família (USF) de Foz do Iguaçu - PR. Os dados foram coletados no período de outubro de 2009 a março de 2010 na residência dos idosos, utilizando o WHOQOL-OLD. A amostra está constituída de 192 idosos selecionados aleatoriamente. Os resultados mostraram melhor qualidade de vida entre idosos mais jovens, brancos, com oito ou mais anos de estudo, que possuem companheiro, não moram sozinhos, seguem uma religião, exercem atividade remunerada e não são aposentados. O envelhecimento e a morte são vistos como fato natural, e o aspecto que mais compromete a qualidade de vida dos idosos é a falta de perspectivas de participação social na comunidade. Conclui-se pela necessidade dos profissionais de saúde de atentarem mais para os aspectos que influenciam negativamente na determinação da qualidade de vida dos idosos.

Palavras-chave: Qualidade de Vida. Envelhecimento. Assistência a Idosos. Enfermagem. Promoção da Saúde

 

Reflexões acerca do abuso de drogas e da violência na adolescência

Kelanne Lima da Silva; Fernanda Lima Aragão Dias; Neiva Francenely Cunha Vieira; Patrícia Neyva da Costa Pinheiro

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2010; 14(3): 605 - 610

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Estudo qualitativo que objetivou a realização de ações de Educação em Saúde visando à reflexão crítica dos adolescentes sobre o uso abusivo de drogas e consequentes comportamentos violentos. Realizado em uma escola pública de Fortaleza, com 23 adolescentes de 14 a 20 anos, nos meses de setembro e outubro de 2007. Adotou-se como referencial teórico-metodológico a pesquisa-ação. Os dados foram coletados durante a realização de quatro oficinas de grupo focal, juntamente com o diário de campo. Observou-se que os adolescentes experimentam as drogas por desinformação, curiosidade e fácil acesso. O uso de drogas pode desencadear a violência reconhecida por atitudes agressivas, o que limita sua compreensão. As estratégias de Educação em Saúde direcionadas aos adolescentes contribuem para um padrão de vida mais saudável, pois facilita a identificação dos fatores de riscos e tem a finalidade de reduzir a vulnerabilidade desses adolescentes.

Palavras-chave: Educação em Saúde. Adolescente. Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias. Violência

 

Representações culturais de saúde, doença e vulnerabilidade sob a ótica de mulheres adolescentes

Lucia Beatriz Ressel I; Graciela Dutra Sehnem II; Carolina Frescura Junges III; Izabel Cristina Hoffmann IV; Maria Celeste Landerdahl V

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(3): 552 - 557

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O artigo apresenta um recorte de pesquisa descritiva, do tipo exploratório, com abordagem qualitativa, cujo objetivo consistiu em conhecer de que forma a cultura influencia no comportamento de adolescentes, contribuindo na sua vulnerabilidade. O estudo trata da visão de mulheres adolescentes que integram um projeto de ensino e extensão em desenvolvimento em escolas de ensino fundamental da Região Sanitária Norte de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, utilizou-se como instrumento para obtenção de informações uma entrevista semiestruturada com questões que nortearam o objetivo da investigação. Os resultados apontaram para a importância da estruturação de processos educativos com adolescentes voltados para a construção de habilidades para a vida, o que permite resistir às pressões na adoção de comportamentos de risco que possam afetar sua saúde e seu desenvolvimento.

Palavras-chave: Saúde da Mulher. Adolescente. Cultura

 

Representações sociais de adolescentes mães acerca do momento do parto

Vera Lúcia de Oliveira Gomes; Adriana Dora da Fonseca; Evelyn de Castro Roballo

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2011; 15(2): 300 - 305

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Objetivou-se, neste estudo exploratório-descritivo, compreender as Representações Sociais de adolescentes mães, acerca do parto. Coletaram-se os dados no segundo semestre de 2007 por meio de entrevistas com sete adolescentes primigestas e primíparas, com idade entre 15 e 18 anos, internadas em maternidade no sul do país. A análise temática foi utilizada para tratamento dos dados, delineando-se duas categorias "expectativas" e "vivências" da parturição. As expectativas foram observadas de forma dicotômica, umas temerosas pela dor, outras confiantes. As vivências foram permeadas pela sensação de solidão e constrangimento. Compreender o momento do parto pela perspectiva das adolescentes é fundamental para que o(a) enfermeiro(a) planeje e execute uma adequada assistência, reduzindo o impacto das representações negativas associadas ao parto. Essa modalidade de cuidar requer uma equipe capacitada e sensível às especificidades das adolescentes, para proporcionar-lhes um parto humanizado, por meio da adoção incondicional de princípios éticos, humanísticos e da garantia dos direitos legais.

Palavras-chave: Parto. Gravidez na Adolescência. Enfermagem. Pesquisa Qualitativa

 

Sofrimento psíquico em crianças e adolescentes - a busca pelo tratamento

Ana Ruth Macêdo Monteiro1; Liane Araújo Teixeira2; Renata Saraiva Martins da Silva3; Kamylla Paulla Saldanha Rabelo4; Suzane de Fatima do Vale Tavares5; Rafaela Carolini de OliveiraTávora6

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2012; 16(3): 523 - 529

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Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva com abordagem qualitativa, realizada em um centro de atenção psicossocial infantil - CAPSi, do município de Fortaleza-CE. Este estudo objetiva descrever a atitude da família na busca de tratamento da criança/ adolescente em sofrimento psíquico. Os sujeitos desta pesquisa constituem-se de 42 familiares cuidadores de crianças e adolescentes, usuários do CAPSi. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. A análise dos dados foi feita por meio de entrevistas divididas em categorias, em que as falas com ideias semelhantes se reuniam em uma mesma categoria. Os resultados mostram um importante elemento sobre a falta de assistência à família do indivíduo em adoecimento psíquico, evidenciando a fundamental importância de englobar toda a família no processo terapêutico. Concluiu-se que se fazem necessárias reflexões acerca da atenção de saúde direcionada ao adoecimento psíquico, em relação às crianças e adolescentes, bem como em relação às famílias envolvidas, prevenindo ou intercedendo precocemente no adoecimento psíquico.

Palavras-chave: Saúde mental. Família. Criança. Adolescente. Enfermagem.

 

Transtornos por consumo de álcool (AUDIT) em adolescentes e jovens marginais de bandos juvenis do México

Francisco Rafael Guzmán FacundoI; Luiz Jorge PedrãoII; Lucio Rodríguez AguilarIII

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2007; 11(4): 611 - 618

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Adolescentes e jovens que pertencem a bandos juvenis com freqüência são omitidos dos estudos nacionais sobre consumo de álcool e drogas. O objetivo da presente pesquisa foi conhecer os transtornos por consumo de álcool e analisar o efeito de fatores pessoais sobre estes, em 125 adolescentes e jovens marginais de bandos juvenis do México. Os resultados mostraram que 70% têm consumo excessivo, 62% se classificou em um consumo prejudicial, e o 50% com dependência. Os fatores que maior contribuíram na predição do consumo excessivo foram a idade, sexo e o baixo nível educacional, para o consumo prejudicial foram a idade e os problemas de saúde mental, e para o consumo dependente foram a idade, os anos de escolaridade e os problemas de saúde mental. Estes resultados possibilitaram a reflexão da necessidade de elaboração de programas adequados direcionados à prevenção neste grupo de jovens.

Palavras-chave: Alcoolismo. Fatores de Risco. Adolescente

 

Triagem de desenvolvimento neuropsicomotor em instituições de educação infantil segundo o Teste de Denver II

Magda Andrade Rezende; Priscila da Silva Costa; Patrícia Braga Pontes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2005; 9(3): 348 - 355

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Desenvolvimento é um direito fundamental de qualquer criança e depende da interação entre herança genética e condições ambientais. A partir desta premissa, triou-se o desenvolvimento de 66 crianças (37 meninos e 29 meninas) de 2 a 3 anos que freqüentavam 4 instituições públicas de educação infantil (IEIs) na cidade de São Paulo. Usou-se o Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II. A maior parte da amostra (62,74%) ganha até 0,5 SM per capita por mês. As adequações de cada área do desenvolvimento foram: pessoal-social (N=54; 81,8%), motor fino (N= 53; 80,3%), motor grosso (N=53; 80,3%) e linguagem (N=49; 74,2%). Nas áreas de linguagem e pessoal-social, as crianças obtiveram os piores resultados e na motora grossa, os melhores. Levanta-se como hipóteses: os resultados de linguagem e pessoal-social foram prejudicados pelas condições das IEIS (escolaridade das educadoras e tamanho dos grupos de crianças) e talvez pela situação familiar. Quanto à área motora, vê-se que as crianças, mesmo pequenas, têm a possibilidade de brincar nas ruas. As hipóteses precisam ser comprovadas por novas pesquisas.

Palavras-chave: Triagem. Desenvolvimento Infantil. Creche. Enfermagem Pediátrica. Promoção da Saúde

 

Vulnerabilidades de adolescentes com vivências de rua

Camila Rose Guadalupe Barcelos Schwonke; Adriana Dora da Fonseca; Vera Lúcia de Oliveira Gomes

Escola Anna Nery Revista de Enfermagem 2009; 13(4): 849 - 855

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Estudo exploratório-descritivo, qualitativo, efetuado nos meses de maio e junho de 2006, com o objetivo de discutir o contexto de vulnerabilidades em que estão inseridos os adolescentes que vivenciaram o ambiente de rua, com ênfase na exposição à infecção pelo HIV. A História Oral foi a técnica escolhida para a coleta dos dados, que foi operacionalizada por meio de entrevistas individuais gravadas e transcritas. Os informantes foram seis moças e seis rapazes que se encontravam acolhidos em duas instituições de abrigo de uma cidade do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados revelam que a baixa escolaridade e o barato das drogas os expõem a riscos, e que, acerca da camisinha, ainda há contradições. Tais fatores aumentam a vulnerabilidade às DSTs e AIDS, tendo em vista que o ambiente da rua não oferece condições necessárias à tomada de decisões conscientes, somando-se ao fato de estarem distantes do acesso a serviços e profissionais de saúde.

Palavras-chave: Saúde do Adolescente. Vulnerabilidade. Doenças Sexualmente Transmissíveis. Pesquisa Qualitativa

 

 

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